Catilinárias de Cícero – Oração III

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Os conjurados que Catilina, ao deixar a cidade, tinha deixado em Roma, articulam-se e tentam tratati vas com os embaixadores dos Alóbrogos, que por acaso se encontravam em Roma, para patrocinar a causa dos seus patrícios contra os governadores romanos. Em consequência de delações, afinal, Cícero consegue provas materiais da conjuração. Na noite do 2 de Dezembro manda prender os principais conjurados. Na manhã do dia 3, reúne o Senado e procede ao interrogatório dos presos. O Senado resolve que os imputados continuem em estado de detenção e decreta que o cônsul seja publicamente agradecido pela sua acção em defesa da pátria. Acabada a sessão do Senado, Cícero pronuncia a terceira catilinária, para informar ao povo, reunido no foro, da marcha dos acontecimentos. Diz que nunca Roma correu perigo maior do que acaba de desaparecer, sem recorrer a medidas militares, sem perturbação da cidade, unicamente por diligência dele, que soube defender a pátria ameaçada pelos conjurados. Exorta os romanos a agradecer aos deuses e a continuar na vigilância contra os maus cidadãos.

Exórdio.

VENDO estais, romanos, neste dia a República, a vida de todos vós, os vossos bens e interesses, as vossas mulheres e filhos, e a esta felicíssima e belís-suma benevolência dos deuses para convosco, livre do ferro e fogo, e como arrancada da garganta da morte, com meus trabalhos, resoluções e perigos.

Catilinárias de Cícero – Oração II

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Pronunciada no dia 9 de novembro, isto é somente um dia depois da primeira, numa assembléia popular, é a segunda catilinária uma das mais per feitas, do ponto de vista estético, entre as orações de Cicero. Catilina, amedrontado pela acusação do cônsul, resolveu deixar a cidade e juntar-se a Mânlio, Esta fuga é uma confissão de culpa, e como tal Cícero a interpreta e comenta. Defende-se de duas acusa ções que lhe podem ser imputadas: a de excessiva indulgência, por ter deixado fugir a Catilina, e a deexcessiva severidade por ter constrangido ao exílio um cidadão romano, sem ter as provas da sua culpa.

Descreve, depois, Cícero as categorias de cidadãos que estão do lado dos conjurados. Contra essa gente, contra esses degenerados não há dúvida nenhuma queos homens de bem que defendem a liberdade, terão vitória certa e esmagadora.

Exórdio. Cícero felicita-se pela fuga de Catilina.

ENFIM romanos, lançado tenho fora, despedido e seguido na saída, com minhas palavras, a Lúcio Catilina, que insolentemente se enfurecia, respirando atrocidades e maquinando perfidamente a ruína da pátria. Já alfim se foi, retirou, escapou e arremessou daqui fora; já aquele monstro e abismo de maldade não forjará perdição alguma contra estes muros, dentre deles.

Catilinárias de Cícero – Oração I

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ORAÇÃO I DE M. T. CÍCERO CONTRA L. CATILINA

Esta oração, pronunciada no dia 8 de novembro do ano 63 c C, é talvez a mais conhecida entre as orações de Cícero.

Cícero investe violentamente contra Catilina, que teve a ousadia de apresentar-se no Senado, embora todos saibam que um exército de revolucionários o espera na Etrúria, chefiado por Mânlio. Catilina mereceria a morte; porém Cícero não pede ao Senado que o processe. Roma pode ter a certeza que ele, Cícero, com a sua solêrcia, garantirá a liberdade do povo romano. Catilina, porém, deixe a cidade. Roma não quer mais saber dele, pois as suas culpas e torpezas são bem conhecidas. Deixe a cidade e, se quer, se junte aos seus companheiros, bem dignos dele, que o esperam para marchar contra Roma. Cícero não o teme, pois, com a ajuda de Júpiter Stator, o exterminará e, com ele a todos os inimigos da República.

Exórdio.

ATÉ quando, Catilina, abusarás de nossa paciência? quanto zombará de nós ainda esse teu atrevimento?

Marco Túlio Cícero – Biografia

Marcus Tulius Cicero

NOTÍCIA BIOGRÁFICA

Marco Túlio Cícero nasceu em Arpino, no ano 106 a.C. Sua mãe, Hélvia, pertencia a uma família humilde, mas de boa reputação. Quanto a seu pai, divergem as opiniões dos biógrafos, pretendendo uns que ele tinha ofício’ de pisoeiro, e outros fazendo-o descender de Túlio Átio, que combatera valorosamente contra os romanos.

O nome de Cícero tem uma origem pitoresca: em latino, cicer significa grão de bico e assim foi apelidado um seu antepassado em virtude de ter no nariz uma protuberância cuja forma lembrava a do gravan-ço. A esse respeito, respondeu Cícero quando já homem público, aos amigos que o aconselhavam a mudar de nome: "Farei tudo para tornar o nome de Cícero mais célebre que os de Escauro e de Catulo". Com efeito, Scaurus e Catulus, nomes de oradores famosos, não têm, em latino significados menos jocosos: "pé torto" e "cachorrinho". Mais tarde, quando questor na Sicília, Cícero mandou gravar num vaso de prata que iria oferecer aos deuses, os seus dois primeiros no-

mes, Marcus Tulius, e, no lugar do terceiro, um grão de bico.

Dotado de excepcionais qualidades literárias e filosóficas, Cícero cultivou todos os gêneros de atividade intelectual, inclusive a poesia, tendo composto ainda criança, um poema intitulado Pontius Glaucos, no qual descreve a aventura de um pescador da Beócia, que, depois de ter comido certa erva, se atirou ao mar, transformando-se em deus marino. Aperfeiçoou de tal maneira a sua cultura e tão notável se tornou a sua eloquência, que chegou a ser considerado, não só como o melhor orador, mas ainda como um dos melhores escritores do seu tempo; e note-se que sao do seu tempo escritores como Catulo e Lucrécio.

0 primeiro professor de Cícero, logo terminados os primeiros estudos, foi Filão, o acadêmico, cuja eloquência e cujo caracter eram legitimo motivo de orgulho dos romanos. No mesmo tempo, frequentava Cícero a casa de Mucio Cévola, senador ilustre, em cujo convívio adquiriu um profundo conhecimento das leis.

Ilíada de Homero – Canto XXIV

Ílíada de Homero Resumo e apresentação da Ilíada Prefácio a Ilíada de Homero Canto I Canto II Canto III Canto IV Canto V Canto VI Canto VII Canto VIII Canto IX Canto X Canto XI Canto XII Canto III Canto XIV Canto XV Canto XVI Canto XVII Canto XVIII Canto XIX Canto XX Canto XXI … Ler mais

Durkheim e a sociologia

émile durkheim, pai da sociologia

Durkheim e a sociologia   Jéferson Mendes[1] Émile Durkheim nasceu em Épinal, no dia 15 de abril de 1858, região da Alsácia, na França. Iniciando os estudos em Epinal posteriormente partindo para Paris, no Liceu Louis Le Grand e na École Normale Superiéure (1879). Considerado um dos pais da sociologia moderna. Durkheim formou-se em Filosofia … Ler mais