CRAYON
nov 26th, 2011 | Por Nei Duclós | Categoria: PoesiaNei Duclós
Jurei que ia parar. Até joguei fora
o papel almaço, a caneta tinteiro
o mata borrão, o escritório
pus no lixo o conteúdo das gavetas
E os livros com margens grandes
onde cabem poemas. Acabei com
retratos e posters na parede
fechei o quarto, fui para Londres
Lá fiz faxina em banheiro e passei
a sanduiche dois anos na seca
mas bastou um telefonema, de Creta
para eu sair como insano em teu encalço
e a bordo, no caminho, risquei a carvão
teu nome no casco de todos os cargueiros