ORIGENS E 1ª ÉPOCA DA LITERATURA PORTUGUESA – 1140 — 1279

Cônego Fernandes Pinheiro (1825 – 1876) CURSO DE LITERATURA NACIONAL I LIÇÃO III PRIMEIRA ÉPOCA — 1140 — 1279 Foi cercado de perigos o berço da monarquia portuguesa; com o montante e não com a pena gravou-se ela no mapa político da Europa; assim pois, a era dos guerreiros devera preceder a dos sábios. Arrancando … Ler mais

Egas Moniz – obra de FREI ANTÔNIO BRANDÃO

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

FREI ANTÔNIO BRANDÃO. Foi um dos historiadores da Monarquia Lusitana.

Esta vasta composição divide-se em oito partes.

Egas Moniz

Mui celebrada é em nossas histórias a ida de Egas Moniz a Castela com sua mulher e filhos, por dar satisfação ao Imperador D. Afonso da promessa feita no cerco de Guimarães. E foi o* caso, segundo dizem, que, sentido o Imperador da desgraça passada na rota de Valdevez, e desejando sanear-se desta quebra, fêz preparação de gente de guerra com o mor segredo possível, e, entrando em Portugal pela parte da Galiza, se veio quase repentinamente lançar sobre a vila de Guimarães, aonde (378) então residia a corte e assistia (379) o infante D. Afonso.

Neste cerco não pode haver dúvida, porque o confessa el-rei D. Afonso Henriques, sendo ainda infante, em uma doação do cartório de Pedroso, que faz a Mem Fernandes, de certas herdades no Couto de Osseloa, em terra de Vouga, cuja data é no mês de maio da era de 1167, que é ano de 1129; e diz que lhe faz esta polo haver bem servido (380) com Sueiro Mendes, o Grosso, e outros de sua geração no cerco de Guimarães, que lhe pusera el-rei de Castela, seu parente. São as palavras formais que declaram isto… Assi que já em maio de 1129 tinha precedido o cerco em Guimarães.