Catimbau – conto com onça pintada

catimbau

"CATIMBAU" Havia nas proximidades da fazenda "Guatambu", magnífica propriedade rural do velho Joaquim da Rocha, uma onça pintada que fazia grande estrago em seu gado e no de sua vizinhança. Em cada lua nova, ela se banqueteava com os melhores potros, as mais bonitas novilhas, os mais gordos cevados que se aventuravam a um passeio … Ler mais

OS POVOS “PRIMITIVOS” – Arte nos primórdios da civilização

HISTÓRIA DA ARTE DE ERNEST GROSSE (1893) OS POVOS PRIMITIVOS CAPÍTULO III Os começos da arte encontram-se onde também se encontram os primórdios da civilização. A luz da história ilumina apenas a última e curta etapa do longo caminho percorrido pela humanidade. A história não é possível escla-cer-nos sobre a primeira metade desse caminho. A … Ler mais

O CAMINHO DAS BOIADAS – Histórias de Boiadeiros

O berrante gemendo deu arranque na boiada. O trinado melancólico do guampo...

A peonagem, quase toda nas selas, ouvia pálida de cansaço e desinteressada a cautela que o capataz pedia: — Ocêis enlera as talha de cem trem de cada vez, na ponte, mas na hora que eu adetreminar. Não vai fazendo trem da idéia docêis não, proquê aqui ainda tem gerência. Não aperta não! B se … Ler mais

O Brasil e a imigração – considerações finais da História do Brasil do alemão Handelmann

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil e a imigração

Comparado aos três continentes do chamado Velho Mundo, inesgotável matriz de povos vibrantes de vitalidade, forma vivo contraste, como se sabe, o Novo Mundo, a América; a sua raça autóctone, a raça índia, em geral, mostra pequena capacidade vital, e já se vai extinguindo em muitos lugares; e, assim como no solo da América foi a imigração estrangeira que veio despertar a vida histórica, assim ela fica sendo contínua necessidade para os seus países, a fim de que a vida histórica e o desenvolvimento espiritual e material prossigam sempre, como até aqui.

Essa necessidade é comum a todos os países americanos; compreende-se, todavia, que, segundo as condições da população já existente e o estado de civilização atingido, ela se faz mais ou menos sentir em cada uma delas; porém entre os países, onde em maior escala essa necessidade existe e onde a todos os espíritos esclarecidos ela se faz mais profundamente sentir, o Brasil está atualmente em primeiro lugar.

A colônia e o reino absoluto | História do Brasil

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

 

CAPÍTULO XIII

A colônia e o reino absoluto

Ficaram concluídas as duas primeiras seções de nossa narração histórica; descreveu a primeira a luta de um século e meio, na qual a nacionalidade portuguesa conservou a posse do Brasil contra os mais diversos ataques (1500-1660); a segunda narrou como, pouco a pouco, se espalhou geograficamente a colonização brasileira, até cerca de 1750, e como, nos cem anos daí em diante, ela se foi desenvolvendo interiormente.

Formação histórica das fronteiras – História do Brasil

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

 

CAPÍTULO XII

Formação histórica das fronteiras

A segunda seção da nossa narração histórica mencionou até aqui (caps. VII-XI) como a colonização brasileira se desenvolveu e espalhou de dentro para fora; para complemento, vamos agora examinar os fatores externos que lhe embargaram o passo e, pouco a pouco, consubstanciando o direito internacional, traçaram uma barreira em torno dela.

A formação histórica das fronteiras do Brasil está, porém, em tão íntima relação com a história da guerra e da paz da mãe-pátria portuguesa, que, somente tomando a esta em consideração, ponto por ponto, poderá ser narrada aquela; todavia, como aqui o nosso ponto de vista é inteiramente americano, teremos que nos contentar nesse sentido com as mais resumidas referências.

História da colonização do Centro Oeste e Norte do Brasil até o século XIX

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

CAPÍTULO XI

A capitania geral de São Paulo (continuação)

Os dois mais novos Estados filiais de São Paulo, que o rio Paraná separa do Estado paterno, as províncias de Goiás e Mato Grosso (com a sua vizinha do Norte, o Alto Amazonas, e parte do Pará) constituem para o Brasil aquela parte a que na América do Norte se costuma chamar o "longínquo Oeste"; acham-se ainda quase inteiramente no seu estado primitivo natural e no mais baixo grau de cultura das regiões do interior; e, portanto, por maior que seja o seu interesse para o naturalista, pouco material oferecem para o historiador, pois até hoje aqui não há desenvolvimento histórico.

Os princípios históricos de Minas Gerais – História do Brasil

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

CAPÍTULO XI

A capitania geral de São Paulo (continuação)

A província vizinha ao norte, filha da de São Paulo, a (capitania geral) de Minas Gerais, à qual passamos agora, abrange, segundo os dados comuns, uma área de 15.000 léguas quadradas, e, por sua conformação, é um planalto de rica articulação montanhosa, que constitui para todo o continente brasileiro o próprio núcleo central de rocha. Mais ou menos no centro da região, e estendendo-se dali para oeste, na direção de Goiás, está o nó de todo o sistema de montanhas brasileiras, do qual decorrem para todos os lados as cadeias de montanhas e planaltos, bem como os grandes rios: para sudoeste o Paraná, para o norte o Tocantins, para nordeste, o São Francisco, e para leste os rios costeiros Jequitinhonha, Mucuri e Doce.

O descobrimento do ouro e o início do desenvolvimento econômico paulista

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

CAPÍTULO XI

A capitania geral de São Paulo (continuação)

Chegamos agora ao segundo fenômeno, que, para a história de São Paulo e das outras regiões do sudoeste do Brasil, é de não menor importância: o descobrimento do ouro.

Sabe-se que, na época do descobrimento da América, toda a Europa ficou firmemente persuadida de que o novo continente de oeste encerrava em todas as suas partes inesgotáveis tesouros minerais; aonde quer que chegassem os descobridores europeus, tanto no extremo norte como no extremo sul, cuidaram primeiro que tudo de farejar jazidas de ouro e de pedras preciosas, e, em muitos lugares, foram precisos muito tempo e muito amargo desengano, antes que se dissuadissem dessa preconcebida crença.

Assim também no Brasil. A coroa de Portugal desde logo reservou para si o quinto de todos os metais e pedras preciosas que fossem achados, e por sua vez cedeu um décimo desse quinto aos donatários das capitanias brasileiras (1534); e impôs imediatamente ao primeiro governador-geral do império colonial (1549) a especial obrigação de procurar ativamente minas.

A província de São Pedro – História e Colonização do Rio Grande do Sul

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

CAPÍTULO X

A capitania geral do Rio de Janeiro

(continuação)

A província de São Pedro ou, como é chamada habitualmente, Rio Grande do Sul, situada no extremo sul do império do Brasil, compreende, segundo as mais novas avaliações, uma área de 8.230 léguas quadradas e uma população de 201.300 almas; deve-se, porém, notar que, do conjunto dessa área, cerca de um terço é coberto com lagoas e pântanos, ou é impróprio para o cultivo.

De mais a mais, são necessárias algumas palavras sobre a formação geográfica do território. As montanhas da costa, que separam a leste a província da de Santa Catarina e que podem ser consideradas última ramificação do núcleo de rocha do Brasil, estendem-se, na parte nordeste de São Pedro, em um planalto diversamente ramificado, a chamada Serra Geral; para oeste, partem dali, em todas as direções, os primeiros veios da bacia fluvial do Prata e jazem as férteis regiões do Paraná e do Uruguai, que pertencem principalmente à província brasileira do Paraná e às repúblicas da Confederação Argentina; todavia, também possui São Pedro uma importante parte delas, que, porém, até hoje, pouco entram em consideração no ponto de vista de colonização e história provincial.

História e Colonização de Santa Catarina

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891) História do Brasil Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931. TOMO II CAPÍTULO X A capitania geral do Rio de Janeiro (continuação) * * * Passamos agora para as duas dependências da antiga capitania do Rio de Janeiro, as duas províncias … Ler mais

O governo-geral da Bahia (vice-reino) – História do Brasil Colonial

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891) História do Brasil Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931. SEGUNDA SEÇÃO – A colonização do Brasil –   CAPÍTULO IX O governo-geral da Bahia (VICE-REINO) O terceiro grupo de Estados brasileiros, o governo-geral da Bahia, temporariamente decorado com o título … Ler mais

O Estado do Maranhão – A COLONIZAÇÃO DO BRASIL

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891) História do Brasil – SEGUNDA SEÇÃO – A COLONIZAÇÃO DO BRASIL Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.   CAPÍTULO VII O Estado do Maranhão Começamos com o Estado do Maranhão, que, constituído pelo decreto real de 13 de junho de … Ler mais