Tecnologia e dominação ideológica na Escola de Frankfurt

  Tecnologia e dominação ideológica na Escola de Frankfurt             Ricardo Ernesto Rose Jornalista, Graduado em Filosofia e Pós-Graduando em Sociologia             A Escola de Frankfurt foi formada por intelectuais cuja linha de pensamento estava fortemente influenciada pelas teorias de Karl Marx. No entanto, estes … Ler mais

A Revolução Industrial dos séculos XIX e XX

Tributação dos rendimentos pessoais nos eua em 1949

EDWARD   McNALL   BURNS
PROFESSOR DE  HISTÓRIA  DA  RUTGERS  UNIVERSITY

HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
Volume II

Tradução de LOURIVAL GOMES MACHADO, LOURDES SANTOS MACHADO e LEONEL VALLANDRO

 

1. O COMPLEXO DE CAUSAS

A Revolução Industrial nasceu de uma multiplicidade de causas, algumas das quais são mais antigas do que habitualmente se pensa. Talvez convenha considerar em primeiro lugar os aperfeiçoamentos iniciais da técnica. As maravilhosas invenções dos fins do século XVIII não nasceram já completas, como Minerva da testa de Júpiter. Pelo contrário, já desde algum tempo havia um interesse mais ou menos fecundo pelas inovações mecânicas.[..]

O IMPÉRIO FRANCÊS E O PRINCÍPIO DAS NACIONALIDADES. A UNIDADE ITALIANA E A UNIDADE ALEMÃ. A GUERRA DE 1870

Carlyle

História da Civilização – Oliveira Lima

Parte Quarta – Idade Contemporânea. – CAPITULO III

O IMPÉRIO FRANCÊS E O PRINCÍPIO DAS NACIONALIDADES. A UNIDADE ITALIANA E A UNIDADE ALEMA. A GUERRA DE 1870

Da república ao império

A marcha dos acontecimentos na França após a eleição presidencial de Luís Napoleão (1808-1873) devia ser facilmente prevista: nem podia ser outra. Era a repetição da transição pelo consulado para o império: o golpe de Estado, a autoridade prolongada por dez anos para assegurar o regime, por fim a coroa hereditária em virtude de um senatus-consulto.

A RELIGIÃO – ORIGEM, CRÍTICA E FUNÇÃO

A RELIGIÃO – ORIGEM, CRÍTICA E FUNÇÃO Ricardo Ernesto Rose – Jornalista e Licenciado em Filosofia Origem e desenvolvimento A religião é uma das mais antigas práticas culturais da humanidade, tendo aparecido no período do Paleolítico Superior, há aproximadamente 50.000 anos. Todavia, nossa espécie, homo sapiens, não foi a única a se dedicar a práticas … Ler mais

Formas de Governo, Sistemas de Governo, tipos de regime de governo

O Estado

Estado — vem do latim "status" e designa uma "comunidade jurídica", isto é, significa um conjunto de indivíduos, submetidos à mesma legislação e à mesma autoridade política. O Estado através dos tempos assumiu as mais variadas formas de governo até chegar ao moderno Estado democrático. Sua prin-

cipal obrigação é promover o Bem-Comum. Os Estados modernos gozam da prerrogativa da soberania, isto é, têm poderes autônomos e não estão sujeitos a nenhum outro governo estranho.

Os indivíduos que integram um Estado constituem o povo.

O Brasil é um estado soberano e os que nascem aqui constituem o povo brasileiro.

— Você não deve confundir Estado soberano e Estado-mem-bro. O Brasil, por causa de sua grande extensão territorial, é dividido em 22 Estados. Estes são Estados-membros da União Federal. Seus governos só são relativamente autônomos e subordinam-se nas suas bases estruturais ao Governo Federal.

A Nação

Ebook de Introdução à Sociologia – CONCLUSÃO

Introdução a Sociologia –

Professor A. Cuvillier (1939).

CONCLUSÃO

Há uma conclusão a tirar, parece-nos, de tudo o que fica dito: aquela mesma já indicada sumariamente ao estudarmos a forma por que se determinaram, no decurso da sua história, os problemas que a sociologia apresenta. É que, para ser uma verdadeira ciência, esta não necessita de pôr de lado nenhum dos elementos propriamente humanos da realidade social.

AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

Introdução a Sociologia – PRIMEIRA PARTE OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS Capítulo I

Professor A. Cuvillier (1939).

 

Capítulo VI AS HIPÓTESES FUNDAMENTAIS DA SOCIOLOGIA

A sociologia não é uma filosofia da história: não supõe uma explicação unilateral dos fenômenos sociais, mas, pelo contrário e como já dissemos, o sentido das interferências e das interações múltiplas cuja reunião forma a vida social. Se, contudo, não quisermos cair num círculo vicioso, que consistiria em explicar os fenômenos sociais sucessivamente uns pelos outros, essas ações recíprocas supõem, necessariamente, uma ação primordial, ou, como dizia Durkheim, um "substrato" fundamental. A sociologia necessita, portanto, como sucede com todas as outras ciências, de uma hipótese diretriz, de uma hipótese de trabalho, incidindo aqui sobre a natureza desse substrato.

I. —O "substrato" biológico

Será esse "substrato" de ordem biológica? E será a sociologia, neste sentido, um apêndice das ciências naturais? Esta interpretação pode apresentar-se — fora das vagas analogias do organicismo, de que já tratamos — sob duas formas principais.

1. O fator racial: a antropossociologia. — A primeira é a teoria da raça ou antropossociologia, a qual, como veremos adiante, é muito antiga. Mas é sabido que, na sua forma atual, ela tem, sobretudo, por origem um livro de Arthur de Gobineau, Essai sur l’inégalité des races humaines (1853-1855). Desenvolveu-se em França, nos fins do século passado, graças aos trabalhos de Vacher de Lapouge. A própria revista L’Année Sociologique, nos seus três primeiros volumes, julgou dever, ainda que com prudentes reservas acerca, do fundo da doutrina, consagrar uma rubrica à antropossociologia.

Introdução à Sociologia – OS POSTULADOS DA SOCIOLOGIA

Capítulo IV

OS POSTULADOS DA SOCIOLOGIA

Depois de havermos visto como os problemas sociológicos chegaram a apresentar-se sob a forma científica, procuraremos, agora, definir os postulados que exige a existência da sociologia como ciência.

i. — a realidade social

Analisamos, primeiro, como a sociologia se esforçou por subtrair-se às preocupações normativas, para se elevar ao estado de um conhecimento objetivo da realidade social. Não exigirá essa objetividade da ciência uma separação entre a teoria e a prática, primitivamente confundidas, ou, pelo menos, uma certa disjunção entre os dois pontos de vista do conhecimento e da ação?

1. Teoria e prática. — Observemos desde já que, nesta matéria, como de resto em todas as outras, é impossível apresentar como absoluta uma distinção de tal natureza. Com efeito, em sociologia, o objeto da investigação é a ação humana coletiva, a ação dos homens vivendo em grupo. Seja qual fôr o aspeto da vida social de que se trata: da vida econômica, política, religiosa, doméstica, etc, encontramo-nos sempre em presença de certas maneiras de agir. Aqui, o homem deixa de ser simples espectador, como o pode ser em presença de um fenômeno físico ou biológico, para ser, ao mesmo tempo, espectador e ator.

A ESPECIFICIDADE DO SOCIAL: O PONTO DE VISTA PROPRIAMENTE SOCIOLÓGICO Introdução à Sociologia

I. Os Historiadores II. — A SOCIOLOGIA “FORMALISTA”. III. — A sociologia de Durkheim. IV – A SOCIOLOGIA MARXISTA.

Introdução a Sociologia – PRIMEIRA PARTE – OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS

Professor A. Cuvillier (1939).

 

Capítulo III – A   ESPECIFICIDADE   DO   SOCIAL: O PONTO DE VISTA
PROPRIAMENTE SOCIOLÓGICO

 

 

Faltava percorrer uma última
etapa. Era ainda preciso abrir caminho à noção de um determinismo propriamente sociológico,
quer dizer, irredutível a fatores puramente biológicos ou mesmo psicológicos,
e no qual, contudo, o homem aparecesse como ator.

 

I.
— os historiadores

Os historiadores, muitas vezes,
têm sido levados, pelas necessidades da explicação histórica, a enunciar certas proposições gerais que
tomam o aspecto de leis. Bouglé
mostrou-o
luminosamente no no seu trabalho Qu’est-ce que la Sociologie? e, mais recentemente ainda (1934), nos Annales Sociologiques.
Quando
um Guizo explica certos caracteres do regime feudal (ociosidade do senhor no
seu castelo, o que criava o espírito de aventura, respeito pela mulher,
obediência às tradições, etc.) pelo fenômeno do
"isolamento"; quando um Renan nota a influência da vida da tenda sobre as tribos do deserto ou quando
enuncia a lei: "Um poder absoluto é tanto mais vexatório quanto mais
restrito fôr o grupo sobre que é exercido"; quando um fustel de Coulanges afirma que "as
desigualdades sociais são sempre em proporção inversa da força da autoridade"
— todos eles fazem mais sociologia que história.

Introdução à Sociologia – OS PROBLEMAS SOCIOLÓGICOS

resumo sociologia ebook

OS ANTECEDENTES: SENTIDO DO POSITIVO E SENTIDO DO RELATIVO

"Qualquer concepção — escreveu Augusto Comte – só pode ser bem conhecida por sua história". Se queremos compreender o que é a sociologia e, sobretudo, como pouco a pouco se determinaram os problemas que ela apresenta, teremos de começar por uma história sumária, não das doutrinas, mas da própria posição desses problemas.

I. — DO PONTO DE VISTA NORMATIVO AO PONTO DE VISTA POSITIVO

Apesar de a atitude de espírito propriamente sociológica ser bastante recente, os problemas relativos à vida social sempre preocuparam os pensadores. O próprio fato de viver em sociedade levava o homem a pensar em certos problemas, mas esses problemas eram pura e diretamente práticos, tinham por objeto imediato regras de ação, e não o conhecimento objetivo da realidade.

1. O ponto de vista finalista e normativo.

O que caracteriza os primeiros estudos sobre a sociedade é, precisamente, um ponto de vista finalista e normativo: finalista, isto é, tendo unicamente em consideração o ideal a realizar, a investigação do que deve ser a "melhor" organização social e política; normativo, quer dizer, a preocupação imediata de estabelecer normas, regras de ação para a vida coletiva.

INDIVÍDUO, LIBERDADE, IGUALDADE E ECONOMIA: COMO AJUSTAR ESSAS NOÇÕES EM PROL DA CULTURA DA VIDA?

maravilhas das antigas civizações

INDIVÍDUO, LIBERDADE, IGUALDADE E ECONOMIA: COMO AJUSTAR ESSAS NOÇÕES EM PROL DA CULTURA DA VIDA? Thiago Felipe Sebben           A proposta desse texto é, a partir da análise das ideias contidas no texto O indivíduo e a liberdade, do autor Georg Simmel, trazer apontamentos para a superação do problema ético/moral/econômico que floresceu juntamente com … Ler mais

A RELIGIÃO E O RISO

maravilhas das antigas civizações

Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Ricardo Rose para o curso de Licenciatura Plena em Filosofia no Centro Universitário Claretiano.

A idéia de escrever este ensaio sobre o tema da religião e do riso
me ocorreu há cerca de um ano, quando assisti no Youtube a um vídeo do
humorista americano George Carlin, falecido por aquela época. No filme, Carlin
faz uma engraça crítica à religião (Religion is bullshit -Religião é
besteira
), que arrancou muitas gargalhadas da audiência em Nova York. Ator,
humorista e comediante, George Carlin (1937­2008) sempre foi um grande crítico
do “American way of living” (o jeito americano de viver). Ridicularizava
o excessivo patriotismo dos americanos, seu impulso consumista e até o
exagerado engajamento ambiental. O maior alvo de Carlin, no entanto, sempre
foram as religiões; em tudo o que elas têm de autoritário, obscurantista e
fanático. O comediante era um ardoroso defensor da democracia, da liberdade
individual e dos valores seculares.

[…]
O trabalho A religião e o riso, abordará o tema
inicialmente em sua dimensão propriamente dita, descrevendo o significado do
riso e sua relação com a religião ao longo do tempo. O período considerado
neste estudo vai aproximadamente da Pré-História ao Renascimento, já que é
neste espaço de tempo que a influência da religião sobre as sociedades é mais
acentuada. O texto, entretanto, não esgota o assunto; apresenta apenas alguns
fatos e análises que caracterizaram a relação do riso com a religião durante
este período histórico.

Em seguida, serão descritos
alguns aspectos da relação entre a religião e o riso, sob ponto de vista
filosófico e cultural. É fato que pouquíssimos filósofos se ocuparam
especificamente do fenômeno do riso, menos ainda do riso em relação à religião,
o que fez com que as fontes de pesquisa para este trabalho fossem bastante
reduzidas e tivessem que ser encontrados subsídios em um universo bibliográfico
mais amplo e não dirigido exclusivamente para este tema. Assim, o estudo se
vale das contribuições de filósofos e escritores que abordaram o assunto da
religião sob um aspecto crítico, mas que também olharam além do simples
fenômeno religioso, tentando apontar-lhe outros significados. A análise
filosófica e cultural, todavia, não coincidirá necessariamente com os períodos
históricos focados, já que as informações disponíveis sobre a história da
religião e da filosofia, no que se refere ao riso, não são necessariamente de
períodos históricos coincidentes.

Ao
final o estudo apresenta uma conclusão, na qual se pretende demonstrar que a
crítica da religião, seja através do riso ou da argumentação, longe de ter como
alvo principal a divindade e sua instituição é, na realidade, um estudo crítico
da sociedade e do homem. Examinar o fenômeno religioso, seja sob que aspecto
for – inclusive o riso – é analisar o homem e sua cultura, tentando entendê-los
através de uma abordagem diferente.

Considerações acerca da liberdade e da ética na tese “A diferença entre as filosofias da natureza em Demócrito e Epicuro” de Karl Marx.

maravilhas das antigas civizações

Em 1839, Marx inicia a preparação de sua tese de doutoramento, que será apresentada em 1841, na Universidade de Iena, intitulada Diferença entre as Filosofias da Natureza em Demócrito e Epicuro. Mas o que levou um jovem estudante de filosofia, discípulo de Hegel, participante do movimento jovem hegeliano de esquerda, a dedicar-se aos estudos do atomismo grego? O objetivo deste artigo é responder essa questão, explicitando como a filosofia atomista de Epicuro influenciou a ética marxiana a partir da liberdade fundada num princípio universal.

Jogo do Capital – Material de Filosofia

Download do Jogo do Capital Explicação do funcionamento do Jogo do Capital: Imaginemos que na primeira rodada os grupos escolheram as seguintes letras: A (y) B(y) C(y) D(x)   Nessa rodada os grupos A,B e C trabalharam e produziram um capital excedente, porém esse  capital   foi  apropriado   pelo  grupo  D. Por  isso A, B e … Ler mais

A LEITURA GRAMSCIANA DO FORDISMO E DO AMERICANISMO: A HEGEMONIA NASCE NA (E DA) FÁBRICA

maravilhas das antigas civizações


    Procuramos, neste trabalho, analisar as questões que
estão mais no âmago do texto de Gramsci Americanismo e Fordismo. Enveredamo-nos
pela leitura do próprio texto, de um modo imanente, procurando entender suas
questões para, só posteriormente, contextualizá-lo com sua época. Assim, não
nos preocupamos em dominar uma vasta bibliografia acerca do assunto, este é um
trabalho posterior e que exige um maior fôlego.



    Nosso trabalho teve a pretensão de ser,
apenas, introdutório às questões concernentes ao texto de Gramsci, ser um
primeiro esforço para a compreensão deste autor e dos objetos de estudo de que
trata.



     Nossa metodologia foi um estabelecimento de
divisões no texto – possibilitadas pelo próprio Gramsci – que abordam as
questões apresentadas pelo autor; porém, as questões só fazem sentido se
consideradas dentro do todo do trabalho.


     O objeto do texto de Gramsci em discussão é o
fordismo e, conjuntamente, o americanismo. Veremos adiante como e porquê ambos
não se separam para Gramsci. Além do objeto do texto, há duas problemáticas
que decorrem dele e que o permeiam até o epílogo: há a problemática da
resistência ao fordismo e, concomitantemente, os problemas decorrentes dela.



     Acerca das palavras americanismo e fordismo,
Gramsci já de início, e na primeira parte do texto, as aponta como uma “rubrica
geral e convencional”
1
: elas
abarcam um conjunto de fenômenos sociais que emanam da sociedade moderna.
Americanismo e fordismo com o séquito de fenômenos que os acompanham, decorrem
da necessidade da economia moderna em potencializar sua organização para a
produção e reprodução de capital de modo mais veemente.

Marx, o manifesto comunista e suas idéias

Marx, o manifesto e suas idéias (1818-1883) [1] Jéferson dos Santos Mendes[2] Hoje, quase um bilhão de seres humanos são instruídos numa doutrina que, com ou sem razão, se denomina marxismo. Uma determinada interpretação da doutrina de Marx se transformou na ideologia oficial do Estado russo, e em seguida dos Estados da Europa oriental e … Ler mais

A tese de Hegel sobre o ser nas doutrinas da Enciclopédia das ciencias das filosóficas Lógica menor (1830)

maravilhas das antigas civizações

Resumo: O artigo pretende
uma breve apresentaçao acerca das tres doutrinas da lógica hegeliana.
Pautando-se na Ciencia da Lógica, tal como encontrada na Enciclopédia
das ciencias filosóficas
, buscaremos explicitar a compreensao que o
filósofo tem dos conceitos de ser, essencia e conceito; demonstrando
como esses estao ligados por uma dialética. O trabalho adota por metodologia o
comentário pontual de passagens seletas do autor, apoiando-se em bibliografia
especializada.