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CientistaMembro
Você presume que atingir uma maior verdade racional em detrimento dos "sentimentos" instituídos é o caminho certo para os humanos.Não posso concordar com essa presunção. Progresso e consciência da razão não implica destruição da espiritualidade humana, apenas a sua compreensão contextualizado num todo.
Z, acho que defendemos a mesma coisa! Penso com tu, apenas não vejo porquê os velhos ensinamentos espiritu-religosos ocidentais, horrivelmente dogmáticos devam prevalecer no futuro. Creio que podemos desenvolver uma maravilhosa espiritualidade assentada sobre bases racionais e informação de qualidade; como, por exemplo o fato não mais questionado de que desapareceremos todos deste planeta, devolvendo-o a sua forma puramente mineral. Não seria motivo para celebrarmos a vida a cada dia, sabendo-a um presente raro porém TEMPORAL, mesmo em termos de espécie?Sds,
CientistaMembroDeus existe? Não é esta a questão mais importante. O que importa é sabermos se necessitamos da existência de um Deus. A hipótese da não-existência de um deus é concebível? Conseguiríamos viver, como nos "provoca" Sartre e os existencialistas todos, sós e sem desculpas? Acredito que não. Somos muito pequenos, menores do que queremos ser. Precisamos de uma projeção de nós mesmos que seja maior, melhor do que aquilo que somos ou conseguiremos ser. Contudo, nos perdemos naquilo que projetamos, ou melhor, perdemos daquilo que projetamos a dimensão de autoria. Fizemos de nossa criatura, criador. E agora, quando a criatura se torna criador e o oposto também se faz verdadeiro, nos tornamos crédulos e fizemos da idéia de Deus o pressuposto essencial de nossa presença no mundo e a esperança de uma vida além-morte nosso porto seguro. Assim, um Deus existe e é necessário que ele exista.
"Creio que a resposta a "se necessitamos da existência de um Deus" é sim, pelo menos até agora e para a maioria das pessoas, pois isto reflete a realidade. Penso mesmo que sem crenças místicas, a maioria das massas despossuídas ou entraria em grande sofrimento ou atuaria de forma agressiva com a camada de cima da pirâmide que, mesmo sendo numéricamente pequena, abocanha a grande maior parte do trabalho coletivo.Vale a pena observar, no entanto, pelo que tenho lido, que na Europa ocidental, hoje, pelo menos a metade dos jóvens não se interessa minimamente por este tipo de coisa. Olhando a história, penso que o percentual de pessoas religiosas é cada vez menor, o que tem a ver com a grande informação disponível, que fornece muita verdade científica para contrapor-se ao "tampão" dos dogmas religiosos.Pela minha experiência particular, onde nem meu pai, eu ou meu filho somos religiosos, graças a NÃO educação para isto na fase de formação (Imprinting) as crenças religiosas - comos as outras, está ai o Z que não me deixa mentir - é algo aprendido e, portanto, pode sim deixar de ser perpetuado. Muitas pessoas da classe média pra cima não reunem hoje condições básicas para 'necessitar' de relgião, mas a cultura familiar perpetua este ensinamento por inércia. "A hipótese da não-existência de um deus é concebível?" Disto não tenho nennhuma dúvida, tanto pela experiência pessoal acima citada, tanto por saber que 10% da populção mundia é ou atéia ou agnóstica."Precisamos de uma projeção de nós mesmos que seja maior, melhor do que aquilo que somos ou conseguiremos ser." Bem, o que precisamos numa época, numa cultura, não necessariamente precisamos necessitar ad eternum! Parto do princípio que "se uma pessoa pode, todos podem." Se em 2007 10% podem, em mais mil anos, uns 90% poderão!?Além disto, sem negar a necessidade de um credo que una espitulamente as pessoas - o que acredito - porque estes credos não podem ter bases racionais e emocionais em substituição a credos dogmaticos irracionais?"Contudo, nos perdemos naquilo que projetamos.. a dimensão de autoria" É bem verdade, caro MCaet!! Reportemo-nos todos ao brilhante Feuerbach!"Assim, um Deus existe e é necessário que ele exista.", Bem, como o exposto acima, tenho cá minhas dúvidas... :)Sds
25/03/2007 às 18:08 em resposta a: Diferença entre um ateu e um religioso igualmente piedosos #83448CientistaMembroSobre crenças místicas e religiosas, quero emenda-me e PEDIR DESCULPAS à todas as pessoas a quem contrariei no Consciência, desde que entrei. Ser contrariado nestas questões causa sofrimento e não era minha intenção. Não foi uma coisa madura nem sensata e careceu de inteligência emocional fazê-lo.Porquê digo isto? Porque nesta manhã dei-me conta da coisa mais óbvia sobre esta questão:O motivo de nos apegar-mos a estes conceitos, idéias, etc é que a base deles, pelo menos, foi aprendida em tenra infância, quando então estes conceitos - quase sempre ensinados com emoção - nos causaram igualmente emoções que se tornam importantes e duradouras por acontecerem na fase de imprinting mental.Depois, adultos, estes conceitos (estas crenças) nos provocam setimentos de SEGURANÇA e BEM-ESTAR e nada é mais natural do que nos apegarmos à eles, a não ser que fôssemos patológicamente masoquistas.Não é nada natural esperar que abandonemos estas crenças e os bons sentimentos que nos produzem em troca do VAZIO, de NADA! Se abandonaremos tais sentimentos em benefício da verdade racional, isto só pode ser um processo lento e trabalhoso e a Verdade Racional precisa nos fornecer outra segurança e bem-estar que substitua a anterior e assim evitar a angústia do nada e do vazio. Bem-estar vicia! Felizmente! :)Minhas mais sinceras desculpas! Tenciono doravante adotar a postura de ser PACIENTE, COMPREENDER e AJUDAR ao invéz de combater o misticismo alheio.Obrigado especialment a Z, por ajudar-me a entender isto!!Um abraço fraterno,Sds,
CientistaMembroSão pensamentos novos para mim e vejo que os domina em algum grau. Porque não nos dá uma “palhinha”?
CientistaMembro... Voltando ao tópico - nosso maior problema, na minha opinião, é que não aceitamos nossas diferenças. O que gera a maior parte dos nossos conflitos. Por outro lado, pode ser o equilíbrio, pois para resolver esse problema, me parece necessário uma drástica redução na quantidade de indivíduos, o que a longo prazo, significa extinção.A razão pode ainda ser um meio da própria natureza extinguir a vida - pois de tudo que a razão humana criou, o que ela melhor desenvolveu foi a sua capacidade de destruição, não apenas da vida humana, mas provavelmente da vida, como um todo.O caminho que essa razão toma pode ser um indício do que ela representa. Talvez a vida não tenha sido uma experiência bem sucedida e a própria evolução esteja levando-a ao seu fim. Talvez a vida, como um todo, seja apenas parte do processo ou mesmo um processo cíclico. Não sabemos, mas ela parece ter um objetivo - preservação ou extinção. Seja como for, só a razão pode determinar.
Nossa, como tu escreves bem, Luka! Queres casar comigo? :DHá muito acerto no que escreveste, praticamente tudo me parece adequado! Vou apenas acrescentar um pouco de informação:A vida num planeta candidato a abrigá-la acontece apenas no "período fértil ou vital" (life span) possível em termos climáticos, químicos, etc. Estes planetas são dependenetes da dinâmica de sua estrela, que, como sabemos, passa por "nascimento, vida e morte". Assim, a coisa mais segura é que cada planeta abrigando vida, retornará um dia a seu estado meramente mineral. (Cínicamente, não está errado dizer que ele então "livrou-se da poluição que o recobria").O que se percebe é que, durante este "periído fértil" a vida é um fenêno EXPANSIVO, AGRESSIVO, INVASIVO e PERSISTENTE. Grosso modo, todo ser vivo representa uma guerra contra todos os outros seres vivos, potenciais competidores. Toda espécie possui mecanismos que a impele a expandir-se, ocupando todo os espaços ecológicos possiveís. Com alimento suficiente e sem competidores que a impeçam, uma espécie qualquer recobriria sozinha o Planeta.Se a sofisticação mental humana pode vir a ser justamente o caminho de sua prematura destruição ou não, só o temo pode mostrar. Sob o ponto de vista da Natureza (se houvesse um), tanto faz se a massa biológica é feita de um bilhão de toneladas de elefantes ou mosquitos; o que a Natureza claramente impele é à maior conversão possivel de massa mineral em massa biológica. Parece que é algo que acontece sempre que condições climático-quimicas adequadas se reunem.A questão de aceitarmos nossas diferenças entra no acima, pois diferenças implica na crucial questão de IDENTIDADE, que acaba se refletindo na competiçao por recursos vitais sempre escassos, na prática. Resulta que a velha lei-do-mais-forte ainda não foi revogada... :)Sds,
CientistaMembroPuxa, que cegueira a minha! Tinha buscado este “Inserir Citação” e não tinha achado!VALEU LUKA!!Depois do peru esperto, apresento o "Porco Indutivista", nem aí por ter falhado a ração das 10h!! ;D ;D
CientistaMembroPuxa, ninguém achou engraçado o Busha vestido de mulher! Nem o bebê Sadam Pescoçinho? Que gente mais séria! :-[
CientistaMembroNão quero me estender no assunto! Acho que fui demasido claro!(Também não há que contestar tudo, não?)Mas, em todo caso...Nosso HD é aquilo que imprimimos, como o coração das pessoas, nossos textes, etc. Se tens crenças mágicas, bem, isto é outro caso e não desejo nem saber! :)
CientistaMembroHumm, muito engraçadinho! :(Acho que entendeste muito bem minha postura que, mesmo sem usar de linguagem acadêmica, é muito clara. A antítese do que defendo é a irracionalidade e o absurdo, o verdadeiro mundo do "Tudo é nada e nada é tudo".Se releres vais ver que escrevi..."... sob um ponto de vista dialético, esta entidade hipotética é "real" para sua psique, para a sua realidade interior, tornado-se de certa forma real, apesar de esta "realidade" ser concernente apenas a seu mundo interior e subjetivo; nunca ao objetivo e demonstrável!"As subjetividades humanas são evidentemente de outra natureza que simples matéria ou energia, são informação complexa. Que pode ser desdobrada, desde que verbalizada; quando então pode ser "tocada", especilamente se escrita. ;)
24/03/2007 às 19:25 em resposta a: Diferença entre um ateu e um religioso igualmente piedosos #83443CientistaMembroGente, tem um coisa que eu não tinha contado ainda sobre minha família!(Eu sou este que está no colo da mamãe! )
24/03/2007 às 19:01 em resposta a: Diferença entre um ateu e um religioso igualmente piedosos #83442CientistaMembroVocê insinua que Deus é uma ideia, e que Natureza é uma certeza?
Insinuo não, caro Z!, Afirmo categoricamente! :)Puxa, Z, tu és uma pessoa culta e inteligente! Sei que tens conhecimento de história, teologia, sociologia e psicologia suficiente para não duvidar disto. Depois do último post meu a ti, tens ainda coragem de contestar-me isto? :) Veja tuas próprias palavras, ao dizer que "Deus é um sentimento teu,... um conceito", em suma, e definitivamente: UM MITO!Se necessitas sustentar internamente a crença num mundo criado e por um ser mítico que te agrada chamar de Deus, tudo bem; mas daí a tentares de qq forma sustentares a racionalidade disto são outros 500!
Mas a consciência, não sendo algo material como a cognição, pode não ser algo indissociável do cérebro humano.você julga a consciência como algo material, que se vai formando como um cérebro.
Julgo não! A consciência acontece num meio material - o cérebro, mas ela mesma NÃO é material (Toda informação necessita de um meio sobre o qual possa ser registrada - sem meio, sem informação.)
Agora uma grande incongruência, "a consciência nascer gradualmente". As coisas antes do ser, não o são. Depois formam-se gradualmente ou nascem espontanemanete como efeito de uma causa.
Repetindo, exceto no caso das grandes explosões cósmicas, quedas, raios, etc a regra geral da natureza é a gradatividade, como muito bem ilustra o caso do desenvolvimento da vida na Terra (Começando com a existência de seres unicelulares por 3 bilhões de anos, para depois, ao longo de outros 450 milhões, conseguir um ser pensante e inteligente como você!"
O cérebro está em uma fase de evolução... Nessa fase a consciência ainda não existe. (agora não me irá dizer certamente de que a consciência existe desde sempre) Antes de ela começar seu processo evolutivo, ela tem que surgir. Surge de onde? Como?
Creio que já explanei devidamente esta questão, mas não me custa reforçar: O cérebro, meio para a consciência, cuja função é adaptativa, surge gradativamente, bem como qualquer nível sofisticado de consciência, pois são uma dualidade indissociável (cérebro-consciência). Grosso modo, o cérebro se desenvolve justamente para dar ao organismo a consciência do meio, como é o caso dos primatas sapiens. O mundo é natural, amigão! Qualquer óptica mistica existe apenas como tampão para o desconhecimento da realidade. :)
CientistaMembroThank you very much, Sir! :)
24/03/2007 às 18:19 em resposta a: Diferença entre um ateu e um religioso igualmente piedosos #83441CientistaMembroThiedri,
...como explicar as pessoas terem gênios e conceitos tão diferentes ?Influencia paterna ou do meio ?Como explicar então pessoas que nascem na violência e enqto um irmão vai para o "mal" outro se vira para o "bem" ?Como ficam neste caso espíritos que tanto se manifestam por aí ?
Bem, não tenho explicação para tudo! Mas posso tentar explicar estas tuas questões.Não há nada igual na natureza, muito menos duas pessoas! Quem já teve dois filhos, pelo menos, sabe que as crianças tem um "caráter herdado", mais ou menos como os cães de raça nascem com determinados instintos e tendências constitucionais. Isto é bem conhecido...Por outro lado, a influência do meio, da época, etc, especialmente aquelas advindas do meio doméstico, são as grandes formadoras da personalidade. Elas agravam ou mitigam estas tendências consticionais herdadas.Os filhos não são de maneira nenhuma iguais, a começar pelo fato de que não são genéticamente idênticos, nem nasceram na mesma época. Ocupam "lugares" diferentes na dinâmica afetiva e social familiar e isto molda sobremaneira seu caráter. Gêmeos univitelinos costumam ser bem mais semelhantes, mas nunca idênticos.
CientistaMembroEra sim, obrigado! :)OBS: Não tenho citado fontes porque escrevo de memória; desculpem. Mas tenho achado muito ricas as citações postadas (Wikipedia, etc). Uma bela forma de acrescentar conteúdo a nossos papos.
CientistaMembroAdorei esta do peru indutivista! Dei boas gargalhadas! ;DTambém encontro muito educativo o tópico em si e suas ricas citações. Ajudou-me a ver como posso classificar-me: um Racionalista Empírico.Sobre o tema: O Universo e tudo que contém é um fenômeno energético altamente dinâmico. Como já sabiam os chineses antigos, rigorosamente, nada é de uma maneira específica, mas está em determinada situação num determinado momento e, no momento seguinte, já não é o mesmo.Por exemplo, a longo prazo, o conteúdo de uma galáxia acaba todo metido em seu buraco negro central, onde toda a matéria se desagrega e onde certamente nenhuma das leis físicas que conhecemos vale coisa alguma .A gente fecha o olho um pouco para isto, a fim de fazer ciência e de pensar com o pé no chão, sobreviver, em fim!Fugindo do tema: Confesso que não sei como fazer multiplas citações em um post, a não ser de forma manual e trabalhosa. Tem algum jeito mais fácil?
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