FONTE
out 30th, 2011 | Por Nei Duclós | Categoria: PoesiaNei Duclós
Raso da fonte – em Minas, onde imperas,
beldade do abismo (o meu assombro) –
molha teu pé, pétala entre espinhos
fomento da insurreição após derrama
Tenho dó de quem não ama, e não soma
o que vem de ti, deusa do banho
todos ermos do que vejo à luz do canto
perdem a vez de sucumbir em teu remanso
Sou o que fica sob o cântaro, mel de gigante
o amante em verso azul e quadro em ouro
a escrever o que me dás, em susto e sangue
Lavas além do corpo, o teu rebanho
que apascentas nos olhos e pões de joelhos
até dizer sim ao pastor, troféu de noiva