Antônio Peregrino Maciel Monteiro, 2.º barão de Itamaracá

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TRANSIÇÃO

POETAS DE TRANSIÇÃO ENTRE CLÁSSICOS E ROMÂNTICOS

Se a história da literatura brasileira fosse um simples amontoado de notícias biográficas e a citação de alguns trechos poéticos, ela estaria feita no Parnaso de Cunha Barbosa ou no Florilégio de Varnhagen.

Mas se a própria história política vai já atendendo mais ao caráter psicológico dos povos do que aos fatos meramente exteriores, e, por assim dizer, materiais, ainda mais a história literária deve ter por missão penetrar no ideal das nações para surpreender-lhes a vida subjetiva.

Se, em quatro séculos de convivência com a civilização ocidental, o povo brasileiro, na esfera da arte das criações intelectuais, não tivesse feito mais do que plagiar, copiar sem critério os modelos europeus; se um caráter novo, se uma nova feição nacional não viesse sequer despontando, o povo brasileiro seria um produto artificial, cedo condenado à morte, e não valeria a pena escrever-lhe a história.

A quem percorre, é certo, uma dessas antologias de nossos poetas, um desses parnasos aí publicados, se depara o ainda incerto valor de nossas produções.

Gregório de Matos – Resumo da obra e biografia e poemas

GREGÓRIO DE MATOS GUERRA nasceu na cidade da Bahia em
1623, e faleceu em 1696. Tendo-se doutorado em Direito na Universidade
de Coimbra, advogou em Lisboa, onde gozou da privança do príncipe re-
gente, depois Pedro II. Na sua terra natal serviu como tesoureiro-mor
da catedral e vigário geral da diocese, cargos que deixou quando exigiram
que completasse a sua ordenação, pois era só minorista. Pela mordacidade
das suas sátiras foi degredado para Angola e de lá voltou para o Brasil,
indo residir em Pernambuco, onde morreu cristãmente. —

Foi escritor popular e engraçado. Não lhe faltam conceitos e trocadi-
lhos — que era vício do tempo — e por vezes descai na obscenidade.

"Cabe-lhe a glória, diz Fernandes Pinheiro, de haver introduzido
em nossa metrificação o verso italiano decassílabo, hoje muito usado, e
conhecido nos compêndios de poesia pela denominação de gregoriano".

De suas obras poéticas publicou-se o primeiro tomo em 1882. A
Academia Brasileira de Letras fêz divulgar, sob a orientação do acadé-
mico Afrânio Peixoto, as obras completas de Gregório de Matos sob
os cinco aspectos que nelas se deparam. Louvabilíssimo esforço em bene-
fício de nossas letras seiscentistas.

Anjo Bento – Poema de Gregório de Matos

Vicente de Carvalho

VICENTE AUGUSTO DE CARVALHO, nasceu em Santos, a 5 deabril de 1866, e aí fêz os primeiros estudos, matriculando-se, aos dezesseisanos, com licença especial, na Faculdade de Direito de São Paulo, ondese bacharelou em 1886. Espírito adiantado, inclinou-se desde a adoles-cência para a democracia, e, ainda no 4.° ano jurídico, já fazia partedo Diretório Republicano … Ler mais

Poeta ALBERTO DE OLIVEIRA, fundador da ABL (1859 – 1937)

ANTÔNIO MARIANO ALBERTO DE OLIVEIRA, nasceu em Sa-quarema, Estado do Rio de Janeiro, a 28 de abril de 1859 e faleceu aos19 de janeiro de 1937, em Niterói. Desde muito cedo inclinou-se àsletras e traçou, aos catorze anos, o primeiro soneto, sentimental, de certo: "Nasce em verde botão a linda rosa". Fêz o curso de … Ler mais

LUÍS GUIMARÃES JÚNIOR

LUÍS GUIMARÃES JÚNIOR (Rio de Janeiro, 1845-1897) é o autorde dois livros de poesias: Corimbos e Sonetos e Rimas. Melodioso quanto os mais consumados mestres no poetar, soube àbeleza de forma reunir maviosos sentimentos. Lêem-se os seus versos e,mesmo sem o querermos, se nos fixam na memória. Em prosa colaborou como folhetinista no Diário do … Ler mais

SEBASTIÃO DA ROCHA PITA

Marechal deodoro da fonseca

SEBASTIÃO DA ROCHA PITA (Bahia, 1660-1738) era formado em Cânones por Coimbra, e viveu repartindo a sua atividade entre os misteres Igrlcolas e o culto das letras. Estudou muitas línguas estrangeiras e, depois de laboriosas pesquisas nos arquivos de Lisboa, publicou em 1730 a sua História da América Portuguesa.

Olavo Bilac – resumo da Biografia e trechos de obras

OLAVO BRÁS MARTINS DOS GUIMARÃES BILAC. Nasceu a 16 de dezembro de 1865, na cidade do Rio de Janeiro, onde faleceu a 28 de dezembro de 1918. Tentou os estudos médicos no Rio e depois os jurídicos em São Paulo, abandonando-os pela atração das belas-letras, a que desde cedo se lhe inclinou o espírito sensível e vibrante.

HENRIQUE COELHO NETO

HENRIQUE COELHO NETO. Nasceu em Caxias, no Maranhão, aos 21 dias de fevereiro de 1864 e extinguiu-se a 28 de novembro de 1934, aos setenta anos, no Rio de Janeiro. Menino ainda, deixou a cidade natal, residiu em Recife e em seguida em São Paulo e veio, por fim, para o Rio, onde terminou o curso de humanidades, deixando em meio, depois, os estudos que iniciara sucessivamente nas Faculdades jurídica e médica.

Jornalista ao lado de Patrocínio, de Alcindo Guanabara, de Quintino Bocaiuva, em cujos jornais serviu, colaborando, além disso, em dezenas de revistas e diários do Rio, de São Paulo, do Rio Grande do Sul, do Maranhão e da República Argentina, Coelho Neto ao mesmo tempo prosseguia na publicação da larga série dos seus trabalhos de ficção, que constituem matéria ainda não suficientemente estudada. O que se não pode contestar, porém, é que êle é o mais copioso dos nossos romancistas.

Eduardo Paulo da Silva Prado – Membro fundador da ABL

Marechal deodoro da fonseca

EDUARDO PRADO (São Paulo, 1860-1901) formou-se em Direito na Faculdade da sua província natal e, membro de opulenta família paulistana, longamente viajou, não só pela Europa como por outras partes do mundo. Das suas peregrinações por todas essas terras há dois volumes interessantes: Viagens à Sicília, Malta, Egito e Viagens na América, Oceania e Ásia. l

Escrevendo para a Gazeta de Notícias, do Rio de Janeiro, assinalou com admirável perspicácia os pródromos sociais e políticos da proclamação da República.

Sílvio Romero

SILVIO VASCONCELOS DA SILVEIRA RAMOS ROMERO (Lagarto, Estado de Sergipe, 1851-1914), bacharelou-se na Faculdade jurídica do Recife, e vindo para o Rio de Janeiro, entrou logo a distinguir-se escrevendo em vários jornais, e notadamente na Revista Brasileira, a segunda das estampadas com este nome, e de que era diretor Nicolau Midosi.

RUI BARBOSA – Resumo da Biografia e Antologia de Obras

Marechal deodoro da fonseca

Biografia de Rui Barbosa e Obras de Rui Barbosa

RUI BARBOSA nasceu a 5 de novembro de 1849, na cidade do Salvador, Bahia e faleceu aos 73 anos, em Petrópolis, a 1 de março de 1923. Cursou as Faculdades do Recife e de São Paulo, bacharelando-se nesta, em 1870.

É o mais copioso dos nossos prosadores e um dos mais perfeitos e opulentos manejadores da nossa língua, pois que a sua pena no jornal, na tribuna, nos livros, nas cartas e nos pareceres jurídicos deixou cabais exemplos do seu extraordinário poder de expressão verbal, não menor do que o dos mais autorizados clássicos do idioma. Os assuntos que submetia a estudo, vasava-os sempre em ampla explanação, segura crítica e impecável forma literária.

Nos cinqüenta e quatro anos de sua ação pública como político e doutrinador, empregou a sua eficientíssima capacidade no estudo dos mais importantes problemas que interessavam ao Brasil.

Desde o seu primeiro discurso em São Paulo, aos 19 anos, "em defesa do escravo contra o senhor", revelou-se estrénuo abolicionista.

Resumo sobre Joaquim Nabuco

Biografia de Joaquim Nabuco

JOAQUIM AURÉLIO NABUCO DE ARAÚJO (Recife, 1849-1910) foi um talento de primeira ordem, que com igual brilho se afirmou na tribuna parlamentar e popular, no panfleto, na crítica literária e na história política.

Deputado em várias legislaturas, assumiu posição saliente na vasta arena a que então o parlamentarismo abria um campo de ação; e notadamente se distinguiu na campanha da abolição do cativeiro.

BARÃO DO RIO BRANCO – Resumo da biografia e obra

O BARÃO DO RIO BRANCO, José Maria da Silva Paranhos (Rio de Janeiro, 1845-1912) era filho do grande estadista do mesmo nome e que teve o título de Visconde do Rio Branco.

Estudou seis anos no Colégio de Pedro II, onde o curso era então de sete anos, e formou-se em Direito na Faculdade de São Paulo.

Visconde de TAUNAY – biografia e obra Inocência

ALFREDO D’ESCRAGNOLLE TAUNAY (Visconde de Taunay), nascido no Rio de Janeiro, em 1843 e falecido em 1899, foi um operoso polígrafo que brilhantemente se distinguiu no jornalismo, na tribuna parlamentar, na história, no romance e no teatro.

JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS – Resumo biografia e obra

JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS (Rio de Janeiro, 1839-1908) romancista, poeta e crítico, começou humildemente como tipógrafo e foi um homem que por si mesmo se fêz, o que tem acontecido a muitos, mas sempre sem deslize de uma modéstia que passava as raias dl timidez, e isso é mais raro.

Quando morreu era presidente da Academia Brasileira de Letras e gozava de incontestada primazia entre seus pares, tanto na douta corporação como fora dela.

João FRANCISCO LISBOA

JOÃO FRANCISCO LISBOA (Maranhão, 1812-1863) redigiu com brilhantismo diversas folhas desde 1832 até 1836, época em que interrompeu os labores da imprensa, que aliás pouco mais tarde reencetou. Em 1852 começou a publicação de uma interessante revista, Jornal de Timon, onde escreveu à luz dos documentos a história civil, econômica e administrativa do Maranhão.