HISTÓRIA DA FORMAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO MEDIEVAL
- Como deve ser considerada a Idade Média. O fator germânico
- O caracteristico da civilização moderna
- Decadência do mundo clássico. O império eclesiástico
- O regime municipal romano e a Igreja
- Tácito e os germanos. A mulher. A família
- Fundamento do sistema feudal
- Imperadores e invasores de Bizâncio
- A questão dos iconoclastas
- Cisma do Oriente
- As Igrejas Católica e Ortodoxa
- O domínio franco e os prefeitos de palácio
- Reis cabeludos e reis indolentes. Os merovíngios e o reinos da Gália
- Carlos Martel
- Pepino, o Breve, e o poder temporal dos papas
- Carlos Magno
- Suas campanhas
- Seus domínios
- A civilização teutónica o o novo império do ocidente
- Origem da teocracia católica
- A administração do império carlovíngio
- As reuniões da primavera e do outono
- O feudalismo em relação ao Império e à Igreja
- O elemento árabe
- A propaganda de Maomé
- A expansão do Islã
- Alcorão o Suna
- Primeiras dissenções e rápidas conquistas
- A resistência cristã
- Os árabes na península Ibérica
- Cisões muçulmanas
- O califado do Bagdá. Seu esplendor e fim
- O califado de Córdova e a civilização árabe
- A Espanha visigótica. Os judeus
- O elemento normando. Noruegueses e suecos
- Os dinamarqueses na Inglaterra
- A Normandia e o duque Guilherme
- Os normandos a Sicília e Italia meridional e os sarracenos no Mediterráneo ocidental
- Efeitos das incursões normandas sobre o feudalismo
- O poder real, os senhorios feudais e as comunas
- Burguesia, clero e barões
- A cavalaria e o feudo. O laço pessoal
- Caráter do feudalismo na França e na Inglaterra
- As obrigações do vassalo
- Os servos adstritos à gleba e os escravos
- O feudalismo como sistema militar
- A paisagem feudal.
- Os castelos e os torneios. O espírito do cavaleiro andante
- A justiça feudal
- O juízo de Deus e os ordálios
- As superstições medievais
- O quadro dos conhecimentos e a escola palaciana de Carlos Magno
- A divulgação dos conhecimentos
- As novas línguas
- O latim e os idiomas neolatinos
- A poesia medieval épica e lírica
- Os tipos arquitetônicos religiosos. Basílica, mesquita e catedral
- Mosaicos e arabescos
- O arco e a ogiva
- Divisão do império de Carlos Magno. O Tratado de Verdun
- Alemanha e França
- Henrique I
- Oton, o Grande, e o Sacro Império Romano
- A Itália o o papado. Origem do direito de investidura
- A casa da Francônia
- Henriquo III. Henrique IV e Gregório VII
- Imperador e papa
- Os feudos eclesiásticos
- Desforra de Canossa
- A concordata de Worms
- A posse dos Lugares Santos. Cristãos, árabes e turcos
- Urbano II e Pedro, o Eremita
- Tomada de Jerusalém
- O reino latino. Os freires cavaleiros
- A segunda cruzada
- A terceira cruzada. Ricardo Coração de Leão
- A quarta cruzada e o reino latino do Oriente
- A pilhagem de Constantinopla católica
- Génova e Veneza
- A cruzada das crianças
- As cruzadas menores
- A sorte de São Luís
- Reconquista da Terra Santa pelos infiéis. Os cavaleiros de São João de Jerusalém.
- Os Templários e seu destino. A Ordem de Cristo.
- A ordem teutônica e a Prússia
- Resultados das cruzadas
- A reconquista cristã da península Ibérica. Os emirados e o reino asturiano
- Leão e Navarra
- As ordens militares espanholas
- Aragão
- Castela e Portugal. O conde Henrique
- O período heróico da reconquista
- A organização D. Sancho
- D. Afonso II e D. Sancho II. Os nobres e o clero
- D. Afonso III e D. Dinis
- D. Afonso IV e D. Inês de Castro
- D. Pedro I e D. Fernando
- Lutos com Castela. O mestre d’Avis e D. Leonor Teles
- Aljubarrota e Valverde
- Os filhos do D. João I
- D. Afonso V
- d. João II
A Idade Média tem sido simultâneamente considerada uma época de obscurantismo, porque durante ela decaiu extraordinariamente a cultura clássica, e uma época de fermentação, porque no seu decorrer se preparou a nova civilização. De fato a cultura greco-romana sofreu um abatimento considerável, posto que mais aparente do que real: sob a agitação, porém, produzida pelas invasões bárbaras, o mundo moderno se foi organizando pela remodelação política e social da Europa, na qual o fator germânico veio a colaborar com o latino para o progresso comum da humanidade. Com suas fortes qualidades de raça, o teutão contribuiu para a florescência da civilização de que se apropriou e na qual modelou sua mentalidade. Nas formas latinas, já tradicionais, inoculou o espírito germânico o sentimento de liberdade pessoal que desaparecera sob o despotismo do Estado romano, conseguintemente o sentimento de independência: assim se exprime no seu magistral trabalho sobre a civilização na Europa o historiador francês Guizot, dos mais notáveis pela austeridade e pela elevação.