A CONFERÊNCIA PAN-AMERICANA DE BUENOS AIRES

Oliveira Lima A CONFERÊNCIA PAN-AMERICANA DE BUENOS AIRES Traduzi há cerca de um ano para as colunas deste jornal um artigo sobre as relações entre os Estados Unidos e a América Latina, publicado pelo Times e firmado por um oficial da armada inglesa, não porque meu nome nele viesse citado com elogioso qualificativo, a propósito … Ler mais

O CONGRESSO DOS AMERICANISTAS DE VIENA

Oliveira Lima O CONGRESSO DOS AMERICANISTAS DE VIENA O Congresso que hoje se inaugura é o 16.° da série. O anterior foi em Quebec, o penúltimo em Stuttgart, o antepenúltimo em Nova York; desde algum tempo assim alternadamente numa cidade européia e numa cidade americana. _A série começou por Nancy, *em 1875, num início, como … Ler mais

Roosevelt, a centralização norte-americana e o pan-americanismo

Oliveira Lima PAN-AMERICANISMO CENTRALIZAÇÃO AMERICANA antes da eleição presidencial (1904) Nada poderia demonstrar mais amplamente a abundância entre os norte-americanos de homens perfeitamente preparados para a suprema administração, já por uma disposição hereditária em gente acostumada de todo tempo a governar-se, já pela influência do meio onde vingaram sempre numa forma associada as idéias de … Ler mais

PAN-AMERICANISMO NEGRO

PAN-AMERICANISMO PRETO OLiveira Lima Produziu entre nós grande alarma o projeto de colonização negra americana em Mato Grosso, o qual se dizia encobrir graves desígnios ocultos de anexação ou antes sujeição territorial. Um pan-americanis-mo de nova espécie ou antes de nova côr servia, como o outro, o objetivo da preponderância dos Estados Unidos no Novo … Ler mais

A Eleição presidencial dos Estados Unidos em 1920

Oliveira Lima O PLEITO PRESIDENCIAL DE NOVEMBRO Pela terceira vez chego aos Estados Unidos em plena campanha presidencial: em 1896 tratava-se do sucessor de Cleveland c a luta travada era entre o monometalismo defendido pelos republicanos e personificado por Mackinley, ao passo que os democratas radicais, com Bryan à frente, pregavam o bimetalismo. Em 1912 … Ler mais

O MONROÍSMO

Oliveira Lima O MONROÍSMO O Sr. Dr. Assis Chateaubriand, referindo-se a um artigo meu publicado nesta folha sobre a Doutrina de Monroe como doutrina de solidariedade e cooperação, trata-o de boutade c até lhe descobre uma intenção maligna. Entretanto, o distinto publicista bem sabe que minha pobre ironia é apenas feita de franqueza: não comporta … Ler mais

COMO TÊM VIVIDO DIPLOMATICAMENTE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS

COMO TÊM VIVIDO DIPLOMATICAMENTE O BRASIL E OS ESTADOS UNIDOS Oliveira Lima I O Sr. G. Charles Hodges, da Universidade de Stanford, na Califórnia, onde em 1912 iniciei a minha série de conferências sobre América Inglesa e América Latina, escolheu em 1915 para tese do seu doutoramento, as relações diplomáticas entre o Brasil e os … Ler mais

UM DISCURSO BELICOSO

Oliveira Lima UM DISCURSO BELICOSO I Não admira que tendo sido por longo tempo Secretário da Guerra, sob um presidente tão militarista quanto o Sr. Teodoro Roosevelt, o Sr. Elihu Root abrisse a campanha presidencial com um discurso tão belicoso como o que acaba de pronunciar contra a atual administração na convenção republicana do Estado … Ler mais

A VALORIZAÇÃO DO CAFÉ NOS ESTADOS UNIDOS

A VALORIZAÇÃO DO CAFÉ NOS ESTADOS UNIDOS Oliveira Lima É conveniente que em São Paulo se saiba como o episódio rccent da valorização ocorrido nos Estados Unidos, por aí considerado não pela gente da bolsa ou da finança, interessada em altas baixas, não pelo pessoal político, levado por preocupações que sã também interesses, embora de … Ler mais

A DIPLOMACIA DO DÓLAR

  A DIPLOMACIA DO DÓLAR Oliveira Lima "Diplomacia do dólar" é uma expressão inventada pelo atual se-creretário de Estado americano, Sr. Knox, que assim timbrou em designar a feição por êle pessoalmente impressa à política exterior dos listados Unidos. No fundo significa mais ou menos aquilo que no meu último artigo preconizei sob o título … Ler mais

AMÉRICA DO SUL VERSUS AMÉRICA DO NORTE

AMÉRICA DO SUL VERSUS AMÉRICA DO NORTE Oliveira Lima pede-me a direção da Deutsche Revue que trate nas suas páginas dos contrastes entre a América do Sul e a América do Norte. Quem diz contraste diz oposição, e é fato que não obstante todas as con-terências pan-americanas, que se seguem e se parecem pela esteri-lidade … Ler mais

O ROMANTISMO NA LITERATURA BRASILEIRA – Silvío Romero

TERCEIRA ÉPOCA OU PERÍODO DE TRANSFORMAÇÃO ROMÂNTICA — POESIA (1830-1870)

CAPITULO I

O ROMANTISMO

O momento histórico aberto agora diante dos olhos dos leitores, o romantismo, representa só por si quase toda a literatura do século XIX, e, todavia, ainda não tem sido bem apreciado. Distendido entre dous inimigos, dous rivais poderosos, tem levado golpes à direita e à esquerda. Nós os homens do último quartel do século não assistimos à sua luta com o classismo, pugna brilhante de que saiu vitorioso: presenciamos em compensação seu pelejar com o naturalismo e dez outras teorias, que o pretenderam definitivamente enterrar.

A GUERRA DO VIETNÃ: FOI UMA INCURSÃO NORTE-AMERICANA NO VIETNÃ DO NORTE OU UMA DECLARAÇÃO DE GUERRA DOS NORTE-VIETNAMITAS AOS EUA?

maravilhas das antigas civizações

O que foi a guerra do Vietnã?[2]Guerra do Vietnã do Norte ou Guerra Norte-Americana? Meu objetivo ao pesquisar sobre A Guerra do Vietnã e de tentar expor o conhecimento em suas origens, pois, apesar de ser um acontecimento de nossa era, pouco se sabe sobre o mesmo, a não ser através de filmes e noticiários que na maioria das vezes são um tanto superficiais no relato dos fatos. A Guerra do Vietnã foi muito além destes filmes a noticiários, suas seqüelas são sentidas até hoje, pelo que dela tomaram parte direta ou indiretamente. Em linhas gerais, tentarei mostrar desde os aspectos geográficos, até renascimento do país depois do término da guerra. Analiso neste artigo as características filosóficas, geográficas, históricas da Indochina e assim sucessivamente, que a priori, muito favoreceram os asiáticos nos conflitos contra os invasores franceses. Tento expor também, a política de exploração, ocorrida a partir do século XIX, nesta região. Bem como, a resistência, por parte dos indochineses a política imperialista das grandes potências. Por fim, tento expor um pouco do Vietnã atualmente, que, apesar das divisões, das perdas humanas e materiais, conseguiu impor-se frente a grande potência de nossa era: os Estados Unidos.

Sílvio Romero

SILVIO VASCONCELOS DA SILVEIRA RAMOS ROMERO (Lagarto, Estado de Sergipe, 1851-1914), bacharelou-se na Faculdade jurídica do Recife, e vindo para o Rio de Janeiro, entrou logo a distinguir-se escrevendo em vários jornais, e notadamente na Revista Brasileira, a segunda das estampadas com este nome, e de que era diretor Nicolau Midosi.

A LEITURA GRAMSCIANA DO FORDISMO E DO AMERICANISMO: A HEGEMONIA NASCE NA (E DA) FÁBRICA

maravilhas das antigas civizações


    Procuramos, neste trabalho, analisar as questões que
estão mais no âmago do texto de Gramsci Americanismo e Fordismo. Enveredamo-nos
pela leitura do próprio texto, de um modo imanente, procurando entender suas
questões para, só posteriormente, contextualizá-lo com sua época. Assim, não
nos preocupamos em dominar uma vasta bibliografia acerca do assunto, este é um
trabalho posterior e que exige um maior fôlego.



    Nosso trabalho teve a pretensão de ser,
apenas, introdutório às questões concernentes ao texto de Gramsci, ser um
primeiro esforço para a compreensão deste autor e dos objetos de estudo de que
trata.



     Nossa metodologia foi um estabelecimento de
divisões no texto – possibilitadas pelo próprio Gramsci – que abordam as
questões apresentadas pelo autor; porém, as questões só fazem sentido se
consideradas dentro do todo do trabalho.


     O objeto do texto de Gramsci em discussão é o
fordismo e, conjuntamente, o americanismo. Veremos adiante como e porquê ambos
não se separam para Gramsci. Além do objeto do texto, há duas problemáticas
que decorrem dele e que o permeiam até o epílogo: há a problemática da
resistência ao fordismo e, concomitantemente, os problemas decorrentes dela.



     Acerca das palavras americanismo e fordismo,
Gramsci já de início, e na primeira parte do texto, as aponta como uma “rubrica
geral e convencional”
1
: elas
abarcam um conjunto de fenômenos sociais que emanam da sociedade moderna.
Americanismo e fordismo com o séquito de fenômenos que os acompanham, decorrem
da necessidade da economia moderna em potencializar sua organização para a
produção e reprodução de capital de modo mais veemente.