As sementes mágicas de feijão – Contos do Folclore Medieval

Era uma vez uma pobre viúva que tinha um filho chamado Onofre, que, além de não gostar de trabalho, parecia ser medroso e pouco inteligente. A única coisa valiosa que a viúva possuía era uma vaca muito magra, cujo leite mandava vender no mercado.

Um dia, a vaca não deu leite e a pobre mulher não teve o que comer. Por isso, aconselhada pelo filho, resolveu vender a vaca. Onofre foi encarregado da venda do animal. No caminho, encontrou um velho que lhe perguntou o que estava fazendo. Respondeu Onofre que ia ao mercado vender a vaca. O velho, que era muito esperto, levava nas mãos umas sementes de feijão de cores variadas. O rapaz ficou encantado com a beleza das sementes.

O velho percebeu a admiração de Onofre e propôs a troca das sementes pela vaca. O bobo do rapaz aceitou a proposta, certo de que fazia um ótimo negócio. Entregou a vaca ao velho e voltou para casa com as sementes de feijão.

O príncipe e o gigante – Contos de Anões e Gigantes

Um príncipe, chamado D. João, foi caçar na floresta com alguns amigos. Correndo atrás de um veado, afastou-se dos seus companheiros e acabou por se perder na mata. Procurou sair da floresta, mas não conseguiu. Depois de muito andar, sem orientação, avistou um muro alto como uma montanha. Para lá se dirigiu, na esperança de encontrar alguém que lhe ensinasse o caminho de volta.

Angústia – Conto de Antón TCHEKHOV

Filho de um pequeno merceeiro ãe Taganrog, ANTON PAOLOVITCH TCHEKHOV nasceu nessa cidade no ano de 1860, tendo aí iniciado seus estudos, que continuou em Moscou em cuja Faculdade de Medicina formou-se. Para ganhar a vida, escrevia contos, que conheceram êxito rápido, senão publicados em volume a que o autor deu o nome de “Contos ãe todas as Cores”, assinados “Tchekonte”. Graças ao êxito de suas narrativas, algumas ãe fino humorismo, o escritor abandonou a medicina, dedicando-se, exclusivamente ò, verdadeira vocação, o que permitiu à Rússia ter assim o melhor dos seus contistas.

Tchékhov escreveu: “Contos e narrativas”, “Discursos inocentes”, “Na penumbra”, “Um duelo”, “Gente triste”, “O pesadelo”, “A Bruxa”, “A estepe”, “Os inimigos”, “A sala número seis”, etc. Também escreveu para o teatro, cultivando a farsa, o sainete e o drama, tendo obtido êxito e permanência, pois continua sendo representado.

Doente de tuberculose da qual veio a falecer, o grande contista revela, em geral, fundo pessimismo em quase tôda a sua obra que reflete, não obstante, uma grande sobriedade, agudo dom de observação, uma lúcida objetividade, sem grandes lances de ilusão, senão escritor que merece destaque na literatura mundial.