AS JÓIAS E OS TESOUROS OCULTOS DA TERRA – Geologia

AS MARAVILHAS DA TERRA

 

OS TESOUROS OCULTOS DA TERRA

Henry Thomas

Ouro — o amigo e o inimigo do homem

EM 1492, Colombo saiu à procura de ouro na Índia.

Descobriu a América. Em 1849, os pioneiros do Leste saíram à procura de ouro na California. Ergueram uma nova e poderosa civilização no Oeste. Desde tempos imemoriais, têm os homens andado à cata da ilusoria panela de ouro, na extremidade do arco-iris. E sua busca febril tem tido como resultado muitos crimes, mas também muito progresso da raça humana. O ouro é um dos mais acérrimos inimigos do homem, e um dos seus maiores amigos.

O ouro é o mais maleável dos metais. Pode ser batido até se tornar uma folha tão fina como a seda, e pode estendido num fio quase tão delgado como a fibra duma teia de aranha. Usado sozinho, o ouro seria demasiado mole. Por isso é ligado, para fins práticos, à prata, ao cobre ou a outros metais. Quando misturado com a prata, dá o ouro branco; quando ligado ao cobre, é o ouro vermelho. As moedas de ouro dos Estados-Unidos são de liga de ouro e cobre.

O ouro pode ser encontrado em muitas partes da terra e mesmo nas águas do oceano. Em muitos lugares, porém, existe em tão pequenas quantidades que não pagaria a pena extraí-lo. A maior quantidade de minério de ouro não é explorada nos Estados-Unidos, mas nas minas do sul da África.

Muitas histórias estranhas e interessantes contam-se a respeito desse precioso metal. Duas delas merecem ser relembradas:

A primeira dessas histórias se refere a um homem a quem o ouro tornou pobre. Chamava-se João Augusto Sutter. Era um pioneiro americano, que possuía grande e rica propriedade na Califórnia. Em 1848, o ouro foi acidentalmente descoberto em suas terras. De todas as partes do país, chegou uma multidão de caçadores de ouro, que invadiram seus terrenos e contra os quais não foi êle capaz de se defender. Levou seu caso à Corte Suprema e perdeu a questão. Durante anos gastou tempo e dinheiro, tentando obter satisfação do Congresso. Nisso, também, foi infeliz. Afinal, cansado e desencorajado, além de falido, morreu em Washington, na idade de setenta e sete anos. Já deveis ter ouvido sem dúvida a expressão, ouro de Sutter. A ironia da frase é que o ouro de Sutter nunca pertenceu a Sutter.

A outra história é mesmo mais irônica. E’ a história de Roberto Henderson, o homem que descobriu os grandes campos auríferos de Klondike, e que nunca recebeu dinheiro de contado ou mesmo qualquer crédito pela sua descoberta. Por causa de algum erro, devido provavelmente à sua excitação, formulou uma petição a respeito de Humber Creek (uma das mais ricas correntes auríferas do Yukon), sob falso nome. Sua petição nunca foi referida e êle morreu na penúria.

Carvão — auxiliar do progresso humano

OS pedaços de carvão que usais no vosso fogão não passam de esqueletos de antigas plantas, plantas que viveram há milhões de anos. Essas plantas cresceram em brejos, morreram, foram enterradas sob as águas

e as areias movediças, e por meio dum gradual processo químico mumificaram-se no carvão de hoje.

O carvão era conhecido dos antigos gregos. Mas depois seu uso ficou quase inteiramente esquecido até cerca do século XVIII, quando o adiantamento da civilização descobriu nele um grande aliado do progresso. Daquele dia até hoje, centenas de usos têm sido descobertos para o carvão. Eis uns poucos deles: O carvão nos fornece calor, força, gás de iluminação e até gasolina; um de seus produtos, o alcatrão, dá-nos vários remédios e desinfetantes, tintas, perfumes, tiradores de manchas de gordura e explosivos. Na verdade, sem carvão nossa civilização moderna seria inimaginável. E, também, a civilização do futuro, em grande extensão, dependerá da contínua produção de carvão.

Felizmente há bastante carvão no mundo para prover nossos descendentes por muitos milhares de anos.

Mas a produção do carvão é muito dispendiosa, particularmente no que se refere a vidas humanas. Os trabalhadores das minas de carvão são frequentemente ameaçados por desmoronamentos, gases venenosos, incêndios e explosões. A mineração do carvão cobra um tributo anual de cerca de 3.000 vidas humanas.

Diamante — a mais brilhante das jóias

HÁ muitos anos, um pastorzinho bôer, da África do Sul, encontrou linda pedra num campo. Andou com ela no bolso, como se fosse um amuleto. Um dia, um vizinho, Van Niekirk , ofereceu-lhe 500 carneiros pela pedra. O rapaz aceitou a oferta, pensando que o homem estivesse maluco. Qual não foi seu espanto quando soube, poucas semanas depois, que Van Niekirk havia vendido sua pedra por 56.000 dólares! (mais de mil contos).

Essa pedra é hoje conhecida como o brilhante Dudley.

Que é um diamante? Nada mais, é maravilhoso di-zê-lo, que um pedaço de carvão. Carvão refinado ou cristalizado. A mais brilhante das jóias quando exposta a uma temperatura suficientemente elevada pode ser transformada num simples pedacinho de grafite suja.

Mas seria preciso uma quantidade imensa de calor, cerca de 6.500 graus, para operar essa transformação. Porque o diamante é o mineral mais duro que existe na natureza. A palavra diamante é derivada de adamant, do grego adamas, que significa coisa que não pode ser abrandada.

No correr dos recentes anos, muitas tentativas têm sido feitas para produzir diamantes artificiais. Algumas delas têm conseguido apresentar razoáveis sucedâneos. Há duas experiências infalíveis, porém, que vos capacitarão a distinguir entre o diamante verdadeiro e o falso. A primeira experiência determina a dureza da pedra. Colocai a pedra entre duas moedas, presas entre o vosso indicador e o vosso polegar, e depois apertai as moedas o mais que puderdes. Se a pedra fôr artificial, se esfari-nhará; se natural, resistirá à pressão. A segunda experiência determina o brilho da pedra. Fazei uma mancha preta num pedaço de papel branco, e examinai a mancha através da pedra, à distância de cerca de um quarto de polegada. Se a pedra fôr falsa, a mancha se tornará confusa, desfazendo-se em várias pequenas marcas; se a pedra fôr genuína, a mancha ficará bem clara e definida.

Os antigos tinham outro meio de verificar os diamantes. Podiam sempre conhecer um diamante, diziam, pela influência que êle exercia. Um verdadeiro diamante, continuavam a afirmar, traz invariavelmente má sorte ao seu possuidor. Embora pareça bastante estranho, tem-se verificado isso várias vezes.

Tem havido muitos diamantes famosos na história do mundo. O mais interessante deles é o Orloff. Foi roubado, assim narra a lenda, do olho de uma deusa indú. O homem que a roubou, um granadeiro francês, foi perseguido pela cólera da deusa, até que se desfez dele. De mão em mão, seguiu, sempre produzindo desgraças em seu caminho, até que finalmente foi vendido ao conde Or-loff por 560.000 dólares (cerca de 11 mil contos). O conde deu-o de presente a Catarina II, imperatriz da Rússia. O diamante foi incrustado na coroa real e daquele dia em diante, a cabeça que usava aquela maldita jóia não conhecia sossego. A queda final dos czares, de acordo com a crença de muitos russos, pode ser atribuída diretamente à diabólica influência do diamante Orloff.

O diamante Orloff é o mais interessante, porém o diamante Cullinan é o maior do mundo. Descoberto na África do Sul em 1905, pesou, quando ainda não burilado, quase uma libra e meia. Era três vezes o tamanho do maior dos outros grandes diamantes da história. Cortado em nove pedras, deram-no de presente ao rei Eduardo VII, para ser colocado entre as jóias da coroa inglesa. Seu valor foi estimado no espantoso preço de cem mil contos!

Petróleo — fonte mágica de calor e energia

CONTEMPLAI o majestoso espetáculo de um poço de petróleo a esguichar. Lança para o ar uma coluna de óleo de mais de 180 metros de altura, um líquido foguete de lágrimas que é a admiração e a inveja dos espectadores. E bem provavelmente poderá esse foguete tornar seu explorador até então, pobre e obscuro, famoso e rico.

A indústria do óleo mineral é uma das mais novas, como também uma das mais ricas do mundo. Tem apenas setenta anos de idade. Antes desse tempo, o óleo mineral não era desconhecido, mas olhado com indiferença. Os índios bebiam-no como remédio e os primitivos yankees não o utilizavam absolutamente. Só em 1859, seu grande valor foi descoberto.

O primeiro poço de petróleo do mundo foi aberto em Baku, "a santa cidade russa de fogo eterno". Onze anos mais tarde, a Standard Oil Company foi organizada nos Estados-Unidos. Hoje, este país domina a indústria de petróleo do mundo.

O petróleo tomou rapidamente lugar ao lado do carvão, como força motriz na manufatura e no transporte. E’ mais fácil de produzir que o carvão e mais fácil de transportar. A maior parte do óleo é conduzido do poço para a refinaria por meio de encanamentos. Há nos Estados-Unidos mais de 100.000 milhas de oleodutos atualmente.

O petróleo tornou-se rapidamente um dos fatores dominantes na vida moderna. Automóveis e aeroplanos dependem de gasolina, produto do petróleo, como sua fonte de energia. Na verdade, como o notou um arguto jornalista recentemente, a civilização do século XX "é um retrato pintado a óleo". Nós viajamos por meio do óleo; íavamo-nos com óleo em nosso sabão; nossas esposas e nossas namoradas embelezam-se com óleo nos seus cremes de rosto; escrevemos com óleo em nossa tinta; pintamos nossas casas e nossa mobília com tintas de óleo; aliviamos nossas feridas e nossas queimaduras com unguentos curativos feitos de óleo; e, o mais importante de tudo, aquecemos nossas casas com óleo. O petróleo de aquecimento já tem sido adotado em não menos de … 1.000.000 de lares nos Estados-Unidos.

Fonte: Maravilhas do conhecimento humano, 1949. Tradução e Adaptação de Oscar Mendes.

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