A PEDERASTIA EM ATENAS NO PERÍODO CLÁSSICO: RELENDO AS OBRAS DE PLATÃO E ARISTÓFANES.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E FILOSOFIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA


A PEDERASTIA EM ATENAS NO PERÍODO CLÁSSICO:
RELENDO AS OBRAS DE PLATÃO E ARISTÓFANES.

( downloads)

LUANA NERES DE SOUSA

GOIÂNIA
2008

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Goiás como requisito para obtenção do grau de Mestre em História.

Área de Concentração: Culturas, Fronteiras e
Identidades Linha de Pesquisa: História, Memória e Imaginários Sociais.

Orientadora: Profª. Drª Ana Teresa Marques Gonçalves.

LUANA NERES DE SOUSA

A PEDERASTIA EM ATENAS NO PERÍODO CLÁSSICO:
RELENDO AS OBRAS DE PLATÃO E ARISTÓFANES.

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Dissertação defendida pelo Programa de Pós-Graduação em História, nível Mestrado, da
Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia da Universidade Federal de Goiás, aprovado
pela Banca Examinadora
constituída pelos seguintes professores:

Professora Doutora Ana Teresa Marques Gonçalves/UFG
Presidente

Professor Doutor Alexandre Carneiro Cerqueira Lima/UFF
Membro Externo
Professor Doutor Carlos Oiti Berbert Júnior/UFG
Membro Interno
Professor Doutor Marlon Jeison Salomon /UFG
Suplente

 

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (GPT/BC/UFG)

Sousa, Luana Neres de.
S725p A pederastia em Atenas no período clássico [manuscrito]: relendo as obras de Platão e Aristófanes / Luana Neres de Sousa.2008
113 f.
Orientadora: Profª. Drª. Ana Teresa Marques Gonçalves.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia, 2008.
Bibliografia: f. 106-113.

1. História Antiga 2. Atenas (Grécia) -Pederastia 3. Platão 4. Aristófanes 5. Imaginário 6. Identidade Social

I. Gonçalves, Ana Teresa Marques.II. Universidade Federal de Goiás. Faculdade de Ciências Humanas e Filosofia III. Titulo.

CDU: 94(38)

SUMÁRIO

  • RESUMO
  • ABSTRACT
  • INTRODUÇÃO
  • CAPÍTULO 1 – PEDERASTIA: PRÁTICAS E CONCEITOS
    • 1.1. Pederastia: Contexto e Conceitos
    • 1.2. A Pederastia em Atenas
      • 1.2.1. Questões Morais
      • 1.2.2. Os ritos e os “jogos de sedução”
      • 1.2.3. O corpo para os atenienses
      • 1.2.4. O imaginário dos eupátridas atenienses
    • 1.3. A(s) identidade(s) dos Pederastas em Atenas no século V. a.C.
      • 1.3.1. A pederastia e a homossexualidade moderna
    • 1.4. A Pederastia e a Democracia em Atenas durante o período clássico
  • CAPÍTULO 2 -PLATÃO E A FILOSOFIA DO AMOR PEDERÁSTICO
    • 2.1. A Obra filosófica de Platão
      • 2.1.1. Sócrates: “parteiro intelectual” da Filosofia Ocidental
      • 2.1.2. A Influência de Sócrates na Obra de Platão
    • 2.2. O “Amor” na Obra Platônica
      • 2.2.1. Lísis
      • 2.2.2. O Banquete
      • 2.2.3. Fedro
    • 2.3. Platão e a memória pederástica
  • CAPÍTULO 3 – FAZER SORRIR E REFLETIR: A CRÍTICA DE ARISTÓFANES À PEDERASTIA ATENIENSE NO PERÍODO CLÁSSICO
    • 3.1. O Teatro Grego e a Comédia Ática Antiga
    • 3.2. Aristófanes: Vida e Obra
    • 3.3. A visão educacional de Aristófanes em As Nuvens
    • 3.4. A Imagem de Sócrates na Obra de Aristófanes
  • CONSIDERAÇÕES FINAIS
  • BIBLIOGRAFIA
    • A -Documentação Textual
    • B -Obras de Referência.
    • C -Obras Gerais

 

RESUMO

A PEDERASTIA EM ATENAS NO PERÍODO CLÁSSICO: RELENDO AS OBRAS DE PLATÃO E ARISTÓFANES.

Bastante conhecida no mundo acadêmico, a pederastia em Atenas praticada durante o período clássico, ainda se trata de um objeto mal interpretado, não recebendo seu caráter pedagógico e de formação social dos futuros eupátridas a devida atenção. O objetivo geral desta pesquisa encontra-se na análise da pederastia praticada em Atenas durante o século V a.C e início do século IV a.C. Para tanto, utilizamos como fontes os diálogos Lísis, O Banquete e Fedro do filósofo Platão e a comédia As Nuvens de Aristófanes, a fim de compararmos o modo como a relação entre erastas e erômenos figurava no imaginário social ateniense neste período.

Utilizamos os conceitos de imaginário e identidades que têm sido amplamente discutidos pela historiografia a partir das últimas duas décadas do século XX, buscando apresentar parte desta discussão e aplicá-la no estudo das relações pederásticas no recorte de nossa pesquisa. Além de demonstrar a importância desta relação para a formação do futuro cidadão ateniense, salientamos as principais características da pederastia a partir da leitura das obras de Platão e Aristófanes.

Palavras-chaves: Pederastia, Platão, Aristófanes, Imaginário, Identidades.

ABSTRACT

THE PEDERASTY IN ATHENS DURING THE CLASSICAL PERIOD: RE-READING THE WORKS OF PLATO AND ARISTOPHANES.

The pederasty in Athens throughout the classical period is comprehensively approached in the academic environment, however it still remains a misinterpreted matter, where the future eupatridae’s educational character and social formation do not receive enough attention. The main purpose of this research is the analysis of the pederasty practiced in Athens during the fifth and at the beginning of the fourth century B.C. To do so we have been studying as sources the Plato’s dialogues Lysis, the Symposium and Phaedrus, and the comedy the Clouds by Aristophanes, in order to compare the way the relationship between the erastes and eromenos figured on this period.

In this paper we use the concepts of imaginary and identities, which have been widely discussed by historiography since the last two decades of the twentieth century, taking part in this discussion and applying it in our studies. Beyond showing the importance of the pederastic relationships for the formation of the future Athens’ citizen, we emphasize the main characteristics of the pederasty in Athens based on the readings of Plato and Aristophanes.

Keywords: Pederasty, Plato, Aristophanes, Imaginary, Identities.

Introdução

As peculiaridades do mundo grego em relação às relações sexuais não são, de modo algum, novidades em trabalhos historiográficos, sobretudo após o alargamento do horizonte de pesquisa que a História Cultural realizou após a segunda metade do século XX. Numerosas são as análises do papel que as culturas helenas dedicavam aos contatos sexuais entre indivíduos de mesmo sexo biológico e o desprezo masculino em relação às mulheres. Entretanto, raros são os pesquisadores que não cometem a inadvertência de adequar à visão do homem grego, em especial o ateniense, os moldes sexuais do mundo contemporâneo, oferecendo aos primeiros a falsa idéia de que na Grécia de Sócrates, Alcibíades, Platão e Aristófanes a “homossexualidade”, como é concebida no mundo contemporâneo atual, era natural e, muitas vezes, apoiada pela sociedade. Sabemos que “homossexualidade” é um conceito surgido somente durante a segunda metade do século XIX, não sendo apropriado, portanto, para designar os contatos sexuais entre indivíduos no mesmo sexo durante a Antigüidade. Muitas destas pesquisas estão imbuídas do preconceito proveniente do moralismo herdado pelo cristianismo e judaísmo, intolerantes à pratica sexual que não esteja direcionada à reprodução. Outras buscam legitimar o comportamento homoerótico de grupos em nosso tempo, que muitas vezes tentam autenticar suas práticas buscando as respostas para suas perguntas em sociedades como a grega e a romana antigas. Um exemplo é a obra Homossexualidade: uma história do jornalista inglês Colin Spencer. Nesta obra Spencer procura resgatar a história da homossexualidade, buscando referências desde a Pré-história, passando pela Antigüidade, chegando até os dias atuais. Termos como “homossexuais” e “homossexualidade” são empregados para designar qualquer tipo de envolvimento entre homens, até mesmo em períodos anteriores à elaboração de tais conceitos. […] Continue lendo a dissertação aqui.

 

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