FRANCISCO RODRIGUES LOBO

FRANCISCO RODRIGUES LOBO, natural de Leiria, nasceu em data incerta e morreu afogado no Tejo, entre 1624 e 1627. Nunca figurou na vida pública; mas nas letras granjeou renome como autor de composições bucólicas, que o fizeram cognominar o Teócriío Português; de um poema heróico, O Condestabre, que merecidamente caiu no olvido; e de uma obra dialogada sobre assuntos de moral e crítica literária, Corte na Aldeia e Noites de Inverno.

JACINTO FREIRE DE ANDRADE

JACINTO FREIRE DE ANDRADE (Beja, 1597-1657) abade de Santa Maria das Chãs, escreveu poesias de pouco mérito e a Vida de D. João de Castro, na qual se nota por vezes a animação da narrativa de par com a pureza da frase. O Sr. Teófilo Braga o dá como — "vicioso panegirista imposto pela superstição clássica"; mas não esqueçamos que o mesmo erudito não poupou a supermacia estilística de Fr. Luís de Sousa, acoimando de prestígio a tradicional admiração por esse vulto das letras. Felizmente logo o Sr. Teófilo Braga equipara o prestígio de Fr. Luís de Sousa, entre os que falam português, à — "monomania da admiração de Racine para os Franceses". (resumo da biografia de JACINTO FREIRE DE ANDRADE )

DOM FREI AMADOR ARRAIS

DOM FREI AMADOR ARRAIS, nasceu em Beja, e, em 1545, tomou em Lisboa o hábito carmelitano. Foi na sua Ordem reitor do Colégio de Coimbra; pregador da Real Capela, nomeado por D. Sebastião; e co-ad-jutor do Cardeal-Infante D. Henrique no arcebispado de Évora. Reinando D. Filipe II, elevaram-no a bispo de Portalegre, donde se retirou magoado pelo cabido, indo falecer em Coimbra, no ano de 1600.

Adivinhos

Maravilhosos homens são os astrólogos e adivinhos, (362) que somente sabem o que está por vir, e do passado e do presente não sabem nada; e assim contam as coisas que no céu se fazem, (363) como se ao conselho dos seus moradores houvessem estado presentes, e agora novamente de lá abaixassem. Mas a verdade é que os tais não sabem o que se faz no mundo, nem no céu, nem na terra, nem ainda na sua câmara. Não vêem (364) o que trazem ante os pés e querem saber o que passa sobre as estrelas.

Fase Seiscentista – escritor Manuel de Sousa Coutinho ou Frei Luís de Sousa

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

FR. LUÍS DE SOUSA (Santarém, 1555-1630) chamou-se no século Manuel de Sousa Coutinho. Tendo noviciado na Ordem de Malta, esteve cativo em Argel, onde, aliás, sem maior fundamento, se disse que contraíra «amizade com Cekvantes. Casou com a viúva de D. João de Portugal e estava em Almada com a patente de coronel, quando incendiou a casa por negar hospedagem aos governadores espanhóis do reino.