XXX. Quanto aos atos civis em matéria de governo,
parece que tinha a opinião de que perseguir os maus com a justiça, era uma das
principais coisas com que devia se ocupar e se aplicar um homem de bem e bom
administrador da coisa pública, pois só êle acusou vários e subscreveu em
companhia de outros que acusavam também. Incitava sempre algum acusador, como
fêz com um certo Petílio contra Ci-pião; mas quanto àquele, vendo a nobreza de
sua casa e a verdadeira magnanimidade e grandeza que havia nele, pôs sob os pés
todas as calúnias (38) e imputações que propunham contra o acusado, não
esperando jamais poder condená-lo a morte, e assim desistiu da perseguição, mas
formalizou-se com outros acusadores contra Lúcio Cipião seu irmão (39), perseguiu-o
de tal modo que o fêz condenar a multa de uma respeitável quantia de dinheiro a
favor do Estado, o qual, não podendo pagar, correu grande perigo de ser preso
e feito prisioneiro e teve muito trabalho para se salvar, o que
fêz, apelando da sentença diante dos tribunos do povo.
(38) Não se trata de calúnias
no grego.
(39) De Cipião.
XXXI. A respeite de Catão ainda se conta que um
dia, passando através da praça, encontrou um moço que acabava de obter
uma sentença favorável,. com a qual cobriu de vergonha um dos maiores inimigos
de seu pai recentemente falecido. Catão, com uma fisionomia alegre,
abraçou-o, dizendo-lhe: — "É isto, meu filho, é isto que os meninos gentis
devem sacrificar e oferecer à alma de seus pais, não somente carneiros
ê cabritos, mas as lágrimas e condenações de seus inimigos e adversários".
Mas assim como agira com os outros, também ele próprio corria perigo na
administração,.pois à menor falta, caíam sobre êle e era logo posto perante a
justiça por seus adversários, de maneira que dizem que foi acusado perto de
cinqüenta vezes na última das quais tinha a idade de oitenta anos (40). Foi
nessa ocasião que disse esta frase que foi recolhida e bem anotada: — "Que
era penoso, dar conta e razão de sua vida diante de homens de um outro século
que não aquele em que vivera". Não foi ainda esse processo o último de
suas lutas, pois quatro anos depois, com a idade de noventa anos (41) acusou
Sérvio Galba; assim viveu como Nestor, quase três idades do homem, sempre em
contínua ação. Pois tendo grandes desavenças e grandes diferenças no
tocante aos negócios do Estado contra o primeiro Cipião, denominado o
Africano, viveu até o tempo do segundo Cipião, o qual foi adotado pelo
filho do dito primeiro Cipião, sendo filho natural e legítimo de Paulo Emílio,
aquele que derrotou Perseu, o rei da Macedônia.
(40)
Grego,
oitenta e seis anos.
(41) Tito Lívio e Plutarco dão
a Catão noventa anos de vida. Cícero e Plínio, XXIX, 1, não o fazem viver
senão oitenta e cinco anos; Morreu no ano de Roma 605. 149 anos antes do
Cristo. Vêem mesmo por Plutarco, cap. II, que . Catão não viveu mais
que oitenta e cinco anos, pois não tinha senão dezessete anos quando Aníbal
destruiu e pilhou a Itália. A batalha .de Canes é do ano de Roma 538.
XXXII. Em suma, Marcos Catão,
após dez anos de consulado, solicitou o cargo de censor (42) que em Roma
assinalava o cume da dignidade e da honra que podia atingir um cidadão romano,
e que era, por assim dizer, o coroamento de todos os cargos e autoridades que
podiam ter no governo do Estado, pois entre outros poderes, um censor
tem o direito de inquirir sobre a vida e reformar os costumes de cada um,
porque os romanos consideravam que não devia ser lícito ao cidadão casar-se por
si, gerar filhos, viver em sua casa em particular nem dar banquetes e festins à
sua vontade, sem receio de ser repreendido ou procurado, não sendo bom largar
a rédea a todo o mundo, a fim de cada um agir a seu gosto, como seu apetite
incitasse ou seu julgamento guiasse; mas consideravam que a natureza e os
costumes dos homens descobrem-se mais em tais coisas, e não naquelas que fazem
publicamente, em pleno dia e diante de todo o mundo. Assim, elegiam dois
reformadores, guardas e corregedores para ficarem de olho e proibir que as
pessoas se desviassem do caminho da virtude para o da volúpia, não
transgredindo as ordens, estatutos e costumes do seu Estado. Os ditos oficiais
chamavam-se em linguagem romana – censores, havendo sempre um das antigas
casas nobres, que chamavam aristocratas e outro das populares. Tinham a
autoridade e poder de retirar o cavalo público do cavaleiro e de negar e privar
um senador do senado se achava que havia vivido desordenada e maldosamente. A
eles pertencia fazer a avaliação dos bens de cada cidadão, discernir as
linhagens, as idades, registrar, além de várias outras proeminências e
prerrogativas.
(42) No
ano de Roma 570.
XXXIII. Por essa razão, quando
Catão se apresentou entre os solicitantes que pediam e disputavam o dito
cargo, quase todos os principais e nobres do senado esforçaram-se para impedir
que aí chegasse, uns por inveja, considerando que era uma vergonha e uma
mancha para a nobreza ter que suportar homens saídos de meios baixos e
obscuros, sendo eles os primeiros de suas famílias a alcançarem a dignidade do
Estado, para o que fizeram tudo a fim de subir e avançar até os supremos
degraus da honra e aos cargos de autoridade soberana. Os outros que estavam
viciados e sabiam muito bem que haviam transgredido as leis e ordens de seu
país, temiam a autoridade e severidade deste homem, pensando que êle não
pouparia nem perdoaria à pessoa alguma, quando tivesse autoridade. Pelo que,
depois de se aconselharem juntos, opuseram-se e foram contra sete competidores,
acariciando e adulando a plebe com graciosas palavras e belas promessas, como
se o povo tivesse necessidade de magistrados que o tratassem delicadamente e
fizessem as coisas à sua vontade, Mas Catão, ao contrário, sem demonstrar de
forma alguma que queria ser delicado e gracioso na administração do cargo, mas
ao contrário, ameaçando publicamente da tribuna em seus discursos aqueles que
viviam maldosa e desgraçadamente, bradando em alta voz que a cidade precisava
de uma purgação, admoestando o povo a eleger, não os mais atenciosos, mas sim
os mais rudes e os mais rigorosos médicos, como era êle um dos tais que
precisavam, e entre os aristocratas Valério Flaco, em cuja companhia tinha
esperança, caso fossem eleitos censores juntos, fazerem grande bem a todo o
Estado, cortando e queimando como cabeças de uma hidra, as delícias, a volúpia
e superfluidade que se infiltravam na administração, vendo bem que todos os
outros solicitantes procuravam alcançar por tramas e vias oblíquas, porque
temiam aqueles que queriam proceder com retidão e cumprir o dever como gente
de bem.
XXXIV. O povo de Roma demonstrou que era verdadeiramente
magnânimo e digno de grandes e magnânimos governadores, pois não recusou a rudeza
e retidão inflexível desse personagem mas, rejeitando todos os outros graciosos
que davam a impressão de querer fazer todas as coisas ao bel-prazer do povo,
elegeu Marcos Catão censor com Valério Flaco, obedecendo-lhe em tudo como se já
estivesse empossado e não fosse apenas solicitante de um cargo (43) o qual
Catão poderia ceder a quem bem lhe aprouvesse. A primeira coisa que fêz,
portanto, depois de empossado, foi nomear príncipe do senado, seu amigo e
companheiro de magistratura, Lúcio Valério Flaco, privando da dignidade de senador,
entre vários outros, a Lúcio Quíncio (44) o qual fora cônsul sete anos atrás,
sendo irmão legítimo de Tito Quíncio, que venceu Filipe, rei da Macedônia, o
que lhe era mais honroso do que ser cônsul, mas a razão pela qual o jogou para
fora do senado, foi esta: este Lúcio Quíncio tinha sempre em sua companhia,
mesmo quando ia para a guerra, um moço, novo ainda, do qual havia abusado
carnalmente desde a sua infância, dando-lhe tanto crédito e autoridade como ao
maior dos familiares e amigos que tivesse à sua volta. Aconteceu um dia, quando
governador de uma província consular, dar um banquete, no qual o rapaz, como
sempre, estava à mesa ao seu lado, o qual começou a elogiá-lo, sabendo muito
bem, que se deixava ir facilmente quando havia bebido. Entre
outros elogios, disse-lhe que estava tão possuído de seu amor e que embora no
seu departamento em Roma houvessem preparado tudo para dar ao povo o
divertimento de ver esgrimir e combater gladiadores em duelo de morte, no
entanto, partira às pressas para vir encontrá-lo, justo na hora do combate,
ainda que nunca tivesse visto e desejasse muitíssimo ver matar um homem. Então
Lúcio Quín-cio, para pagar-lhe com a mesma moeda e por seu lado, agradá-lo
também, disse: — "Não te melin-dres, tenho este prazer que deixaste de ver
e não faço má figura por isto, pois satisfarei prontamente teu desejo". E
tão logo disse estas palavras, ordenou que tirassem da prisão imediatamente um
dos criminosos condenados a morte, que o trouxessem à sala e o carrasco também
com seu machado. Isto foi logo executado. Perguntou ao rapaz se queria ver
matar naquele momento o homem, o qual respondeu que sim; ordenou então ao
executor que lhe cortasse a cabeça. A maioria dos autores antigos narra assim.
Mesmo Cícero, no livro que escreveu na velhice, diz que assim está escrito em
um discurso que Catão perorou diante do povo romano (45). Portanto, Lúcio Quíncio, sendo
assim ignominiosamente expulso do senado por Catão, seu irmão Tito ficou muito
descontente não sabendo a quem recorrer senão ao povo, suplicou que ordenassem
a Catão dizer qual a razão em dar aquela nota de infâmia à sua família. Pelo
que, Catão na presença do povo, narrou tudo o que se deu no festim; como Lúcio
negasse, afirmando que não era assim, Catão se referiu ao seu juramento
público, acusando-o de não ser verdadeiro, mas Lúcio quis se escusar de o
fazer. Nessa ocasião, o povo julgou na mesma hora que com justo direito havia
recebido essa nota de infâmia. Todavia, algum tempo depois, quando
representavam as peças no teatro, Lúcio aí chegou, passando além do lugar que
estava determinado para os que foram cônsules, foi se sentar à parte, bem
distante. O povo teve pena e falou tanto que o obrigou a voltar a sentar-se
entre os outros senadores com a dignidade consular, suavizando o melhor que lhe
era possível aquele acidente infamante sucedido a uma nobre família. XXXV. Privou também e expulsou
do senado um outro chamado Manílio, que tinha grandes garantias de ser cônsul
no ano seguinte, pelo fato de, em pleno dia e na presença de sua filha, ter
muito amorosamente beijado sua mulher. Disse que a sua não o beijava nunca, a
não ser quando trovejava muito forte, em vista do que estava habituado a dizer
que se sentia mais feliz quando Júpiter trovejava. Retirou também o cavalo
público de Lúcio Cipião que triunfará pelas vitórias ganhas contra o grande rei
Antíoco, o que lhe causou uma grande má vontade, porque parecia a todo o mundo
que fazia expressamente para envergonhar Cipião o Africano (46) (já falecido). XXXVI. Mas o que mais acharam
duro e ofendia mais as pessoas, foi procurar diminuir os prazeres e o
supérfluo, pois retirar tudo e tão abertamente, era impossível, havendo já
tantos homens inculpados, corrompidos e aniquilados; mas rodopiando
obliquamente à volta, fazendo a avaliação dos bens e posses de cada cidadão,
mandou que taxassem e avaliou as vestes, os coches, as liteiras, os anéis e
jóias das mulheres, os outros móveis e utensílios domésticos que custavam mais
de mil e quinhentas dracmas (47) por peça, dez vezes mais do que custaram e
que não valiam, a fim de que esses que gastaram e puseram seu dinheiro em tais
coisas curiosas e supérfluas pagassem tanto mais imposto nas contribuições que
conviria fazer para os negócios do Estado, sendo seus bens sobretaxados com
maior avaliação. Deu ordens também que para cada mil úncias (uma das frações
duodecimais do asse), isto é, para cada mil asses (48) que tais coisas
foram estimadas e avaliadas, os donos davam três de tributo ao Estado, sentindo-se
afinal sobrecarregadas com tal imposto, vendo que esses que eram tão corajosos
quanto eles, contentavam-se com pouco, não exibindo tão vaidosa situação,
pagavam muito menos de imposto ao Estado, estando menos carregados do que eles,
castigando-se a si próprios com a desistência de serem supérfluos, suntuosos e
delicados.
(43) Isto não está no grego.
(44) Lúcio Quíncio
Flamínio havia sido cônsul no ano de Roma 5G2. Veja
detalhes amplos sobre esta história na Vida de Tito Flamínio, 35 e
seguintes.
(45) Amyot traduziu mal e mutilou esta passagem
de Plu-tarco. Eis o que exprime o texto grego: — "E mesmo Cícero, em seu Diálogo da Velhice, introduz Catão narrando èle próprio. Tito Lívio diz que fizeram
morrer um desertor gaulês e que náo foi o algoz, mas Lúcio pessoalmente que lhe
cortou a cabeça, sendo o fato assim exposto no discurso de Catão". Veja
Cícero. de Senectutc, cap. 12, e, Tito Lívio, 1. 39, cap. 42.
(46) Isto não está no
grego. Ver as Observações,(47)
Aproximadamente
cento e cinqüenta escudos. Amyot.
(48)
Eram
pequenas moedas de cobre que valiam um pouco mais de quatro moedas tornesas.
Amyot. O asse, no tempo da censura de Catão valia perto de cinco centimos (um
sou). Os três asses que pagavam de imposto eqüivaliam a três sous.
XXXVII. Todavia, expôs-se ao
ódio e malevolência, por um lado, daqueles que preferiam pagar o tributo do que
deixar seus prazeres e por outro lado dos que, preferindo mais abandonar os
prazeres a pagar o tributo, pois há muitos que consideram que lhes impedir os
meios de fazer exibição é como se lhes tirasse a riqueza, tendo esta louca
persuasão que se exibem melhor com as coisas supérfluas do que com as necessárias,
por isso dizem que o filósofo Aris-ton admirava-se tanto e mais do que qualquer
outra coisa, de como os homens consideravam felizes e ricos os que possuíam
coisas curiosas, supérfluas e voluntárias em lugar daqueles que possuíam as
úteis e necessárias. Escopas Tessaliano, como um dos seus familiares pediu-lhe
qualquer coisa que não lhe servia para muito, disse-lhe para mais facilmente o
induzir a lhe conceder: — "É uma coisa que não vos é necessária nem
útil". "E é, disse êle, com o que sou mais opulento e mais rico, com
coisas supérfluas e que não servem para nada". Assim, o ardor e a ambição
de possuir não procede de nenhuma afeição ou necessidade natural, nem é inata à
nossa carne, mas se engendra em nós e nos vem de uma falsa opinião do vulgar.
XXXVIII. Catão pouco se
preocupava com o alarido que levantavam contra êle, tornava-se insensível e
apertava ainda mais sua autoridade, mandando cortar e destruir os canos, pelos
quais alguns particulares furtavam a água das fontes públicas, quando passavam
ao longo de suas residências, puxando-a para suas casas e seus jardins
particulares, mandando também demolir e arrasar todas as saliências dos edifícios
particulares que avançavam sobre as ruas e praças públicas, diminuindo o preço
dos trabalhos que eram feitos a expensas do Estado, ao contrário elevando as
herdades (quintas) e gabelas (imposto sobre o sal) o mais que podiam subir.
Todas aquelas coisas originaram um grande ódio e malevolência de muita gente,
pelo que Tito Flamínio e alguns outros, virados contra êle, fizeram em pleno
senado rescindir, quebrar e anular todos os negócios e os contratos que havia
feito cem os mestres-pedreiros para a reparação e conservação dos edifícios
públicos e sagrados, como sendo feitos em prejuízo do Estado e instigaram os
mais audaciosos e temerários tribunos do povo contra êle, e solicitando que
fosse condenado a multa de (49) dois talentos, também lhe causaram muito
embaraço e impedimento na edificação do palácio que mandara construir à custa do
Estado, com vistas sobre a praça, em cima
daquela onde estava o senado, cujo palácio foi, no entanto, terminado e
conhecido por seu nome Basílica Pórcia, isto é, o palácio que mandou
edificar o censor Porcio; todavia, parece que o povo romano ficou muito
agradecido e louvou grandemente o que havia feito na administração com a sua
censura, pois mandou levantar uma estátua no templo da deusa Saúde, sob a qual
não mandou escrever seus feitos de armas nem seu triunfo, mas mandou gravar uma
inscrição cuja sentença era tal, a traduzi-la palavra por palavra: .— "Em
honra de Marcos Catão censor (50),
pelo tanto que, por bons costumes, santas ordens ou sábios ensinamentos, levantou
a disciplina do Estado romano, a qual já declinava e terminava mal".
Entretanto, algum tem po antes desta imagem lhe ter sido erguida, fartou-se de
ironizar esses que apreciavam ou apeteciam tais coisas, dizendo: — "Que
não percebem que se glori-ficam, não de suas virtudes, mas dos trabalhos dos
construtores, pintores e estatuários e quanto a êle que seus concidadãos
levantassem sempre as mais belas imagens e quadros seus em seus corações",
levando em conta a lembrança de sua vida e de seus feitos. Por essa razão, uma
vez respondeu a alguns que se maravilhavam como erguiam imagens assim a vários
pequenos e desconhecidos personagens e a êle não: — "Prefiro mais,
disse-lhes, que perguntem por que não ergueram uma estátua a Catão do que por
que a ergueram".
(49) Mil e duzentos
escudos. Amyot.
(50)
Amyot substituiu o início desta inscrição. Essas palavras: "Em honra de
Marcos Catão censor", não estão no grego.
XXXIX. Em resumo, não admitia
que um homem de bem suportasse o louvor se isto não fosse em proveito do Estado
e no entanto foi um dos homens que mais se louvou a si próprio, de tal forma,
que se acontecesse a alguns, por esquecimento, em alguma coisa, esquecer seu
dever, quando os repreendia, dizia: — "Devia desculpá-los porque não eram
Catões, para não falhar". E àqueles que procuravam imitar alguns de seus
atos, e não se saíam bem, chamava-os sinistros (51) Catões. Dizia ainda mais:
— "Nos tempos mais perigosos o senado punha as vistas sobre êle, nem mais
nem menos como os passageiros quando em um navio olham o piloto quando se
levanta uma tormenta no mar, tendo o senado muitas vezes diferido e deixado
para outra ocasião negócios de bem grandes conseqüências quando não se achava
presente"; outros testemunharam que isso era verdade, pois teve uma
grande autoridade na administração tanto por sua grande probidade como pela
eloqüência e também por sua extrema velhice.
(51) Esquerdos.