O CAMINHO DA CIÊNCIA DA ARTE – HISTÓRIA DA ARTE DE E. GROSSE (1893)

Galleiia Pilti Florença — Itália

HISTÓRIA DA ARTE DE ERNEST GROSSE (1893)

CAPÍTULO II – O CAMINHO DA CIÊNCIA DA ARTE

A missão da ciência da arte consiste em descrever e explicar os fenômenos englobados sob a denominação de "fenômenos de ordem estética". Essa tarefa encerra, porém, duas formas: uma individual e outra social.

Na primeira, trata-se de compreender uma obra de arte isolada, ou a obra completa do artista, descobrir as relações que há entre um artista e sua obra individual e explicar a obra de arte como produto de uma individualidade artística, trabalhando sob determinadas condições. A maioria dos homens julga os fenômenos de ordem individual muito mais interessantes que os de ordem social, principalmente em matéria de arte, em que a individualidade vale tanto. Assim, a maioria dos investigadores até agora entregou-se ao estudo dos problemas artísticos, do ponto de vista individual. Entretanto, deveriam ter compreendido que poucas probabilidades havia de encontrar uma solução. Com efeito, a forma individual do nosso problema não é viável, senão em pequeno número de casos, pertencentes todos aos últimos séculos. Ademais, sempre o trabalho mais paciente e a mais aguda perspicácia malograram diante da ausência quase absoluta de materiais.

Organização Política do Brasil antes da Independência

A colônia e o reino absoluto (continuação)

 

* * *

Agora, volvamo-nos para a organização política do Brasil. Como se sabe, consistia o império colonial português sul-americano em uma série de regiões, que primitivamente eram parte colônias feudais, parte colônias régias, porém pouco a pouco passaram, sem exceção, para a imediata soberania da coroa; excluindo-se algumas que se fundiram com as suas vizinhas, ao passo quê outras se desmembraram, sempre conservaram as províncias separadamente a sua individualidade independente e a sua própria administração local.

A soberania sobre essa série de Estados residia na coroa e no gabinete de Lisboa; todavia, tinha este criado, desde 1549, um órgão intermediário, uma autoridade colonial central, o governo-geral do Brasil, na Bahia, que exercia a superintendência sobre todas as províncias brasileiras e assegurava as relações oficiais com o governo da mãe-pátria. Esse poder central da colônia subsistiu, consoante o seu nome, até ao fim da era colonial, 1549-1760 na Bahia, 1763-1807 no Rio de Janeiro, e de 1720 em diante usou mesmo permanentemente do título mais brilhante de vice-reino; porém a sua autoridade sofreu sempre novas restrições: em primeiro lugar, perdeu sua ação sobre o Norte do Brasil, o denominado Estado do Maranhão, que foi subordinado diretamente ao gabinete de Lisboa (1621); e, se nominalmente lhe restava autoridade sobre as demais porções de terra, era só na aparência, sem significação real.

O ROMANTISMO NA LITERATURA BRASILEIRA – Silvío Romero

TERCEIRA ÉPOCA OU PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO ROMÂNTICA — POESIA (1830-1870)

CAPITULO I

O ROMANTISMO

O momento histórico aberto agora diante dos olhos dos leitores, o romantismo, representa só por si quase toda a literatura do século XIX, e, todavia, ainda não tem sido bem apreciado. Distendido entre dous inimigos, dous rivais poderosos, tem levado golpes à direita e à esquerda. Nós os homens do último quartel do século não assistimos à sua luta com o classismo, pugna brilhante de que saiu vitorioso: presenciamos em compensação seu pelejar com o naturalismo e dez outras teorias, que o pretenderam definitivamente enterrar.

A CIVILIZAÇÃO HELÊNICA

ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS EM MAO TSÉ-TUNG.

maravilhas das antigas civizações

Resumo República Popular da China: O que foi a Revolução Chinesa? Muitas perguntas,
muitas respostas…Como era a China antes da revolução? Como foi a
Revolução Chinesa? Como ficou a China depois da Revolução? Em que consistiam as
maiores personalidades da Revolução Chinesa, em Mao tse-tung, (1893-1976)? 
O
que foi a Revolução Cultural Chinesa? Percebe-se que a revolução chinesa foi
uma luta nacionalista, que iniciou-se no século XX,  a fim de que os
chineses ordenassem a China sem intervenção de nenhum outro país, tendo uma
vitória Socialista. Ainda ficam algumas indagações: O que foi a Guerra
do Ópio? Quem liderou a Guerra do Ópio? Qual os principais acontecimentos da
Guerra do Òpio? Quais foram as conseqüências da guerra do ópio?

Palavras-Chave: Origem – Imperialismo
– República Popular da China – Mão Tse-Tung.

Filosofia Renascentista

filósofo renascença

93. FILOSOFIA DA RENASCENÇA — Os ataques contra a filosofia das escolas alastraram-se por toda a Europa, assumindo a feição de uma verdadeira ofensiva geral. O movimento de idéias, conhecido pelo nome de Renascença (80) e caracterizado na literatura e nas artes por um esmerado cultivo da forma e por uma admiração exageradamente entusiasta da antigüidade paga, apresenta-se em filosofia como uma reação hostil, cega e violenta contra as tendências medievais. Por toda a parte, os filósofos, mediocridades, na maioria, de pequena envergadura, não fazem senão impugnar, criticar e destruir as antigas doutrinas, sem vingar construir uma síntese duradoura. A desorientação geral do pensamento é manifesta. Uns deprimem sem critério a autoridade de Aristóteles, outros sobremaneira a elevam. Estes exaltam a fé a ponto de descrerem da razão, aqueles divinizam a razão, renegando a fé; alguns, enfim, para conciliarem os desvios da inteligência com as exigências da ortodoxia recorrem à esdrúxula teoria das duas verdades (81). Em tudo há falta de unidade, exagero, excesso (82).

Erudição e história na Idade Moderna

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

Todos estes poetas são excedidos pelo escocês Buchanan, que compôs muitas poesias obscenas, e muitas outras contra os frades e a religião, confessando, sem se envergonhar, que o fazia por ordem do rei. A sua melhor obra é a Esfera, que fornece vasto campo às digressões; pelo que respeita a seu Psalmos, são mais gabados do que o merecem.

A erudição tinha-se tranqüilamente exercido sobre os clássicos e nas buscas de palavras, quando a reforma veio pôr em suspeição, aos olhos dos católicos, um estudo que fazia invasão nos campos da fé, e tornar ridículos para os protestantes as suas freqüentes necedades.

O pensamento na era da liberdade e da criatividade

filosofia da mente

            Em grande parte dos balanços que se fazem do
pensamento pós-moderno, ressalta-se, compensando a ruína das "grandes
narrativas", dos "mega-relatos" filosóficos, teológicos,
sociológicos e outros, percebe-se o surgimento de um "canteiro de
obras" entregue à liberdade e à criatividade das pessoas. Se por um lado
amarga-se a falta de segurança e dos pontos de referência,  por outro, aumentam
os espaços limpos para novas construções.

            Sendo assim, o filósofo é solicitado a deixar
os jargões fáceis, os sistemas decorados, para ir construindo seu próprio
pensamento com abundância de elementos acessíveis. Se o risco de errar cresce,
o fascínio da aventura entusiasma.

O Século XIX – História da Arte

Pierre du Columbier – História da Arte – Cap. 13 – O Século XIX

Tradução de Fernando Pamplona. Fonte: Editora Tavares Martins, Porto, Portugal, 1947.

O meio romano

 UM observador houvera podido conjecturar, em meados do século XVIII, que a Itália,e particularmente Roma iam retomar a direcção das artes, que lhes pertencera durante tanto tempo, e que a opinião geral estava inteiramente disposta a atribuir-lhes de novo. Reinava, com efeito, nessa cidade um estado de espírito que lembra, guardadas as devidas proporções, o do século xvi. De novo se descobria o antigo. Esta fermentação é por vezes relacionada com as escavações recentemente executadas em Pompeia e Herculano. Elas não lhe são estranhas e concebe-se o choque que produziu a vida íntima da Antiguidade de súbito revelada à luz do dia; no entanto, este género de explicação é demasiado fácil, assim como os achados arqueológicos feitos três séculos atrás não bastavam para justificar a Renascença. Trata-se antes de um episódio desseeterno movimento pendular que faz com que a um período de frivolidade suceda um período severo, a um período de liberdade um período de disciplina. A reacção contra o barroco tinha de vir: agarrou-se ela á antiguidade romana e etrusca, visto que a antiguidade grega continuava a ser quase por completo ignorada.

ANÁLISE FILOSÓFICO-POLÍTICA DE A MANDRÁGORA, DE NICOLAU MAQUIAVEL À LUZ DE O PRÍNCIPE E COMENTÁRIOS SOBRE A PRIMEIRA DÉCADA DE TITO LÍVIO

Na reflexão filosófica é de praxe
considerar as variadas concepções presentes no pensamento do filósofo estudado.
Suas concepções de homem, de Deus, de História, de Mundo, são um personalizado
instrumento metodológico para a compreensão do pensamento do autor como um
todo. Quanto mais coesa sua cosmovisão, indubitavelmente, estará isenta de
contradição e, noutro sentido, quanto mais desarmônica, mais prejuízo
acarretará ao entendimento cabal do sistema filosófico do pensador.

Vôo Noturno – Antoine de Saint-Exupéry

Vôo Noturno – Antoine de Saint-Exupéry I Na tarde dourada, já as colinas, sob o avião, iam cavando o seu rasto de sombra. Os campos tomavam-se luminosos, duma luminosidade perene: naquelas regiões, os campos não cessam de espalhar o seu ouro, assim como no inverno não findam a sua apoteose de neve. E o piloto … Ler mais

A racionalidade e a origem da civilização ocidental

maravilhas das antigas civizações

Tornou-se axiomático pensar que a nossa civilização, fundamentado em princípios racionais e na racionalidade, surgiu com o progresso técnico e científico iniciada com os gregos, pois foram eles que criaram uma extensa gama de conhecimentos, como também os grandes fundamentos do pensamento filosófico e do pensamento político. Contudo, esse diagnóstico tornou-se problemático. Com o avanço dos estudos e das novas descobertas na Mesopotâmia, nestes últimos cem anos, tornou-se possível demonstrar que aquela civilização atingiu um grande desenvolvimento racional e uma grande racionalidade técnica, muito antes da civilização grega ter surgido. A partir deste diagnóstico, o objetivo deste ensaio é investigar o advento da racionalidade na Mesopotâmia. 

Doença de Nietzsche / Vida de Friedrich Nietzsche – Daniel Halevy /5

VIDA DE FREDERICO
NIETZSCHE

Autor: Daniel Halévy

Tradutor: Jerônimo Monteiro
Extraído da edição da Editora Assunção ltda.
Coleção Perfis Literários

 

 O livro foi dividido em 7 páginas

Cap. 1 – OS ANOS DE
INFÂNCIA
Cap. 2 – OS ANOS DA
JUVENTUDE
Cap. 3 – FREDERICO NIETZSCHE E
RICHARD WAGNER — TRIEBSCHEN
Cap. 4 – FREDERICO NIETZSCHE E
RICHARD WAGNER — BAYREUTH
Cap. 5 – CRISE E CONVALESCENÇA Cap. 6 – O TRABALHO DO
"ZARATUSTRA"
Cap. 7 – A   ÚLTIMA   SOLIDÃO [download id=”45″]

 

 

V

CRISE  
E   CONVALESCENÇA

Frederico
Nietzsche regressou a Basiléia. Achando-se fraco e doente dos olhos, teve que
aceitar o auxílio que seus amigos lhe ofereciam. Um era um jovem estudante
chama– do Köselitz, a quem, por brinquedo, apelidara Peter Gast — "Pedro,
o hóspede", sobrenome que ficou — o outro era aquele Paulo Rée, judeu de espírito
agudo, que conhecera fazia dois anos.
Graças à abnegação de ambos, pôde Nietzsche reler as notas escritas em
Klingenbrunn, nas quais esperava encontrar matéria para uma segunda Extemporânea. Paulo Rée publicava, então, as suas Observações Psicológicas, reflexões
inspiradas pelos mestres ingleses e franceses, por Stuart Mill e La Rochefoucauld. , Frederico Nietzsche ouviu a leitura deste opúsculo e apreciou-o. Admirou a maneira prudente com que nele se conduzia o pensamento; gozou-o como um repouso, depois das enfáticas cerimônias de Bayreuth, e resolveu entrar na escola de Rée e de seus mestres. No entanto, continuava sentindo o enorme vácuo que nele deixava a sua renúncia a Richard Wagner.