Miguel (admin)

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  • em resposta a: O Mito da Caverna #74049

    Olá Amanda,

    preciso fazer uma relação entre o Mito da Caverna e a filosofia de Nietzsche…. presumo que essa relação seja negativa, mas não tenho noção de como desenvolver o assunto….

    Releia o mito da caverna tentanto encontrar ali uma relação de identidade com o anúncio do pensamento de Nietzsche que assim acho que terá mais chances de sucesso :-)

    Abraço.

    em resposta a: O Mito da Caverna #74048

    Olá, todos! Olha só, eu acabei de estudar Platão, Freud, Maquiavel e Kant, mas estou precisando de uma ajudinha: preciso fazer uma relação entre o Mito da Caverna e a filosofia de Nietzsche…. presumo que essa relação seja negativa, mas não tenho noção de como desenvolver o assunto…. agradeço se vocês puderem me ajudar… Se não puderem, obrigada do mesmo jeito, o que vcs escrevem aqui me faz aprender bastante. Abraços!

    em resposta a: Filosofia Oriental #80116

    Sobre o que você postou a respeito da ordem e da revolta:
    Achei muito legal.

    “já não se pode mais diferenciar ordem de revolta”
    E eu acrescento:
    ou seja, nós vivemos no caos ordenado, ou numa ordem caótica (como preferir).
    Yin-Yang

    em resposta a: O nome da Rosa e Aristóteles #74190

    Gostaria de alguns esclarecimentos sobre:
    – Como se define o sentimento que camões expressa nos seus versos “Amor é fogo que arde sem se ver”.
    – O que, na sua concepção, o “Hino À Caridade” do apóstolo Paulo representou, para os povos cristãos?
    – Qual foi a intenção de Renato Russo ao unir as duas visões de amor: a humana expressa por Camões e a divina refletida na epístola de Paulo?
    – Comente os versos de acordo as duas concepções de mundo opostas: a medieval e a renascentista “[…] Mas lá virá a fresca Primavera, / Tu tornarás a ser quem eras de antes / Eu não sei se serei quem de antes era” Francisco Rodrigues Lobo.
    -Explique a ruptura com a Idade Média e a volta aos modelos clássicos Greco-latinos.
    – Qual a principal diferença entre a construção de Renato Russo na sua canção “Monte Castelo” e a técnica de bricolagem utilizada por Caetano Veloso na sua canção “Triste Bahia”?
    – Procure discorrer os diferentes modos de se relacionar com a natureza expressando: primeiro a experiência neo-clássica e em seguida, a experiência romântica.

    Por favor, alguém poderia me dar algumas informações biográficas dessa autora? Agradeço

    em resposta a: O Mito da Caverna #74046

    pessoal preciso de ajuda para faze um comparativo com o mito da caverna e a situação dos emprego hj.. obrigado t+

    em resposta a: Os direitos dos animais #79547

    Olá, pessoal! Há tempos que não partipava deste maravilhoso “site” dedicado à filosofia. E descobri que perdi muitas discussões interessantes, dentre as quais, a discussão sobre o direito dos animais.

    Bom… Nos últimos tempos, eu tenho pesquisado bastante sobre o “ambientalismo” e, inclusive, sobre o “direito dos animais”. Por sinal, eu estou escrevendo um livro sobre o assunto (evidentemente, algo que está muito longe de ser uma obra de referência para alguma coisa! Hahahahaha… Isso é melhor deixar para os pós-doutores do mundo; eu apenas estou na graduação de Filosofia! Mas tudo bem…). E que Deus, Alá, todos os deuses do Olimpo e todos os gurus do mundo me ajudem nessa empreitada para concluir o livro! Hahahahaha… Mas, como dizia, tenho estudado e refletido bastante sobre a questão.

    Então… Eu concordo que a discussão seja muitíssimo pertinente, pois tenho percebido um aumento significativo de manifestações sobre o tema nos diversos meios de comunicação (televisão, internet, jornais, revistas…) e, inclusive, em conversas com amigos e conhecidos. Também, constato a crescente atuação de diversos grupos ambientalistas em defesa dos direitos dos animais, reinvidicando mudanças de atitude por parte de empresas e exigindo amparo jurídico dos Estados e da comunidade internacional.

    Mas devo confessar uma coisa: na maioria das discussões, eu apenas vejo argumentos inconsistentes sobre “direito dos animais”… Ou vejo apenas exposição de apelos morais e sentimentalismo… Vocês não acham!? Evidentemente, não me refiro a esse fórum de discussão (que, por sinal, mantém um padrão excelente de diálogo, com muitas considerações e questões pertinentes). Mas, em fóruns do “orkut”, em artigos de “sites”, em revistas e, até mesmo, em livros de especialistas, as pessoas costumam tomar como pressupostos coisas duvidosas. Já vi até utilizarem argumentos de autores como Carl Sagan ou Fritoj Capra sem, sequer, compreendê-los melhor; ou, ao menos, procurar saber de onde vieram tais idéias. E, em contrapartida, não fazem o menor esforço em explicar sobre o que escrevem: teoria da relatividade, do Big-Bang, das super-cordas, da vigésima quinta dimensão do universo cósmico do mundo paralelo… Tudo isso jogado! E, no meio disso, inexplicavelmente, aparecem considerações sobre ética, sobre política, sobre direito… Eu suspeito bastante da validade e do alcance disso tudo para fundamentar uma opinião consistente sobre o que devemos fazer em relação ao meio ambiente ou sobre os fundamentos do direito dos animais. Prefiro ser prudente e ir com calma…

    Assim, tendo isso em mente, eu queria apenas apresentar as origens do movimento de defesa dos direitos dos animais e, depois, levantar algumas outras questões.

    Eis um rápido retrospecto. Nos séculos XVI e XVII, parece ter ocorrido uma radical mudança de sensibilidade do homem em relação ao meio natural (nesse sentido, uma ótima referência bibliográfica é o livro de Keith Thomas, “O homem e o mundo natural – mudanças de atitude em relação às plantas e aos animais [1500-1800]”. São Paulo: Companhia das Letras; 1996). Dentre os diversos grupos de fatores que contribuíram para tal mudança, podemos destacar dois fundamentais: 1. o desenvolvimento do capitalismo moderno, o processo de industrialização e o conseqüente impacto ambiental; 2. a Revolução Francesa e difusão dos ideais iluministas – inclusive, o novo papel desempenhado pela classe burguesa e o extraordinário desenvolvimento científico. Ou seja… Antes, os animais não tinham um “status” tão significativo como agora: havia sólidos pressupostos que justificavam a dominação humana dos animais (desde os argumentos antropocêntricos da interpretação bíblica da Gênesis até a famosa figura do “animal-relógio-máquina”, desprovido de alma, concebida por Descartes). Contudo, nos séculos XVI e XVII (determinado momento histórico), o meio natural começa a receber um novo tratamento: maus-tratos a animais tornam-se atitudes “rudes”, típicas de homens sem “civilidade” (em geral, trabalhadores rústicos dos campos, ainda não habituados aos novos padrões de comportamento); cuidados com jardins e paixão por animais domésticos indicam sinais de distinção social; grupos de defesa de animais são organizados e leis de restrição à caça ou condenação de maus-tratos são instituídas. Em suma, “civilidade” e “sensibilidade natural” são valores novos que produzem uma espécie de “aura” sobre os novos tempos.

    Isso tudo é importante para esclarecermos o seguinte: em sua origem, a concepção de “direito dos animais” está essencialmente ligada a um movimento burguês, que surge como uma extensão do “humanitarismo” (defesa da dignidade humana) aos demais seres vivos. Aqui, vale uma advertência: a palavra “burguês”, nesse sentido, não possui qualquer conotação pejorativa (emprego marxista do termo), mas apenas indica a origem social e o conjunto de princípios e valores que nos permite caracterizar o movimento histórico em questão.

    Bom… Eu acho importante, em primeiro lugar, reconhecer as origens do movimento. Pois, somente assim, podemos ter uma idéia precisa sobre o nosso assunto em questão. Pelo menos, até onde eu pesquisei, constatei isso. Mas, como ainda podem ter objeções a essa interpretação histórica, estou procurando refinar minha busca…

    Por fim, eu considero algumas outras questões de suma importância para a compreensão desse complexo momento histórico no qual se desenvolve o “ambientalismo” e, mais especificamente, o movimento de defesa pelos direitos dos animais:

    A. A mudança sobre a noção de “progresso” ocorrida, em especial, a partir do final do séc. XVIII e que adquire feições completamente novas no séc. XIX com o advento do positivismo (para o assunto, há uma excelente indicação de referência bibliográfica: o livro de Paolo Rossi, “Naufrágios sem espectador – a idéia de progresso”. São Paulo: Editora UNESP, 2000). A dialética entre Natureza e História… Reflexões sobre Filosofia da História… Hegel, Marx… e a concepção de história no “ambientalismo”… A presença do termo “evolução” (que aparece em toda discussão como uma espécie de dogma! Algo do tipo: “chegamos a um momento, a uma etapa da história, a um grau de evolução em que a humanidade…”).

    B. As descobertas científicas e a construção do “ambientalismo”. O jusnaturalismo e o direito dos animais. O utilitarismo benthamiano como fundamento para o direito dos animais (o “sentir” como pressuposto jurídico). O conceito de “biocentrismo”. As diversas teorias sobre “equilíbrio natural” (que, por sinal, também muitas vezes é tomado como dogma!).

    C. O conceito de “ambientalismo”. Os princípios e valores que orientam o movimento. O principais fatos que contribuíram para o fortalecimento do “ambientalismo” como figura política (o papel da ONU, as Declarações, os primeiros tratados internacionais sobre meio-ambiente, o advento do Direito Ambiental). O “ambientalismo” como ideologia e a apropriação do termo pelas diversas matrizes políticas (em especial, pela esquerda tradicional e pela social-democracia – isso, eu acho importantíssimo!). A Teologia da Libertação e o conceito de “ecologia”…

    D. etc…

    Bom… Há uma infinidade de questões! Contudo, acredito que seja pertinente analisar cada uma delas com bastante profundidade e senso crítico, a fim de que compreendamos essa intrincada rede de idéias! E tenho certeza de que eu poderei encontrar muitas idéias interessantes aqui. Pois seus comentários são muito bons!

    E… Mais tarde, eu escreverei sobre alguns pontos interessantes apresentados aqui mesmo no fórum… Também, desculpem-me pela prolixidade e pela escrita corrida… Hahahahaha…

    Abraços…

    em resposta a: Deus existe? Então me Prove ! #78697

    Trago um texto escrito pelo Sr. Benjamin, recolhido no fórum do site http://www.geh.com.br.

    Saberás, se o quiser o céu, que a natureza
    É semelhante em tudo e a mesma em toda parte?

    Pitágoras

    Precisamos, pois por meio da luz do mistério, tratar de esclarecermos sobre os símbolos ocultos da ciência antiga que nos foram conservados. Por que razão todos os antigos escritores sagrados, pagãos, judeus, cristãos etc; – empregaram tanto cuidado e unanimidade em repetir que “Deus fez o homem à Sua imagem”, ou que “o homem é um microcosmo” – o que sob o ponto de vista hermético significa exatamente a mesma coisa? É que a maior parte desses escritores, versados em uma ciência que sem dúvida os não iniciados ainda não merecem conhecer, haviam surpreendido a analogia de composição do homem e do universo; haviam aprendido experimentalmente que os elementos da “tétrade sagrada” se encontram no homem. Eles não tinham esperado F. Bacon para inventar o método experimental, mas não divulgavam a todo mundo os segredos que extraíam da natureza: -sagrado para eles, significava aquilo que o vulgo não devia saber. Como, porém, não quisessem que ficassem perdidas as suas descobertas, assinalaram-nas em expressões obscuras, velaram-nas sob figuras simbólicas que servissem de guia à memória de seus discípulos, ou provocassem a atenção do observador não vulgar e bom, em cuja memória elas devessem ser recordadas um dia.
    Para compreender-se a essência da vida, não é inútil fazer-se o exame comparativo do universo e do homem, do macrocosmo e do microcosmo, mas só podemos ter concepções claras das coisas, elevando nosso espírito acima das operações ordinárias do pensamento, de onde nasce, quase sempre, os preconceitos, as idéias errôneas, as sabotagens ao Bem, as ilusões que alimentávamos a respeito do que nos cerca.
    É mister libertarmos, embora momentaneamente, o nosso espírito do quadro estreito da vida cotidiana a cujas exíguas dimensões o esquizofrênico raciocínio lógico tende a amoldar-se.
    A concepção da natureza do homem, só é real com a transcendência do plano mental.
    Spinoza diz que devemos encarar as coisas sob um caráter de eternidade. Irei mais longe: sustento ser conveniente que nos habituemos a considerar tudo em relação com o espaço e o tempo; com a imensidade e a eternidade. Quão minúsculos nos pareceriam grandes acontecimentos e altas situações, se os sujeitássemos ao parâmetro desta regra de proporção? Mas, é esta uma operação que não está ao alcance de todos; non licet omnibus…
    Outra condição que importa também não desprezar, é a de curar-se o homem deste orgulho que acompanha inevitavelmente uma ausência de educação espiritual e de uma orientação adequada, sendo que o que observamos é que o que ocorre é uma orientação quando não ausente , incompleta, como são tão freqüentes em nossos dias. Pessoas muito esclarecidas em um pontinho especial dos conhecimentos humanos, julgam poder decidir arbitrariamente sobre todas as coisas, e repelem sistematicamente toda novidade que lhe choque as idéias, quase sempre por este único motivo – que em geral não confessam – que se aquilo fosse verdade, elas não podiam ignorar! Por minha parte, encontrei freqüentemente este gênero de bazófia entre homens cuja instrução e estudos deveriam preservá-los dessa deplorável enfermidade moral se não tivessem sido especialistas, escravos da sua especialidade. É sinal de inferioridade relativa uma pessoa julgar-se superior!
    Enfim, o número de inteligências que sofrem de lacunas é maior do que se julga geralmente.
    Coisas existem que não estão ao alcance da concepção de determinadas inteligências: estão fora de sua zona lúcida.
    É inútil insistir mais: algum crítico mal disposto poderia reconhecer-se nessas observações e acusar-me em represália de haver escolhido um assunto fora da minha própria área. Queiram os deuses preservar-me de semelhante infelicidade!
    _________________
    Salve, salve!

    em resposta a: PT ELEITO #72685

    Essa tirinha é bem engraçada e ilustra algumas coisas da atualidade.

    E em resposta ao mal-informado Adams, que nem me conhece e mesmo assim se julga no direito de questionar minha formação em Comunicação Social:

    Eu nao fiz nenhuma faculdade cubana (como você disse). E antes de criticar as faculdades cubanas, saiba que a educação e saúde em Cuba está entre as melhores do mundo. Mas você só vê os pontos negativos (pensamento tipicamente maniqueísta)

    E sobre “traição”, ele deveria ter conhecimento no codigo de ética profissional, deontologia, entre outras coisas, para afirmar tais asneiras.
    Mas se ele quer saber, não vou explicar para ele nada disso. Se ele tiver interesse, que ele busque estudar. E que faça bom uso de suas palavras no futuro.

    em resposta a: PT ELEITO #72684

    “A verdade é a adequação da inteligência ao real.” (S. Tomás de Aquino)

    “Um estudioso de São Paulo, Altamiro Borges, recuperou brevemente a nossa memória política da década recente e a colocou na rede. O sociólogo Rogério Chaves enxugou o texto, que envio a vocês na esperança de que possa contribuir com o debate – e para que não esqueçamos dos anos tucanos (ainda tão recentes e precocemente esquecidos) e de que a campanha presidencial já começou.

    – Vale do Rio Doce – foi vendida por R$ 3 bilhões de reais, financiados pelo BNDES, e hoje vale “somente” 48 bilhões de dólares.

    – Sivam: Logo no início da gestão de FHC, denúncias de corrupção e tráfico de influências no contrato de US$ 1,4 bilhão para a criação do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam) derrubaram um ministro e dois assessores presidenciais. Mas a CPI instalada no Congresso, após intensa pressão, foi esvaziada pelos aliados do governo e resultou apenas num relatório com informações requentadas ao Ministério Público.

    – Pasta Rosa: Pouco depois, em agosto de 1995, eclodiu a crise dos bancos Econômico (BA), Mercantil (PE) e Comercial (SP). Através do Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Proer), FHC beneficiou com
    R$ 9,6 bilhões o Banco Econômico numa jogada política para favorecer o seu aliado ACM. A CPI instalada não durou cinco meses, justificou o “socorro” aos bancos quebrados e nem sequer averiguou o conteúdo de uma pasta rosa, que trazia o nome de 25 deputados subornados pelo Econômico.

    – Precatórios: Em novembro de 1996 veio à tona a falcatrua no pagamento de títulos no Departamento de Estradas de Rodagem (Dner). Os beneficiados pela fraude pagavam 25% do valor destes precatórios para a quadrilha que comandava o esquema, resultando num prejuízo à União de quase R$ 3 bilhões. A sujeira resultou na extinção do órgão, mas os aliados de FHC impediram a criação da CPI para investigar o caso.

    – Compra de votos: Em 1997, gravações telefônicas colocaram sob forte suspeita a aprovação da emenda constitucional que permitiria a reeleição de FHC. Os deputados Ronivon Santiago e João Maia, ambos do PFL do Acre, teriam recebido R$ 200 mil para votar a favor do projeto do governo. Eles renunciaram ao mandato e foram expulsos do partido, mas o pedido de uma
    CPI foi bombardeado pelos governistas.

    – Desvalorização do real: Num nítido estelionato eleitoral, o governo promoveu a desvalorização do real no início de 1999. Para piorar, socorreu com R$ 1,6 bilhão os bancos Markae FonteCidam- ambos com vínculos com tucanos de alta plumagem. A proposta de criação de uma CPI tramitou durante dois anos na Câmara Federal e foi arquivada por pressão da bancada
    governista.

    – Privataria: Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas entre Luis Carlos Mendonça de Barros, ministro das Comunicações, e André Lara Resende, dirigente do banco. Eles articulavam o apoio a Previ, caixa de previdência do Banco do Brasil, para beneficiar o consórcio do banco Opportunity, que tinha como um dos donos o tucano Pérsio Árida. A negociata teve valor estimado de R$ 24 bilhões. Apesar do escândalo, FHC conseguiu evitar a instalação da CPI.

    – CPI da Corrupção: Em 2001, chafurdando na lama, o governo ainda bloqueou a abertura de uma CPI para apurar todas as denúncias contra a sua triste gestão. Foram arrolados 28 casos de corrupção na esfera federal, que depois
    se concentraram nas falcatruas da Sudam, da privatização do sistema Telebrás e no envolvimento do ex-ministro Eduardo Jorge. A imundície no ninho tucano novamente ficou impune.

    – Eduardo Jorge: Secretário-geral do presidente, Eduardo Jorge foi alvo de várias denúncias no reinado tucano: esquema de liberação de verbas no valor de R$ 169 milhões para o TRT-SP; montagem do caixa-dois para a reeleição de FHC; lobby para favorecer empresas de informática com contratos no valor
    de R$ 21,1 milhões só para a Montreal; e uso de recursos dos fundos de pensão no processo das privatizações. Nada foi apurado e hoje o sinistro aparece na mídia para criticar a “falta de ética” do governo Lula.

    E apesar disto, FHC impediu qualquer apuração e sabotou todas as CPIs. Ele contou ainda com a ajuda do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que por isso foi batizado de “engavetador-geral”. Dos 626 inquéritos instalados até maio de 2001, 242 foram engavetados e outros 217 foram arquivados. Estes envolviam 194 deputados, 33 senadores, 11 ministros e ex-ministros e o próprio FHC. Nada foi apurado, a mídia evitou o alarde e os tucanos ficaram intactos.

    Diferente do reinado tucano, o que é uma importante marca distintiva do atual governo, hoje existe maior seriedade na apuração das denúncias de corrupção. Tanto que o Ministério da Justiça e sua Polícia Federal surgem nas pesquisas de opinião com alta credibilidade. Nesse curto período foram
    presas 1.234 pessoas, sendo 819 políticos, empresários, juízes, policiais e servidores acusados de vários esquemas de fraude – desde o superfaturamento na compra de derivados de sangue até a adulteração de leite em pó para escolas e creches. Ações de desvio do dinheiro público foram atacadas em 45 operações especiais da PF.

    Já a Controladoria Geral da União, encabeçada pelo ministro Waldir Pires, fiscalizou até agora 681 áreas municipais e promoveu 6 mil auditorias em órgãos federais, que resultaram em 2.461 pedidos de apuração ao Tribunal de Contas da União. Apesar das bravatas de FHC, a Controladoria só passou a
    funcionar de fato no atual governo, que inclusive já efetivou 450 concursados para o trabalho de investigação. “A ação do governo do presidente Lula na luta decidida contra a corrupção marca uma nova fase na história da administração pública no país, porque ela é uma luta aberta contra a impunidade”, garante Waldir Pires.

    Diante de fatos irretocáveis, fica patente que a atual investida do PSDB-PFL não tem nada de ética. FHC, que orquestrou a recente eleição de Severino Cavalcanti para presidente da Câmara, tem interesses menos nobres nesse embate. Através da CPI dos Correios, o tucanato visa imobilizar o governo Lula e desgastar sua imagem, preparando o clima para a sucessão presidencial. De quebra, pode ainda ter como subproduto a privatização dos Correios, acelerando a tramitação do projeto de lei 1.491/99, interrompida pelo atual governo, que acaba com o monopólio estatal dos serviços
    postais.”



    Conclusão: OK, o atual governo usou da corrupção pra fazer política, mas o anterior, que hoje evoca a “ética” para desgastar a imagem dos petistas, passou por vários escândalos de corrupção – e, importante: nenhum deles
    devidamente investigado. Quem está mais ganhando nesta crise não é Roberto Jefferson ou a corja do PFL, que já é reconhecidamente corrupta. Mas os tucanos, que estão se saindo com a imagem de éticos, graças ao esquecimento
    geral da nação. Isso poderá se refletir nas eleições do ano que vem, em que Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra – ou qualquer outro que concorrer – poderá chegar à Presidência da República, com todo seu histórico de corrupção na bagagem.

    Esse é o texto, e apesar disso, ainda há gente que duvida que haja direita no Brasil. Pergunto: Privatizações, economia neo-liberal, conservadorismo não são características dos governos de direita? O governo anterior ao Lula não foi de direita?
    Bom, ta certo que o governo Lula não tem sido um governo tipicamente de esquerda (e nem poderia, pois se assim fosse, Lula teria sido deposto pela elite, militares e a população manipulada pelos interesses destes)
    Ainda assim, o governo atual tem sido mais transparente com relação ao anterior (mas ainda não é o bastante). A política econômica externa está muito melhor (isso não tem como discutir). Um ponto a favor de Lula é que ele buscou alianças comerciais com países da África, Ásia e oriente médio, além de tentar fortalecer o mercosul (ou seja, ele buscou outras alternativas, além dos tradicionais parceiros- EUA e Europa, de onde o Brasil sempre saia perdendo). Para quem não sabe, o ultimo presidente brasileiro a visitar o Oriente Médio foi Dom Pedro II. A política econômica internacional e a diplomacia têm sido os pontos fortes do governo Lula.
    O ponto fraco é a atual crise política e denuncias de corrupção envolvendo parlamentares do PT e de outros partidos.
    O “Fome Zero” continua atuando (apesar de não ser tão divulgado quanto no início). Neste particular é interessante observar que o programa não começou bem (ele gastava muito mais do que arrecadava, precisamente devido aos investimentos em publicidade para se divulgar os resultados do programa assistencial). Para cada real que chegava ao seu destino assistencialista, o programa gastou 1,77 ou 77% a mais (fonte: BATAN, Marco Antonio et alii. Propaganda no Terceiro Setor. Santos: Editora Universitária Leopoldianum, 2004). Isso é preocupante. Mas, segundo o mesmo livro, esse esforço de comunicação fazia parte da verba prevista e a própria sociedade faz questão de que o divulgue essas ações (através de propaganda). Em seguida, o autor do artigo questiona: seria o Fome Zero, um exemplo de propaganda ideológica? Eu respondo: pode ser que sim, mas talvez não. O programa gastava mais do que arrecadava, precisamente devido aos investimentos em propaganda certo? E todo programa tem que ter um investimento inicial, para que somente depois dê os resultados esperados. Bom, hoje não se vê propaganda do Fome Zero, apenas mídia espontânea (o que é raro, deveria haver mais informações na mídia sobre isso, mas creio que aí seja culpa da própria mídia que não noticia esses fatos). E se o investimento publicitário caiu, talvez a balança tenha ficado a favor do programa. Não sei, infelizmente, faltam dados para se afirmar qualquer coisa com relação a isso.
    Em resumo eu avaliaria o atual governa da seguinte forma:
    Política externa/ relações comerciais- satisfatório a muito bom.
    Política interna- regular a péssimo.
    Política social/ fome zero- faltam dados sérios para avaliar.

    O governo anterior (FHC):
    Relações comerciais- ótimas (para os EUA e Europa)
    Política interna- ruim a péssimo (sem contar os escândalos)
    Política social- boa (somente nos últimos meses do segundo mandato) nesses últimos meses, entrou em vigor o programa Bolsa Escola e os medicamentos genéricos (inicialmente idéia do PT, mas que foi utilizado como base estratégica para tentar eleger José Serra). No governo Lula, as “farmacinhas populares” são uma boa idéia também principalmente porque diminui (e não combate) o lucro das grandes indústrias farmacêuticas.
    São Paulo hoje- as opiniões que tive acesso são variadas. Alguns têm saudade de Marta Supliy e consideram péssimo o governo Serra. Outros acham que o governo Suplicy foi péssimo.

    Precisa melhorar no governo Lula:
    1-A questão da reforma agrária;
    2-O foco e apuração de provas e fatos na CPI (pois até agora, com essa exposição, a CPI virou o novo reallity show de mais sucesso, enquanto pouco foi investigado como deveria)
    3-distribuição de renda.
    Obs1: segurança e saúde dependem muito das esferas estaduais e municipais, por isso não avalio esse quesito.
    Obs2: nos três itens acima, o governo FHC foi quase isento.

    Nesses pontos (1, 2 e 3) o governo Lula ainda deixa muito a desejar.

    em resposta a: Filosofia Oriental #80115

    Inspirado na filosofia taoísta de Lao Tse…

    A MORTE DERRADEIRA DO ESPÍRITO

    A ordem cria a revolta…
    …a revolta destrói a ordem…
    …a revolta torna-se uma nova ordem…
    …a ordem destruída renasce fragmentada através da nova ordem…
    …já não se pode mais diferenciar ordem de revolta!

    [E. Mileto de Souza, em 22 de agosto de 2005]

    (Mensagem editada por Mike em Agosto 22, 2005)

    em resposta a: Blind Guardian e Nietzsche #78075

    Sim, há no mundo da música influências fortes, tendências reflexivas gerais e filosóficas. O problema da contemporaneidade é essa tendência (não só na música, mas nas artes em geral): o gande filósofo que faz história, influencia os seus leigos contemporâneos de forma gradativa, mas também subliminar. Grande parte de nossos artistas tratam, p.ex., das condições absurdas do homem, do ressentimento, do incognoscível, do relativo, devido aos filósofos de nossa época (poderia citar Nietzche, Sarte, Camus, dentre outros). Isso é de extrema importância, mas acredito que não se perguntem e não procuram estudar a fundo o sentindo mais universal e clássico da proposta filosófica.

    Segundo os estudos filosóficos eu gostaria de saber o que meus colegas diriam sobre isso.

    (Mensagem editada por victor_naine em Agosto 22, 2005)

    em resposta a: Marx é moderno ou pós? #80003

    Adam’s, pelo que percebi, você age segundo aquela máxima “a melhor defesa é o ataque”. Porém, sugiro uma trégua aos seus ataques, e peço para que defenda um pouquinho seu ponto de vista nas seguintes questões:

    1- “Bom…Marx…
    Sei lá, graças a ele milhões de pessoas morreram,… só sei isto”. –Adams- 21 de Junho de 2005 – 9:09 pm:

    -Não se ofenda, mas se você nunca estudou Marx a sério (como você mesmo afirmou que “só sabe isso”) então acho que deveria ler antes de concluir essas coisas. Principalmente em se tratando de um fórum de filosofia.

    2-Não acha válida a crítica de Marx ao sistema? (seja a crítica ao capitalismo, seja a crítica ao comunismo teórico, seja a crítica aos pensadores que não praticam seus pensamentos) nada em Marx lhe parece bom? – Renan- 22 de Junho de 2005 – 5:07 pm
    Adams, você ficou me devendo essa resposta.

    Veja uma das coisas que eu gosto em Marx: “o ser social determina a consciência”
    Dessa frase em entendo o seguinte: “se nós somos condicionados pela ideologia, todo pensamento é ideológico (o que faz com que sempre se repita as mesmas relações pré-estabelecidas) O único modo de alterar a ideologia é alterando primeiro nossa forma de agir. A forma de agir é que determina a consciência, e por conseguinte a ideologia. Então, ao invés de se pregar a paz, filosofar sobre uma sociedade justa, etc devemos agir segundo esses princípios. Devemos argumentar e provar que estamos certos pelas nossas ações materiais e não pelos nossos pensamentos. Não devemos agir de forma hipócrita. Devemos agir concretamente, pelo princípio do exemplo. Devemos dar o exemplo, e não agir segundo a máxima demagoga “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. Isso é o que entendi da filosofia de Marx”- Renan- 28 de Junho de 2005 – 2:06 pm

    Em outras palavras, falar bonito para agradar o público é estratégico e fácil. Mas é com ações concretas (materiais) que você mostra se o que você diz é sincero (consciente) ou não:

    “Real é saber que o terrorismo deve ser combatido e não alardiado”- Adams- 27 de Junho de 2005 – 9:50

    “A sugestão do Renan era partir do ponto sem antes fazer o exame prévio sobre o assunto, e quem faz isto é agente de torcida, e não alguém honesto que tenta conhecer o assunto”-Adams- 28 de Junho de 2005 – 12:53
    -Presume-se que você seja esse cara honesto?
    -Adams, você está tentando conhecer o assunto ou ridiculariza-lo?
    “Foi só eu meter o pau no Barbudo e já apareceram os defensores solícitos de Marx”-Adams- 22 de Junho de 2005 – 2:14 pm
    OBS: Você pode meter o pau no barbudo, mas cuidado com esses termos chulos (eles costumam vir acompanhados de duplo sentido)

    “os fundamentalistas/terroristas são maus e devem ser combatidos” -Adams- 27 de Junho de 2005 – 9:50
    (Obs: esse extremismo e ódio me lembram alguém, deixe-me pensar……..Hitler, Bush,Saddam?)

    3- “…mas Marx/socialismo/militância/movimentação social não me agradam em nada”.-Adams-
    21 de Junho de 2005 – 9:09 pm:

    Tudo bem que Marx e socialismo não lhe agradam. Mas o que você tem contra militância e movimentos sociais? Você não acha importante a participação popular de forma ativa? Você acha que a participação efetiva da comunidade não é valida? O que você sabe sobre movimentos como o MST, os cara-pintadas, o movimento pelas Diretas Já, etc? O que você sabe sobre responsabilidade social, movimentos sociais, Terceiro Setor (ONGs, OSCIP, fundações filantrópicas, institutos etc)?
    Fiz uma pesquisa sobre Terceiro Setor (tema de minha monografia), e atuei (por 10 meses) em uma ONG que presta serviços muito relevantes a comunidade. Sem tais serviços, muitas pessoas carentes não teriam acesso à saúde, educação e lazer de qualidade. Porém, reconheço algumas falhas nesse tipo de ajuda, justamente porque saúde, educação e lazer de qualidade deveriam ser prioridades do Governo. Mas, nessa atual conjuntura (mundial), em todos os lugares existe terceiro setor e ele se faz muito importante, apesar de ser válido também critica-lo.
    Mas daí a dizer que “militância/ movimento social não me agrada em nada” como você fez, é muito exagero. Essa afirmativa é arrogante e demonstra grande ignorância da sua parte sobre a importância dos movimentos sociais, no Brasil e no mundo.

    Para mim, uma pessoa que desconsidera os movimentos sociais, as lutas pelos direitos trabalhistas e pelos direitos de participação na construção da sociedade, é uma pessoa que está assinando o seu atestado de alienado (segundo a concepção de Marx de alienação social) Pois essa pessoa não enxerga a exploração do trabalho e não percebe sua própria alienação. Ela se vê como um capitalista, e defende o capitalismo, sendo que na verdade é explorada pelo capitalismo e nem percebe isso (não percebe que é explorada pelo capitalismo e não percebe que está defendendo e reforçando a ideologia capitalista).

    Eu digo: enquanto você reprova os movimentos sociais, os movimentos sociais estão aí pelos SEUS direitos, para que SUA “liberdade” de expressão seja respeitada.

    Como uma pessoa que precisa trabalhar (para outros lucrarem) pode defender a ideologia da propriedade privada e do Estado? Como uma pessoa que depende da venda de sua própria força de trabalho pode pensar e defender ideologias burguesas? Infelizmente isso acontece de forma natural no dia a dia. E depois disso tudo, essas mesmas pessoas vêm com discursos moralistas (demagogos, falsos-moralistas travestidos de defensores da moral de dos bons costumes) sobre o que é certo e errado, o que é bom ou mal, etc.
    Eu desafio, agora, qualquer pessoa a defender o capitalismo. Alguém topa?

    Obs: Terceiro Setor e movimentos sociais não são exatamente a mesma coisa. Terceiro setor é um termo relativamente novo para denominar várias organizações civis com algumas características em comum (é muito amplo falar disso, e como não tem a ver com o fórum vou pular essa parte). Alguns autores afirmam que o Terceiro Setor surgiu dos movimentos sociais dos anos 70. Outros autores afirmam que o Terceiro Setor foi uma evolução das práticas tradicionais de mecenato, caridade e filantropia. Ambos estão corretos, pois o Terceiro Setor engloba diferentes atores sobre essa nomenclatura que tem origem no termo Third Sector. Marx criticava os filantropos, porque eles não viam a sociedade com uma necessidade de evolução (para uma sociedade melhor), mas sim através de um prisma moralista (caridade), onde o pobre continuaria a ser pobre e explorado, mas receberia ajuda e solidariedade alheia. Em outras palavras, para Marx, a filantropia não rompe com a exploração do capitalismo, ela apenas tenta disfarçar o óbvio (que há uma contradição entre as classes sociais).
    Quem quiser se aprofundar em Terceiro Setor, leia: Evelyn, Berg Ioschpe. Terceiro setor: desenvolvimento social sustentável. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.
    Quem quiser se aprofundar nas teorias da contradição entre classes, pode além de Marx, ler também Michel Foucalt e ainda Louis Althusser (sobre os aparelhos ideológicos do Estado). Porém Marx e Engels são materialistas históricos, já os outros interpretam Marx segundo suas próprias experiências, o que às vezes pode gerar ou uma excelente síntese, ou uma desastrosa interpretação da obra de Marx.

    4- “Com cristo temos este princípio de liberdade”- Adams- em Quinta, 23 de Junho de 2005 – 1:50 am

    -Nietzsche diria que essa afirmativa é totalmente falsa.

    Eu gosto muito dos ensinamentos de Jesus, mas baseado em Nietzsche, digo que os ensinamentos religiosos aprisionam o individuo de uma forma moralizante e dogmática.
    OBS: Leia sobre os tipos de moral que Nietzsche descreve.
    Ser dogmático é não permitir discussão sobre os ensinamentos pois eles não são para serem interpretados e refletidos, mas para serem seguidos. Soren Kierkergaard entendia que o que se exige do cristão é a fé cega, e não que o cristão tente trazer para o plano da razão os ensinamentos de Jesus. O cristão que questiona a bíblia não tem fé. O cristão que precisa se apegar em algo racional para crer, não tem fé. Concordo com Kierkergaard, e isso só mostra que a religião não expressa um principio de liberdade e sim um princípio de obediência a normas externas a você, impessoais (pois não sabemos quem escreveu a Bíblia) e antiquadas (antiqüíssimas). Immanuel Kant dizia que nós temos autonomia quando nós damos a nós mesmos um princípio e seguimos esse princípio acima de nossas vontades.

    5- “…eu estudei Marx e não sou marxista…” – Renan- em Sábado, 25 de Junho de 2005 – 4:37 am:

    “De fato agora quem está confuso sou eu, e acho que comigo os demais leitores” – Adam`s- em Sábado, 25 de Junho de 2005 – 5:06 pm

    Adams, felizmente os “demais leitores” não cometeram esse erro grosseiro:

    Exemplo de pensamento lógico informal (sofisma dedutivo):
    Todo marxista lê Marx.
    Ora, Renan lê Marx.
    Logo, Renan é marxista.

    Essa lógica está totalmente equivocada. Não é preciso ter se aprofundado muito no estudo da lógica para perceber que esse pensamento é absurdo. Explicando: No grupo das pessoas que lêem Marx, existem aqueles que seguem Marx (mesmo que não sejam fiéis a sua filosofia). Esse primeiro grupo pode ser rotulado “marxistas”. Todavia existe o grupo daqueles que estudam Marx mas não são marxistas, e são apenas estudantes, filósofos, professores, economistas, cientistas políticos, militantes etc etc etc etc. Em outras palavras, o fato de estudar Marx, não discrimina a pessoa com o rótulo de marxista. Isso seria um pensamento muito resumido. Eu posso, por exemplo estudar Marx, Freud, Sócrates e Nietzsche. Então isso me qualifica como Marx-freud-socratico-nietzschiniano? Isso é absurdo. Odeio rótulos por isso, é uma forma muito limitada de pensamento. As culturas orientais tradicionais de meditação também abominam rótulos, classificações, definições etc. Eles dizem: “rotule se assim desejar, mas se assim o fizer você estará deixando de conhecer a essência das coisas, para conhecer apenas seus rótulos”.

    O pior, é que da mesma forma medíocre que você concluiu que eu era marxista, você também conclui que eu era neonazista e terrorista da Al Qaeda. O que é um absurdo!
    Não me importa que me rotule marxista, estará errado, mas não me ofende. Mas me chamar de neonazista e terrorista é uma ofensa e uma calúnia digna de um processo muito grande por difamação. Você não tem provas materiais que sustentem isso, apenas conclusões caducas tiradas através de erros de dedução lógica.
    Porém não se preocupe, seria ridículo processa-lo por isso. Só sugiro que futuramente você seja mais prudente (isso vale para todos nós) e também aceito seu pedido de desculpas. Quero que fique entendido que não estou aqui para ofender você e nem para bater boca, mas para dialogar sobre filosofia e se possível fazer novas amizades.

    6- Não sou marxista, mas estudo Marx- Renan
    Não sou cristão, mas já li a bíblia- Renan
    “Não julgue para não ser julgado” – Jesus

    Já me referi às filosofias orientais ligadas a meditação tradicional. Eu gosto muito de estudar sobre isso, e também gosto muito de algumas coisas da bíblia (principalmente o Novo Testamento). Já li também sobre o Buda, Confúcio, bhagavad gita etc. Adoro as idéias pacifistas de Gandhi. Mas eu não me rotulo dentro de uma religião, ou de uma filosofia etc. Tento ler sobre todas com olhos críticos, e absorvo o que eu achar melhor para mim.

    Antes que alguém aí tente fazer eu parecer um anti-semita, gostaria de dizer algumas coisas:
    Eu adoro Albert Einstein. Ele era judeu.
    Eu sou FANÁTICO por Charles Chaplin (só não digo que assisti praticamente todos os filmes dele, porque ele tem uma longuíssima lista de filmes em que atuou e/ou dirigiu). Além de assistir a muitos filmes (e repetir várias vezes), eu também li uma biografia dele. Chaplin também é de origem (família) judaica. E desde o início, ele foi contra o nazismo. Eu simplesmente ADORO o filme “O Grande Ditador” no qual o eterno Carlitos faz uma sátira a Hitler (vi esse filme umas 6 vezes). Nessa obra prima do cinema, Chaplin mostra sua indignação à perseguição feita ao povo judeu. No final do filme, há um discurso muito famoso, o qual deu a Chaplin seu exílio definitivo dos Estados Unidos da América (a terra da liberdade) Sabem por que? Ele foi acusado de ser “comunista”. Onde está a liberdade de expressão nisso? Cadê os ideais americanos de liberdade e justiça para todos?

    7- “Lá fora em qualquer país sério e desenvolvido ou é a pena de morte ou a prisão perpétua…” –Adams- em Segunda, 27 de Junho de 2005 – 9:50 pm

    – Na minha opinião, um país que instaura a pena de morte não é um país sério. Sou contra a pena de morte. “Educai as crianças e não precisará punir os homens” – Pitágoras.
    Além disso, nos estados americanos onde se instituiu a pena de morte, a criminalidade cresceu muito. Essa política de pena de morte não leva a nada (O bandido não tem nada a perder mesmo, por isso, eles não têm medo da morte)
    Os clamores pela pena de morte denunciam uma precariedade na nossa sociedade, a qual é co-responsável na criação do bandido, e depois não assumem isso, indo pelo caminha mais fácil: ao invés de tentar inverter essa realidade fornecendo educação, direitos básicos etc, eles querem destruir a própria criação. Além disso, a pena de morte não é o que um bom cristão quer, não é? Até onde eu sei, Jesus ensinava a oferecer a outra face. Olho por olho não faz parte das pregações de Cristo.

    8- “Império romano pró-liberdades, sem levarm em conta o contexto histórico. É o mesmo que vc criticar o Bush pela intervenção no Iraque” –Adams- em Quinta, 23 de Junho de 2005 – 1:50 am

    -O contexto histórico agora virou desculpa para matar, escravizar e dominar povos?
    -Você está eximindo Bush da intervenção no Iraque e no Afeganistão?

    9- “acho que comigo está o pessoal do MBA, afinal sucesso administrativo é continuidade”-Adams- em Segunda, 27 de Junho de 2005 – 9:50 pm

    Não te conheço, e não sei se você faz ou fez MBA. Não sei o quanto você conhece de administração.
    Eu me formei em publicidade, e durante o curso tive várias disciplinas de marketing (4 anos ao total) Posso afirmar que todo produto tem um nascimento, uma maturidade mercadológica, um declínio e um fim. Essa sua estória de “continuidade” até existe, mas não é bem assim.

    Não quero parecer arrogante, tão pouco convencido. Tenho plena consciência de que estou engatinhando na filosofia. Mas espero que as pessoas que participam num fórum de filosofia tenham um mínimo de leitura prévia do assunto em debate.

    10-“ps. quanto a informação é só vc buscar que vai encontrar, mas pode ser que vc não queira encontrar ou enxergar”.-Adams- em Terca, 21 de Junho de 2005 – 11:47 pm

    Adams, eu digo o mesmo para você.

    em resposta a: PT ELEITO #72683

    Adams,
    Primeiro você disse:

    “Entendemos como de-direta partidos conservadores do ponto de vista de mudanças sociais defensores de tradições, e liberais do ponto de vista economico. Nesta plataforma não há um sequer”

    – Você caiu numa coisa pior que contradição. (Afirmar que não há partidos na linha do liberalismo econômico associado a conservadorismo social. Por favor???)

    Em seguida você disse:

    “Não conhecemos nenhum partido de direta no Brasil.”

    Adams, fale por si só (para que usar verbo na terceira pessoa do plural? Fale por você em primeira pessoa) Tenho certeza que muitas pessoas deste fórum pensam diferente de você (e de mim também). Assuma a com coragem a autoria do que você diz.

    “Vejam que a imprensa, hoje, mostra como fato os fatos mesmos”

    -De cara, desconfio dessa sua crença cega (ainda mais se tratando de crença na mídia). Nenhum filósofo que se preze, crê cegamente em qualquer coisa, muito menos no que se vê na televisão ou se lê em revistas. Você demonstra desconhecer o poder de manipulação da mídia, os interesses políticos por traz da crise, e a história recente do Brasil.
    Você sabe o que é edição?

    “Se fosse honesto não culparia os seus colegas de profissão, mas sim mostraria o excelente trabalho de investigação jornalística…”

    – Novamente (como no fórum do Marx) você veio se colocar na posição de honesto e me rotular de desonesto sem ao menos me conhecer. Bom, já que você é “o sr honesto” deste fórum, acho melhor nem continuar debatendo com você. Em um debate, presume-se que duas pessoas querem crescer, desenvolver ou até mudar suas opiniões (para que debater com você, se tudo que você diz é verdade?)

    “O Sr. Renan TRAI os seus colegas de profissão…”
    -Por acaso, você estudou o código de ética da minha profissão? Você sabe o que é traição? Quem é você para fazer tal acusação? Você sabe o que é calúnia e difamação (se não sabe, acho bom ler um dicionário, pois é isso que você está fazendo comigo) Você tem algum tipo de conhecimento em ética ou Teoria da Comunicação, para afirmar isso?
    Você está querendo aparecer, mas acaba sendo ridículo fazendo acusações sobre coisas que você não sabe. Para sua informação, existem muitos jornalistas que estão relatando fatos a favor do PT (a próxima vez que eu estiver com um desses textos eu posso postá-lo). O que acontece é que essas matérias não têm veículo (além da internet) para vir a público. Infelizmente, muitos jornalistas têm que se submeter à vontade do veículo de comunicação, e ficam obrigados a dar a notícia da forma que os donos do veículo acharem melhor. Talvez você diga: “esses jornalistas são comunistas…blá, blá, blá”, pois segundo o que pude perceber de você, qualquer pessoa que pense diferente de você, merece um rótulo. Eles não têm direito a opinião, a menos que seja a opinião que lhe agrada.
    Mas não estou defendendo o PT. Eu já disse 2 vezes e digo pela terceira agora: Deve-se apurar os fatos, e punir os culpados, mas não de forma maniqueísta.

    Além disso, o que está acontecendo no atual momento é que a CPI está a funcionar como plataforma publicitária para muitos deputados (pouco se apurou de concreto até agora) O ritmo está lento, a investigação sem foco, e quem ganha com isso são alguns deputados que expoem-se demasiadamente, camurflando uma estratégia política (uma vitrini a poucos meses de uma eleição) com uma preocupação política hipócrita em muitos casos.
    É isso que estou questionando (nem chego a afirmar, mas questionar). Não sou a favor nem contra o PT. Sou a favor da apuração, investigação, transparência (mas esta transparência é questionável)

    Adam's, pelo jeito, você fala como um profundo conhecedor dos fatos da política, de comunicação e de movimentos sociais. Pergunto: qual sua experiência, formação, ou leitura sobre esses assuntos? Não foi você mesmo que disse: “militância/movimentação social não me agradam em nada”.-Adams- no fórum do Marx, em 21 de Junho de 2005 – 9:09 pm: ????

    Não perca tempo respondendo essa pergunta para mim. Tente responder isso para si mesmo.

    em resposta a: O que é tempo? #74846

    Quem é este senhor de barbas brancas chamado Tempo?
    Na sociedade neoliberal e capitalista, vivemos um tempo sem memória aonde o espaço não faz parte desta concepção vazia de mundo. O Ter assumindo cada vez mais,maior valor que o Ser, comandado por uma globalização sedenta de sangue e fome, que escraviza o homem pelo próprio homem na ganância do Poder.
    Vivemos um estúpido tempo linear, aonde quem mais ganha é o que mais explora os seus semelhantes.
    Pobre tempo !
    Para Chesneaux, o tempo no qual vivemos é de uma sociedade sincrônica, integral, na qual o homem vive a obsessão do tempo, sociedade está que é cronofágica. Ou seja, o tempo sendo alimentado pelo próprio tempo sob o signo do Caos e da submissão humana.
    A memória social e histórica é descartada para que não sirvam de instrumentos de Liberdade e Cidadania.
    Para Heidegger o tempo é a estrutura das possibilidades então com certeza vivemos das impossibilidades de uma sociedade que para sobreviver alimenta-se de si mesma.
    As sociedades ditas ” simples” que é o caso das indígenas concebem o tempo de forma cíclica aonde a História Oral tem papel fundamental, porque é ela que retransmite os conhecimentos de geração à geração além é claro de manter a organização cosmogônica e social destes povos. A memória histórica e social é sempre preservada porque vivem o tempo-presente-dos antepassados e das leis da natureza.
    Por isto cada vez mais, estas sociedades vêm sendo exterminadas já que não quase nunca aceitam ser subjugadas nem fisicamente nem na lavagem das suas idéias.
    O alto indice de suicídio entre estes povos é a forma de rompimento e protesto contra a sociedade branca que é etnocentrista e burra.
    Então fico pensando …
    Quem é selvagem?

    Respondam.

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