A Revolução Francesa (1789-1799) – História da Civilização Ocidental
- A Era da Revolução
- 1. As causas da Revolução Francesa
- Causas Políticas: 1) o governo despótico dos Bourbons.
- 2) O caráter ilógico do Governo Francês
- 3) As Guerras dispendiosas dos reis franceses.
- As verdadeira Causas Econômicas: A ascenção da clásse média.
- 2) A Oposição ao mercantilismo
- 4) O injusto sistema tributário
- 5) A sobrevivência do feudalismo
- Causas Intelectuais
- 1) A Teoria liberal de John Locke
- 2) A Teoria Política de Voltaire
- 3) a influência de Montesquieu
- Rousseau, o fundador da democracia
- A concepção de soberania de Rousseau
- A influência de Rousseau
- A influência da nova teoria econômica
- As doutrinas dos fisiocratas
- A Economia de Adam Smith
- 2. A derrubada do velho regime
- A causa imediata da Revoução Francesa
- O triunfo do Terceiro Estado
- A Primeira Fase da Revolução
- Resultados da Primeira Fase: Abolição dos Privilégios Feudais.
- 2) A Declaração dos Direitos dos Homens
- 3) A secularização da Igreja
- 4) A Constituição de 1791
- O segundo Período ou Fase radical da Revolução
- Causas da transição para uma fase radical
- O governo da França durante a segunda fase: a Convenção Nacional
- Os líderes moderados da Convenção Nacional: 1) Thomas Paine
- 2) Condorcet
- Os chefes extremistas: Marat e Danton
- A extensão da violência durante a segunda fase
- Realizações da segunda fase
- Fim da Segunda Fase: Termidoriana
- Terceira Fase: A Constituição Conservadora do Ano III
- O caráter corrupto da Terceira Fase
- Fim da Revolução: O Golpe de Napoleão Bonaparte
- Razões da vitória de Napoleão
- 3. Os bons e os maus frutos da revolução
- A Influência da Revolução Francesa
- Os Frutos mais duradouros da Revolução
- O legado de maus frutos
A Era da Revolução
PROFUNDAS modificações assinalam a história política da última parte do século XVIII. Esse período assistiu à agonia do sistema peculiar de governo e de estruturação social que se desenvolvera na época dos déspotas. Na Inglaterra tal sistema se achava praticamente abolido por volta de 1689, mas ainda persistia em outras partes da Europa, ossificando-se e corrompendo-se cada vez mais com o passar dos anos. Floresceu em todos os países maiores sob a influência combinada do militarismo e da ambição, por parte dos monarcas, de consolidai em o seu poder a expensas dos nobres. Mas quase não houve lugar em que se apresentasse sob uma forma tão abominável como na França, durante o reinado dos três últimos Bourbons. Luís XIV foi a encarnação suprema do poder absoluto. Seus sucessores, Luís XV e Luís XVI, arrastaram o governo aos derradeiros extremos da extravagância e da irresponsabilidade. Além disso, os súditos desses reis eram bastante esclarecidos para sentirem vivamente os seus agravos. Não é de estranhar, portanto, que a França tenha sido o teatro de violenta sublevação para derribar um regime que desde muito vinha sendo odiado e desprezado pelos cidadãos mais inteligentes do país. Não estaremos muito errados sr interpretarmos a Revolução Francesa como o clímax de um século cie oposição que tomara corpo pouco a pouco, oposição ao absolutismo e à supremacia de uma aristocracia decadente.