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V

VERDADE — Conformidade de uma noção, de uma idéia, com o objeto; conhecimento que reflete fielmente a realidade objetiva.

VERDADE ABSOLUTA E VERDADE RELATIVA — Conceitos filosóficos que refletem o processo histórico do conhecimento da realidade objetiva. Contrariamente à metafísica que considera imutável o saber humano e que vê em cada verdade, um produto acabado, dado de uma vez por todas, o materialismo dialético considera o conhecimento como um processo histórico que se escalona desde a ignorância até o conhecimento, desde o conhecimento dos fatos e aspetos isolados da realidade até um conhecimento mais amplo e mais profundo, ao descobrir novas leis de desenvolvimento.

O processo do conhecimento do mundo e de suas leis é tão infinito como o evolver de sua natureza e da sociedade. À medida em que progridem o conhecimento e a prática humana, nossas representações da natureza aprofundam-se, tornam-se mais exatas. Portanto, as verdades estabelecidas pela ciência numa época histórica determinada, antes de ser definitivas, completas, são, necessariamente, verdades relativas, que devem ser desenvolvidas, verificadas e aprimoradas.

As, verdades são relativas, igualmente, no sentido de que têm conteúdo concreto, determinado por condições, históricas. O que é verdadeiro em certas condições, não o é noutras condições históricas.

Ainda que se sublinhe o caráter relativo das verdades científicas, o materialismo dialético sustenta que cada verdade relativa assinala progresso no conhecimento da verdade absoluta, que cada conquista da ciência encerra elementos da verdade absoluta, quer dizer, de uma verdade perfeita, que não poderá ser posta em exame, no futuro. Não há barreira intransponível entre a verdade relativa e a verdade absoluta. Se o materialismo dialético admite a relatividade de todos os nossos conhecimentos, não é por negar a verdade, mas porque não somos capazes, em cada momento dado, de conhecê-la inteira, de esgotá-la totalmente.

VERDADE CONCRETA — Verdade fundada na análise e na generalização das condições históricas concretas em que se produz um conhecimento, um processo. Nesse sentido, a verdade é sempre concreta, posto que tudo depende das condições dadas, do lugar e do tempo.

"VERDADES EXTERNAS" — Os metafísicos consideram toda verdade "verdade eterna", dada de uma vez por todas, imutável. "As verdades autênticas são absolutamente imutáveis", escrevia Dühring. Em sua crítica a este, Engels mostrou que as verdades verdadeiramente científicas desenvolvem-se, modificam-se, aperfeiçoam-se, graças aos progressos das ciências e da atividade prática do homem. Engels assinala que as verdades científicas desenvolvem-se e que a força da ciência reside precisamente no fato de que não admite conhecimentos fixados de uma vez por todas.

As "verdades eternas" são particularmente gratas aos interessados em ver também na história humana verdades eternas, justiça eterna, etc. Tal atitude é própria de todos os ideólogos das classes exploradoras, os quais, com frases sobre a justiça e a moral "eternas", querem dissimular o antagonismo das classes, negar aos explorados o direito de lutar por uma vida melhor, fazer passar o regime da escravidão e da opressão por regime fundado na justiça eterna, etc.

VERDADE OBJETIVA — Reflexo fiel do mundo objetivo, da realidade objetiva na consciência humana, na ciência. Assim, por exemplo, achamo-nos ante verdades objetivas quando as ciências da natureza mostram que a Terra é anterior ao homem, que o mundo é ma terial, que o homem pensa com o seu cérebro, etc. Os idealistas, que negam o mundo objetivo e sua existencia fora e independentemente da consciência, não admitem a verdade objetiva, senão que a verdade é pa ra eles algo subjetivo e arbitrário. O problema da ver dade objetiva é uma das questões em torno das quais enfrentam-se duas doutrinas, dois partidos em filosofia, o materialismo e o idealismo. Ao negar a verdade objetiva, os idealistas lutam contra a ciência e defendem o fideísmo e a religião.

VERDADE RELATIVA — Vide Verdade absoluta e verdade relativa.

VIDA — Engels deu definição clássica da vida: "Vida é a modalidade de existência dos corpos albuminóides e essa modalidade consiste, substancialmente, no processo de auto-renovação constante dos elementos químicos que integram esses corpos". (Engels, Anti-Düh-ring.)

VITALISMO — Orientação idealista em biologia, que explica os processos vitais pela presença, no organismo vivo, de força vital particular ("vis vitalis"). Os vita-listas afirmam que a natureza orgânica acha-se separada da natureza inerte por abismo intransponível, porque ela resultaria de forças ultra-materiais, orientadas para um fim, às quais se subordinariam todos os processos físico-químicos, nos corpos vivos. Sob aspeto mais primitivo, o vitalismo existe já no homem pré-histórico, em sua interpretação animista do universo.

VOLUNTARISMO — Uma das variedades do idealismo subjetivo em filosofia; nega as leis objetivas e a necessidade tanto na natureza como na sociedade, além de atribuir à vontade humana papel primordial e decisivo. O caráter reacionário do voluntarismo manifestou-se desde sua origem. O voluntarismo adaptava-se à doutrina fatalista da predestinação e da vontade divina. Entre os neo-kantianos, o voluntarismo serve para esconder as contradições do capitalismo. Para o materialismo filosófico marxista, nem a "vontade", nem personalidades eminentes determinam o curso da história: determinam-no as leis sociais objetivas. A verdadeira liberdade da vontade humana, a liberdade de trabalhar, não é possível sem a condição de apoiar-se no conhecimento das leis objetivas do desenvolvimento.

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