Declínio da escolástica medieval, Ockham e Ockhamismo

88. DECADÊNCIA DA ESCOLÁSTICA — SUAS CAUSAS — O precioso legado intelectual do grande século bem depressa se tornou estéril nas mãos de herdeiros degenerados. A começar do século XIV, a escolástica decaiu rápida e incessantemente. As correntes contrárias favorecidas pelas circunstâncias foram tomando incremento e vigor, até invadirem e ocuparem, de todo, o campo que ela outrora havia tão brilhantemente defendido.GUILHERME OCKHAM (1295-1349), por isso denominado Venerabilis inceptor. Inglês de origem e franciscano, estudou em Oxford, entre 1312 e 1318 e veio depois para Paris onde se imiscuiu em discussões políticas, advogando as pretensões regalistas de Felipe o Belo e mais tarde de Luiz de Baviera contra Bonifácio VIII. Conta-se que ao príncipe bávaro dirigiu um dia o frade as arrogantes palavras: Imperator, defendas me gladio, ego te defendam calamo.

Escolástica e Grandes Filósofos Medievais

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. PARTE IV Quarta época – Filosofia medieval (Séc. IX – XVII) 56. INTRODUÇÃO — Depois das sérias e profundas investigações históricas acerca do pensamento medieval, iniciadas no princípio do século XIX, desvaneceram-se muitos dos inumeráveis preconceitos, acumulados pela renascença sobre a era de “obscurantismo”, e … Ler mais

Início do cristianismo na Filosofia dos primeiros padres

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. PARTE III Terceira época – Filosofia patrística (Séc. I — Séc. IX) 48. CRISTIANISMO Ε FILOSOFIA — O advento do Cristianismo divide a história do pensamento, como a história da civilizarão, em duas partes inteiramente distintas. Jesus Cristo não se apresenta ao mundo como um … Ler mais

Resumo de Filosofia Grega – Terceiro Período

Noções de História da Filosofia (1918) Manual do Padre Leonel Franca. CAPITULO III TERCEIRO PERÍODO — (300 a. C. — 529 p. C.) 36. CARÁTER GERAL — Apesar dos esforços construtivos da escola estóica e epicuréia, este período assinala a decadência e a dissolução da filosofia grega. Os discípulos dos grandes mestres do período precedente … Ler mais

Resumo sobre a Filosofia de Spinoza

Baruch de Apinoza. Gravura de H. Lips

[caption id="attachment_11909" align="alignleft" width="279" caption="Baruch de Apinoza. Gravura de H. Lips"]Baruch de Apinoza. Gravura de H. Lips[/caption]
Baruch (Benedito) Espinoza (também grafado por alguns como Spinoza), nasceu em Amsterdam, na Holanda, em 1632. Descendia de uma abastada família de comerciantes originários da Espanha, cujos antepassados haviam sido expulsos de Portugal. Espinoza cresceu na comunidade judaica portuguêsa de Amsterdã e, ainda pequeno, iniciou estudos da Tora e do Talmud. Jovem, passou a freqüentar a escola de Francisco van den Enden, doutor de formação católica que se tornou livre pensador -o que à época era quase equivalente a ser ateu – despertando a ira dos agrupamentos de fanáticos. Foi na escola de van den Enden que Espinoza travou contato com outros pensadores clássicos, como Cícero, Sêneca e Aristóteles; estudou a filosofia medieval e a filosofia moderna, entre os quais Descartes, Bacon e Hobbes. Neste círculo intelectual Espinoza também teve oportunidade de se aprofundar na matemática, geometria e as ciências de sua época, principalmente na obra de Galileu.

A FORMAÇÃO DO SUPER-HOMEM NIETZSCHEANO ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PELO E PARA O ÓCIO

maravilhas das antigas civizações

Através de uma perspectiva genealógica do conhecimento que se preocupa com o valor e o sentido das coisas, buscou-se experimentar o pensamento educacional, transvalorando-o por completo pelo conceito de (des)educação. Tal proposta vem acompanhada de outras duas: a transvaloração do ócio face à redução da valorização do trabalho, e a adoção do Super-Homem – o homem superado por si próprio – como figura apropriada para este novo paradigma educacional. No capítulo Genealogia do Ócio, discute-se como se procedeu a mudança de sentidos do ócio ao longo da história e, adiante, examinam-se os motivos do início da decadência da educação pelo e para o ócio na Grécia trágica. Traça-se, a partir disso, um esboço de como fazer para desconstruir a educação hoje existente, em favor da educação pelo e para o ócio. O método genealógico, levado a uma experimentação diferente e nova, coloca instrumentos variáveis na genealogia e investiga a noção de Super-Homem – o que é e como pode ser interpretada no contexto pedagógico. No aspecto normativo, a presente tese amarra o argumento com fortes nós – para aqueles que tentem desatá-los, que falhem em sua própria ruína.