COMPARAÇÃO DE TIBÉRIO E CAIO GRACO COM AGIS E CLEÔMENES, por Plutarco

Arte etrusca

Plutarco – Vidas Paralelas

COMPARAÇÃO DE TIBÉRIO E CAIO GRACO COM AGIS E CLEÔMENES

Chegamos finalmente ao termo e só nos resta comparar estas vidas, pondo-as uma diante da outra. Os dois Gracos, na verdade, foram mais propensos à virtude do que todos os romanos do seu tempo e foram bem instruídos e educados tanto que nem mesmo os seus maiores inimigos, que deles disseram toda espécie de injúrias, não o podem negar; parece que a natureza foi, porém, mais forte em Agis e em Cleômenes; pois eles foram educados insuficientemente, formados em costumes e maneiras de viver que há muito tempo haviam corrompido seus antepassados; no entretanto mostraram-se mestres e guias na sobriedade, na temperança e na simplicidade. Além disso, aqueles, vivendo num tempo em que Roma estava no auge da sua glória e esplendor e quando aí reinava mais o zelo de todas as coisas belas e boas, eles tiveram, por assim dizer, vergonha de abandonar a herança da virtude, que tinham como hereditária, das mãos de seus maiores: estes, oriundos de pais que haviam tido vontade de todo contrária, tendo encontrado seu país corrompido e enfermo, nem por isso foram mais levados a procurar os meios de o favorecer: e o maior louvor que se atribui aos Gracos, abs-tendo-se de tomar dinheiro, é que em todos os seus cargos e empreendimentos do Estado, eles conservaram sempre as mãos limpas, jamais tomaram coisa alguma injustamente; Agis até ficou irritado quando o louvaram por nada tomar de outrem, porque ele pôs em comum suas mesmas riquezas e deu aos seus cidadãos todos os seus bens, os quais em dinheiro somente chegavam a (37), seiscentos talentos. Por aí se pode ver quanto ele julgava grave pecado ganhar injustamente, considerando uma espécie de avareza possuir justamente mais do que os outros.

Ágis e Cleomenes, por Plutarco

Arte etrusca

A tabula de Ixion é o símbolo dos ambiciosos. II. Perigo da ambição. III. Esta impeliu os gregos a excsssos, que eles mesmos não haviam previsto. IV. Plutarco os põe em confronto com Agis e Cleômenes. V. Genealogia de Agis. VI. Caráter virtuoso de Agis. VII. Novidade introduzida em Esparta por Epitadeu. Decadência da disciplina. VIII. Tentativas de Agis para restaurar o gosto por aquela antiga severidade. IX. Conquista sua mãe. X. Intriga de Leónidas contra o projeto de Agis. XI. Restabelecimento da antiga constituição proposta ao Senado e ao povo. XII. Controvérsia-entre Agis ¡e Leónidas. XIII. Lisandro acusa e faz depor o rei Leónidas. XIV. Agis e Cleômbroto expulsam os novos éforos, que tinham restaurado Leónidas. Este foge. XV. Agesilau evita a partilha das terras. XVI. Agis é mandado em socorro dos aqueenses contra os etólios. XVII. Leónidas torna a subir ao trono. XVIII. Admirável proceder de Quelonis, mulher de Cleômbroto. XIX. Cleômbroto vai ao exílio, sua mulher segue-o. XX. Perfídia de Anfares, que entrega Agis aos seus inimigos. XXI. É estrangulado na prisão. XXII. Sua mãe e sua avó estranguladas depois déle. XXIII. Horror que essa crueldade inspira aos lacedemônios. XXIV. Leónidas faz seu filho Cleômenes desposar a mulher de Arquidamo, irmão de Agis. XXV. Caráter de Cleômenes. XXVI. Cleômenes propõe-se executar o projeto de Agis. XXVII. Primeira campanha de Cleômenes. XXVIII. Dá combate aos aqueenses. Arato não ousa aceitá-lo. XXIX. Bate os aqueenses e toma a cidade de Mantinéia. XXX. Manda Arquidamo, irmão de Agis, voltar, mas os éforos o matam. XXXI. Obtém uma grande vitória sobre os aqueenses. XXXII. Leva a uma expedição todos os espartanos, que êle julgava mais contrários aos seus projetos. XXXIII. Manda matar os éíoros. XXXIV. Discurso de Cleômenes ao povo para induzi-lo a aceitar a restauração das leis de Licurgo. XXXVI. Êle as restabelece, de fato. XXXVII. Assola as terras dos megalo-politanos. XXXVIII. Reputação de Cleômenes entre os gregos. XXXIX. Frugalidade de sua mesa. XL. Bale os aqueenses. XLI. Negociações iniciadas entre Cleômenes e os aqueenses. XLII. Arato chama os macedônios a Acaia. XLIII. Baixeza da conduta de Arato frente a Antígono. XLIV. Arato faz interromperem-se as negociações iniciadas com Cleômenes. XLV. Éste declara guerra aos aqueenses. Toma Palene e Argos. XLVI. Grande idéia que se concebe de Cleômenes e dos lacedemònios. XLVII. Cleon, Pliunte, Corinto, aliam-se com Cleômenes. XLVIII. Prende Antígono na passagem das montanhas Onienas. XLIX. Revolta de Argos. L. Cleômenes a retoma e é forçado a se retirar pela chegada de Antígono. LI. Morte de Agiatis, mulher de Cleômenes. LII. Generosidade de Cratesicléa. mãe de Cleômenes. LIII. Surpreende a cidade de Me-galópolis. LIV. Propõe aos megalopolitanos entregar-lha, com a condição de fazerem aliança com Esparta. LV. Ante a recusa deles, entrega a cidade ao saque. LVI. Devasta o território de Argos. LVII. Entra por fanfarronice em Argos. LVIII. A falta de dinheiro arruina os negócios de Cleômenes. LIX. Batalha de Selásia. LX. Cleômenes é derrotado por traição de Demóteles. LXI. Embarca depois de ter aconselhado aos espartanos a se entregarem a Antígono. LXII. Antígono trata muito humanamente a cidade de Esparta. LXIII. Terício propõe a Cleômenes terminar seus dias por morte voluntária. LXIV. Resposta de Cleômenes que considera o suicídio uma fraqueza. LXV. Como Ptolomeu recebe e trata Cleômenes. LXVI. Mudança dos negócios de Cleômenes no Egito. LXVII. Êle pede que o deixem ir com seus amigos. LXVIII. Nicágoras acusa Cleômenes de uma conspiração. Encerram-no em uma casa. LXIX. Cleômenes toma com seus amigos a resolução de se pôr em liberdade. LXX. Como executam seu plano. LXXI. Morte voluntária de Cleômenes e de seus amigos. LXXII. Morte da mãe e dos filhos de Cleômenes. LXXIII. Morte da mulher de Panteu. LXXIV. Superstição dos egípcios ocasionada pela vista de uma serpente enrolada em torno do pescoço de Cleômenes,
Desde a 130.” olimpíada mais ou menos, ale o secundo ano da 140.*; antes de Jesus Cristo, ano 219.
Vidas Paralelas de Plutarco, Ágia e Cleómenes de Esparta.

Artaxerxes do Império Persa – Plutarco – Vidas Paralelas

Arte etrusca

Nascimento, nome e caráter de Artaxerxes. II. É declarado sucessor de
Dario. III. É coroado. IV. Como Oiro se prepara para a revolta. V. Liberalidade e bondade de Artaxerxes. VI. Ciro pede socorro aos acedemônios. VII. Ciro parte para a guerra contra Artaxerxes. VIII. Artaxerxes marcha ao seu encontro. IX. Espanto do exército de Ciro, à sua aproximação. X. Como Clearco causa a derrota de Ciro. XI. Ciro mata Artagerse. XII. Morte de Ciro. segundo a narração de Dinon. XIII. Segundo a narração de Ctésias. XV.    Artaxerxes manda cortar a cabeça e a mão direita de Ciro. XVI.  Contradição entre as
palavras de Ctésias e as de Dinon e de Xenofonte. XVII. Presentes de Artaxerxes aos que tinham matado ou ferido a Ciro. XVIII. Vingança de
Parisate contra eles. XXII, Morte de Clearco e de outros generais gregos. XXIV. Parisate faz morrer Estatira. XXV. Artaxerxes envia Parisate exilada a Babi lônia. XXVI. Agesilau leva a guerra à .Ásia. XXVII. Artaxerxei subleva a Grécia contra os lacedemônios à força de dinheiro. XXVIII. Paz de Antalcidas. XXIX. Deíxa-se êle morrer de fome. XXX. Ismênias e Pelópídas na corte de Artaxerxes. XXXI. Pre.sni tes
magníficos de Artaxerxes a Timágoras. XXXII. Artaxerxes reconcilia-se com sua mãe Parisate. XXXIII. Casa-se com Atossa. XXXIV. Empreende a
guerra contra os cadusianos. XXXV. Foz a paz com eles pela habilidade de Tiribaso. XXXVI. O luxo não tinha enfraquecido Artaxerxes. XXXVII. Toma-se desconfiado e cruel. XXXVIII. Declara a Dario, seu sucessor. XXXIX. Dario pede a seu pai sua concubina Aspásia. Artaxerxes a faz sacerdotiza de Diana Anitis. XL. Tiribaso irrita o ressentimento de Dário. Porque. XLI. Meios que Tiribaso
emprega. XLII. Dário conspira com êle contra seu pai. XLIII. Descoberta da conjuração. Morte de Tiribaso. XLIV. Dário é decapitado. XLV. Morte de Ariaspes e de Arsames. XLVI. Morte de Artaxerxes.

VIDA DE FILOPÊMENE – PLUTARCO – VIDAS PARALELAS

Arte etrusca

Na
cidade de Mantinéia vivia outrora um cidadão chamado Cassandro , pertencente
a uma das mais nobres e antigas famílias locais, e cuja reputação e autoridade
no trato dos negócios públicos eram, em seu tempo, maiores do que os de
qualquer outra pessoa. Todavia, a fortuna tornou-se-lhe depois adversa, de modo
que foi expulso de seu país, retirando-se para a cidade de Megalópolis ,
para onde o levou principalmente a amizade que o ligava a Crausis , pai de
Filopêmene, homem excelente, liberal e magnânimo afeiçoado à sua terra.
Enquanto Crausis viveu, Cassandro foi por êle tão bem tratado que nada lhe
faltou. CAPÍTULO DAS VIDAS PARALELAS, do filósofo Plutarco.