A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA

dez 11th, 2009 | Por | Categoria: História Militar        

A GUERRA DA INDEPENDÊNCIA

FORÇAS ARMADAS NA AMÉRICA PORTUGUESA:

FORMAÇÃO DE UM SISTEMA MILITAR NACIONAL

NA TRANSIÇÃO DA COLÔNIA PARA O IMPÉRIO – 1777/1831

RESUMO DO LIVRO

AS FORÇAS ARMADAS

VOL. III DE

INDEPENDÊNCIA: REVOLUÇÃO E CONTRA-REVOLUÇÃO

De: José Honório Rodrigues (Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves Editora, 1975)

Nei Duclós

PREFÁCIO

O autor sustenta a tese de que a Independência brasileira não foi um desquite, uma separação amigável, como escreveu o historiador Oliveira Lima no livro “O Movimento da Independência”, mas uma guerra de caráter nacional, decisiva para a unidade política e territorial do país. Dessa guerra surgem as Forças Armadas nacionais, sob o jugo do improviso e o impacto de uma revolução.

Obs.: O livro é datado, da época do regime militar que tinha sido instaurado a partir de 1964. É dedicado às Forças Armadas e presta homenagem ao discurso oficial dos anos 70, explícita na última frase deste prefácio: “Unidos, povo e exército se constituíram numa força revolucionária que acabou com o jugo colonial”. É como se a Independência fosse uma espécie de “revolução redentora”, com os mesmos ideais de 1964. Sabemos que não foi nada disso. Mas o livro é importante por aprofundar a crítica ao chamado caráter incruento da História do Brasil e por detectar o momento chave da formação do Exército e da Marinha do Brasil, tema que estou abordando neste trabalho .

1. Considerações gerais

A causa da guerra foi a infidelidade, em relação ao Rio de Janeiro, da minoria dominante da Bahia, Maranhão, Piauí e Pará.

a sensibilidade histórica era perfeita – A defecção da Bahia era um mau exemplo para as outras províncias e causou uma reação, alimentada por três outras fatores que determinaram o desencadeamento da guerra: a ação antibrasileira das Cortes de Portugal, a atuação e ajuda dos negociantes portugueses nas províncias infiéis e o predomínio das tropas portuguesas não dominadas ou expulsas, como aconteceu no Rio de Janeiro.

Baseado na transcrição dos debates nas Cortes, o autor coloca a defesa da guerra como uma prioridade dos políticos portugueses – confirmando assim sua antítese ao desquite amigável entre as duas nações.

Neste item, surge um personagem importante. O General Caldeira Brant, que com seus despachos, da Inglaterra, para José Bonifácio, ocupará um papel de destaque ao longo de todo o livro.

OS planos portugueses contra o brasil – A idéia era separar o Norte do resto do Brasil, unindo~o a Portugal, a partir da decisão de firmar o pé na Bahia. Para isso, era preciso não apenas a guerra direta, mas também assassinatos pessoais, aliança com a Espanha, levante de negros. Havia ressentimento em Portugal em relação a tudo o que aqui fizeram Dom João VI e no Brasil havia ódio contra os portugueses. As Cortes liberais queriam a guerra, mas não dispunham de recursos. A Inglaterra era candidata tanto para financiar a agressão de Portugal quanto a defesa do Brasil. A construção da marinha de guerra deve-se a empréstimos britânicos e recursos da poupança nacional e donativos. O autor coloca José Bonifácio como a personagem principal da

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criação das forças armadas nacionais: :;José Bonifácio, desde o começo, tomou todas as medidas militares para que o Exército e a Marinha nacionais fossem criados para a defesa do Brasil”, escreve ele, na página 23.

A guerra, que não teve declaração formal, foi cruel, dura e sangrenta. Durou 1 ano e três dias na Bahia e sete meses e 14 dias no Maranhão – no período que vai de 28 de junho de 1822 a 31 dejulhodel823.

o plano de defesa do brasil – O agravamento da situação militar promoveu uma legislação especial, específica para as duas armas. A contratação dos serviços de Lord Cochrane, a organização da Marinha e do Exército, a reforma do Arsenal do Exército, a legislação especial e sobretudo o estudo do melhor plano de defesa do país revelam que o governo não queria ser surpreendido.

a defesa do rio de janeiro – A partir de documentos militares, o autor esmiuça as hipóteses da guerra na capital do Império. Ele utiliza a Memória de 4 de novembro de 1822, apontamentos do marechal de campo João Manuel da Silva, do tenente-general Carlos Napion, do Brigadeiro Joaquim José Ribeiro e do General Joaquim Xavier Curado, Barão e Conde de São João das Duas Barras, o mais considerado servidor militar do Brasil na época, com 79 anos de idade, chefe das forças brasileiras desde os conflitos com as tropas portuguesas em 1822, governador das armas da Corte e da província desde 1822. Segundo o autor, baseado em Bernardo Elis, Curado é de verdade o fundador do Exército Brasileiro.

Outros personagens importantes citados neste item são o General Carlos Frederico Lecor, Barão e Visconde de Laguna e o General Avilez, português, que tentou reagir no Rio de Janeiro.

AS PROVIDÊNCIAS E MEDIDAS PORTUGUESAS DE GUERRA – O jornalista Hipólíto da Costa demonstrava, em artigo, as disposições hostis de Portugal contra o Brasil. Mas as movimentações internacionais para Portugal desencadear a guerra encontram inúmeras dificuldades. Ficam evidentes as faltas de condições financeiras e militares de Portugal arrostar com a guerra. Em 28 de julho de 1821, o governo português ordenava, por decreto, que os exércitos de Portugal e Brasil fossem um só – sob o nome de Exército Constitucional -, uma artimanha para melhor subjugar o Brasil, segundo análises feitas por Cipriano Barata e José da Silva Lisboa.

a crueza da guerra – O Conselho de Estado, em sessão presidida por D. Pedro, define a política da guerra. Uma das decisões é o seqüestro de todas as propriedades dos portugueses no Brasil. Em outubro, o Conselho tinha dado prazo de quatro meses a Portugal para reconhecer a independência do Brasil.

a guerra – O autor sustenta que a independência foi declarada incruenta para valorizar a Casa de Bragança, para obscurecer o papel dos brasileiros e favorecer o congraçamento entre os dois povos. Escreve também que a guerra não teve caráter municipal – baiano –mas nacional, tendo sido especialmente sangrenta no Piauí e no Maranhão. Analisa a situação nas principais províncias onde ocorreu luta – Bahia, Maranhão, Piauí, Rio de Janeiro , Ceará, Rio Grande do Sul e até no Uruguai, onde o General Carlos Frederico Lecor, com 1500 homens, impôs ao Brigadeiro D. Álvaro da Costa, chefe da resistência lusitana, a independência brasileira. O autor analisa também as relações entre as províncias no desenrolar da luta, onde destaca a ajuda paulista ao Rio de Janeiro e o apoio cearense ao Piauí e ao Maranhão.

o mito da independência incruenta – O autor identifica a fonte do mito, o tenente coronel José Maria Pinto Peixoto no seu depoimento “Duas palavras sobre Pedro I na época da Independência”. Peixoto sustenta que as dissidências praticamente sumiram depois do Fico, o que contraria a tese do autor, que aponta o Fico como o marco da sangueira. Escreve José Honório: O país oficial repelia a independência, mas a independência como revolução repelia o país oficial e D. Pedro, ajudado por José Bonifácio, conseguiu conciliar o país oficial com o real o tempo necessário para atingir a vitória formal contra os portugueses. Perdendo a revolução seu arranco radical, o país oficial voltou a predominar transformando-a em contra-revolução.” Neste item, José Honório analisa autores como Varhagen, Tobias Monteiro e Oliveira Lima. Obs.: o grande problema deste livro é o estilo. E aterrorizante como é mal escrito. Cheio de repetições, o texto está sempre se remetendo às páginas seguintes ou anteriores, o que considero uma traição permanente ao timing da leitura. Acho que as expressões “veremos mais adiante ” ou “como vimos anteriormente ” são o suplício maior de um pobre leitor.

Neste item, o autor faz o balanço do derramamento de sangue e destaca que só no combate de Genipapo, no Piauí, de Primeiro de Abril de 1823, teve mais de 400 mortos. Sustenta que “foi a revolução brasileira que decidiu a unidade nacional” e que a independência foi conquistada pela guerra, numa vitória nacional preparada pelo grande Ministério de José Bonifácio e alcançada pelo Exército e Marinha nacionais.

2. O EXÉRCITO PORTUGUÊS NO BRASIL

o soldado português – Falta disciplina e porte militar ao bravo soldado português, que por esses motivos sempre esteve às voltas com lideranças estrangeiras, contratadas por reis e rainhas de Portugal.

os ingleses e o exército português – Influência das invasões napoleônicas no Exército português.

a organização – Influências da organização e reorganização do Exército português sobre as tropas de Portugal no Brasil. José Honório cita o livro de José Mirales (incluído na nossa bibliografia) que descreve minuciosamente a estrutura transplantada da Metrópole para a Colônia. Cita a reforma do exército português em 1796, quando as forças auxiliares passaram a chamar-se regimento de milícias e foi criada a Legião das Tropas Ligeiras, antepassada remota da atual Infantaria. As reformas de 1808 e 1816 criaram batalhões de caçadores e modificaram os efetivos.


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as forças portuguesas no brasil – As tropas portuguesas no Brasil eram avaliadas em oito mil homens.

a reorganização por dom joão vi – Criação do Conselho Supremo Militar em 1808 e introdução de várias modificações nos corpos de exército, sendo que no ano seguinte a força armada no Brasil se apresentava em condições institucionais iguais à portuguesa.. Em 1815, chega a Divisão de Voluntários D’ei Rei -10 mil homens comandados pelo General Lecor. Junto coli os 5000 homens estacionados no Rio Grande do Sul, estas forças viabilizaram a incorporação da Cisplatina ao Reino Unido. Neste item, primeira citação da relação entre a colonização e as tropas – o soldado colono, um capítulo importante da História do Brasil.

os efeitos da rebelião de 1820 – A Bahia preferia estar sujeita a Lisboa que ao Rio de Janeiro, província que tinha roubado a supremacia baiana. O sentimento nacional despertado nas tropas nacionais e o aceno de terras para os soldados portugueses são aspectos analisados neste item.

a cortes e a reorganização militar – O decreto de 9 de dezembro de 1821 nomeava os novos governadores de armas no Brasil, tornados independentes do governo civil e diretamente ligados ao governo de Lisboa. Aos 8 de janeiro de 1822 decidia-se nas Cortes mandar imprimir o relatório da Comissão Especial encarregada de apresentar um plano de reforma do Exército.

as expedições militares no brasil – Um dos motivos das expedições militares que seriam enviadas para o Brasil seriam o aceno de terras para os soldados. Destaca-se, de novo (é um livro de redundâncias) a falta de condições financeiras de Portugal para sustentar a guerra.

oficiais portugueses e brasileiros – Reproduz o quadro de oficiais superiores de Dom João VI e D. Pedro I e analisa as divergências entre oficiais portugueses e brasileiros.

o exército português, instrumento de opressão – Tropas portuguesas tinham três objetivos: conter os independentes, proteger as pessoas e os bens portugueses e guardar os brancos da gente servil. Não conseguiram impedir a independência, mas isso foi o germe da cçntra-revolução.

3. A MARINHA PORTUGUESA

Analisa o declínio da marinha portuguesa.

a reorganização – D. Rodrigo de Souza Coutinho, Ministro da Marinha e Negócios Ultramarinos de 1796 a 1801, promove em 1797 a reforma que disciplinava a Marinha quando esta teve que enfrentar a questão da independência. Alvará de 9 de outubro de 1796 organizou a oficialidade da Marinha.

a composição das forças navais – Descreve a composição da Armada portuguesa e a esquadra que trouxe D. João.

a proteção da esquadra britânica e sua influência – Neste item, reproduz algumas declarações de almirantes ingleses sobre os domínios marítimos portugueses.

as forças navais portuguesas em 1821-22 – Regresso da família real a Portugal. Presença de forças navais portuguesas e os nascentes sentimentos nativistas. Obs.: esta divisão em itens é artificial e inoperante. E uma exaustão seguir a estrutura deste livro.

AS CORTES E A MARINHA PORTUGUESA E A SITUAÇÃO DA MARINHA PORTUGUESA EM

1822 – Mais reproduções da forças navais e as tropas a bordo, alguns debates nas Cortes

sobre o papel da Marinha.

Obs.: A partir do próximo capítulo, não vou mais me submeter a esta estrutura do livro.

4. OFICIAIS E SOLDADOS PORTUGUESES NAS FORÇCAS BRASILEIRAS.

Este capítulo analisa a tensa relação entre portugueses e brasileiros nas forças armadas nacionais. Destaca a indignação provocada pela incorporação, às forças nacionais, dos soldados e oficiais portugueses que lutaram contra a independência.

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5. O EXÉRCITO BRASILEIRO.

Analisa a formação do exército brasileiro e define uma data para a separação do exército português: 11/12 de janeiro de 1822, quando aconteceu o confronto do Rio de Janeiro –tropas brasileiras lideradas pelo General Curado – contra o General Avilez. Revela a composição das tropas nacionais no seu nascedouro: patriotas desinteressados, escravos libertos, mercenários estrangeiros e elementos portugueses que optaram pela nacionalidade brasileira.. Analisa as forças em 1799, 1817 e 1824, em itens específicos para cada um desses anos. Aborda a legislação do governo a estruturação das tropas, a reforma de 1824 e a política militar do governo. Destaca os generais mais importantes desse período de transição, a maioria já citadas anteriormente ( obs.: já estou pegando o vício do José Honórioí). Aborda as ordenanças e as milícias, citando as três espécies de solados: os voluntários, os recrutados e os mercenários estrangeiros. Descreve as milícias de cor – prato feito para historiadores da negritude brasileira.

6. MARINHA DE GUERRA.

Outro capítulo sobre a marinha, desta vez a nacional – por que não abordou o tema no capítulo dedicado às forças navais? Analisa a organização luso-brasileira em 1817, a criação da marinha brasileira, a chegada de Lord Cochrane – e sua luta para receber pagamento à altura da sua missão. Aborda a formação da Esquadra e cita exaustivamente oficiais, vasos de guerra, tropas, numa intensa mistura de dados sem o charme necessário de uma narrativa histórica.

7. OFICIAIS E SOLDADOS ESTRANGEIROS.

Os temas voltam, repetitivos, numa prova de paciência ao leitor. Começa com a expressão “já descrevi”, o que é sintomático. Mas tem um interessante item sobre o recrutamento. De novo, fala dos ingleses, citando vários oficiais, e especialmente de Cochrane. Destaca John Taylor, tenente da marinha inglesa que incorporou-se à marinha brasileira, descrevendo seus feitos militares. Tudo muito descosturado, atirado, forçado. Destaca também alemães, americanos e franceses. Especial referência a Pierre Labatut e a Jacinto Hipólito Guion, franceses de destaque no período.

8. CAMPANHA MILITAR

considerações gerais – Analisa a abordagem, para José Honório equivocada, de Oliveira Lima e Oliveira Viana sobre a Independência. Aponta a contradição entre uma guerra de liberdade nacional e o absolutismo.

as várias ações – Narra o desdobramento da guerra no Ceará, Minas, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Piauí, Maranhão, Pernambuco, Mato Grosso, Bahia e Montevidéu.

a exibição de força: rio de janeiro – O livro, recorrente, volta agora ao Rio de Janeiro, na resistência às tropas portuguesas acantonadas ali (que o autor chama sempre de “aqui”, para não haver dúvidas sobre o centro das suas atenções.)

exibição de força: Pernambuco – Pressão das tropas portuguesas, socorro baiano, a junta governativa da província e suas contradições são abordadas neste item.

RIO GRANDE DO SUL: A DESERÇÃO DO PRESIDENTE DA PROVÍNCIA – O governador é o general João Carlos de Saldanha, que chegara ao Brasil em 1816 para combater na Cisplantina. Por ser militar, sua deserção causou impacto político, ainda mais que viajou para Montevidéu, para se juntar às tropas portuguesas. A tropa no Rio Grande do Sul se levantou, contra o general e a favor do veto de D. Pedro, motivo da deserção do governador.

cisplantina: o perigo das tropas portuguesas – Novamente os feitos do General Lecor, mas desta vez com mais detalhes, nas guerras do Prata e suas ações anti-portuguesas na guerra da Independência.

a guerra na bahia – O sentimento patriótico baiano e suas conseqüências neste período sensível da história. Os movimentos que antecederam a guerra, o relacionamento do poder local com as Cortes, a reação portuguesa à Independência, as brigas políticas e finalmente a guerra. As três fases da guerra e seus principais personagens são minuciosamente investigados.

a guerra no piauí, no maranhão, no ceará e no pará – Detalhes sobre as ações nesses estados, onde sabe-se pouco sobre a guerra da independência.

9. OS EFEITOS DA GUERRA DA INDEPENDÊNCIA

Conseqüências econômicas e políticas da guerra. Por exemplo: maior presença da Inglaterra, independência e união das 19 províncias do Brasil, uma nova base à vida política etc.

10. AS FORÇAS COMBATENTES DA INDEPENDÊNCIA NO BRASIL E NA
AMÉRICA.

Uma análise, pobre, sobre o significado da Independência do Brasil e sua relação com outros movimentos latino-americanos. Uma conclusão vergonhosa: a de que só o Brasil pagou aos seus antigos senhores, pois indenizou Portugal pela guerra que, segundo antigos historiadores, nem chegou a existir.

5 comments
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  1. o texto é grande demais só um psicopata leria tudo isso

  2. É um trabalho acadêmico, não um artigo ou crônica. Requer um mínimo de fôlego e de formação escolar. E de civilidade para respeitar o trabalho alheio e não reagir como um bicho do mato diante de uma dificuldade.

  3. somos o unico pais onde não se comemora as guerras de independencia. Nos demais paises acontecem silmulações sobre os epsodios que aconteceram com a batalha de Konnigratz, a batalha de Crecy , as guerras patriotas norteamericnas. sera porque o governo brasileiro sempre teve medo de ficar mal com Portugal.Afinal que indpendencia foi essa em que d.Joao VI vira defensor Perpetuo do Brasil ? e que pagamos a divida de portugal com os ingleses. ou sera dependencia quando a Dima quer comprar se ja nÃO COMPROU A DIIVDA EXTRENA DE pÒRTUGAL OU CHAMA DOIS PORTUGUESES PARA PRESIDIR EMPRESAS NA aFRICA

  4. Muito bem observado, Ricardo. Nossos heróis são esquecidos enquanto há o consenso de que somos uma anedota histórica, que não lutou para existir.

  5. Muito bom. Hoje, en passant, vi no Jornal Hoje referir-se à Independência da Bahia, como a “Independência do Brasil na Bahia”… e ao ler agora essa coisa de Brasil real com o Brasil que as elites tanto sonharam, vi que continua a mesma coisa…

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