A conquista do Sertão (Afrânio Peixoto)

A conquista do Sertão Os colonos e aventureiros que vieram ao Brasil e nele se esta­ beleceram, ficaram por muito tempo no litoral, sem ânimo de pe­netrar a dentro no sertão. Além do natural receio da floresta imensa que os índios tresmalhados habitavam, afastavam-se das comunicações com os civilizados que passavam pelas costas ora pa­ra … Ler mais

Belém do Pará

A quem, como nós, aporta, descendo o rio, traz esta cidade à idéia a vista de Montevidéu, pela sua posição num promontório, pela disposição das ruas e templos, e a enseada do arsenal, que também recorda a Ensenada da capital cisplatina. E’ uma das mais belas e saudáveis do Brasil, e talvez a quar­ta em … Ler mais

O Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte A entrada desta cidade apresenta uma vista pitoresca e agra­dável a quem vem do Norte; os palmares que bordam o rio de um e outro lado, oferecem um aspecto muito mais belo do que as som­brias linhas de verdura da costa do Pará, ou os intermináveis len­çóis de areia das … Ler mais

a terra do Rio Grande do Sul

imagem porto alegre antiga

Estado do Rio Grande do Sul * É o um dos mais belos, dos mais amenos e ao mesmo tempo um dos mais florescentes e esperançosos Es­tados do Brasil. Estendendo-se entre 279 e 24º de latitude sul, jaz todo o Rio Grande sob a zona temperada, participando ao mesmo tempo das vantagens e excelências da … Ler mais

História da floresta da Tijuca no Rio de Janeiro

Tijuca É um vastíssimo setor de verdura e de beleza, que envolve o oeste do Rio de Janeiro, estenáendo-se em larga faixa por mon­tes, quebradas, planaltos e gargantas, desde o Andaraí-pequeno ao mar, Barra da Tijuca. “Diadema verdejante da Capital da República” chamou-lhe Ferreira da Rosa. E é, com efeito. A natureza e a mão … Ler mais

São Sebastião do Rio de Janeiro – A cidade desde sua fundação

são sebastião do rio de janeiro

São Sebastião do Rio de Janeiro Tomé de Sousa, primeiro governador geral do Brasil, tendo resolvido percorrer as capitanias, em que se achava dividida a colônia, partiu em companhia do jesuíta Padre Nóbrega, com uma nau e duas caravelas, sob o comando de Pero de Góis, e, entrando de passagem no pôrto do Rio de … Ler mais

Costumes dos povos do Pará

farinha de pau do pará

Costumes dos povos do Pará (Continuação) O que admira é ver o desapego que esta gente conserva para tudo: quatro paus levantados ao ar, cingidos e cobertos de algu­mas fôlhas de árvores; uma rêde para dormir, uma panela, uma corda estendida, onde penduram êsses poucos farrapos de que usam; e estão contentes. Algumas vêzes tenho … Ler mais

Descrição de vários rios, lugares, arvoredos, campinas, etc., no interior do Pará

Descrição de vários rios, lugares, arvoredos, campinas, etc., no interior do Pará Dr. Frei. Caetano Brandão. (Dom Frei Caetano da Anunciação Brandão (1740-1805)) Pelas três horas da tarde, soltamos a vela, e em todo o tempo até ao outro dia não se ofereceu mais nada digno de memória, excetuando a vista do quadro agradável que … Ler mais

A ilha dos Nheengaíbas, na boca do Amazonas – Pe. Vieira

A ilha dos Nheengaíbas, na boca do Amazonas Na grande bôca do rio das Amazonas está atravessada uma ilha de maior comprimento e largueza que todo o reino de Portu­gal e habitada de muitas nações de índios, que, por serem de lín­guas diferentes e dificultosas, são chamados geralmente Nheengaí- has. Ao princípio receberam estas nações … Ler mais

O «Quero-quero» – A ave guerreira guardiã dos pampas

O «Quero-quero» A originalidade do rincão revela-se na natureza da terra, na fisionomia dos rios, nos campos desdobrados ou acidentados, na aspereza ou sutileza do ar que se respira, na sinfonia dos ventos reinantes, e mais do que em tudo, nos sêres que o animam. Vários aspectos do que constitui a face física do Rio … Ler mais

Queima da mata – Graça Aranha

Graça Aranha

Queima da mata – Graça Aranha Os homens foram reunidos, e todos penetraram na floresta com um reconhecimento sacerdotal, de quem vai cumprir os ritos de cul­tos infernais. Num dos ângulos da mata lançaram fogo à primeira moita, que lhes pareceu mais ressequida. Antes que a labareda apontasse para o alto as línguas ardentes, rubras, … Ler mais

Sertão bruto – Visconde de Taunay

Sertão bruto – Visconde de Taunay Ali começa o sertão chamado bruto[1]). Pousos sucedem a pousos, e nenhum teto habitado ou em ruí­nas, nenhuma tapera dá abrigo ao caminhante contra a frialdade das noites, contra o temporal que ameaça ou a chuva que está caindo. Por tôda a parte, a calma da campina não arroteada; … Ler mais

O Rio Amazonas – resumo e curiosidades sobre o rio amazonas

O Rio Amazonas – Afonso Celso. Uma das maravilhas da natureza, o maior rio do mundo! sua bacia é igual a 5/6 da Europa. Uma de suas ilhas, a de Ma­rajó, excede em tamanho a Suíça. Nem todo êle pertence ao Brasil, mas a parte brasileira é, se não a mais extensa, a mais importante, … Ler mais

A gruta «Casa de Pedra» em Minas Gerais – Carlos de Laet

A gruta «Casa de Pedra» em Minas GeraisCarlos de Laet (1847-1927) Pica a légua e meia, pouco mais ou menos, de São João d’El-Rey, no extremo da cordilheira do Bonfim e à margem es­querda do rio d’Elvas, afluente do das Mortes. O terreno é aí calcáreo, e a escavação, tão vasta que, no di­zer dos … Ler mais

A cachoeira de Paulo Afonso

A cachoeira de Paulo AfonsoAfonso Celso. Os Americanos do Norte têm imenso orgulho da sua catarata lo Niágara, que Chateaubriand qualificou — uma coluna d’água tio dilúvio. O Brasil possui maravilha igual, senão superior, — a cachoei­ra de Paulo Afonso. Encontra-se nesta tudo quanto naquela encanta, apavora, e maravilha. E’ a mesma enorme massa líquida … Ler mais

A mata virgem – Celso de Magalhães

A mata virgemCelso de Magalhães E’ de manhã. Aclarada pela luz gradual que aos poucos doura-lhe os cimos ostenta-se esplendorosa a mata virgem. Quem houver viajado pelo norte do Brasil há-de, por certo, conhecer o acentuado selvagem de suas florestas e ter saudade daqu le vago rumorejar que nelas se escuta, daquela indefinida reunião de … Ler mais

O Pampeiro – José de Alencar

O Pampeiro Um ruído surdo reboou pelas grotas 2) e algares 1)’ que acantilavam o cêrro abrupto. Parecia que a terra arquejava com o estertor de um pesadelo. Ao mesmo tempo uma exalação ardente como o vapor de uma cratera derramou-se pela solidão. As feras uivaram longe na pro­fundeza das selvas, e as aves espavoridas … Ler mais

Questão dos limites entre Pernambuco e Bahia

Oliveira Lima A NOSSA QUESTÃO DE LIMITES COM A BAHIA* É pelo menos singular que, interrogados sobre a questão dos limites entre Pernambuco e Bahia, ventilada no Congresso de geografia de Belo Horizonte e que versa sobre a posse arbitrariamente transferida da primeira para a segunda das referidas províncias da comarca do Rio São Francisco … Ler mais

UMA VISITA AO RIO GRANDE DO NORTE

Oliveira Lima UMA VISITA AO RIO GRANDE DO NORTE É um ótimo sinal quando se chega a uma terra que não é uma terra de arte como a Itália ou a Grécia, ou uma terra de incomparáveis belezas naturais como o Japão ou a Suíça, e as coisas que há a mostrar ao estrangeiro são … Ler mais

A BELEZA DO RECIFE

Oliveira Lima A BELEZA DO RECIFE Somos uma raça de poetas. Não é tanto pelo fato de verificarmos com notável facilidade e bastante felicidade que o digo; as exceções, como eu e como o falecido José Veríssimo, são raríssimas e citam-se quase como casos de anormalidade. Este é porém o lado superficial do estro, a … Ler mais

Buraco do Inferno (Forte Coimbra – Corumbá)

A GRUTA DO INFERNO Quem sai do Forte de Coimbra, pelo portão de cima, rumo à barra, percorrendo o pantanal em direção Norte, durante trinta minutos, atinge a ura ponto extremo da corda de urna garganta ou de urna grande curva do rio Paraguai. O Morrinho fica do lado direito, e à esquerda, um outro … Ler mais

A MADRE DO OURO – Lenda da Mineração em Poço da roda — Arredores de Bomfim – GO

garimpo escravo

A MADRE DO OURO Poço da roda — Arredores de Bomfim Bomfim é uma das mais antigas cidades de Goiás. Como suas irmãs mais velhas, Meia Ponte e Vila Boa de Goiás, guarda ainda, sob muitos aspetos, o cunho dos núcleos coloniais do século XVIII, com a sua inconfundível arquitetura reinol, estilo barroco, de feição … Ler mais

O DIAMANTE DO RIO DAS GARÇAS – Lenda do Garimpo

O DIAMANTE DO RIO DAS GARÇAS

O DIAMANTE DO RIO DAS GARÇAS Após a descoberta dos "Garimpos" do rio das Garças, é conhecida de todos a maravilhosa historia: um índio bororó vira um diamante tão grande, faiscando tanto ao sol, que era impossível fixar-lhe os olhos. Batizaram-no com o nome de "Abacaxi’ e o localizaram no Alcantilado, como o lugar mais … Ler mais

O estabelecimento da constituição em 1824 – Brasil Império

Gottfried Heinrich Handelmann (1827 – 1891)

História do Brasil

Traduzido pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. (IHGB) Publicador pelo MEC, primeiro lançamento em 1931.

TOMO II

 

III — O estabelecimento da organização constitucional

Está alcançada a meta de nossa narração histórica; acompanhamos o desenvolvimento político do Brasil através das tempestades da revolução, até ao momento em que ele toma de novo uma feição normal constante; porém seria incompleto o nosso relato, se agora não demorássemos ainda um momento, para abranger, em um relance de olhos, o resultado de todo o processo desse desenvolvimento.

VALES SUBMERSOS NA AMAZÔNIA

VALES SUBMERSOS NA AMAZÔNIA

Tipos e aspectos do Brasil – coletânea da Revista Brasileira de Geografia Fonte: IBGE – Conselho Nacional de Geogragia. 8ª edição. Rio de Janeiro, 1966. VALES SUBMERSOS NA AMAZÔNIA Antônio Teixeira Guerra A PAISAGEM física da Amazônia é caracterizada pela existência de uma densa e pujante floresta que extravasa os limites políticos da Amazônia clássica, … Ler mais

BARQUEIROS DO RIO SÃO FRANCISCO

BARQUEIROS DO SAO FRANCISCO - percy lau

O S TIPOS sertanejos das margens do São Francisco não resultam apenas do caldeamento dos elementos que compuseram a população do vale do grande rio. Decorrem também dos diferentes “gêneros de vida” a que foram levadas aquelas populações ao entrarem em contacto com um meio físico diverso.

Se as condições do meio físico acabaram por definir — no tempo e no espaço — cada tipo social já esboçado pelas circunstâncias da economia da época, a sua estruturação resultou, no fundo, da função antropogeo-gráfica do rio, que o espírito de aventura cedo descobriu.