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LXXXI.
Mas, certamente o destino
pode-se muito mais facilmente prever, que não evitar, mesmo porque apareceram
sinais, e presságios extraordinários: os fogos celestes, figuras e fantasmas
que se viam correr cá e lá, pelo ar; também os pássaros solitários, que, em
pleno dia, vinham pousar na praça tais prognósticos não merecem ser notados e
declarados num acidente como este. Mas Estrabão, o Filósofo, escreve que foram
vistos homens todos de fogo e um soldado semeava fogo com suas mãos, de modo
que quantos o viram pensaram que ele estava todo queimado, mas cessando o fogo,
constataram que ele nada havia sofrido. César, sacrificando aos deuses,
encontrou uma hóstia imolada, que não tinha coração, coisa estranha e
monstruosa na natureza, porque um animal não pode viver sem coração; muitos,
ainda, dizem que um adivinho lhe predissera há muito tempo, que ele estivesse
bem em guarda, com relação ao dia dos Idos de Março, que é o décimo-quinto,
porque ele se encontraria em grande perigo de vida. Chegando esse dia, ele saiu
de sua casa para ir ao Senado; saudando o adivinho, disse-lhe, rindo-se:
"Os Idos de Março chegaram", e o adivinho respondeu-lhe baixinho:
"Deveras, chegaram, César, mas ainda não passaram". No dia
anterior, em casa de Marco Lépido, que lhe dera um
banquete, ele assinava por acaso algumas cartas, como fazia frequentemente e
escutava uma conversa dos outros sobre que espécie de morte seria a melhor e a
mais desejável, ele disse bem alto, antecipando-se aos demais: Aquela que menos
se espera". Depois da refeição, estando ao leito, com sua esposa, como era
seu costume, todas as portas e janelas de seu quarto abriram-se sozinhas e ele
despertou sobressaltado, assustado pelo barulho e pela claridade da lua, que
iluminava o quarto e ouviu sua mulher Calpúrnia, dormindo em sono profundo, que
pronunciava palavras confusas e gemidos mal articulados, que não se podiam
entender, porque ela sonhava, que o tinham matado e o chorava, tendo-o morto,
em seus braços: todavia alguns dizem que não foi essa visão que ela teve, mas
por ordem do Senado, ele havia sido exaltado ao auge de sua linhagem como
ornamento ou majestade, um como pináculo, segundo o que o mesmo Tito Lívio diz:
"Calpúrnia, dormindo, sonhou que o via atacar e ferir; parecia-lhe que ela
o chorava, pelo que, de manhã, quando amanheceu, ela pediu a César, que naquele
dia, não saísse de casa, se possível e adiasse a reunião do Senado para outro
dia, ou então, se ele não queria acreditar nos sonhos, pelo menos indagasse de
alguma outra maneira de adivinhação o que lhe deveria acontecer naquele dia,
mesmo pelos sinais dos sacrifícios. Isso deixou-o apreensivo e algo desconfiado,
porque jamais, antes ele não havia percebido em Calpúrnia superstição alguma e
agora via que ela se atormentava, por causa do sonho: mais ainda quando viu
que, depois de ter feito imolar várias vítimas, umas após outras, os adivinhos
respondiam-lhe sempre que os sinais e os presságios nada lhe prometiam de bom, ele
resolveu mandar António ao Senado para suspender a assembléia .

LXXXII. Nesse ínterim chegou Décimo Bruto, cognominado
Albino, no qual César muito confiava, tanto que, por testamento o havia
constituído seu segundo herdeiro e, no entretanto, era da conjuração de Cássio
e de Bruto; temendo que se César adiasse a assembleia do Senado para outro dia
a conspiração fosse descoberta, zombou dos adivinhos e incitou César a ir,
afirmando que assim dana motivo ao Senado de ficar descontente com ele e de
julgar mal de sua pessoa, porque tomariam o adiamento, como um desprezo, porque
os senadores naquele dia se haviam reunido por sua ordem e eles estavam todos
prontos a declarar-lhe, por seus votos, rei de todas as províncias do império
romano, fora da Itália, permitindo-lhe usar o diadema real em toda parte, tanto
por terra como por mar e se alguém lhes fosse dizer então, de sua parte, que
naquele momento todos se retirassem para suas casas, que se reuniriam outra
vez, quando Calpúrnia tivesse tido melhores sonhos, que diriam os seus
inimigos, os invejosos e os que lhe queriam mal e como poderiam ter em conta as
razoes de teus amigos, que lhes procurariam dar a entender, que aquilo não era
servidão para eles e a ti, dominação tirânica? Todavia, disse ele, se de todo
resolveste abominar e detestar este dia, seria melhor, pelo menos, que saindo
de casa, fosses até lá, para saudá-los e comunicar-lhes que adias a assembleia
para outra ocasião. Dizendo-lhe estas palavras, tomou-o pela mão e o levou para
fora. Ele não estava longe de seu palácio, quando viu um servo estrangeiro, que
tudo fez para falar-lhe e quando viu que não podia se aproximar, por causa do
povo e da grande aglomeração em redor dele, foi à sua casa e procurou
Calpúrnia, dizendo-lhe que o vigiasse até que ele estivesse de volta, porque
tinha grandes coisas a lhe dizer: e um certo Artemidoro, nativo da ilha de
Gnidos, mestre de retórica, em língua grega, que pela sua profissão tinha
familiaridade com alguns satélites de Bruto, por meio dos quais ele sabia quase
tudo do que se tramava contra César, veio -trazer-lhe em um pequeno memorial,
escrito por sua própria mão, tudo o que lhe queria manifestar: vendo que ele
recebia bem todos os pedidos que se lhe apresentavam, mas os entregava
imediatamente aos auxiliares, que estavam junto dele, aproximou-se o mais
possível e disse-lhe: César, lê este memorial, que te apresento, sozinho, agora
mesmo, pois nele encontrarás grandes coisas, que te dizem respeito, mui de perto".
César tomou-o, mas não o pôde ler, por causa da multidão de pessoas que falavam
com ele, embora por várias vezes tivesse tentado fazê-lo: todavia tendo o papel
sempre nas mãos e lendo, ele entrou no Senado. Alguns dizem que foi um outro
que lhe apresentou o memorial e que Artemidoro, por mais esforços que fizesse,
não pôde aproximar-se dele, pois era sempre afastado, durante todo o caminho.

LXXXIII. Todas estas
coisas podem bem ter acontecido por acaso, mas, o lugar, onde então estava reunido
o Senado, tinha uma estátua de Pompeu e era um dos edifícios, que ele tinha
dado ao governo, com seu teatro, mostrava evidentemente que era por certo
alguma divindade que guiava a empresa e que a levava à execução, principalmente
naquele lugar. A esse respeito conta-se que Cássio, um pouco antes que pusessem
mãos à obra, olhou para a estátua de Pompeu que lá estava e invocou baixinho o
seu auxílio, não obstante outrora ele ter sido partidário das opiniões de
Epicuro: mas a iminência do perigo presente o despertou e o pôs fora de si
gerando nele uma paixão repentina em vez dos discursos que o moviam e aos quais
assentia quando estava com o espírito calmo. Sendo António fiel a César, forte
e robusto de corpo, Bruto Albino (62) o reteve fora do Senado, fazendo-lhe expressamente
muitas recomendações. Quando César entrou, todo o Senado levantou-se para
saudá-lo; então alguns dos conjurados puseram-se por trás de sua liteira e
outros foram-lhe ao encontro; falaram-lhe como querendo interceder por Metelo
Cimber, que pedia a volta de seu irmão, que estava no exílio e o seguiram
assim, sempre rogando-o, até que ele se sentou em seu trono: como ele
rejeitasse seus pedidos e se irritasse, uns após outros começaram a
importuná-lo ainda mais, com violência até que Metelo, tomando sua túnica com
ambas as mãos, arrancou-a de redor do pescoço; era o sinal combinado: os
conjurados haviam-se acercado, prontos para executar o golpe: Casca, então,
deu-lhe por trás um golpe com a espada na altura do pescoço; mas a ferida não foi
grave, nem mesmo mortal, porque ele estava nervoso, como é de se imaginar, ante
tão perigosa empresa e não teve força, nem firmeza, para feri-lo mortalmente.
César voltando-se para ele, empunhou sua espada com firmeza e ambos se puseram
a gritar: o ferido, em latim: "Ó Casca, vil traidor, que estás
fazendo?" E o agressor, em grego: "Meu irmão, ajuda-me!"

(62) Na Vicia de Bruto, é Caio Trebônio quem faz esse
papel.

LXXXIV. Ante este princípio de motim, os presentes que nada sabiam da
conspiração, ficaram tão fora de si de espanto e de horror, ante o que
presenciavam, que nada souberam fazer: nem fugir, nem socorrê-lo, nem mesmo
abrir a boca para gritar: aqueles, porém, que tinham maquinado sua morte,
rodearam-no com suas espadas, de sorte que, para onde quer que ele se voltasse,
encontraria sempre quem o poderia ferir, pois as espadas reluzentes visavam-lhe
o rosto e os olhos e ele debatia-se entre suas mãos, como o animal selvagem
acuado pelos cães: eles haviam combinado que cada um lhe daria um golpe,
participando assim do assassínio: Bruto deu-lhe o primeiro, no lugar das partes
naturais; alguns dizem que ele se defendia sempre e resistia, saltando para cá
e para lá, clamando a plenos pulmões, até que viu Bruto de espada em punho;
então ele envolveu a cabeça com o manto, e sem resistir mais, foi empurrado,
por acaso, ou por expressa intenção dos conjurados, até o pedestal, sobre o
qual estava a estátua de Pompeu, que ficou toda ensanguentada: assim, parecia
mesmo que ela estava presidindo à vingança e ao castigo do seu inimigo, atirado
por terra, aos seus pés, quase morto pelo grande número de ferimentos
recebidos, pois dizem que foram vinte e três golpes de espada; vários
conjurados, golpeando todos no mesmo corpo, feriram-se reciprocamente, eles
também.

LXXXV.
Assim César foi morto: o
Senado, embora Bruto lá se tivesse apresentado para dar razão do fato sucedido,
não teve coragem de ficar; mas fugiram todos apressadamente, enchendo toda a
cidade de tumulto, de espanto e de terror; o povo fechava as portas de suas casas, os negociantes
abandonavam suas lojas e corriam para a rua a fim de ver o que se estava
passando, outros, tendo já sabido do fato, voltavam às pressas para suas casas.
António e Lépido que eram os dois maiores amigos de César, esconderam-se e
depois ocultamente fugiram, para outras casas, que não as próprias. Bruto e
seus companheiros, ainda excitados pelo assassínio, mostrando suas espadas
ensanguentadas, saíram juntos do Senado e foram à praça pública, não como
homens, que fugiam, mas ao contrário, mui alegres e seguros, conjurando o povo
a defender a sua liberdade, a mantê-la, detendo-se para falar com os que
encontravam pelo caminho, alguns dos quais os seguiram, misturando-se com eles,
como se também fossem conjurados, para usufruir se possível, com falsas
insígnias, parte da honra: dentre estes estavam Caio Otávio e Lêntulo Espinter
que depois foram castigados por essa vã ambição de glória, por António e pelo
jovem César, que os mandaram matar; e assim eles não gozaram da glória, por
cuja ambição morriam, porque ninguém acreditou que eles eram do número dos
conjurados; aqueles mesmos que os castigavam, vingavam mais, neles, a vontade
do que o efeito. No dia seguinte, Bruto com seus comparsas veio à praça para
falar ao povo, que o escutou, não manifestando se reprovava ou aprovava o que
havia sido feito: mostrava um silêncio morno, que de um lado, indicava
compaixão que sentia por César, e de outro, reverenciava a virtude de Bruto.
Mas o Senado decretou um perdão geral, quanto ao passado e para contentar a
todos, ordenou também que a memória de César seria honrada como a de um deus e
que nada se mudaria de tudo o que ele, em vida, havia determinado e concedeu
também províncias e honras convenientes a Bruto e aos seus companheiros, de modo
que todos se julgavam contentes e fora restituída a boa ordem da situação.

LXXXVI. Quando se
abriu o testamento de César e se constatou que ele legava a cada cidadão romano
um honesto presente em dinheiro, e o povo viu seu corpo levado pela praça, todo
retalhado pelas espadas, ninguém mais pôde conter a multidão, que fez um monte
de objetos em redor do seu corpo; eram mesas, bancos, balcões e palanques que
iam buscar cá e lá, pela praça: puseram fogo em tudo e o queimaram (63), quando
o fogo estava bem aceso, tomaram tições ardentes e foram às casas dos que o
tinham matado, para incendiá-las: outros correram pela cidade, procurando-os
para fazê-los em pedaços; todavia, não os puderam encontrar, porque eles se
haviam escondido e estavam bem defendidos em suas casas. Um dos familiares de
César, de nome Cina, na noite precedente tivera uma estranha visão, na qual
César o convidava para cear; ele não queria ir, no entretanto, César tomando-o
pela mão o tinha levado contra vontade. Tendo ele sabido de como o povo
queimava o seu corpo na praça, saiu de casa, para preparar o funeral do
falecido, embora a visão da noite precedente o tivesse em alguma dúvida (64), a
ponto de causar-lhe febre. Chegando à praça, alguém do povo perguntou-lhe quem
ele era: ele deu o nome; este disse-o a um terceiro, seu nome foi correndo de
boca em boca, e em pouco tempo se divulgou entre o povo, como sendo ele um dos
que haviam matado a César, porque, dentre os conjurados, um havia com aquele
mesmo nome; pensando que era ele, agarraram-no com tal furor que o partiram em
pedaços ali mesmo. Isso causou medo a Bruto e a Cássio, mais que qualquer outra
coisa, pelo que, poucos dias depois, eles saíram da cidade: o que eles sofreiam
e o que fizeram até a morte, nós já dissemos amplamente na Vida de Bruto.

(63) Em
grego: no mesmo lugar.

LXXXVII. César morreu
na idade de cinquenta e seis anos (65), sobrevivendo a Pompeu, apenas quatro
anos, só tendo como fruto daquele poder, que ele tinha com tanto ardor se
esforçado por obter durante toda sua vida e à qual por fim chegara com tantas
dificuldades e tantos perigos, um nome vão e uma glória inútil, que lhe
suscitara a inveja e o ódio de seus concidadãos; todavia, aquela grande fortuna
e favor do céu que o acompanhara durante todo o curso de sua vida, continuou
ainda na vingança de sua morte, perseguindo por mar e terra os que haviam
conspirado contra ele, tanto que não ficou um só a ser castigado, de todos os
que ou com o conselho, ou de fato haviam participado da conspiração. Mas, de
todas as coisas que aconteceram aos homens da terra, a mais estranha, foi a de
Cássio, que depois de ter sido derrotado na batalha de Filipes, matou-se com a
mesma espada que havia ferido a César: no céu, então, o grande cometa que
apareceu, em grande evidência, durante sete noites consecutivas, depois de sua
morte e também o escurecimento do sol, o qual durante todo aquele ano, sempre
surgiu pálido e nunca com aquela claridade luminosa que lhe é peculiar, cujo
calor foi igualmente muito fraco e consequentemente durante todo o ano, o ar
pesado, tenebroso e espesso, pelo pouco calor que o não podia saturar nem sutilizar;
foi isso causa de que os frutos da terra ficassem duros e verdes, apodrecendo
antes de amadurecerem pela frialdade do ar.

(64)      Lela-se: e ele além disso, teve febre. C.
(65)      No ano 710 de Roma.

LXXXVIII.
Mas, de modo especial, a
visão que apareceu a Bruto, mostrou evidentemente que sua morte não tinha sido
agradável aos deuses: assim foi a visão: Bruto, estando para passar seu
exército da cidade de Abidos para a costa fronteira, descansava como de costume
à noite, em sua tenda, não ainda adormecido, mas pensando em seus negócios e no
seu futuro: diz-se que ele foi um dos generais mais vigilantes e menos sujeitos
ao sono de quantos existiram e que por costume vigiava sempre: pareceu-lhe
escutar um ruído à porta de sua tenda; observando-a, à luz de uma lâmpada, ele
percebeu uma visão horrível, como um homem de tamanho e estatura enormes,
feiíssimo de rosto; a princípio sentiu medo, mas quando viu que tal fantasma
nada fazia nem dizia, mas estava diante dele, quieto, perto de seu leito,
perguntou-lhe por fim, quem ele era: o fantasma respondeu-lhe: "Eu sou o
teu anjo mau, Bruto, e tu me verás perto da cidade de Filipes". Bruto
replicou: "Pois bem, ver-te-ei então lá". Imediatamente o espírito
desapareceu. Depois, encontrando-se na batalha perto da cidade de Filipes,
contra António e César, na primeira vez, ganhou a batalha e rompendo tudo o que
encontrou diante de si, chegou até o acampamento do jovem César, que ele
saqueou: mas na noite precedente ao dia em que se deveria travar a segunda
batalha, o mesmo fantasma apareceu outra vez, sem lhe dizer palavra; Bruto
compreendeu que sua hora havia chegado, lançou-se de cabeça baixa nos lugares
mais perigosos da luta e, no entretanto, não morreu combatendo; vendo seus
soldados, porém, derrotados e desbaratados, diante de si, retirou-se
apressadamente para o pico de uma rocha onde, lançando-se sobre a ponta de sua
espada, com o auxílio de um de seus amigos, segundo se diz, atravessou o corpo
de lado a lado e morreu imediatamente.

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