CÓNEGO JANUÁRIO DA CUNHA BARBOSA

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7. História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.  LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica) Artur Mota ( Arthur Motta) (1879 – 1936) CAPÍTULO IV (continuação) OUTROS FAUTORES DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL CÓNEGO JANUÁRIO DA CUNHA BARBOSA Nasceu na cidade do Rio de … Ler mais

BIOGRAFIA DE FREI CANECA

Fr. JOAQUIM DO AMOR DIVINO CANECA

Nasceu na cidade de Recife, no bairro de Fora de Portas, freguesia de S. Frei Pedro Gonçalves, (Estado de Pernambuco), em julho de 1779, e faleceu a 13 de janeiro de 1825. Era filho de Domingos da Silva Rebelo, por alcunha Caneca, e D. Francisca Maria Alexandrina de Siqueira.

O CAMINHO DA CIÊNCIA DA ARTE – HISTÓRIA DA ARTE DE E. GROSSE (1893)

Galleiia Pilti Florença — Itália

HISTÓRIA DA ARTE DE ERNEST GROSSE (1893)

CAPÍTULO II – O CAMINHO DA CIÊNCIA DA ARTE

A missão da ciência da arte consiste em descrever e explicar os fenômenos englobados sob a denominação de "fenômenos de ordem estética". Essa tarefa encerra, porém, duas formas: uma individual e outra social.

Na primeira, trata-se de compreender uma obra de arte isolada, ou a obra completa do artista, descobrir as relações que há entre um artista e sua obra individual e explicar a obra de arte como produto de uma individualidade artística, trabalhando sob determinadas condições. A maioria dos homens julga os fenômenos de ordem individual muito mais interessantes que os de ordem social, principalmente em matéria de arte, em que a individualidade vale tanto. Assim, a maioria dos investigadores até agora entregou-se ao estudo dos problemas artísticos, do ponto de vista individual. Entretanto, deveriam ter compreendido que poucas probabilidades havia de encontrar uma solução. Com efeito, a forma individual do nosso problema não é viável, senão em pequeno número de casos, pertencentes todos aos últimos séculos. Ademais, sempre o trabalho mais paciente e a mais aguda perspicácia malograram diante da ausência quase absoluta de materiais.

JOAQUIM NORBERTO DE SOUSA E SILVA

Alvarenga Peixoto e a Inconfidência

Achava-se Alvarenga Peixoto uma noite em casa do célebre contratador João Rodrigues de Macedo, a conversar (48) com algumas pessoas, quando o capitão Vicente Vieira da Mota lhe veio trazer um bilhete fechado, que lhe tinham entregue à porta da rua. Alvarenga Peixoto abriu-o imediatamente e leu o seguinte :

"Alvarenga — Estamos juntos e venha Vmcê. já, etc. Amigo, Toledo."

JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

(44) Floresta é vocábulo de etimologia popular. Se bem que oriundo de foreste (por forensis, exterior, e este, de foras), a analogia semântica com flor ou Flora fêz que no português e no castelhano se lhe introduzisse o — l — desses vocábulos, produzindo assim floresta: diferente do que se deu no ital. foresta, no franc. forêt e no ingl. forest. Não são escassos em nossa língua os casos de etimologia falsa, como este. (45) Quase, com — e — melhor escrita do termo latino quasi (are. quage e café). A língua não possuí anoxí-tonos com — i — final. Os poucos que tiveram entrada no léxico podem mudar em — e — o — / — terminativo e dispensar o acento a que ficariam sujeitos; assim: quase, quepe, jure (e não quási, quépi, júri); e as próprias vozes latinas ou gregas em — is — já vão sendo averbadas com a desinência vernácula: bile por bílis, sepse, raque, pelve, pube, licne, cute etc. (46) Torrão é forma alterada de terrão, pedaço de terra; como tostão é dissi-milação do are. teston, ital. testone, de testa, cabeça. (47) Começar — do lat. *cum initiare (raiz) de initium); are. començar. Cfr. o ital. cominciare e o esp. comenzar.

Literatura na Idade Média e Renascença – Resumo escolar

A IDADE-MÉDIA E A RENASCENÇA

Descida ao inferno

DESDE os primeiros dias, têm os homens imaginado o que acontecerá à alma depois que, deixa o corpo. Permanecerá viva? E se fôr assim, para que especie de lugar irá ela? Vários grandes escritores tentaram imaginárias viagens à terra das almas que se foram. O maior deles foi Dante Alighieri, poeta italiano do século treze. Na sua obra-prima, A Divina Comédia, leva-nos em viagem através dos horrores do inferno, cruza as regiões do purgatório e chega às glórias do céu. Tão viva era sua imaginação e tão profundamente se lhe marcava o pensamento no rosto, que um amigo observou uma vez: "Este homem parece, na realidade, ter vindo diretamente do inferno". Eis como Dante descreve sua descida ao mundo subterrâneo:

Um dia, acha-se êle perdido numa sombria floresta. Está a ponto de ser atacado por um leão, uma onça e uma loba, quando o antigo escritor Virgílio vem em seu auxílio. Este escritor, no seu poema A Eneida, fizera outrora uma viagem ao reino de Plutão. Agora oferece-se como guia a outra excursão ao mundo subterrâneo.

Juntos descem eles às profundezas da terra até se encontrarem no círculo mais exterior do Inferno. Aqui Dante encontra as almas dos indiferentes, dos insignificantes, dos que durante toda sua vida não foram exatamente maus, nem tão pouco se deram ao trabalho de ser bons. No Inferno, têm de cumprir a pena que cabe à indiferença. Esse castigo é serem forçados continuamente a trabalhar, sem um momento de descanso, "como grãos de areia revoluteando eternamente no remoinho".

Em seguida, descem às regiões mais