Diogo do Couto

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

DIOGO DO COUTO (Lisboa, 1542-1616) foi guarda-mor da Torre do Tombo, na Índia, e continuou as Décadas de João de Barros. Espectador da lastimosa decadência dos Portugueses no Oriente, escreveu com ânimo o Soldado Prático, que aliás só foi impresso em 1790. Privou com o grande Camões e na década VII descreve como esse seu matalote e amigo vivia em Moçambique comendo de amigos. Escreveu também

poesias e vários opúsculos, mas principalmente se distingue pela independência e critério com que se enunciou sobre o governo da índia, O estilo é menos pomposo que o de Barros, porém, no sentir de Rebelo Da Silva, essa inferioridade de estilista é compensada pelas qualidades de historiador.

FRANCISCO RODRIGUES LOBO

FRANCISCO RODRIGUES LOBO, natural de Leiria, nasceu em data incerta e morreu afogado no Tejo, entre 1624 e 1627. Nunca figurou na vida pública; mas nas letras granjeou renome como autor de composições bucólicas, que o fizeram cognominar o Teócriío Português; de um poema heróico, O Condestabre, que merecidamente caiu no olvido; e de uma obra dialogada sobre assuntos de moral e crítica literária, Corte na Aldeia e Noites de Inverno.