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OBJETIVISMO BURGUÊS — Interpretação da necessidade e do determinismo histórico, que justifica e glorifica o regime capitalista e dissimula a ideologia burguesa sob uma pretensa "imparcialidade".
OBJETIVO — Por oposição a subjetivo, designa o que existe fora da consciência humana e independentemente dela.
OBJETO — Vide Sujeito e Objeto.
OCASIONALISMO — Doutrina religiosa do século XVII que pretendia explicar, pela intervenção direta de Deus, a relação entre a alma e o corpo, problema não resolvido no sistema dualista de Descartes.
OCULTISMO — "Teoria" reacionária e anticientífica que proclama a existência de forças misteriosas na natureza, inexplicáveis, e sobrenaturais com as quais apenas pessoas "eleitas" podem comunicar-se. É uma das variedades mais repugnantes do obscurantismo idealista, um remanescente das superstições da Idade Média.
ONTOLOGIA — Termo que, na filosofia pré-marxista, designa a ciência do ser, por oposição à gnoseologia, ciência do conhecimento.
OPOSIÇÃO ENTRE A CIDADE E O CAMPO — Quando a divisão social do trabalho acentuou-se e a sociedade dividiu-se em classes, a cidade separou-se do campo. Pouco a pouco, criou-se uma profunda oposição entre ambos, um imenso atraso econômico, político e cultural do campo em relação à cidade. Esta oposição histórica, que existe nos marcos da propriedade privada, atinge ao auge sob o regime capitalista: a terra é explorada de forma insensata, a renda territorial cresce conjuntamente com o endividamento e a ruína dos pequenos proprietários camponeses.
Marx e Engels foram os primeiros a provar cientificamente que a oposição entre a cidade e o campo não poderia ser liquidada senão sob o socialismo. A supressão da oposição lentre a cidade e o campo, entre o trabalho manual e o intelectual ô uma das principais condições da abolição de todas as distinções de classe na sociedade socialista.
OPOSIÇÃO ENTRE O TRABALHO INTELECTUAL E O TRABALHO MANUAL — Esta oposição surge com o desenvolvimento da divisão social do trabalho e do aparecimento da propriedade privada dos meios de produção, com a divisão da sociedade em classes. A oposição entre o trabalho manual e o trabalho intelectual é característico as sociedades de classes antagônicas, a sociedade escravista, feudal e capitalista, e tem por base econômica a exploração dos trabalhadores manuais pelos capitalistas através dos representantes das classes exploradoras que são, na maioria doa casos, trabalhadores intelectuais. Enquanto existir opressão de classes, os trabalhadores — escravos, servos e operários assalariados — vêem-se condenados a um trabalho manual esgotante, enquanto a ciência e a cultura, adquiridos pela humanidade através dos séculos mantêm-se como um privilégio das classes dominantes e dos intelectuais a seu serviço.
A oposição entre o trabalho manual e o trabalho intelectual é uma oposição de classe. As condições necessárias para suprimí-la não podem ser realizadas senão pela vitória da revolução proletária. São elas: 1) supressão da exploração do homem pelo homem, edificação de uma economia socialista, liquidação das classes exploradoras; 2) aumento sem precedente da atividade política das massas e sua ampla participação na administração do Estado; 3) vastas possibilidades para as massas de assimilar a cultura, as ciências e as técnicas. Estas condições existem nos países socialistas.
ORDENS — Uma das formas típicas de distinção de classes, típicas dos regimes escravistas e feudais. As or-dens representavam os grupos sociais, diferentes não apenas por sua situação efetiva na sociedade como também por -sua condição jurídica no Estado. Cada ordem tinha direitos e obrigações estabelecidas por lei.
A filiação a tal ou qual ordem era considerada hereditária. Assim na França feudal, havia três ordens: 1) o clero; 2) a nobreza; 3) o terceiro estado (camponeses, artesãos, etc.).
ORIENTAÇÃO GEOGRÁFICA" EM SOCIOLOGIA — Variedade da sociologia burguesa segundo a qual, o meio geográfico seria o fator determinante da evolução social.