A poesia satírica de GREGÓRIO DE MATOS GUERRA

Corrigir os costumes por meio do ridículo foi sempre lou vável, porém difícil tarefa; e tanto mais difícil quanto custoso é parar no plano inclinado da crítica. Desde Arquíloco, que os gregos consideram como o pai da sátira, numerosos são os poetas que se entregaram a esta espécie do gênero didático com mais ou menos êxito. Entre os romanos, Horácio e Juve­nal parece haverem na compreendido por duas diversas fa-sès; o cortesão de Augusto, reconhecendo-se incapaz de deter a torrente da corrupção, imola nas aras da sua faceta musa os ridículos do povo-rei, e, como Demócrito, ri-se e zomba dos seus contemporâneos; ao passo que o implacável discípulo de Cornuto marca com o ferro candente da sua sátira essa de­generada raça que aplaudia os Ñeros, os Claudios, os Calí-gulas e os Domicianos, e que turiferava diante de suas ima­gens. “Cada sátira de Juvenal, diz o Sr. Loise, é um exército disposto em ordem de batalha, cuias setas nartem a um sinal convencionado e dirigem-se ao mesmo alvo.”1 A cólera, a indignação eram suas Musas: facit indignatio versum, como ele próprio se expressava.

Cartas Filosóficas de Voltaire – Parlamento Inglês

Sobre o Parlamento

OS membros do Parlamento na Inglaterra gostam de comparar-se, tanto quanto lhes é possível, com os antigos romanos.

Não faz muito tempo, o Sr. Shipping, na Câmara dos Comuns, começou seu discurso com estas palavras: "A majestade do povo inglês seria ferida, etc."

A singularidade da expressão causou enorme hilaridade; mas, sem desconcertar-se, ele repetiu as palavras num tom firme, e já ninguém mais riu.

Confesso não ver nada de comum entre a majestad lo povo inglês e a do povo romano, e menos ainda entre os dois governos. Há um Senado em Londres, alguns membros do qual são suspeitos, embora sem justa razão, naturalmente, de vender os votos na ocasião oportuna, como se fazia em Roma: eis aí toda a semelhança.

A Revolução Industrial dos séculos XIX e XX

Tributação dos rendimentos pessoais nos eua em 1949

EDWARD   McNALL   BURNS
PROFESSOR DE  HISTÓRIA  DA  RUTGERS  UNIVERSITY

HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL
Volume II

Tradução de LOURIVAL GOMES MACHADO, LOURDES SANTOS MACHADO e LEONEL VALLANDRO

 

1. O COMPLEXO DE CAUSAS

A Revolução Industrial nasceu de uma multiplicidade de causas, algumas das quais são mais antigas do que habitualmente se pensa. Talvez convenha considerar em primeiro lugar os aperfeiçoamentos iniciais da técnica. As maravilhosas invenções dos fins do século XVIII não nasceram já completas, como Minerva da testa de Júpiter. Pelo contrário, já desde algum tempo havia um interesse mais ou menos fecundo pelas inovações mecânicas.[..]

COMPARAÇÃO ENTRE ALCIBÍADES E M. CORIOLANO – Plutarco

mapa roma itália

Plutarco – Vidas Paralelas COMPARAÇÃO ENTRE ALCIBÍADES E M. CORIOLANO   Ora, tendo exposto fatos relativos a ambos, ao menos aqueles que nos pareceram mais dignos de serem lembrados, podemos agora verificar em questão de armas, não ter nenhum levado grande vantagem sobre o outro. Ambos, nos respectivos cargos, provaram igualmente, não apenas ousadia e … Ler mais

Fúrio Camilo – Plutarco – Vidas Paralelas

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Plutarco – Vidas Paralelas VIDA DE CAMILO   Denominado o segundo fundador de Roma.   Desde o ano 308 até o ano 339 de Roma, trezentos e sessenta e cinco anos antes de Jesus Cristo.   MARCO FÚRIO CAMILO I. Dignidades acumuladas sobre Camilo sem o consulado. Entre as muitas grandes coisas que se dizem … Ler mais

As 3 lebres, conto infantil de charada

No Brasil, Sílvio Romero publicou uma versão, “O matuto João”, XXXV do “Contos Populares do Brasil”. Teófilo Braga regista uma outra versão, “A princesa que adivinha”, conto 56, com a inicial: — “atirei no que vi, matei o que não vi”, repetida na história brasileira, na italiana de Pittré (“Novelle popolari tos-cane”, o soldatino): — ” Tirai-ai-chi-viddi, Chiappai-chi-non-viddi. “Cosquin, “La prin-cesse et les trois fréres”, (“Contes populaires Lorrains”). Muitbi popular na Espanha, com a presença nos velhos folcloristas. Numa coleção recente, “Cuentos Populares Españoles”, do prof. Aurelio M. Espinosa (Stanford Univer sity, U.S.A.) há quatro variantes, de Córdoba, Toledo e duas de Granada, “El acertijo” (Vol I°, pp. 40, 43, 45, 48.1932). Na versão cordobesa: — “Tiré ar que vi, maté ar que no vi. Em to das, o episódio da visita noturna e guarda de provas. É o Mt. 851 de Aarne-Thompson, The Princess who Cannot Solve tke Riddle, não se ajustando os elementos que constituem as adivi nhações catalogadas no “Motif-Index”, Vol-III E’ conhecida em toda América. J. Alden Mason recolheu três variantes em Porto Rico, “Journal of American Folk-Lore”, vol. XXIXo n.° 752, 753 e 754, p. 497. 1916.