ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS EM MAO TSÉ-TUNG.

ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS
EM MAO TSÉ-TUNG.

 

Luciano Bezerra Agra Filho

[email protected][1]

 

Resumo: O que foi a Revolução Chinesa? Muitas perguntas,
muitas respostas…Como era a China antes da revolução? Como foi a
Revolução Chinesa? Como ficou a China depois da Revolução? Em que consistiam as
maiores personalidades da Revolução Chinesa, em Mao tse-tung, (1893-1976)? 
O
que foi a Revolução Cultural Chinesa? Percebe-se que a revolução chinesa foi
uma luta nacionalista, que iniciou-se no século XX,  a fim de que os
chineses ordenassem a China sem intervenção de nenhum outro país, tendo uma
vitória Socialista. Ainda ficam algumas indagações: O que foi a Guerra
do Ópio? Quem liderou a Guerra do Ópio? Qual os principais acontecimentos da
Guerra do Òpio? Quais foram as conseqüências da guerra do ópio?

Palavras-Chave: Origem – Imperialismo
– República Popular da China – Mão Tse-Tung.

 

 

ORIGEM, REVOLUÇÃO CHINESA E O ESTABELECIMENTO DA
REPÚBLICA POPULAR DA CHINA: INTERFACES SÓCIO-IDEOLOGICAS MARXISTAS-LENINISTAS
EM MAO TSÉ-TUNG.

ABSTRACT: What went to Chinese Revolution? Many
questions, many answers… How it was China before the revolution? How it went
to Chinese Revolution? How it was China after the Revolution? Of what there
were consisting the biggest personalities of the Chinese Revolution, of Hand
tse-tung, (1893-1976)? What went to Cultural Chinese Revolution? It realizes
that the Chinese revolution was a struggle nationalist, who began in the
century XX, so that the Chinese ordered China without intervention of any
another country, having a Socialist victory. They are still some
investigations: What went to War of the Opium? Who led the War of the Opium?
Which the principal events of the War of the Òpio? What were the consequences
of the war of the opium?

 

Key words: Origin – Imperialism – People’s republic
of China – Hand Tse-Tung.

 

 

 

ORIGINE RÉVOLUTION CHINOISE ET LA MISE EN
PLACE DE LA RÉPUBLIQUE POPULAIRE DE CHINE: SOCIAL INTERFACES IDÉOLOGIE
MARXISTE-LÉNINISTE EN MAO ZEDONG.

 

 

Résumé: Quelle a été la révolution chinoise? Beaucoup de questions, beaucoup de réponses
… Comment était la Chine avant la révolution? Comment a été la révolution chinoise? Comment la Chine
après la révolution? En quoi
consistait les plus grandes personnalités de la révolution chinoise de Mao
Tsé-toung (1893-1976)? Quelle a été la Révolution culturelle chinoise? Il est
remarqué que la révolution chinoise était une lutte nationaliste, qui a
commencé au XXe siècle, les Chinois comme la Chine ordonnés sans l’intervention
d’un autre pays, avec une victoire socialiste. Il ya encore quelques questions: Quelle a été la
guerre de l’opium? Qui conduit la guerre de l’opium? Quels événements majeurs de la guerre de l’opium?
Quels ont été les conséquences de la guerre de l’opium?

 

Mots-clés: Source – l’impérialisme – République populaire de
Chine – Mao Tse-Tung.

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

                 A Revolução
Chinesa figura, junto a Revolução Russa e a Revolução Cubana, como uma das
grandes revoluções desse século. De cunho socialista, ela transformou
radicalmente todos os setores da vida de um povo que como população nacional
corresponde, na atualidade, um quinto da população mundial sendo a maior do
mundo, sejam mudanças políticas, econômicas, administrativas, sociais,
culturais e assim sucessivamente. Por tudo isto, John Chan, colocou
sobre os Sessenta anos da Revolução Chinesa dizendo o que:

 

Estas celebrações não estão em desacordo com o maoísmo
e a Revolução Chinesa de 1949, mas são o seu resultado lógico. O PCC foi
formado em 1921, influenciado pela Revolução Russa de 1917 com base no
marxismo. No entanto, foi rapidamente impactado pela ascensão do stalinismo na
União Soviética. Sob condições em que o primeiro estado operário estava
isolado, o grupo de Stalin, representando os interesses de um aparato
burocrático conservador, usurpou o poder após a morte de Lenin, em 1924, com
base na rejeição do internacionalismo socialista. (CHAN, 2009, p. 01)

 

 

                  Podemos
perceber neste fragmento extraído acima, que essa revolução é processada de um
modo universal e ao mesmo tempo singular em relação a outros fatos semelhantes
ocorridos em outras regiões do mundo. Para compreendê-la é necessário
compreender não somente os fatos ocorridos durante seu processo de
acontecimento, é necessário analisar, intertextualizar, contextualizar as
circunstâncias anteriores que levaram a revolução, sua trajetória esta
diretamente intrínseca ao passado da China e de seu povo, suas tradições, e
costumes, as idéias das várias correntes revolucionárias, suas contribuições e
divergências entre si.

                   Diferente da
Revolução de 64 ocorrida no Brasil, a revolução Chinesa foi uma revolução no
sentido estrito da palavra, ou seja, uma mudança radical e drástica de uma
situação vigente, a revolta de uma classe dominada contra uma classe dominante
culminando conseqüentemente com a derrubada da última pela primeira, e não um
golpe onde, como no Brasil em 64, se muda somente uma forma de governo ou uma
classe dominante.

                    A força desse
movimento esta no fato dele ser vindo do próprio interior do povo chinês,
embora tenha seus grandes revolucionários buscando apoio em teorias socialistas
vindas do Ocidente, ela somente teve sucesso por que buscou embora usando
métodos importados, a superação e a resposta para seus problemas no próprio
interior, na história do seu povo, em suas milenares tradições de um povo que
difere do que pregam muitos autores, nunca foi submisso a dominação
estrangeira, isso provocado através das várias revoltas sufocadas durante o
longo de suas história.

                    Vale
ressaltar, que a revolução Chinesa foi uma revolução no sentido estrito da
palavra, uma revolução de cunho socialista violenta como todas elas.
Percebe-se, que uma revolução não é uma festa, nem simplesmente escrever um
ensaio, ou até mesmo pintar um quadro, ou ainda fazer um bordado. E não pode
ser muito refinada, lentamente e suave, nem comedida, gentil, cortês, discreta
e magnânima. Como se vê, uma revolução é uma insurreição, um ato de violência
mediante o qual uma classe subjuga a outra, e é por isso que Mão Tse-Tung[2]
estava certo ao argumentar, meditar e a falar essas palavras, e assim ocorreu a
revolução Chinesa.

                     No decorrer
das próximas páginas, será explicada o porque dessa revolução, o seu
desenrolar, seus grandes momentos, os elementos fundamentais que explicam, que
contribuíram, o fim do processo revolucionário armado e as perspectivas dessa
revolução que ainda não acabou, que gradualmente, passo a passo procura
instaurar na China um socialismo, coerente comum as características chinesas,
assim mesmo depois do fim do processo armado a revolução continua a trilhar
seus caminhos.

 

UM PEQUENO RELATO DA HISTÓRIA
DE UMA GRANDE NAÇÃO

                 Terra,
esse é o principal elo de união do povo chinês. Assim como a terra gira em
torno do sol, a sociedade chinesa vive em torno da terra, é impossível
compreender a história chinesa sem estudar e compreender as grandes ligações
históricas do povo chinês com a terra. A história da China remonta de mais de
dois milênios, sempre ligada a terra como base principal de sua economia, essa
ligação com a terra influenciou direta ou indiretamente todos os movimentos
revolucionários chineses, até a Revolução Chinesa pois essa teve como classe
mais importante o campesinato. As rebeliões camponesas são um elemento
essencial na construção da história chinesa, elas têm o mesmo papel,
importante, das ocorridas na Europa Medieval. Enquanto a Europa viveu cerca de
um milênio, com o sistema feudal a China conviveu com o feudalismo do século VI
a.C, até praticamente o início da revolução. Assim a partir das contradições
desse sistema, principalmente a grande opressão contra os camponeses, houve
dezenas de revoltas que chegaram até derrubar dinastias. Segundo Han Suyin
argumentou que: No ano 17 D.c., que foi de terrível seca, dois camponeses, Wang
Kuang e Wang Feng, organizaram um exercício e atacaram os latifúndios, em 184
D.c., uma rebelião camponesa maciça, chamada de Revolta dos Turbantes Amarelos,
abalou o regime do Han Oriental que caiu. (SUYIN, 1969, p. 27). Com referência
a isso, José Renato Salatiel, relatou que:

 

 

[…] O clima de revolta contra os estrangeiros e os
senhores feudais incentivou levantes populares como a Revolução Celestial
Taiping (1851-1864) e as rebeliões dos Nain (1851) e dos Boxers (1900-1901). O
sentimento anticolonialista entre os camponeses – que, correspondendo a 80% da
população, eram a grande força militar do país – foi canalizado na formação do
Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês). O partido foi criado por Sun Yat-sen
(1866-1925), que proclamou a República entre 1911 e 1912. Mas mesmo tendo
derrotado a monarquia feudal, os nacionalistas não conseguiram manter o poder,
que foi transferido para senhores da guerra ligados às potências estrangeiras.
Na prática, portanto, pouca coisa mudou.[…] (SALATIEL, 2009, p. 01)

 

 

                O sistema feudal
chinês teve várias particularidades únicas entre elas há o feto que ele passou
em sua maior parte do tempo com seu poder político centralizado, mesmo havendo
grandes poderes nas mãos dos grandes latifundiários, o que permitia a
construção de grandes obras do Estado como irrigação, drenagem e etc,. outra de
suas particularidades é a substituição, a partir do século III D.c da
aristocracia feudal por uma nova elite surgida, a dos burocratas do governo e
dos intelectuais, surgia agora uma literocracia, um governo baseado no direito
divino de saber ler. Essa literocracia amainava as revoltas camponesas,
utilizando de concessões reformistas para impedir o declínio das casas
imperiais, mas isso foi em vão. Além dos problemas internos com suas classes
sociais, em contradição, fato esse aumentava nos períodos da seca ou inundação
o que não era fato excepcional na China, esta manteve que conviver com várias
invasões estrangeiras, os mongóis no século XVIII, os Mandchus no século XVIII,
que fundaram a última dinastia chinesa a dos Sings, e principalmente a das
potencias imperialistas do século passado. É nesse contexto que José Renato
Salatiel argumentava que:

 

Considerada um dos berços da civilização, a China
desenvolveu a escrita, o Estado e várias tecnologias – como a fundição de ferro
e bronze, fabricação de tecidos, indústria naval e imprensa – muito antes do
Ocidente. Enquanto os gregos inventavam a filosofia ocidental e a democracia,
entre os séculos 8 e 3 a.C. os chineses faziam a transição da sociedade
escravista para o regime feudal, com amplo desenvolvimento cultural e
científico. Foi também um período marcado por guerras entre os senhores
feudais, até que a dinastia Qin instituiu o primeiro Estado centralizador, com
o objetivo de unificar o país e resolver os conflitos internos. Os dois mais
famosos legados da China feudal são da dinastia Qin: a Grande Muralha e o
Exército de Terracota. Nos séculos seguintes, a disputa entre dinastias ora
centralizava ora descentralizava o poder no Estado chinês. Durante a dinastia
Ming (1368-1644), no século 14, o país possuía a mais avançada frota naval do
mundo. Porém, a expansão mercantilista foi proibida pelo sistema feudal,
influenciado por aspectos mais conservadores da doutrina de Confúcio (551 a.C.-
479 a.C.). Isso contribuiu para a ascensão da monarquia absolutista Qing e o
atraso econômico, social e industrial da China em relação à Europa. Foram essas
desvantagens frente aos impérios coloniais do século 19, somadas a
instabilidades internas causadas por rebeliões camponesas, que deixaram o país
suscetível a interferências de nações imperialistas. Após a primeira Guerra do
Ópio (1840), contra a Inglaterra, o país foi praticamente retalhado em colônias
inglesas, francesas, alemãs, japonesas e americanas. (SALATIEL, 2009, p. 01)

 

 

E ASSIM CHEGOU O
IMPERIALISMO

                 A partir do
século XIX a China começa a ser alvo da expansão imperialista que agora de
forma mais organizada e predatória e aproveita-se da fragilidade da dinastia
Manchu[3],
que não era aceita pelo povo chinês por ser de origem estrangeira, além de
outros problemas sócio-econômicos. Confirma-se, portanto, que Han Suyin disse o
seguinte:

 

O duplo impacto da agressão ocidental e da
desintegração interna devido a corrupção e ineficiência dos Mandchus, destrocou
a economia chinesa. A destruição da base econômica do feudalismo, a economia
agrária, criou uma mercadoria e um mercado de mão de obra, e abriu a
possibilidade do desenvolvimento do capitalismo na China. (SUYIN, 1969, p.
31-32).

 

 

                 A Ásia Oriental
sofreu diferente da África, exceto, a dominação colonial das potências
européias dos séculos XVI – XVIII, estas somente exerciam um comércio
controlado pelo Estado. Na China o comércio anterior era controlado e
organizado pelo governo através de uma associação comercial denominada Ko Hung,
em Catão[4].
Isso ia de encontro aos interesses das potencias imperialistas da época. Ainda
discorrendo sobre isto, Suyin colocou que: “O capitalismo monopolístico
ocidental estava exportando capital para as áreas dominadas, a fim de
beneficiar-se com a mão-de-obra e matérias-primas baratas, e porque temia o
surgimento de potências industriais asiáticas rivais.” (SUYIN, 1969, p. 32).

                  Através de
tratados iníquos[5],
direitos extraterritoriais, indenizações de guerra, concessões, ocupação por
tropas estrangeiras, massacres e saques das cidades chinesas. Um marco disso é
a primeira Guerra do Ópio (1839 – 42)[6],
era o pretexto, o ponto de partida da dominação estrangeira imperialista.
Depois de várias tentativas da dominação estrangeiras imperialista. Depois de
várias tentativas pacíficas de dominação os imperialistas ingleses-europeus
mais fortes na região, declaram guerra à China. Essa oportunidade surgiu depois
da destruição de um carregamento de ópio inglês, que foi seguida de uma
expedição naval, que após bombardear Nanquim o primeiro dos tratados iníquos,
obtendo a Inglaterra, a ilha de Hong Kong, a abertura de outros cinco portos,
uma indenização de guerra e o fim do monopólio comercial de Ko Hung. Depois a
França e os EUA, em 1844 conseguem vantagens semelhantes, as últimas
resistências do débil governo imperial foram destruídas por novas intervenções
estrangeiras [a segunda[7]
e a terceira[8]
guerra do ópio em 1856 e 1858], que conduziu ao tratado de Pequim em 1860,
abrindo aos ocidentais outros onze portos além de indenizações de guerra e
concessões extra territoriais. Além dessas, outras investigações estrangeiras
consolidaram a dominação imperialista na China. Esses fatos não ocorrem com a
subserviência do povo chinês, este resistiu às investidas estrangeiras. A elite
dominante em sua maioria era subserviente aos estrangeiros, a dinastia imperial
não era aceita pelo povo. O povo resistiu a dominação estrangeira através de
sociedades secretas e rebeliões de tendências xenófobas, coletivas,
progressistas e igualitárias como a Revolução dos Taipings[9]
e a Insurreição dos Boxers[10].
Quais foram as causas da revolta de taiping?

 

REVOLUÇÃO:
A BUSCA DE NOVOS CAMINHOS

                  A partir de
meados do século passado com o imperialismo começa a chegar na China idéias
políticas ocidentais que influenciaram os indivíduos que lutavam contra a
dominação estrangeira. Tendo como idealismos máximos Liang Ch’i-Ch’ao[11]
e depois Sun Yat-sen[12],
iniciou-se um movimento revolucionário que tinha como objetivo trazer pra China
as idéias e realizações do Ocidente, era um movimento que pregava o anti
imperialismo, a democracia, a centralização do Estado e sua modernização, o que
seria uma revolução democrática burguesa e alcançou maior penetração na pequena
elite capitalista nacional. Esse movimento, republicano, teve como conseqüência
máxima a proclamação da república em 1911, só que como todas as revoluções de
caráter burguês, não superou os grandes problemas e contradições do povo
chinês. É nesse contexto, que Rubin Santos Leão de Aquino, nos mostrou que:

 

Mesmo após a proclamação da república, China não se
livrara da anarquia interna e da pressão do imperialismo crescendo as
rivalidades entre norte-americano e japoneses. Contudo mudanças ocorriam face
ao desenvolvimento das industrias, favorecidas pela disponibilidade de
mão-de-obra barata. O proletariado uno aumentava e constantes greves
evidenciavam crescente descontentamento. A grande maioria da população
compunha-se de camponeses pobres, cujas dificuldades aumentavam com o continuo
fracionamento da terra, com a elevação das taxas de arrendamentos do solo, com
as freqüentes guerras e inundações decorrentes das cheias dos rios. (AQUINO, 1988,
p. 117)

 

 

                  A pequena elite
capitalista não tinha força militar, esta ainda estava nas mãos dos
latifundiários, o operário era pouco e nem todos os camponeses eram favoráveis
a revolução, isto por causa de longa tradição de serviência baseadas nos
ensinamentos de Confúcio. Com a proclamação da república Sun Yat-sen é
declarado o primeiro presidente da China, mas logo depois aproveitando-se da
fragilidade do governo Yuan Shikai[13],
general chinês que liderando a classe militar e mais reacionária do novo regime
tomou as rédeas do poder colocado o Kuomitang (Partido Nacional Chinês, fundado
por Sun Yat-sen),[14]
e exilado Sun Yat-sem, fora-da-lei. Em 1919 Sun exilado volta a China para
continuar a luta.

                   Nesse ano a
península de Chanfung é invadida pelo Japão e tem sua ocupação endossada pelos
aliados durante a Conferência de Versalhes, é um período de efervescência de
idéias de movimentos culturais e políticos que culminou com o movimento de 4 de
maio. Esse movimento, considerado o marco para a verdadeira luta
antiimperialista, iniciou-se com um protesto de mais de 5 mil estudantes que
marcharam pela ruas de Pequim e desencadeou uma séries de greves e protestos de
fins políticos, somente antiniponicas o que fez com que o governo de Pequin
rende-se anunciando que se recusaria a assinar o tratado de paz de Versalhes, é
aí que surge no contexto revolucionário duas correntes de idéias: uma que
pretendia manter intactas as estruturas sociais tradicionais da China
revestindo-a de uma cultura moderna ocidentalizante e outra que achava
necessária transformação radical das relações sociais e conseqüentemente uma
transformação da cultura.

                  Em 1921, Sun
Yat-Sem é reeleito presidente da China começando uma violenta luta contra os
senhores da guerra e os outros requisitos do antigo regime. O kuomitang se
volta para Rússia se aliando a seu opostos o Partido Comunista Chinês, e o
governo acontece o I congresso do Kuomitang que assume três opções políticas, a
saber, voltar-se para a Rússia, unir-se com o PCC e uma unidade de ação a das
massas a favor dos camponeses e operários com base dos princípios de
nacionalidade, democracia e solidariedade entre classes, e isso durou até 1925
quando, de câncer, morre Sun Yat-sem. Com a morte de Sun assume o poder de Chiang
Kai-shek[15],
líder da força militar do Kuomitang, que seguiu uma linha dura e autoritária
mantendo-se no poder até 1949, em um governo tumultuado e marcado por uma
guerra civil. É no governo Chiang que o Kuomitang deixa claro sua opção pelos
interesses da burguesia chinesa, inicia-se em seu governo um período de
repressão ao movimento comunista que tem sua ruptura oficial com o governo em
1927 depois do massacre de líderes sindicais e membros do PCC que havia
libertado Xangai das mãos do senhor da guerra local através de uma insurreição
popular. Em seu governo expande-se o domínio o Japão que a partir da primeira
década do século se torna mais agressivo de insistente querendo tornar a China
em um protetorado seu, fonte de matérias-primas. O Kuomitang pouco fez contra o
gradual invasão japonesa, e achava melhor primeiro destruir o poder vermelho
interno e depois lutar contra a invasão estrangeira.


VEM OS COMUNISTAS

 

                  Depois da
Revolução de 1917, os movimentos revolucionários de todo mundo passaram a ter
uma corrente ideológica de maior predominância, a dos comunistas que com a
vitória do movimento russo passaram a dianteira do mundo. Partidos comunistas
foram fundados em todo mundo inclusive na China. Em 1921 foi fundado o Partido
Chinês[PC], que teve origem de grupos de estudos Marxistas que aproveitaram
idéias de Marx e Engels vindas com outras idéias ocidentais e teve como
introdutores Li Ta-Chao[16]
e  Ch’en Tu-hsiu[17],
os quais eram amigos de Mão Tse-tung, o maior expoente marxista e
revolucionário da China. De acordo com a leitura de Hedda Garza, notamos que:

 

Em 1921, o Comitern, fundado por Lênin para dirigir o
movimento socialista a nível mundial ordenou a fusão de todos os grupos
marxistas da China em um único partido. Logo em seguida Ch’Em e Li organizaram
uma conferência na possessão francesa de Xangai, reunindo representantes de 57
grupos marxistas no I Congresso do Partido Comunista Chinês. (GARZA, 1988, p.
29)

 

                  A partir de sua
fundação o PCC foi orientado por idéias vindas de Moscou, teve vários períodos
de unidade com o Kuomitang, também por orientações russas, primeiramente quando
de sua fundação até a morte de Sun Yat-Sem, após a morte de Sun Chiang começa
uma onde de repressão contra o PCC o que tem como conseqüência a ruptura da
frente unida. Mesmo depois de muitas fracassadas tentativas de uma frente unida
entre o PCC e o Kuomitang, o Comintern[18]
continuou a direcionar o PCC para este intenso que causou o aparecimento de
correntes divergentes de pensamentos dentro do PCC. Mão Tse-Tung faxia parte de
uma das correntes oposicionistas as idéias vindas de Moscou, alem de surgirem
várias polêmicas teóricas sobre a classe revolucionária mais importante na
China: o campesinato ou o proletariado urbano.

                  Obedecendo a
orientação da III internacional, e do governo soviético o PCC segue as
diretrizes de que a revolução deve ser dirigir pelo proletário urbano, só que,
várias tentativas revolucionárias partidas dessa idéia fracassaram, a exemplo
disso temos a Revolta da Colheita de Outono que fracassou e que causou a morte
de milhares de revolucionários. A partir desse fracasso inúmeros
revolucionários inclusive Mão Tse-Tung, começaram a crer que a verdade era a
classe dirigente da revolução era o campesinato e que além de nacionalistas a
revolução precisava ser efetivamente social. A luta armada deveria ser vista
como uma luta de classe, e o terreno decisivo dessa luta estava no campo e não
na cidade. Em uma sociedade eminentemente agrária, a bandeira a ser levantada
seria a terra é unicamente de quem trabalha. (BEZERRA, 1987, p. 47).

 

 

MAO
TSÉ-TUNG – O GRANDE TIMONEIRO

                  A Revolução
Chinesa como um grande espetáculo teve uma grande estrela, que participou de
todos os importantes fatos do processo revolucionário, esta estrela é Mao
Tse-Tung. Filho de camponeses, teve sempre um espírito revolucionário, forte e
impulsivo, nascido em 1893 em SHAOSHAN, na província de Hunan[19]
e teve dois outros irmãos mais novos. Até os 6 anos teve uma vida melhor que a
dos outros camponeses, aos 8 começou a estudar fazendo depois, um curso de
treinamento de professores depois, Direito. Por conflitos com seu pai, saiu de
casa para estudar em Changsha[20],
capital da província. Em 1911 entra para o exército de Sun, participa de vários
movimentos sociais, ajuda a fundar o PCC em 1921, líderes a longa marcha de
1934 a 1935 e em 1949 com a vitória dos comunistas torna-se o primeiro
presidente da República Popular da China.

 

O
INÍCIO DA REPÚBLICA SOCIALISTA E A LONGA MARCHA:

            
   Embora com as várias tentativas de formação de uma frente unida,
entre Kuomitang e o PCC, estes sempre foram antagônicos, e sempre viveram em
constantes atritos, a partir de 1930, Chiang aumenta a repressão contra o PCC
com campanhas de cerco e aniquilamento das bases vermelhars (localizadas sobre
o domínio comunistas nas quais se tentava em com a organização socialista em
pequena escala), que já contava em com a população de 9 milhões de habitantes.
Sempre sem êxito até que em 1930 inicia uma campanha com 900 mil homem do
exército do Kuomitang, que se viu obrigado a fazer uma retirada estratégica que
ficou conhecida como a longa Marcha.

                  Durante um
pouco mais de um ano esquivando-se do exército nacionalista, enfrentando fome e
frio, Mão liderando o exército vermelho (cerca de cem mil homens) sai de
Kianesi, no sul da China e apenas 20 000 chegam ao norte em Yenan na província
de Shensi, aí os comunistas aprofundam questões teóricas sobre a revolução alem
de fazerem experiências sobre a estrutura de organização da sociedade
socialista. De Yenam parte uma ofensiva contra os japoneses que desde a década
de 30 vinha ocupando o território da China. Enquanto exército nacionalista
pouco fazia contra a invasão japonesa, o que causava revolta do povo chinês, o
exército vermelho aos poucos iam se tornando a maior força de resistência ao
invasor japonês.

                  Em 1937, com a
intensificação da invasão japonesa é formada uma frente unida entre o PCC e o
Kuomitang e o governo da China comunista(zonas liberdade e dirigidas pelo
exército vermelho que em 1944 tinha 100 milhões de habitantes e correspondia a
China setentrional e centro meridional). Não era um governo de coalizão e se
uma trégua dada ao PCC para que este prosseguisse com a luta antiniponica. Durante
a II Guerra mundial depois da declaração de guerra dos EUA contra o Japão, este
(EUA) passa a mandar armamentos para China Nacionalista para que esta lutasse
com o Japão. Com as expulsão dos japoneses do território chinês e o fim da II
guerra mundial em 45, inicia-se a última guerra civil na China. O PCC agora com
o apóio maciço da população após
mais 4 anos de luta, em 49 derruba o governo de Chiang e em 1º de outubro de 49
proclama a República Popular da China tendo Mão Tse Tung como primeiro
Presidente.

 

A REPÚBLICA POPULAR DA CHINA

                  Segundo, o jornalista e professor
universitário José Renato Salatiel afirmou que:

 

A China era então um país pobre, atrasado e
completamente destruído por mais de duas décadas de guerras e batalhas
domésticas. Nas três décadas seguintes, Mao Tse-tung fez do país um dos maiores
laboratórios da experiência socialista do século passado, grande também em seus
desastres. No decorrer do Grande Salto Adiante (1958-1961), campanha que tinha
como objetivo modernizar a China aumentando a produção agrícola e acelerando a
industrialização, cerca de 20 milhões de pessoas morreram de fome. Já a
Revolução Cultural (1966-1967, 1972-1973 e 1975-1977), movimento de caráter
ideológico que iniciou o culto ao líder Mao Tse-tung, foi um dos períodos mais
traumáticos da história do país. Intelectuais e pessoas consideradas inimigas
do partido eram executadas pelos "guardas vermelhos", enquanto outros
eram perseguidos e exilados do país. Foram estes primeiros fracassos do regime
comunista que levaram o PCC – tendo à frente Deng Xiaoping (1904-1997), que se
tornou líder máximo após a morte de Mao – a promover reformas políticas e
econômicas entre 1978 e 1980. As reformas tiveram como maior característica a
abertura do mercado. Com a queda dos governos comunistas no Leste Europeu,
supunha-se que a China encontraria o mesmo caminho aberto pelas reformas na
economia, rumo à democracia liberal. Não foi o que aconteceu. O país adotou um
sistema que combina protecionismo e livre mercado, propriedade privada e
social, capitalismo econômico e Estado socialista. (SALATIEL, 2009, p. 01)

 

                  Chiang Kai-Shek
foge em 1949 para a ilha de Formosa e funda a China Nacionalista, no
continente, a revolução é conquistada, mas o Ocidente não reconhecem a China
Popular como noção e sim a Nacionalista. Com a proclamação da República da
China Popular começa um período de grandes sacrifícios para o povo chinês que
agora passava a deixar de lado suas aspirações individuais orientando toda sua
força de trabalho para as necessidades coletivas. Após longos anos de guerras e
dominação estrangeira, a economia chinesa esta arrasada, as cidades sofrem com
um grande inchaço, ajuda do exterior não existe, pois nem o ocidente a
reconhecia como nação e as relações com Moscou estavam tensas, a indústria
sempre modesta estavam reduzida praticamente a zero, fome, desemprego e
miséria, e é por isso que faziam parte do cotidiano chinês.

                   Assim o novo
governo começou com praticamente nada. Em 49, como presidente, Mão visite a
Rússia, conseguindo com muita persistência um empréstimo de 300 milhões de
dólares a juros baixos e mais a promessa de que o governo soviético enviaria
técnicos e tecnologia a China, em troca do controle da Mandchúria e do direito
de exploração de minérios nos desertos do Oeste da China. Quando Mão volta a
China tem início a Guerra da Coréia na qual a China perde 1 milhão de homens e
praticamente todo dinheiro que seria usado no desenvolvimento social, e aí que
começaram as medidas revolucionárias, a princípio foram poucas as medidas
radicais adotadas, subsistiram formas capitalistas paralelas a uma socialização
progressista  dos meios de produção.

                  A China
precisava passar por um processo de acumulação de riquezas, havia um processo
que transformar-se o país agrícola em um pais industrial, isto seguindo durante
o início, orientações da Rússia. Inúmeras leis foram feitas para conseguir
progresso material da China sem desrespeitar a justiça e a democracia entre
elas estão a lei de reforma agrária que não se limitando somente a distribuir
terras esse processo é precedido de uma  conscientização do camponês sobre as
mudanças do processo revolucionário; a lei de organização sindical, a lei do
casamento e além de várias campanhas populares como o Movimento dos três, a
saber, anticorrupção, antidesperdício e antiburocracismo em 1951, depois em
1953 o dos cinco anti-s, contra as práticas de fraude fiscais, comercial, de
suborno, de desvios de bens do estado e de espionagem econômica, e a campanha
mais drástica, a do movimento de eliminação, nesse período, segundo Mão tinha
sido eliminado com 700 000 conta-revolucionários, embora outras fontes
revelaram cifra maior.

                  No final de
1952 é lançada a primeira tentativa de planificação da economia, é lançado o
primeiro plano qüinqüenal para acelerar o desenvolvimento sócio, político,
cultural e econômico para atingir o pleno socialismo, seguindo o paradigma
soviético, com prioridade atribuída a indústria pesada, pela centralização
político-administrativa e pela necessidade de um ritmo acelerado de
crescimento. Suas metas foram conseguidas, com um crescimento global da
economia de 18% ao ano, só que a custa de um aumento ed contradições no seio da
sociedade além de uma acumulação de poder nas mãos do partido comunista e a
prioridade da indústria deixou a agricultura à deriva.

                   Após o
primeiro plano que ultrapassaram os seus objetivos em quase todos os setores.
Segundo a orientação de Mão, foi iniciado o grande salto para frente, o segundo
plano qüinqüenal. No presente momento a atenção era retornada para o campo,
para atingi-lo os seus objetivos, cujo são criadas as comunas populares, estas
se tornaram centros de produção econômica, cada uma delas era auto suficiente,
nelas o poder local controlavam a economia legal, sejam industriais ou regiões
agrícolas, são iniciadas as construções de estradas de rodagens e trabalhos de
irrigação. Entretanto, o grande salto para frente, que queriam atingi-lo os
objetivos alcançados pela Rússia em 30 anos em três, mas não deu certo, e é por
isso que estavam contribuindo para isso, ou seja, inúmeros fatores, sejam
naturais como secas e inundações ou outros como o escasseamento de
matéria-prima para a indústria, inexperiência técnica industrial, insuficiência
de transportes e assim sucessivamente., além disso surge a Campanha das Cem
Flores na qual abre-se um espaço para críticas e denúncias de erros durante o plano
e sobre todo o processo revolucionário. As contradições sócio-políticas se
agudiçam o que termina com a saída de Mão da presidência em 1961. Pode-se
confirmar a consciência da importância da questão da Revolução Cultural, no
trecho seguinte:

 

 

Em 1964, quando a União Soviética assinou um acordo de
suspensão das experiências nucleares com os EUA, Pequim acusou Moscou de trair
o Marxismo-Leninismo. Para Mao Tsé-tung, o líder chinês, a coexistência
pacífica era um disfarce, para uma política de acomodação, pela qual as duas
superpotências dividiriam o mundo entre si. No mesmo ano a China detonou sua
primeira bomba atômica. A situação ficou mais séria a partir de 1967, quando os
radicais chineses, sob o comando de Chiang Ching, a mulher de Mao, lançaram a chamada
Revolução Cultural. A estrutura da sociedade Chinesa foi virada de pernas para
o ar. Jovens revolucionários assumiram o controle da situação, brandindo o
livro vermelho dos pensamentos de Mao, enquanto seus professores eram mandados
para centros de reeducação no interior e forçados a marchar pelas ruas com
chapéus de burro. No plano externo os soviéticos, chamados por Pequim de
social-imperialistas, eram considerados os maiores inimigos da China. Soldados
dos dois países chegaram a trocar tiros na fronteira em 1969. O isolamento
acabou por levar aos chineses a procurar melhorar as relações com países da
Europa e com o Terceiro Mundo. A ofensiva culminou em 1971 com o ingresso da
China comunista na ONU, tomando o lugar que desde 1945 pertencia a China Nacionalista,
o Governo formado por Chiang Kaichek na ilha de Formosa. (CIVITA, 2010, p. 01)

 

 

                  O que foi a
Revolução Cultural Chinesa? A partir de 1966 surge uma revolução dentro da
revolução é a grande Revolução Cultural, de caráter não somente cultural como
social e econômico e político, mas visava eliminar os burocratas do partido
além de incentivar as massas a uma maior participação e a organização
sócio-político em todos os setores da vida chinesa uma participação marxista da
população, isto através da literatura, o teatro, estética, e outros tipos de
artes que deveriam espelhar as realidades sociais e serem fontes da politização
das massas. Além disso era um processo de maior incentivo a produção, só que
surgem muitos problemas entre eles a radicalização de participantes do
movimento principalmente dos Guardas vermelhos. Mão ainda retorna a presidência
no final da década de 60 até em 76 com a sua morte. A partir da década de 70
depois do rompimento com a Rússia a China se abre um pouco para o ocidente, com
muito cuidado o governo começou uma abertura que até hoje continua em processo.

                    

 

CONCLUSÃO

 

 

                  Com um pequeno
estudo da Revolução Chinesa, tendo como paralelo toda a história chinesa,
podemos perceber por alto que a revolução socialista ocorrida em 49 na China é
uma parte de uma grande revolução que vinha ocorrendo a longos anos, e que
embora passando desapercebida por muitos dava sinais de vida em ocasiões
múltiplas que eram as rebeliões camponesas, pode-se pensar nisso como um
absurdo, mais características da Revolução Chinesa são encontradas em várias
rebeliões camponesas passadas como: a coletividade das terras, o
antiimperialismo, estrangeiro, uma renovação cultural contando com a
emancipação da mulher entre outras, era como se a China vivesse uma revolução
em toda sua história.

                  A proclamação
da República Popular da China não é o fim da revolução que está continuando em
marcha, mas, os problemas como alimentação, vestuário, habitação e transportes
foram aos poucos quase que totalmente solucionados, e na realidade é necessário
um avanço nas condições de vida da população, quanto ao sucesso dessa fase da
revolução, quanto ao seu sucesso isso pode ser observado em dados estatísticos
com um aumento da média de vida de 32 anos em 1949 para 68,2 anos em 1980, uma
queda na taxa de mortalidade de 28 por mil habitantes em 49 para 6, 29 por mil
habitantes em 1980, o crescimento da população chinesa[altura] de 5 cm, além da
transformação da China em uma potência da atualidade.

                  É importante
ressaltar ainda, que a Revolução Chinesa vitoriosa foi liderada por Mão Tse
Tung que implementou as reformas estruturais no país, organizando um paradigma
socialista com as inúmeras diferenças em relação ao paradigma Soviético.  Como
se vê, o paradigma maoísta perdurou até os anos 70 do século XX, quando se
estabeleceram as relações diplomáticas, comerciais e administrativas com os países
capitalistas, porém somente no início dos anos 90 do século XX, sob a liderança
de Deng Xiaoping, que a abertura se desenvolveu com o estabelecimento de uma economia
socialista de mercado, ou seja, desde a economia chinesa é a que mais desenvolve
nos mercados mundiais, abstraindo grande parte dos investimentos internacionais.
Nesse discurso, Arruda declarou que:

 

 

Em 1976, esgotava-se na China o fôlego da Revolução
Cultural, iniciada em 1966. Nesse ano morria Mao Tse-tung, seu principal
idealizador. Em 1978, sob a liderança de Deng Xiaoping, o país começaria a
flexibilizar o regime socialista. Buscava-se então uma difícil conciliação
entre a abertura econômica em direção à economia de mercado e a preservação do
regime político autoritário sob a hegemonia do Partido Comunista Chinês.
(ARRUDA, 2003. p. 465.)

 

 

                    Segundo
Arruda, Mao Tse-tung chegou ao poder por meio da revolução armada de orientação
socialista que ficou conhecida como revolução cultural.

 

 

“[Vencer uma batalha nacional é apenas o primeiro
passo de uma longa marcha […] Lutar, falhar, lutar novamente, falhar
novamente, lutar outra vez […] até a vitória. Essa é a lógica do povo]” [Mão
Tse-Tung]

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

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