Fautores da Independência: VELOSO DE OLIVEIRA e RODRIGUES DA COSTA

Biblioteca Academia Paulista de Letras – volume 7.

História da Literatura Brasileira TOMO I. vol 3.

 LIVRO PRIMEIRO Época de Transformação (século XIX) 2º período (Fase Patriótica)

Artur Mota ( Arthur Motta) (1879 – 1936)

CAPÍTULO IV (continuação)

OUTROS FAUTORES DA INDEPENDÊNCIA

ANTONIO RODRIGUES VELOSO DE OLIVEIRA

Nasceu na província de S. Paulo, depois de 1750, e faleceu no Rio de Janeiro a 11-3-1824. Era filho de José Rodrigues Pereira e D. Anna de Oliveira Montes.

BIBLIOGRAFIA

1) Tratado do jogo de voltarete — com as leis gerais do jogo. Lisboa, 1794.

2) Memória sobre o melhoramento da província de S. Paulo, aplicável em grande parte às outras províncias do Brasil. Rio de Janeiro, 1822, 143 págs. in 4.°. Foi escrita em 1810 e reproduzida na "Rev. do Irist. Hist.", tomo 31, parte 1.", págs. 5 a 106. n.° 526 e 7.409 do Catálogo da Exposição.

3) Memória sobre a agricultura e colonização do Brasil, escrita em 1814, quando o autor exercia o cargo de chanceler da relação do Maranhão. Cesar Augusto Marques ofereceu-a ao Instituto Histórico, que a publicou no tomo 36, parte l.a, pág. 91, 1873. n.° 12.933 do Cat. da Exp.

4) Divisão eclesiástica do Brasil — 1819 — Acha-se na "Rev. do Inst. Hist.", tomo 37, pág. 263. 1864. n.° 8.688 do Cat. da Exp.

5) A Igreja no Brasil, ou informações para servir de base à divisão dos bispados, considerada em todas as diferentes classes na conformidade dos mapas das respectivas províncias e número de seus habitantes. Rio de Janeiro, 1822, 172 págs. Encontra-se nos "Anais Fluminenses de Ciências, Artes e Literatura", tomo 1, 1822, pág. 57, e na "Rev. do Inst. Hist.", tomo 29, 1866, pág. 159. A 2.» edição é de 1847. É o n.° 8.689 do Cat. da Exp.; n.° 2.488 da Bib. Bras.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Era bacharel em Direito pela Universidade de Coimbra. Dedicou-se à magistratura, começando a carreira na Ilha da Madeira. Mais tarde, quando se instituiu a relação do Maranhão, foi nomeado chanceler. Ocupou, ainda, os cargos de desembargador do paço, deputado da mesa da consciência e ordens, juiz conservador da nação britânica em todo o distrito da Casa da Suplicação do Brasil e primeiro deputado da Junta da Administração da Fazenda na capitania do Maranhão. Retirou-se em 1818 de S. Luís, por desavenças com o governador. Foi deputado à Constituinte Brasileira, onde se distinguiu por haver defendido com energia o plano de extinguir a escravidão dos africanos.

Veloso de Oliveira fez parte do conselho de D. Pedro I, era fidalgo cavaleiro da casa real, comendador da ordem de Cristo c considerado como estadista de idéias liberais.

Pela natureza de sua obra, figura como economista.

MANOEL RODRIGUES DA COSTA

Nasceu em Minas Gerais, na freguesia de Carijós, comarca de S. João d’El-Rei, em 1754, e faleceu em Barbacena, a 19 de janeiro de 1840.

BIBLIOGRAFIA

1) A Sua Alteza o príncipe regente constitucional, defensor perpétuo do Brasil. Rio de Janeiro, 1822, 16 págs.

2) Oração em ação de graças pelo feliz e desejado nascimento de D. Pedro de Alcântara, proferida na matriz da vila de Barbacena, a 22-1-1826 — Rio de Janeiro, 1826, 16 págs.

3) Memória nobre a catequese dos índios dirigida ao 1.* secretário do Instituto Histórico. Inédita, com 14 fls.

4) Memória acerca das ruínas que se dizem existir entre os sertões da Bahia. Foi lida na sessão de 3-5-1841 do Inst. Hist., sendo deliberado que fosse publicada na Revista Trimensal.

5) Tratado da cultura do pessegueiro — Lisboa, 1810, VII-136 págs. in 8.°, com 16 estampas.

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Era presbítero secular, cónego da capela imperial, sócio do Instituto Histórico, cavaleiro das ordens do Cruzeiro- e de Cristo. Esteve preso na fortaleza de S. João da Barra durante 4 anos, por se haver comprometido na conspiração mineira de 1789. Limitou-se a sua pena ao degredo para Lisboa e à prisão, por ser sacerdote. Mas só conseguiu a liberdade depois de 10 anos.

Durante a sua permanência em Portugal estudou fábricas e indústrias. No Brasil instalou uma fábrica de tecidos e fez plantações de vinhas e oliveiras, sem que pudesse levar avante a sua iniciativa.

Apresentou ao Conde Linhares um projeto para melhoramento de estradas, navegação de rios e povoação dos sertões de Minas.

Representou a sua província na Assembléia Constituinte Brasileira, na primeira legislatura, recusando segundo mandato, em virtude do seu estado valetudinário.

Hospedou D. Pedro I e a imperatriz em sua fazenda, em Minas Gerais, no ano de 1830.

JOSÉ IGNACIO RIBEIRO DE ABREU E LIMA (Padre Roma)

Nasceu na cidade do Recife, no ano de 1768, e faleceu arcabuzado, na Bahia, a 29 de março de 1817.

Era filho do Capitão Francisco Ignacio Ribeiro de Abreu Lima e D. Rosa Maria de Abreu (irados.

BIBLIOGRAFIA

1) Comentário às Ordenações do Reino.

2) O Libelo Brasileiro pelo padre Roma — 1.° fascículo. Rio de Janeiro, 1877, 29 págs. — n.° 7.962 do Cat. Exp.

FONTES PARA O ESTUDO CRÍTICO

 Moniz Tavares — Hist. da revolução de Pernambuco em 1817;

 Pereira da Costa — Dic. biog. de pernambucanos célebres;

 Pereira Pinto (A) — Notícias históricas sobre a revolução pernambucana:

 Dias Martins (Pe.) — Os mártires pernambucanos;

 Monte Carmello — Memória histórica do clero pernambucano;

 Souto Maior — Fatos pernambucanos;

 Sacramento Blake — Dic. biog. e bibl. brasileiro; e os tratados e compêndios de "História do Brasil".

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Com o nome de José de Santa Rosa, professou no convento do Carmo, de Goiana. Estudou em sua ordem e fez o curso de Teologia em Coimbra, recebendo o grau de bacharel. Recebeu ordens sacras em Roma, donde lhe adveio o apelido.

Quando regressou a Pernambuco, obteve dos tribunais eclesiásticos anulação das ordens sacras e dedicou-se à profissão de advogado.

Era cavaleiro da ordem de Cristo.

Escreveu "Libelo Brasileiro" e o "Comentário às Ordenações do Reino", obra que lhe atestou a competência, valendo-lhe ser considerado como um dos melhores expositores do Direito pátrio.

Por se achar implicado na revolução pernambucana de 1817 foi preso ao desembarcar na Bahia, como emissário dos revolu cionários. Por sentença da comissão militar presidida pelo Conde dos Arcos, foi arcabuzado no Campo da Pólvora.

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