Salomé Queiroga e o plágio de Victor Hugo na poesia Brasileira, por Silvio Romero

João Salomé Queiroga nasceu em 1810 ou 1811; morreu depois de 1880. Não seguiu o exemplo de seu irmão, que não publicou um só livro; ele publicou três: — duas coleções de poesias e um romance.

São publicações serôdias e tardias; mas têm préstimo; são de 1870 e 73; porém encerram versos de 1829. O prólogo do Canhenho de Poesias Brasileiras seria o prefácio de Cromwell do romantismo brasileiro, se fosse bem escrito e publicado oportunamente. Não apareceu a tempo; é, contudo, a fiel exposição do momento literário entre nós em 1830. Salomé Queiroga foi bom mineiro, não mudou; foi sempre o mesmo; o que escreveu em 1870, podê-lo-ia ter escrito quarenta anos antes.

É indispensável mostrá-lo, manuseando as provas: "Cerca de quarenta anos estão neste volume; a descrição de um grande e continuado dia de festa, com pequenos intervalos de sofrimentos. A rosa também tem espinhos. Menino travesso a correr atrás de borboletas que nunca chega a apanhar, mas divertindo-se com isso: eis a história de minha vida poética… O desejo de metrificar despertou-se em mim em o ano de 1828 na cidade de S. Paulo. Ali se achavam reunidos, além de estudantes de diferentes pontos do Brasil, alguns e não poucos, que voltaram de Coimbra para continuar seus estudos na Academia Jurídica que se acabava de instalar. Moços entusiastas entretinham-se em palestras políticas e poéticas… Por esse tempo fundou-se uma associação literária, denominada Sociedade Filomática, da qual coube-me a honra de ser um dos instituidores.

Francisco Moniz Barreto – História da Literatura Brasileira

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TRANSIÇÃO

POETAS DE TRANSIÇÃO ENTRE CLÁSSICOS E ROMÂNTICOS (continuação)

Francisco Moniz Barreto (1804-1868) reclama agora a atenção. Aos dezoito anos alistou-se como voluntário nos batalhões patrióticos da Independência. Já nesse tempo era o que sempre foi, a mais assombrosa personalização do talento improvisatório que o Brasil tem possuído. Fez a campanha da Cisplatina, residiu no Rio de Janeiro até 1838. O resto da existência, passou-o’ na Bahia, sua terra natal.

Nos dous últimos decênios de sua vida, foi ali o centro de um movimento literário assaz considerável. Em torno do velho repentista figuraram Agrário de Meneses, Augusto de Mendonça, Junqueira Freire, Pessoa da Silva, Rodrigues da Costa, Gualberto dos Passos, Laurindo Rabelo e muitos outros poetas de talento.

Moniz Barreto publicou em 1855, sob o nome de Clássicos e Românticos, dous volumes de poesias. O título da obra indica bem nitidamente que ele próprio se considerava um espírito de transição entre as duas escolas literárias. O livro não tem grande valor; encerra as poesias meditadas e escritas pelo poeta; são as suas composições mais fracas.

O que assinala a Moniz Barreto um lugar único em nossa literatura é o seu talento de repentista.

A CIVILIZAÇÃO HELÊNICA

A RIVALIDADE ANGLO-FRANCESA, A POLÍTICA COLONIAL E O ESPÍRITO FILOSÓFICO

Índice – clique para expandir

A história européia do século XVIII distingue-se, politicamente pela formação do império britânico e socialmente pelo advento na França da idéia de igualdade, sem a qual a democracia não passa de uma palavra vã. O crescimento colonial da Inglaterra operou-se às custas da França, como a sua organização em grande potência se fizera às custas da Espanha e Portugal. Das descobertas ibéricas veio ela a colher o fruto opimo, disputando-o primeiro com seus corsários, depois com sua marinha real. Se esse fruto não foi propriamente o territorial, foi o senhorio dos mares. O senso prático dos governantes britânicos cedo percebeu que a condição insular, em vez de constituir uma inferioridade, representava uma vantagem, contanto que lhe correspondessem os meios de garanti-la. Para isto era mister não consentir da parte das potências continentais qualquer superioridade naval, nem tolerar nas costas dos Países-Baixos o estabelecimento de uma nação de primeira ordem. A ameaça da Invencível Armada, completada como fora projetado pela invasão do solo britânico por uma expedição comandada por Alexandre Famésio e partida do Escalda, dera o sinal de alarma para os séculos a vir.

A UNIVERSIDADE À LUZ DA FILOSOFIA CRISTÃ

Representation of a university class in the 1350s (wiki)

O objetivo deste texto é enfocar a Universidade hoje, segundo os valores evangélicos que permitam uma orientação que obvie as funestas distorções conducentes a uma neo-escravização do ser racional, as quais impedem uma ordem que favoreça o desenvolvimento integral do homem, nem propiciam condições para que ele se situe no mundo a fim de, com seu agir e operar, transformá-lo, humanizando-o.

O Pensamento Cartesiano

maravilhas das antigas civizações

Resumo

 

A conotação
teórica e referencial filosófica da disciplina História da Filosofia Moderna
permitiu a construção do presente trabalho. O objetivo deste artigo é delinear
sucintamente as bases, idéias e conseqüências do pensamento cartesiano. E
dentre o que será esmiuçado, enfatizar os elementos apresentados por Descartes
para a eclosão do novo pensamento filosófico. Sobressair-se-ão nesse sentido, a
formulação e caracteres do método, a dúvida metódica, as bases do “cogito ergo
sum”, as provas da existência de Deus, as regras da moral interina, bem como
seus pressupostos fundamentais: o Renascimento e o Humanismo. A fundamentação
do referente será abstraída de todo o pensamento cartesiano, especialmente da
obra Discurso do Método, dos estudos de Geovanni Reale e Dario Antiseri e de
Nicola Abbgnano. O pensamento cartesiano culmina entre os mais expressivos da
modernidade, justamente porque constrói de forma autêntica os argumentos que
provam à existência do homem enquanto ser pensante e consequentemente seu poder
cognoscível, após duvidar radicalmente de tudo que existe. Descartes parte da
construção de um método preciso constituído por regras metódicas para dele
justificar não só a substância pensante mas todos os ramos do saber; Deus, o
mundo, a moral etc. O referencial destas regras pauta-se nos conceito de
clareza, distinção e no conhecimento matemático. Em tese, Descartes
proporcionou através desses elementos uma reviravolta em todo o pensamento
filosófico. Tratou-se de uma mudança que fez ascender à centralidade do mundo
no homem, concretizando seu domínio na natureza e tão logo a revolução de maior
seqüela dos últimos tempos: a revolução científica.

 

Palavras –
chaves:
Método, Ser Pensante, Dúvida.

Nietzsche: Metafísica e Linguagem Subjetiva

RESUMO: O artigo visa abordar a metafísica a partir de um encadeamento de seu processo histórico, apontando a necessidade de ressaltar o papel da subjetividade ao longo desse projeto metafísico. Tendo como inspiração e ponto de partida de nossa análise o Prólogo do Assim Falou Zaratustra procuramos acompanhar a crítica que Nietzsche empreende ao modelo metafísico de pensamento, mostrando a necessidade de percorrer o caminho da Metafísica no ocidente, tendo como base os textos de maturidade do filósofo, onde fica evidente a orientação dada por Heidegger para a condução do problema.

Palavras-chave: Metafísica, Nietzsche, Subjetividade.

ABSTRACT: This essay aims to approach metaphysics coming from an enchainment of its historical process, indicating the necessity of making noteworthy the role of subjetivity along this metaphyisical project. Taking as inspiration and starting point of our analysis the Prologue of Thus said Zaratustra we try to follow the critics that Nietzsche undertakes the metaphysics model of thought, showing the necessity of covering the metaphysics way in the West, where the orientation given by Heidegger to the conduction of the problem is evident.

Keywords: Metaphysics, Nietzsche, Subjectivity.

Erudição e história na Idade Moderna

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Todos estes poetas são excedidos pelo escocês Buchanan, que compôs muitas poesias obscenas, e muitas outras contra os frades e a religião, confessando, sem se envergonhar, que o fazia por ordem do rei. A sua melhor obra é a Esfera, que fornece vasto campo às digressões; pelo que respeita a seu Psalmos, são mais gabados do que o merecem.

A erudição tinha-se tranqüilamente exercido sobre os clássicos e nas buscas de palavras, quando a reforma veio pôr em suspeição, aos olhos dos católicos, um estudo que fazia invasão nos campos da fé, e tornar ridículos para os protestantes as suas freqüentes necedades.

História da Suécia no século XVI

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

História Universal – Césare Cantu

CAPÍTULO XXVIII

Suécia

Durante o reinado de Cristiano II, cunhado de Carlos V, apelidado o Nero do Norte, João Ângelo Archimbold (1517), protonotário apostólico, passou à I Escandinávia como legado pontifical, para lá prodigalizar as indulgências. Êle obteve do rei autorização para percorrer o país mediante mil e cem florins do Reno, e cometeu as inconveniências a que de ordinário dava lugar este gênero de tráfico. Porém, logo que ajuntou muito dinheiro, o rei mandou confiscar o seu navio, cuja captura foi avaliada em vinte mil ducados.

As máximas de Lutero foram depois pregadas aoã suecos pelos filhos do marechal Pedro Fase, Olaus e Lourenço, que tinham sido educados em Wittenberg. A reforma não devia contudo nascer nestas regiões; como na Alemanha, de uma luta entre as opiniões religiosas, hierárquicas e políticas, que não resultam àá vezes de uma convicção profunda, mas sim de um golpe de Estado.

Cap. 10 – A Origem do Idealismo – Fundamentos de Filosofia de Manuel Morente

ordem dórica (segundo Augusto Choisy)

68. O CONHECIMENTO E A VERDADE NO REALISMO. — 69. CRISE HISTÓRICA AO LIMIAR DA IDADE MODERNA. — 70. NECESSIDADE DE COLOCAR DE NOVO OS PRORLEMAS. — 71. O PROBLEMA DO CONHECIMENTO SE ANTEPÕE AO METAFÍSICO. — 72. A DÚVIDA COMO MÉTODO. — 73. EXISTÊNCIA INDUBITÁVEL DO PENSAMENTO. — 74. TRÂNSITO DO EU ÀS COISAS.

O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO NA FILOSOFIA DA RAZÃO VITAL DE ORTEGA Y GASSET

O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO NA FILOSOFIA DA RAZÃO VITAL DE ORTEGA Y GASSET*

Danilo Santos Dornas**

Resumo: Neste trabalho, examinamos quais são os aspectos da Filosofia da Educação segundo o pensador espanhol José Ortega y Gasset (1883-1955). Adicionalmente, procuramos compreender qual a postura do educador e do educando nesse modelo teórico.

Palavras-chave: Filosofia, Educação, Raciovitalismo.

Considerações iniciais

Thomas More e Maquiavel – Teoria social e política no Renascimento”

maravilhas das antigas civizações

Esse breve resumo, tão breve que chega
a ser um crime de lesa-história, tem como objetivo contextualizar
o aparecimento da tradição humanista, a qual pertencem os
dois autores que vamos examinar: Thomas More e Maquiavel. Os humanistas
passam a questionar o teocentrismo, até então predominante.
Acreditavam que o homem devia ser o centro das investigações
filosóficas por ser ele o único ser capaz de conhecer. Os
humanistas achavam que no período que compreende a Idade Média,
acontecera um retrocesso, porque a humanidade se separara do modelo antigo.
Propõe então, a volta ao modelo clássico (grego e
latino), uma antropocentrização da arte e das ciências.
Com os aparatos tecnológicos que surgiram na época de nossos
autores, (tais como e bússola e a pólvora) a antiga visão
do mundo já não atendia mais às exigências,
a religião em decadência precisava ser repensada. O mundo
acordava de seu sono. O homem clamava pelo domínio sobre a natureza.