Tempo Histórico e Tempo Lógico na Interpretação dos Sistemas Filosóficos – Victor Goldschmidt

Tempo Histórico e Tempo Lógico na Interpretação dos Sistemas Filosóficos Victor Goldschmidt Parece que haveria duas maneiras distintas de interpretar um sistema; ele pode ser interrogado, seja sobre sua verdade, seja sobre sua origem; pode-se pedir-lhe que dê razões, ou buscar suas causas. Mas, nos dois casos, considera-se ele, sobretudo, como um conjunto de teses, … Ler mais

Das Principais Vantagens da Deseducação para a Coletividade e para o Indivíduo

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Das Principais Vantagens da Deseducação para a Coletividade e para o Indivíduo
THIAGO FELIPE SEBBEN

 

 

Introdução

A proposta desse texto: mostrar as
principais vantagens da deseducação para a coletividade e para o indivíduo, de
modo a valorizá-la como instrumento que permita a afirmação da vida em seu mais
alto grau de importância, incentivando a implantação dessa forma assistemática
de educação. Tal proposta justifica-se pelo entendimento de que a vida digna é
o valor máximo do humano e que qualquer forma de organização e sistematização
social – incluindo suas macroestruturas, como é o caso da educação – que
subleve esse valor é sintoma da decadência humana que assola a cultura
ocidental. Ora, esclarecido o “o quê” e o “porque”, resta saber o “como”. E
aqui adentro no campo filosófico-artístico: o aforismo. Forma da linguagem que
permite a interação entre o objetivo e o subjetivo, entre a filosofia e a
psicologia, entre o racionalmente-construído e o artisticamente-fabricado; o
aforismo tem espaço para o devaneio do autor que enseja imaginações nos
leitores, bem como para conceitos objetivos que estabelecem critérios e
medidas. A opção por tal forma de se fazer conhecimento se dá, certamente, em
consonância com a proposta de experimentar o pensamento, de criar o novo, mesmo
que, num primeiro momento, seja apenas criação teórica.

 

O que é “vantagem”?

Antes de prosseguir, uma pausa –
importante pausa, que nos leva ao estabelecimento de um critério inicial do que
pode se considerar uma “vantagem” e o que não pode. Ora, a vantagem sempre surge
num dado momento da realidade. Isso é justamente a “situação” na qual surge a
“vantagem”, seu plano de existência. É como se existisse um plano de fundo, um
cenário, e dali extraíssemos uma cena na qual se manifesta a vantagem. E ela
possui seus atributos, seus elementos de composição – variáveis especificamente
conforme a situação: o que ela é, para quem ela opera, e mais,
genealogicamente, qual seu sentido e valor. Pensar, então, na situação – como
plano de fundo – e no ajuste dos elementos da “vantagem” – como composição da
mesma – no caso específico da deseducação – ou seja, para que se evidencie as
vantagens da deseducação -, seria criar um critério que tornasse possível a
análise “valor da educação tradicional x valor da deseducação”. A criação dessa
lupa – o critério de “vantagem” – através da qual olhamos para a relação das
formas de educação é a maneira mais eficaz de se afirmar as principais
vantagens da deseducação. Imagine a seguinte situação: a realidade dualística
do mundo enquanto negação da vida na cultura ocidental – na medida em que
valoriza mais a razão especulativa do que a vida como instrumento de sabedoria
-, isso sendo considerado a decadência – pois afirma valores anti-vitais -,
todos os elementos da cultura ocidental se derivam dessa visão de mundo
corrompida – a moral, o cristianismo, a lógica, as ciências positivas, a
filosofia tradicional. Nessa situação, o que seria vantajoso? A vantagem seria
a destruição dos valores anti-vitais e a afirmação dos valores da vida – a
vitória da atividade x reatividade, do original x imitação. Ela operaria em
favor da deseducação que é, justamente, a macroestrutura social da educação
regulada em favor dos valores da vida – a educação pelo e para o ócio. Seu
sentido seria o de uma coletividade que possuísse igualdades nos campos onde
isso fosse necessário – campos político e econômico – e diferenças nos campos
onde isso fosse inevitável – campos filosófico e artístico. O valor dessa
vantagem seria a criação de uma coletividade onde fosse possível e opcional o
vir-a-ser individual, onde a vida se manifestasse como infinitas
possibilidades, combinações e ajustes de forças possíveis; como natureza
multicolorida impossível de ser descrita pelos símbolos conhecidos do
inventário humano, a não ser pelos mais superiores artistas em suas obras
magníficas. Porém, não é menos importante deixar claro que isso que foi
descrito só é “vantagem” – ou seja, uma qualidade do que está adiante ou é
superior – porque a vida é o que consideramos como sendo superior para buscar
conhecimento para… a própria vida!

OS PRIMÓRDIOS DA COLONIZAÇÃO – História do Brasil

História do Brasil Manual Didático para a Terceira Série Ginasial por Ary da Matta (1947) História do Brasil de Ary da Matta Cap. 1 – O descobrimento Cap. 2 – Os primórdios da colonização Cap.3 – A formação étnica Cap. 4 – Expansão geográfica Cap. 5 – Defesa do território Cap. 6 – Desenvolvimento econômico … Ler mais

O conceito de amizade em Aristóteles

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O conceito de amizade em Aristóteles.   Autora: Maria Regina Ponte da Silva[1] “Depende de nós praticarmos atos nobres ou vis; e se é isso que se entende por ser bom ou mal, então depende de nós sermos virtuosos ou viciosos.”   Aristóteles.   Em seu livro Ética à Nicômaco, Aristóteles estabelece um tratado das … Ler mais

O descobrimento do Brasil – História do Brasil

História do Brasil Para a Terceira Série Ginasial – Ary da Matta, 1946 História do Brasil de Ary da Matta Cap. 1 – O descobrimento Cap. 2 – Os primórdios da colonização Cap.3 – A formação étnica Cap. 4 – Expansão geográfica Cap. 5 – Defesa do território Cap. 6 – Desenvolvimento econômico Cap. 7 … Ler mais

Biografia de Aníbal de Cartago, por Plutarco – Vidas Paralelas

Arte etrusca

SUMÁRIO DA VIDA DE ANÍBAL Aníbal é chamado por Asdrúbal à Espanha, depois da morte de Amílcar. II. É nomeado general do exército dos cartagineses na Espanha. III. Decide-se a empreender a guerra contra os romanos. IV. Obtém uma grande vitória sobre os carpentanianos e outros povos da Espanha. V. Sitia Sagunto. VI. Ruína de … Ler mais

A FÉ NA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADE – Paulo Setúbal

A FÉ NA FORMAÇÃO DA NACIONALIDADEPaulo Setúbal Dos “Ensaios Históricos” Discurso do escritor Paulo Setúbal, paraninfando em 1926 a turma de bacharéis do Ginásio do Carmo. Para mim, filho espiritual desta casa, não podia haver júbilo maior do que este: paraninfar, como hoje paraninfo, uma turma do Ginásio do Carmo. Ainda não tive, na minha … Ler mais

O bacharel de Cananéia – Paulo Setúbal

O BACHAREL DE CANANÉIAPaulo Setúbal Dos “Ensaios Históricos Tenho constatado que ainda há gente que me lê. E tenho-o constatado com surpresa. Um escritor que há três anos (há três longos anos) evita, com paixão, a publicidade, e que, preconcebidamente, deliberou viver no seu modesto cantinho, isto é, viver na aconchegada e veludosa penumbra do … Ler mais

UM RETRATO DO IMPERADOR (Dom Pedro I)

UM RETRATO DO IMPERADOR
Paulo Setúbal

Dos “Ensaios Históricos”

Tema do mais vivo interesse, que ainda
não tentou a análise da psiquiatria brasileira, mas tema altamente fascinante,
e, ao mesmo tempo, valiosíssima contribuição histórica, seria o estudo, através
de determinantes genealógicos, da individualidade complexa e sedutora desse
irregular D. Pedro I, fundador do império do Brasil. Um psiquiatra de talento,
modernizado, sabendo escrever com agilidade e cor, faria, sem dúvida, dessa
tese, ainda virgem, uma encantadora página de literatura e ciência. Trabalho
penoso, trabalho de esforço e paciência, é certo. Mas que precioso trabalho,
precioso e belo, não seria o de se fixar, através das heranças mentais e dos
atavismos acumulados, a estrutura psicológica desse monarca ardente. Descarnar,
através das taras, dos estigmas, dos legados mórbidos dos avós, os componentes
da alma bravia, da alma desordenada, desse iletrado e desse iluminado, desse
vulgar e desse genial, desse aristocrata e desse plebeu, desse absolutista e
desse liberal, desse piedoso e desse erótico, que foi, ao mesmo tempo, em
contrastes chocantes, aquele galhardo imperador do Brasil.

ORIGENS DOS INDÍGENAS DO BRASIL

ORIGENS DOS INDÍGENAS DO BRASIL
Paulo Setúbal

Dos “Ensaios Históricos”

 

ONFROY DE
THORON

Não há, no pórtico da nossa História, pergunta mais natural do que
esta: de onde vêm esses bugres que os mareantes toparam no Brasil alvorecente?
De que estranhas terras, e como, e de que jeito, e quando, surgiram por aqui
esses gentios emplumados, de batoque no beiço, que atroavam os matos brutos com
o ribombo dos trocanos e o estrépito das inúbias bárbaras? Uma curiosidade
ferretoante, desde a primeira página, chuça o nosso fundo racional. A gente
anseia logo por desvendar a origem daqueles dois selvagens, "pardos,
maneira de avermelhados, de bons olhos e bons narizes" que Cabral recolheu
a bordo, que agasalhou mimosamente, que fez dormir na capitânea sobre coxins da
Pérsia, entre muitas fofezas, num aturdimento. Mas a curiosidade aguça-se
apenas: não há resposta cabal. Teses, muitas. Autores, muitos. Mas tudo cipoal
desnorteante.

PAULISTAS DO SÉCULO XVII – Paulo Setúbal

Yafouba, o mágico da trilso, com uma das meninas que foram jogadas em cima de pontas de espadas.

PAULISTAS DO SÉCULO XVII
Paulo Setúbal

Dos “Ensaios Históricos”

A
"História Geral das Bandeiras Paulistas", do preclaro Dr: Afonso-
Taunay, representa um dos esforços maiores, e dos mais ilustres, para a
reconstrução do período épico do bandeirismo, esse fenómeno altíssimo na
formação da nacionalidade. A obra, porém, tão erudita e tão intensa, não é,
infelizmente, obra de popularização. O feitio dela, aquele recheio de nomes e
datas, as transcrições, aqueles muitos alvarás e atas-de-câmara, tudo aquilo,
enfim, que torna o trabalho fortemente fidedigno, é exatamente o que afugenta o
leitor comum, o leitor do século prático, o leitor que lê no bonde, esse homem
rápido, utilitário, que não tem folgas sobejas para correr olhos pacientes
sobre a papelada maçante das coisas velhas. O próprio autor confessa no pórtico
do seu doutíssimo trabalho: "Não é uma obra de síntese a que o leitor tem
sob os olhos. Nem poderia ou deveria sê-lo, pois a história sistemática e
pormenorizada das bandeiras paulistas jamais se fez até hoje".

NAPOLEÃO E MARIA LUÍSA

Depois de fundado o seu Império, no pináculo da glória, uma só ideia
martelava o cérebro de Bonaparte: deixar um herdeiro ao trono. Fixar num filho,
no sangue do seu sangue, aquela opulenta casa reinante que ele criara com a sua
espada. Josefina, porém, era estéril. Daí, dessa razão política, nasceu a idéia
do divórcio. Verdade que já tempos antes, ao voltar da Itália, depois das
facilidades românticas de Josefina com o pequenino Hipolite Charles, o galante
oficial dos hussardos, Napoleão pensou carrancudamente em separar-se da mulher.
Mas a ideia não passou de ímpeto de momento, sem consequência. Napoleão
perdoou… E começaram, ambos, o corso e a
"créole", a viver uma vida conjugal remansada, sem arrepios. No
entanto, ao voltar do Egito, de novo encontrou Bonaparte rumores venenosos em
torno das saias da Beauharnais. Verdadeiros? Mentirosos? Ninguém o diz com
exatidão. Mas a partir desse instante, diz Miot de Melíto,
"on commença a parler clairement du divorce et àmarier Bonaparte à
diverses princesses". O próprio Luciano Bonaparte, nas suas
"Memórias" conta as "demarches" que fez nessa época, em
Espanha, para casar o irmão com a
infanta Isabel. Mas tudo isso
não passou de palavras.

A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O NADA E ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE.

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A RELAÇÃO EXISTENTE ENTRE O NADA E ANGÚSTIA, SEGUNDO JEAN PAUL SARTRE. Autora: Maria Regina Ponte da Silva[1] Este artigo faz parte de um dos capítulos da dissertação do mestrado Acadêmico em Filosofia da Universidade Estadual do Ceará apresentado para obtenção do título de mestre em Filosofia. Universidade Estadual do Ceará -Centro de Humanidades – … Ler mais

AS JANELAS ESTÃO ABERTAS, MARQUÊS – Paulo Setúbal

José
Bonifácio fora destituído do cargo mais ilustre do País: tutor do príncipe e
das princesas imperiais.

A Regência nomeou, para substituí-lo, o Marquês de Itanhaém. Quem é
esse personagem? Quem é, na Corte de então, esse homem que o governo escolheu
para posto tão eminente?

D. MARIANA CARLOTA – Paulo Setúbal

D. MARIANA CARLOTA Paulo Setúbal Fonte: Companhia Editora Nacional, Ensaios Históricos   D. Mariana Carlota foi a primeira dama da meninice de D. Pedro II. A existência dessa proeminente senhora tem incidentes bastante curiosos. E como, na História do Brasil, são raros extremamente raros, os nomes de mulher que vêm à tona, vale sempre relembrar … Ler mais

Sobre o trabalho

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Sobre o mundo do trabalho Flávio Sposto Pompêo (UnB)   Ao recontar o mito de Sísifo, Camus disse que os deuses pensaram que não havia punição mais terrível do que o trabalho inútil e sem esperança12 . Subjazem à discussão do ensaio de Camus questões sobre o sentido da vida, mas é inequívoca a menção … Ler mais

Sobre a ideologia

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Sobre a ideologia Flávio Sposto Pompêo (UnB) A escolha da ideologia para este debate coloca grandes dificuldades, já que poucas categorias têm trajetórias tão conturbadas quanto esta. Se o envolvimento em polêmicos debates teóricos fosse sinônimo de grande capacidade explicativa, o conceito de ideologia seria fundamental para a compreensão da sociedade. A palavra ideologia foi … Ler mais

DA ARTE DE CONVERSAR – Montaigne

Michel de Montaigne DA ARTE DE CONVERSAR (Liv. III, cap. VIII) Trad. de J. M. de Toledo Malta Fonte: Livraria José Olympio Editora. É um costume da nossa justiça condenar alguns para escarmento dos outros. Condená-los porque delinqüiram, seria asneira, como diz Platão, pois o que está feito não pôde ser desfeito; condenam-se, porém, a … Ler mais

A RAINHA DONA CARLOTA – Capítulo VI – D. João VI no Brasil – Oliveira Lima

CAPÍTULO VI A RAINHA DONA CARLOTA A simples menção deste nome traz à imaginação um cortejo de caprichos dissolutos e de intrigas políticas. Um dos maiores, senão o maior estorvo da vida de Dom João VI foi certamente a rainha que os interesses dinásticos, então mais identificados com os políticos, lhe tinham dado por esposa … Ler mais

Raimundo de Farias Brito – textos inéditos e dispersos (antologia)

Raimundo_de_Farias_Brito

INÉDITOS E DISPERSOS Farias Brito (1862-1917) Fonte: Farias Brito – Uma antologia organizada por Gina Magnavita Galeffi. GRD-INL/MEC (1979) PÁGINAS BIBLIOGRÁFICAS EXTRAÍDAS DO ÁLBUM DE FAMÍLIA Dos inéditos e dispersos escolhemos algumas páginas do "Álbum de Família", que é um precioso diário do autor. Fixamos nossa atenção no momento doloroso em que Farias Brito perde … Ler mais

O MUNDO INTERIOR – Farias Brito

O MUNDO INTERIOR (antologia)Raimundo de Farias Brito (1862-1917) Fonte: Farias Brito Uma antologia organizada por Gina Magnavita Galeffi. GRD-INL/MEC (1979) ENSAIO SOBRE OS DADOS GERAIS DA FILOSOFIA DO ESPÍRITO   Este livro, publicado no Rio em 1914, é a última obra de Farias Brito, que faleceu em começo de 1917. Em A Base Física do … Ler mais

A VERDADE COMO REGRA DAS AÇÕES – Farias Brito

A VERDADE COMO REGRA DAS
AÇÕES

Farias Brito (1862-1917)

Fonte: Farias Brito –
Uma antologia organizada por Gina Magnavita Galeffi. GRD-INL/MEC (1979)

ENSAIO DE FILOSOFIA MORAL COMO INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO

Esta obra publicada em 1905 em Belém do Pará é considerada pelo próprio
autor "um ensaio de filosofia moral como introdução ao estudo do
direito" e "complemento prático" de sua maia ampla obra, a
Finalidade do Mundo.

Nela notamos a
preocupação do professor e do bacharel em Direito que quer apresentar a seus
alunos os assuntos que irá desenvolver ao longo do curso. Durante alguns anos
Farias Brito foi de fato professor contratado da Faculdade de Direito para
ensinar como lente substituto.

Finalidade do Mundo – Farias Brito – vol. 3 (antologia)

A FINALIDADE DO MUNDO Raimundo de Farias Brito (1862-1917) Fonte: Farias Brito Uma antologia organizada por Gina Magnavita Galeffi. GRD-INL/MEC (1979) 3.° Volume ESTUDOS DE FILOSOFIA E TELEOLOGIA NATURALISTA   Esta terceira parte da Finalidade do Mundo intitulada "Evolução e Relatividade" é uma preciosa resenha da consciência filosófica contemporânea e viu a luz em Belém … Ler mais

Finalidade do Mundo – Farias Brito – vol. 2 (antologia)

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Finalidade do Mundo – Farias Brito – vol. 1 (antologia)

A FINALIDADE DO MUNDO Raimundo de Farias Brito (1862-1917) Fonte: Farias Brito Uma antologia organizada por Gina Magnavita Galeffi. GRD-INL/MEC (1979) 1.° Volume PREFÁCIO Publicando o primeiro volume da Finalidade do mundo, devo observar que por tal modo me absorve o pensamento desta obra que com razão posso dizer: tudo em minha vida está subordinado … Ler mais

A LEITURA GRAMSCIANA DO FORDISMO E DO AMERICANISMO: A HEGEMONIA NASCE NA (E DA) FÁBRICA

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    Procuramos, neste trabalho, analisar as questões que
estão mais no âmago do texto de Gramsci Americanismo e Fordismo. Enveredamo-nos
pela leitura do próprio texto, de um modo imanente, procurando entender suas
questões para, só posteriormente, contextualizá-lo com sua época. Assim, não
nos preocupamos em dominar uma vasta bibliografia acerca do assunto, este é um
trabalho posterior e que exige um maior fôlego.



    Nosso trabalho teve a pretensão de ser,
apenas, introdutório às questões concernentes ao texto de Gramsci, ser um
primeiro esforço para a compreensão deste autor e dos objetos de estudo de que
trata.



     Nossa metodologia foi um estabelecimento de
divisões no texto – possibilitadas pelo próprio Gramsci – que abordam as
questões apresentadas pelo autor; porém, as questões só fazem sentido se
consideradas dentro do todo do trabalho.


     O objeto do texto de Gramsci em discussão é o
fordismo e, conjuntamente, o americanismo. Veremos adiante como e porquê ambos
não se separam para Gramsci. Além do objeto do texto, há duas problemáticas
que decorrem dele e que o permeiam até o epílogo: há a problemática da
resistência ao fordismo e, concomitantemente, os problemas decorrentes dela.



     Acerca das palavras americanismo e fordismo,
Gramsci já de início, e na primeira parte do texto, as aponta como uma “rubrica
geral e convencional”
1
: elas
abarcam um conjunto de fenômenos sociais que emanam da sociedade moderna.
Americanismo e fordismo com o séquito de fenômenos que os acompanham, decorrem
da necessidade da economia moderna em potencializar sua organização para a
produção e reprodução de capital de modo mais veemente.

Kim vs Davidson quanto à Causalidade Mental

Kim vs .
Davidson quanto à Causalidade Mental
André Joffily
Abath

And the movement in your brain
 sends you out into the rain 
Nick Drake

Jaegwon Kim tem se
revelado, com o passar do tempo, o maior inimigo da filosofia da mente produzida
por Davidson e, acima de tudo, de seu monismo anómalo. Suas críticas são
inúmeras. Kim acha que é preciso uma teoria positiva sobre a relação
mente-corpo, e não uma teoria negativa, como é a de Davidson. Acha, também, que
Davidson adopta uma posição ingénua em relação ao reducionismo. Outras formas
de redução deveriam ser consideradas, e não apenas a que seria realizada por
meio de leis-ponte estritas, que é o centro das atenções de Davidson. E Kim
acha, principalmente, que o monismo anómalo torna o mental causalmente inerte,
i.e,se aceitarmos o monismo anómalo,
teremos um sério problema em relação à causalidade mental.

Neste ensaio, concentrar-me-ei unicamente na
terceira desta críticas, que foi o ponto alto de um longo debate sobre o papel
causal da mente, e que teve o monismo anómalo de Davidson como principal alvo.
Em relação à primeira e à segunda, farei apenas breves comentários. Após
percorrer as críticas de Kim, tentarei mostrar como Davidson respondeu ou
poderia responder-lhes. Antes, porém, devo deter-me, por alguns instantes, no
monismo anómalo; desta forma, as críticas a ele dirigidas, e as possíveis
respostas a estas críticas, surgirão de maneira mais clara.

Monismo Anómalo 

Exposto pela primeira
vez em 1970, em Mental Events, o monismo anómalo é a tese que defende a
identidade entre eventos mentais e eventos físicos, e, portanto, a redução
ontológica ( daímonismo), mas que
nega a existência de leis estritas ligando tais eventos (daíanómalo), e, por conseguinte, nega a
redução conceptual <

Esta tese
segue-se de três princípios, que podem ser assim resumidos: a) Princípio da
Interacção Causal: todos os eventos mentais relacionam-se causalmente com
eventos físicos; b) Princípio do Carácter Nomológico da Causalidade: eventos
relacionados como causa e efeito recaem sob leis estritas; c) Anomalismo do
Mental: Não há leis psicofísicas estritas.

Intencionalidade e Naturalismo

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Jamais
pensou a mente tanto sobre si própria. Em fins do século XX, ciência e
filosofia trilham uma cruzada em busca de compreender a consciência e suas
capacidades. Três séculos e meio após Descartes, respostas dualistas não mais
são suficientes; quer-se compreender a mente enquanto um fenômeno fisicamente
gerado, que toma parte no mundo físico. Em filosofia, esta postura denomina-se
naturalismo.

Não
obstante as exceções, algumas renomadas, como Karl Popper (1962), há muito a
forma naturalista de compreender a consciência domina a filosofia. Na tradição
que aqui abordaremos, a analítica, anglo-americana, as bases deste estudo
remontam a autores como Sellars e seu Empiricism and Philosophy of the Mind (1956),
Quine, em Palavra e Objeto (1960) e Putnam com Minds and Machines (1960).