A REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA EM TESES E DISSERTAÇÕES


RESENHA
DO TEXTO “A REVISÃO DA BIBLIOGRAFIA EM TESES E
DISSERTAÇÕES: MEUS TIPOS INESQUECÍVEIS – O
RETORNO”








FERNANDA CRISTINA
ROSSETTO








O presente texto analisa o
papel da revisão bibliográfica em trabalhos de
pesquisa, dissertações e teses. Constantemente, as
revisões bibliográficas observadas nesses trabalhos se
ocorreram de forma irregular, insuficiente ou má qualidade.
Também se constatou que em vários casos era feita de
modo defasado, sendo mais pautada em livros, que refletem com certo
atraso determinados conteúdos, do que em artigos ou periódicos
publicados em revistas científicas. Este assunto é de
extrema importância visto que ele reflete a má qualidade
do estudo e consequentemente acaba comprometendo todo seu conteúdo.
Sendo claro que o objetivo da revisão bibliográfica é
justamente o de ajudar o pesquisador em seu caminho que compreende
desde a definição da pergunta de pesquisa e até
a interpretação de seus resultados.



No texto em questão são
evidenciados dois aspectos básicos: a contextualização
do problema dentro da área de estudo e a analise do
referencial teórico. Tendo em vista as principais dificuldades
apontadas por pesquisadores iniciantes no que tange a revisão
de literatura e sugestão de procedimentos que possam
contribuir com o enriquecimento de seus trabalhos.



Ao fim do texto são
apresentados ao leitor, os tipos mais comuns de equívocos
cometidos de forma satirizada para que seja melhor visualizada pelo
leitor e diminuída assim, a aridez do tema. Ao passo que é
também esclarecido que serão tratados de dois tipos de
revisão de literatura, aquela que o pesquisador necessita para
seu próprio consumo, ou seja, para se ter clareza de suas
próprias ideias e aquela que integrará o relatório
de estudo.



A contextualização
do problema refere-se a analise que o pesquisador terá de
fazer acerca da definição de seu objeto de estudo, a
seleção de teorias, procedimentos e instrumentos, ou,
ao contrário, a evitá-los quando estes forem
insuficientes. Ao se tomar conhecimento do que já foi
produzido em sua área de pesquisa, o pesquisador evita maiores
transtornos futuros. Por essa razão é primordial que se
tome contato com uma primeira revisão de literatura
anteriormente a elaboração do projeto. Desse modo, esse
primeiro contato o auxiliará a progressivamente definir com
mais precisão o objetivo de seu estudo, assim como selecionar
melhor o que é realmente relevante para o encaminhamento da
questão. O pesquisador terá ainda que ter uma visão
abrangente da área para estar apto a identificar e distinguir
questões relevantes e os estudos mais significativos para a
construção do que será investigado.



O texto ainda destaca a
ausência de consenso no tocante à análise do
referencial teórico, englobando o próprio conceito de
teoria. Assim. É importante ressaltar, que no campo teórico
há que serem concretizados diversos tipos de esforços
para ir além da mera descrição, sendo necessário
atribuir a existência de significados aos dados observados.
Sendo que esta teorização se dá mediante ao
vasto conhecimento acumulado pelo pesquisador sobre o tema, bem como
sua capacidade para avaliar a adequação de tais
teorizações aos fenômenos observados. Ao passo
que também somos alertados para o perigo de reduzir a
complexidade da questão investigada, através de
interpretações parciais ou enviesadas.



Faz-se importante ressaltar
ainda, que a utilização de teorias para dar conta da
complexidade dos fenômenos observados requer cautela. Ao nos
valermos de mais de uma vertente teórica é necessário
que o pesquisador esteja certo de que tais teorias não
apresentem, em sua globalidade, contradições em seus
pressupostos. Por conseguinte, deve-se esclarecer que o constructo
teórico não é tarefa simples, exigindo profundo
conhecimento do campo conceitual por parte do pesquisador, além
de grande capacidade de raciocínio formal.



Encaminhando-se para o final
do texto, são apresentados, ainda que brevemente, trechos
caricaturados tendo como base facilitar o reconhecimento do que se
deve evitar durante a elaboração dos trabalhos. A
seguir citaremos alguns.



Nos tipos summa
e
arqueológico,
comuns aos
pesquisadores inexperientes, se há intenção de
se esgotar o assunto e ainda caracterizar toda atividade anterior
produzida sobre o assunto, desde a antiguidade clássica.



Já no tipo patchwork,
a revisão acontece similar a uma colcha de conceitos, com
pesquisas de diversos autores sem um fio condutor capaz de elencar
esses conceitos.



Em suspense,
nos deparamos com a existência de um roteiro, mas assim como
nos bons clássicos do gênero, alguns pontos obscuros
permanecem desse modo até o final. Em alguns casos, a trama
permanece obscura até o final, em outros ocorre aquilo que
poderíamos chamar de “cortina de fumaça”,
onde, de repente, descobre-se que o foco era outro.



Na cena rococó,
destacam-se conceituações teóricas das mais
rebuscadas ou sofisticadas, repletas de “elementos decorativos”
que tentam atribuir falsa elegância a dados irrelevantes.



Podemos ainda nos deparar com
o tipo
coquetel
teórico
,
onde todos os autores que trataram daquele assunto estão ali
disponíveis na tentativa de somar forças para explicar
o dado fenômeno.



Há ainda muitos outros
tipos citados no texto e até mesmo não citados, que
podem ocorrer inclusive, de forma combinada.



Por fim, a importância
atribuída à prática da revisão crítica
de teorias e pesquisas se dá no âmbito da contribuição
para o desenvolvimento teórico-metodológico na área
e mudança de práticas que já se evidenciaram
inadequadas. E pelo contrário, não se restringe apenas
há mera exigência formalista e burocrática
acadêmica.



Faz-se importante ressaltar,
que nesses casos de referência e revisão bibliográfica,
o trabalho do orientador é de suma importância. Este
deve ser especialista na área e capaz de identificar e indicar
leituras necessárias ao desenvolvimento da questão de
interesse, evitando que o orientando parta para um “voo cego”.



Finalmente, é
evidenciado o destino da maioria das teses e dissertações,
que é mofar nas prateleiras das universidades. Sendo uma das
caudas desse fato, a má qualidade dos relatórios
apresentados, principalmente no que se refere às revisões
de bibliografia, nos quais se destacam textos repetitivos,
cansativos, demasiadamente longos que afastam rapidamente o leitor
não cativo, por mais que o assunto seja de seu interesse.









[



REFERÊNCIA:



BIANCHETTI, Lucídio;
MACHADO, Ana Maria Netto (orgs.).
A
Bússola do escrever: desafios e estratégias na
orientação de teses e dissertações.

Florianópolis:
Ed. UFSC; São Paulo: Cortez, 2002.







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