O ROMANTISMO NA LITERATURA BRASILEIRA – Silvío Romero

TERCEIRA ÉPOCA OU PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO ROMÂNTICA — POESIA (1830-1870)

CAPITULO I

O ROMANTISMO

O momento histórico aberto agora diante dos olhos dos leitores, o romantismo, representa só por si quase toda a literatura do século XIX, e, todavia, ainda não tem sido bem apreciado. Distendido entre dous inimigos, dous rivais poderosos, tem levado golpes à direita e à esquerda. Nós os homens do último quartel do século não assistimos à sua luta com o classismo, pugna brilhante de que saiu vitorioso: presenciamos em compensação seu pelejar com o naturalismo e dez outras teorias, que o pretenderam definitivamente enterrar.

ALUÍSIO AZEVEDO – biografia e obras

Livros e Biografia de Aluísio Azevedo

ALUÍSIO GONÇALVES DE AZEVEDO, nasceu em São Luís do Maranhão a 14 de abril de 1857 e faleceu em Buenos Aires a 21 de janeiro; de 1913. Iniciou a vida de trabalho no comércio* e depois fêz-se funcionário público e jornalista.

Aos vinte e quatro anos surgiu escritor e publicou, em sua terra natal, os primeiros romances: Uma Lágrima de Mulher, de feição puramente romântica, O Mulato, que lhe projetou o nome fora da Província, e Memórias de um Condenado.

Transferiu-se depois para o Rio de Janeiro, onde viveu das letras no jornalismo, continuando na produção de sua obra. Foi membro fundador da Academia de Letras e filiou-se à escola realista, de que foi entre nós o iniciador. Seus romances são páginas de viva e segura observação social, onde se desenham com amplitude e exatidão os costumes do povo, principalmente dos tipos da camada inferior do meio brasileiro. Aluísio é um impressionista, que nos deixa vigorosos quadros, além da fácil e natural dialogação com que torna atraente e movimentado o enredo de seus romances. Em 1897, aos quarenta anos, entrou para a carreira consular e serviu sucessivamente na Espanha, no Japão, na Inglaterra, na Itália e na Argentina, onde faleceu aos cinqüenta e cinco anos.

Suas obras, quase todas escritas antes dos quarenta anos, obtiveram grande êxito em sucessivas edições. As principais, além das já citadas, são: Mistérios da Tijuca (1883), Casa de Pensão (1884), Filomena Borges (1884), O Homem (1887), O Coruja (1889), O Cortiço (1890), O Esqueleto (1890), Mortalha de Alzira (1893) e Livro de uma Sogra (1895).

Sílvio Romero

SILVIO VASCONCELOS DA SILVEIRA RAMOS ROMERO (Lagarto, Estado de Sergipe, 1851-1914), bacharelou-se na Faculdade jurídica do Recife, e vindo para o Rio de Janeiro, entrou logo a distinguir-se escrevendo em vários jornais, e notadamente na Revista Brasileira, a segunda das estampadas com este nome, e de que era diretor Nicolau Midosi.

Artur Azevedo – Crônica de Olavo Bilac

Artur Azevedo Que outro assunto, hoje, senão a morte de Artur Aze­vedo?’ A Crônica está de luto: perdeu um dos seus melhores servidores — talvez o melhor, porque foi de todos o que mais soube tratá-la, como ela quer ser tratada, com um espírito onímodo, dando a todos os assuntos uma leve graça fugitiva, e … Ler mais