O Ramaiana (épico sânscrito da Índia)
O Ramaiana (India)
O NASCIMENTO DE RAMA
ERA uma vasta e extensa comarca, alegre, abundante em trigo e rebanhos, junto das margens do Sarayu, chamado, também, Ka-sala. Havia ali uma cidade, célebre em todo o Universo, fundada por Manu, o chefe do gênero humano. Chamava-se Ayodhya.
Cidade bela e feliz, inexpugnável, provida de portas bem distribuídas, com ruas amplas, grandes, entre as quais destacava-se a Rua Real, onde o rocio da água destruía as volutas do pó.
Numerosos mercadores freqüentavam seus bazares e vários joalheiros adornavam suas vitrinas. Casas enormes cobriam sua superfície, embelezada com pomares e jardins públicos. Fossos profundos e intransponíveis circundavam-na. Seus arsenais armazenavam grande quantidade de armas de toda a espécie. Arcos ornamentais coroavam suas portas, constantemente vigiadas pelos archeiros.
Um rei magnânimo, chamado Daçaratha, que juntava vitória sobre vitória para o império, governava naquela época a cidade, como Amaravati governava a cidade dos imortais.