RELIGIÃO – verbete do Dicionário Filosófico de Voltaire

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RELIGIÃO – Definição do que é religiã

Primeira questão sobre religião

O bispo de Gloucester, Warburton, autor de uma das mais sábias obras até hoje escritas, exprime-se assim, pág. 8, tomo 1.°:

"Uma religião e uma sociedade que não se fundam na crença de uma outra vida necessitam de uma providência extraordinária que as mantenha. O judaísmo, que não se baseia na crença de uma outra vida, foi, pois, mantido por uma providência extraordinária."

Insurgiram-se contra ele vários teólogos, e, como todos os argumentos podem ser refutados, refutaram o seu nos seguintes termos:

"Toda a religião que não se baseia no dogma da imorta-lidade da alma e nos castigos e recompensas eternas é necessariamente falsa. O judaísmo ignorou esses dogmas; o judaísmo, pois, longe de ser mantido pela Providência, era, segundo os vossos princípios, uma religião falsa e bárbara que atacava a Providência."

Este bispo teve alguns adversários que lhe retorquiram que a imortalidade da alma era conhecida entre os Judeus, no tempo de Moisés. Mas ele provou-lhes com toda a evidência que nem no Decálogo, nem no Levitico, nem no Deuteronómio existia uma só palavra sobre essa crença, e que era ridículo torcer e deturpar algumas passagens dos outros livros para provar uma verdade que não constava do livro da lei.

Nos quatro volumes que o senhor bispo escreveu para demonstrar que a lei judaica não falava de castigos e recompensas para depois da morte, não conseguiu responder a seus adversários de forma satisfatória. "Ou Moisés, redar-guiam-lhe, conhecia esse dogma e enganou os Judeus, ocul-tando-lho, ou o ignorava, e nesse caso carecia de conhecimentos suficientes para fundar uma boa religião. Se essa religião, com efeito, fosse boa, teria sido abolida? Uma verdadeira religião prevalece em todos os tempos e em toda parte; é como a luz do sol que alumia todos os povos e todas as gerações."

Custou bastante a esse prelado, apesar de muito esclarecido, desembaraçar-se de todas essas objecções. Mas qual é o sistema que está isento delas?

Segunda questão sobre religião

Outro sábio muito mais filósofo, que é um dos mais profundos metafísicos dos nossos dias, aduziu fortes razões para provar que o politeísmo foi a primeira religião que os homens tiveram, e que se começou por crer em vários deuses antes da razão estar suficientemente esclarecida para reconhecer um único Ser supremo.

Ouso crer, ao contrário, que se começou primeiro reconhecendo um só Deus, e que mais tarde a fraqueza humana adoptou vários. Eis o meu raciocínio sobre o caso:

Está fora de dúvida que os burgos precederam as grandes cidades, e que os homens se dividiam em pequenas repúblicas, antes de congregados em vários impérios. É muito natural que um burgo, atemorizado pelo trovão, aflito com a perda de suas colheitas, maltratado pelo burgo vizinho, sentindo dia a dia a sua fraqueza, sentindo por toda parte um poder invisível, logo concluísse: "Existe um ser acima de nós que nos faz o bem e o mal".

Parece-me impossível que tenha dito: "Existem dois poderes". Por que vários? Começa-se sempre pelo simples, a seguir vem o composto, e por último, às vezes, volta-se ao simples guiado por luzes superiores. Tal é a marcha do espírito humano.

Qual seria o ser que primeiro se invocou? O Sol? A Lua? Não o creio. Vejamos o que se passa com as crianças: são aproximadamente como os homens ignorantes. Não se impressionam com a beleza nem com a utilidade do astro que anima a natureza, nem com a ajuda que a Lua nos dá, nem com as variações regulares do seu curso. Não pensam nisso e estão muito habituadas a todas essas coisas. Não se crê, invoca e adora senão o que se teme. As crianças olham para o céu indiferentes, mas, quando retumba o trovão, começam a tremer e se escondem. Com os primeiros homens, dava-se decerto a mesma coisa. Só determinados filósofos podem ter observado o curso dos astros, e atraído para eles a admiração e a adoração dos outros; mas os simples lavradores, sem nenhuma luz, não tinham os conhe-cimentos suficientes para perfilhar tão nobre erro.

Os aldeões diriam apenas: "Há uma potestade que faz ribombar o trovão, que faz cair o granizo, que faz morrer nossos filhos. Aplaquemo-la. Mas, como aplacá-la? Verifi-camos que acalmamos com pequenas oferendas a cólera das pessoas irritadas. Façamos, pois, pequenas oferendas a essa potestade. É mister também dar-lhe um nome. O primeiro que se oferece é o de chefe, dono, senhor. Chamemos-lhe, pois, Monsenhor." Foi esta provavelmente a razão pela qual os primitivos egípcios chamaram Knef a seu deus; os sírios, Adonai; os povos vizinhos, Baal ou Bel, Melch ou Moloch; os citas, Papeu. Todas estas palavras significam senhor, dono.

Quase toda a América se encontrava assim dividida numa multidão de pequenas povoações, todas as quais tinham seu deus protector. Os próprios mexicanos e os peruanos, que formavam grandes nações, tinham apenas um deus: uns adoravam Manko Kapac, os outros o deus da guerra. Os mexicanos davam a seu deus guerreiro o nome de Vitzli-putzli, como os hebraicos chamavam a seu senhor Sabaoth.

Não foi, pois, por uma razão superior e culta que os povos começaram a reconhecer assim uma divindade. Se eles fossem filósofos, teriam adorado o deus da natureza, de toda a natureza, e não o de uma tribo; teriam examinado as relações infinitas entre todos os seres, que nos provam um ser criador e conservador. Nada examinaram, porém; tudo sentiram. É nisso que consiste o progresso do nosso fraco entendimento; os burgos sentiam a sua fraqueza e, portanto, a necessidade de uma forte protecção. Imaginavam um ser tutelar e terrível, que habitava na floresta vizinha, na montanha ou em uma nuvem. Imaginavam um só, porque um burgo não tinha senão um chefe para a guerra. Corporizavam-no em sua imaginação, porque não podiam concebê-lo de outra forma. Não podiam crer que o burgo vizinho não tivesse também o seu deus. Eis por que Jafté disse aos habitantes de Moab: "Estais na posse legítima do que conquistastes por vosso deus Camos; deveis deixar-nos usufruir o que nosso deus nos concedeu em suas vitórias" 10,

Tal discorrimento exposto por um estrangeiro a outros estrangeiros é notabilíssimo. Os Judeus e os Moabitas haviam desapossado dos seus bens os naturais do país. A ambos assistia apenas o direito da força. E um disse ao outro: "Teu deus protegeu-te em tua usurpação; suporta agora que meu deus me proteja na minha."

Jeremias e Amós perguntaram um ao outro: "que razão teve o deus Melchom para se apossar do país de Gade?" Parece evidente, por estas passagens, que na antiguidade se atribuísse a cada país um deus protector. Ainda se encontram traços dessa teologia em Homero.

É muito natural que, exaltada a imaginação dos homens e seu espírito enriquecido com a aquisição de conhecimentos confusos, tenham eles multiplicado seus deuses, e atribuído protectores aos elementos, aos mares, às florestas, às fontes e aos campos. Quanto mais examinavam os astros, mais ficavam feridos em sua admiração. Como não se há de adorar o sol, quando se adora a divindade de um ribeiro? Os homens deram os primeiros passos e cobriram a terra de deuses; e desceram, por último, dos astro aos gatos e às cebolas.

A razão foi-se, entretanto, aperfeiçoando; e com o tempo vieram filósofos que verificaram que a ordem da natureza não se deve aos gatos, nem às cebolas, nem mesmo aos astros. Todos os filósofos da Babilónia, os persas, os egípcios, os citas, os gregos e os romanos admitem um Deus supremo, que premia as virtudes e vinga as ofensas.

Não o disseram a princípio aos povos, pois quem falasse mal das cebolas e dos gatos na presença das velhas e dos padres seria maltratado. E quem censurasse aos Egípcios o facto de comerem seus deuses, teria sido comido também.

10 Juízes, XI, 24.

Conta Juvenal que um egípcio foi morto e comido cru depois de uma disputa de controvérsia religiosa n.

Que se fez, porém? Orfeu e outros estabelecem mistérios, que os iniciados se comprometem por juramentos execráveis a não revelar, e o principal desses mistérios é a adoração de um só Deus. Essa grande verdade invade meio mundo, e o número de iniciados tornase imenso. É verdade que a antiga religião ainda subsiste, mas como não contradiz o dogma da unidade de Deus, permite-se que subsista. E para que aboli-la? Os Romanos reconhecem o Deus Optimus ma-ximus; os Gregos têm o seu Zeus, seu Deus supremo. Todas as demais divindades não são senão deuses intermediários; elevam-se heróis e imperadores à categoria de deuses, isto é, de bem-aventurados. No entanto, Cláudio, Octávio, Tibério e Calígula não são considerados criadores do céu e da terra.

Concluindo, parece provado que, nos tempos de Augusto, todos os que tinham uma religião reconheciam um Deus superior, eterno, e várias ordens de deuses secundários, culto a que se chamou idolatria.

Os Judeus não foram idólatras, porque, embora admitissem malachim, anjos, seres celestiais de uma ordem inferior, a lei não ordenava que essas divindades secundárias constituíssem um culto. Adoravam os anjos, é certo, isto é, prostravam-se quando os viam; mas, como ver anjos não é coisa muito frequente, não havia um cerimonial ou culto oficial estabelecido. Aos querubins da arca não se prestavam homenagens. É notório que os Judeus adoravam publicamente um só Deus, como a multidão de inúmeros iniciados adorava secretamente nos seus mistérios.

11 Sátira XV, versos 81-83.

Terceira questão sobre religião

A religião cristã nasceu quando os sábios estabeleceram universalmente o culto de um Deus supremo, na Ásia, na Europa e na África.

O platonismo contribuiu muito para o entendimento de seus dogmas. O Logos, que, para Platão, significava a sapiência, a razão do Ser supremo, tornou-se para nós o Verbo e uma segunda pessoa de Deus. Uma profunda metafísica, acima da inteligência humana, foi um santuário inacessível onde a religião se desenvolveu.

Não repetiremos aqui como Maria foi declarada mãe de Deus, como se estabeleceu a consubstancialidade do Pai e do Verbo, a processão do Pneuma, órgão divino do divino Logos, duas naturezas e duas vontades resultantes da hipós-tase, e, enfim, a manducação superior, a alma e o corpo alimentando-se dos membros e do sangue do Deus-Homem adorado e comido sob a forma do pão, presente aos olhos, sensível ao gosto, e, no entanto, reduzido a nada. Todos os mistérios eram sublimes.

Começou-se, desde o século II, por conjurar os demónios em nome de Jesus; antes disso, eram conjurados em nome de Jeovah ou Ihaho. Conta São Mateus que os inimigos de Jesus o acusavam de conjurar os demónios em nome do príncipe dos demónios, e ele lhes respondeu: "Se é por Belzebu que eu expulso os demónios, em nome de quem os expulsam vossos filhos?"

Não se sabe em que época os Judeus reconheceram como príncipe dos demónios a Belzebu, que era um deus estrangeiro; mas sabe-se (e é José quem no-lo ensina) que havia em Jerusalém exorcistas incumbidos de expulsar os demónios dos corpos dos possessos, isto é, dc homens atacados de males singulares, que então se atribuíam em grande parte a génios malfeitores.

Espantavam-se então os demónios com a verdadeira pronunciação de Jeovah, que hoje se perdeu, e com outras cerimónias igualmente esquecidas.

Esse exorcismo por Jeovah ou por outros nomes de Deus ainda estava em voga nos primeiros séculos da Igreja. Orígenes, em disputa com Celso, diz-lhe, n.° 262: "Se, ao invocar a Deus ou jurar em seu nome, se lhe chama o Deus de Abraão, de Isaac ou de Jacob, algo devem ter esses nomes de tal natureza e força que fazem com que os demónios se submetam aos que os pronunciam; mas, se lhe dermos outro nome, como Deus do mar rumoroso, suplantador, esse nome carecerá de virtude. O nome de Israel, traduzido em grego, não tem virtude alguma; mas pronunciai-o em hebraico, com as outras palavras necessárias, e operareis a conjuração."

O mesmo Orígenes, no número 19, diz estas palavras notáveis: "Há nomes que possuem uma virtude natural, como os que usam os sábios no Egipto, os magos na Pérsia, os brâmanes na Índia. O que se chama magia não é uma arte vã e quimérica, como pretendem os estóicos e os epicuristas: nem o nome de Sabaoth, nem o de Adonai foram feitos para seres criados; mas pertencem a uma teologia misteriosa que se liga com o Criador; daí, a virtude desses nomes, quando concebidos e ditos conforme as regras, etc."

Orígenes, ao falar assim, não expõe um ponto de vista particular; limita-se a exprimir a opinião universal. Todas as religiões então conhecidas admitiam uma espécie de magia; distinguia-se a magia celeste da infernal, a necro-mancia da teurgia: tudo era prodígio, adivinhação, oráculo. Os Persas não negavam os milagres dos Egípcios, nem os Egípcios dos Persas: Deus permitia que os primeiros cristãos acreditassem nos oráculos atribuídos às sibilas, e consentia-lhes outros erros de pouca importância, que não deturpavam o fundamento da religião.

Coisa ainda a acentuar é que os cristãos dos dois primeiros séculos tinham o horror dos templos, dos altares, das imagens. Orígenes confessa isto no n.° 347. Mais tarde, quando a Igreja recebeu uma forma permanente, tudo mudou com a disciplina.

Quarta questão sobre religião

Estabelecida oficialmente uma religião num Estado, os tribunais ficam logo incumbidos de evitar que ressuscitemos a maior parte das coisas que antes eram publicamente aceitas nessa mesma religião. Os fundadores reuniam-se secretamente, apesar dos magistrados; agora só se permitem reuniões públicas nos termos das leis, e estão proibidas todas as associações contrárias às prescrições legais. Dizia a antiga máxima que mais vale obedecer a Deus que aos homens; hoje, diz-se a máxima oposta, isto é, que obedecer a Deus é seguir as leis do Estado. Não se ouvia falar senão de obsessos e possessos, o diabo andava à solta pelo mundo: hoje, o diabo já não sai do seu esconderijo. Os prodígios, as predições eram então necessários: hoje, já não se admitem. Um homem que predissesse calamidades na praça pública seria metido num manicômio. Os fundadores recebiam secretamente dinheiro dos fiéis; hoje, um homem que receber dinheiro e dele dispuser sem estar autorizado pela lei, terá que prestar contas à justiça. Assim, já não serve nenhum dos andaimes com que se construiu o edifício.

Quinta questão sobre religião

Depois da nossa religião, que é decerto a única boa, qual seria a menos má? Não seria a mais simples? A que ensinasse muito de moral e muito pouco de dogmas? A que procurasse tornar os homens justos, sem os tornar absurdos? A que não admitisse a crença em coisas impossíveis, contraditórias, injuriosas para a divindade e perniciosas para o género humano? A que não defendesse seu credo pelos tribunais e não inundasse a terra de sangue para fazer valer sofismas ininteligíveis e não ousasse ameaçar com as penas eternas pessoas de bom senso? Aquela em que não bastasse um equívoco, um jogo de palavras e dois ou três pretensos títulos para fazer um soberano, e não fizesse um deus de um padre muitas vezes incestuoso, homicida é envenenador, e não submetesse os reis a esse padre? A que não ensinasse senão a adoração de um Deus, a justiça, a tolerância e a humanidade?

Sexta questão sobre religião

Diz-se que a religião dos gentios era absurda em vários pontos, contraditória, perniciosa; mas, não se lhe imputariam mais males do que ela, na realidade, fez, e mais tolices do que as que pregou?

"Pois ver Júpiter touro, serpente, cisne, ou outra coisa qualquer, não me parece bonito, nem me espantará se às vezes acontecer."

(MOLIÈRE, Prólogo do Anfitrião)

Isto é talvez bastante impertinente; mas que se me aponte em toda a antiguidade um templo consagrado a Leda deitada com um cisne ou com um touro. Já porventura se pregou em Atenas ou em Roma um sermão exortando as moças a fazer filhos com os cisnes da sua capoeira? As fábulas recolhidas e ornadas por Ovídio são por acaso a religião? Não se assemelham elas à nossa Lenda Dourada, à nossa Flor dos Santos? Se algum brâmane ou daroês nos objectasse com a história de Santa Maria Egipcíaca, que, não tendo com que pagar aos marinheiros que a levaram ao Egipto, a todos concedeu, por moeda, o que se chamam favores, responderíamos ao brâmane: "Meu reverendo padre, estais enganado, nossa religião não é a Lenda Dourada."

Censuramos aos antigos os oráculos e os prodígios; mas se eles voltassem ao mundo e lhes contássemos os milagres de Nossa Senhora do Loreto e de Nossa Senhora de Éfeso, para que lado se inclinaria a balança?

Os sacrifícios humanos foram estabelecidos em quase todos os povos, mas muito raramente postos em uso. Só a filha de

Jefté e o rei Agague foram imolados entre os Judeus; não Jonatas nem Isaac. A história de Ifigênia não é aceita entre os Gregos; os sacrifícios humanos são raríssimos entre os antigos romanos. Em uma palavra, a religião pagã derramou pouco sangue, enquanto que a nossa inundou toda a terra. A nossa é, talvez, a única boa, a única verdadeira; mas fizemos tanto mal em seu nome que, quando falamos das demais, devemos ser modestos.

Sétima questão

Se alguém quiser converter à sua religião estrangeiros ou compatriotas, não deve proceder com a suavidade mais insinuante e a moderação mais aliciante? Se começar por dizer que o que ele predica já está demonstrado, deparará com uma multidão de incrédulos; se ousar dizer-lhes que rejeitam a sua doutrina só porque lhes condena as paixões, que o coração lhes perverteu o espírito, que têm apenas uma razão falsa e orgulhosa, revolta-los-á, insurgi-los-á contra si, será o primeiro a destruir o que pretende estabelecer.

Se a religião que predica é verdadeira, acaso a exaltação e a insolência a tornarão mais verdadeira? Necessitais de ficar coléricos para dizer que devemos ser dóceis, pacientes, benfeitores, justos, cumprir os nossos deveres para com a sociedade? Não, porque todos somos da vossa opinião. Por que injuriais, pois, vosso irmão, quando lhe predicais uma metafísica misteriosa? Porque seu bom senso vos irrita o amor-próprio. Tendes o orgulho de exigir que vosso irmão submeta sua inteligência à vossa; o orgulho humilhado produz a cólera; esta não tem outra origem. Um homem ferido com vinte balas numa batalha não se encoleriza; mas um doutor ferido pela recusa de um sufrágio torna-se furioso e implacável.

 

Fonte: Voltaire, Clássicos Jackson. Trad. De Brito Broca

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